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Criolipólise funciona? Como é feito o tratamento?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Sim, criolipólise funciona para reduzir medidas, assim como a lipoaspiração. Não é um tratamento indicado para emagrecer e perder peso, mas é eficaz para eliminar gordura localizada no abdômen, culote, flancos ("pneus"), braços e costas.

A palavra "criolipólise" significa literalmente "quebrar (lise) a gordura (lipo) pelo frio (crio)" e é isso mesmo que o tratamento faz.

Depois de perder peso, a criolipólise pode eliminar aquela gordura localizada que é mais difícil de perder, mesmo controlando a alimentação e praticando atividade física.

O que é a criolipólise?

A criolipólise é um procedimento não invasivo, que serve para eliminar gordura localizada. O procedimento utiliza um resfriamento controlado que atinge apenas as células de gordura na área que está sendo tratada.

O aparelho usado para fazer a criolipólise tem ventosas de vários tamanhos. A ventosa é escolhida conforme a quantidade de gordura que se pretende eliminar e o tamanho da área corporal que vai receber a aplicação.

Após a sessão de criolipólise, a quantidade de gordura no local da aplicação diminui e os tecidos adjacentes ficam intactos.

Como funciona a criolipólise?

A criolipólise utiliza baixas temperaturas para destruir a gordura corporal através de um aparelho que é colocado na superfície da pele. As células de gordura são então congeladas com temperaturas negativas, morrem e se rompem.

A ponteira do aparelho de criolipólise produz um vácuo muito forte, promovendo a sucção da pele onde está a gordura localizada que será eliminada. Ao mesmo tempo que suga essa porção da pele, o aparelho provoca um intenso resfriamento controlado no local, destruindo as células gordurosas.

Os restos das células de gordura destruídas durante a criolipólise são eliminadas naturalmente pelo organismo. A gordura que estava no interior das células é levada para o fígado, onde é metabolizada pouco a pouco, sem sobrecarregar o órgão.

O tempo de duração da aplicação com cada ventosa é de cerca de 35 minutos. Após cada tratamento, recomenda-se fazer uma massagem anticelulite no local, beber bastante água e fazer um repouso relativo.

Em quanto tempo posso ver os resultados da criolipólise?

Os resultados máximos da criolipólise podem ser notados depois de 2 a 3 meses de tratamento. Numa única sessão, é possível perder até 25% da gordura localizada na região que foi tratada. Para fazer uma nova aplicação no mesmo local é necessário esperar 2 a 3 meses.

É importante frisar que a criolipólise não é um tratamento de emagrecimento para combater o excesso de peso. O objetivo é eliminar a gordura localizada em algumas regiões do corpo, melhorando a estética e reduzindo medidas. Para emagrecer é necessário fazer dieta e exercícios físicos e é preferível ter um acompanhamento pro um profissional nutricionista.

Quais são os riscos da criolipólise?

Os principais riscos da criolipólise são a necrose (morte) de células da pele e a hiperplasia adiposa paradoxal. Nesta última complicação, há um aumento do número de células de gordura na área que foi tratada, formando uma área mais endurecida de gordura localizada no local. Daí o nome hiperplasia adiposa paradoxal, pois as células de gordura se multiplicam ao invés de desaparecer.

Contudo, os riscos dessa complicação são baixos, e pode ocorrer em cerca de 0,051% das pessoas que fazem tratamento com criolipólise.

Em caso de hiperplasia adiposa paradoxal, é necessário fazer uma lipoaspiração para retirar essa gordura.

Outro ponto importante que deve ser levado em consideração é o fato de existir várias marcas de aparelho de criolipólise e cada uma possui pontas de tamanho e forma variados.

Por isso, é muito importante escolher um profissional bem treinado e capacitado para realizar o procedimento de forma precisa e com menos riscos de complicações.

Criolipólise dói?

Durante a sessão de criolipólise a pessoa não sente dor. Pode haver um pouco de dor no momento da sucção e algum desconforto quando o aplicador é removido.

Se a criolipólise for bem realizada o frio não provoca nenhum tipo de dano a outras estruturas, como pele, vasos sanguíneos, nervos e músculos. Apenas as células adiposas são danificadas, uma vez que são mais sensíveis ao frio.

Quais são as contraindicações da criolipólise?

A criolipólise é contraindicada nas seguintes condições: gravidez, presença de hérnia no local, urticária ou outras doenças associadas ao frio.

Não existe uma regra que especifique quais profissionais podem aplicar a criolipólise. Médicos, fisioterapeutas e esteticistas podem realizar o tratamento. Porém, é sempre importante se informar e ter referências sobre o profissional que vai aplicar a técnica.

Epilepsia tem cura? Qual é o tratamento para epilepsia?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Epilepsia não tem cura, mas é possível manter a doença sob controle através de medicamentos antiepilépticos e cuidados gerais. Mais da metade das crises epilépticas podem ser controladas com o tratamento medicamentoso. Contudo, em cerca de 30% dos casos, a pessoa continua apresentando crises, demonstrando resistência aos medicamentos.

O objetivo da medicação é diminuir as anormalidades dos impulsos elétricos no cérebro para impedir as crises. Porém, esses medicamentos não são capazes de corrigir os danos neurológicos que desencadeiam os ataques epiléticos.

A escolha do medicamento usado para tratar a epilepsia varia de acordo com o tipo de crise, idade e características de cada paciente.

Sabendo que a epilepsia é uma condição comum no nosso meio, o que incentiva diversas pesquisas sobre o tema, com constantes novidades tanto na apresentação de novas medicações, como técnicas cirúrgicas pouco invasivas, resultando em um melhor tratamento e resultado ao paciente.

Grande parte das pessoas com epilepsia que tomam corretamente os medicamentos podem ter uma vida normal, com pouca ou nenhuma limitação, uma vez que as crises ficam controladas. Entretanto, a principal causa de crises durante o tratamento é o uso incorreto ou esquecimento da medicação. É fundamental o uso correto da medicação.

Importante ainda citar, que além da medicação, o cérebro é muito sensível e precisa ser nutrido adequadamente, com oxigênio e glicose, portanto alguns cuidados são de extrema importância no tratamento da epilepsia:

  • Evitar jejum e dietas restritivas, manter alimentação saudável;
  • Evitar estímulos luminosos em excesso, como boates ou discotecas;
  • Evitar distúrbios do sono, principalmente a privação de sono;
  • Evitar consumo de bebidas alcoólicas, cada caso deve ser avaliado independentemente;
  • Fazer uso regularmente da medicação prescrita, mantendo sempre que possível em um mesmo horário;
  • Evitar estresse ou aborrecimentos.

Quando os medicamentos, junto aos cuidados indicados não são capazes de controlar a epilepsia, outras formas de tratamento podem ser consideradas, como a dieta cetogênica, sobretudo para crianças e, por último, a cirurgia.

Dieta cetogênica para epilepsia

A dieta cetogênica é composta por um elevado teor de gordura, pouca proteína e carboidratos e eliminação total do açúcar. Esse tipo de dieta altera o metabolismo e pode diminuir as crises de epilepsia.

Entretanto, também é um tratamento que deve ser avaliado caso a caso pelo médico responsável, de preferência neurologista.

Cirurgia para epilepsia

Atualmente as técnicas cirúrgicas para abordagem de casos de epilepsia estão muito avançadas, o que possibilita tanto a remoção precisa das áreas cerebrais que provocam as descargas elétricas ou a interrupção dos sinais cerebrais, quanto a implantação de eletrodos para o controle e interrupção de crises, caso ocorra.

Para que essas cirurgias possam ser realizadas, a causa da epilepsia deve ser identificada e o tecido cerebral lesionado deve estar restrito a uma área específica do cérebro.

Os resultados do tratamento cirúrgico podem variar conforme o tipo de lesão. A cirurgia não deve trazer prejuízos ao paciente, como alterações na personalidade ou nas funções motoras, por exemplo.

O que é epilepsia?

A epilepsia é uma doença neurológica. Trata-se de uma resposta do cérebro a algum tipo de agressão. A origem pode ser uma cicatriz causada por um trauma, um tumor ou ainda um problema hereditário no funcionamento dos neurônios. Em alguns casos, as convulsões não têm uma causa identificada.

A crise convulsiva é o sintoma mais comum desta doença. Por vezes os pacientes sentem dores de cabeça, "cheiro ruim", mal-estar, dor de estômago, o que chamamos de aura, mas não chegam a apresentar a convulsão. Mas na maioria das vezes, principalmente quando não estão fazendo uso da medicação de forma correta, acabam por apresentar a crise, ou ataque epilético.

O que é uma crise convulsiva (ou ataque epilético)?

A crise convulsiva, ou ataque epilético, caracteriza-se por uma descarga de atividade cerebral, com início súbito e normalmente de curta duração. As crises podem durar alguns segundos ou minutos. Em casos raros, o ataque epilético pode durar mais de 15 minutos.

Entre as crises de epilepsia, o funcionamento do cérebro mantém-se normal. A tendência é que os ataques se repitam com o passar do tempo, com frequências variam caso a caso.

Quais são os sintomas da epilepsia?

As manifestações de uma crise de epilepsia variam conforme a localização no cérebro que desencadeou o ataque epilético. Os sintomas podem se manifestar na marcha, no rosto, em atividades específicas ou provocar alterações do estado de consciência.

Frequentemente, a crise epilética vem acompanhada de movimentos automáticos. Os músculos também podem ficar relaxados ou contraídos.

Os ataques epiléticos podem ocorrer também durante o sono, inclusive cada tipo de crise apresenta um maior risco relacionado as fases do sono também. Durante a crise, a pessoa pode permanecer consciente, nos casos de crises "parciais" ou não se lembrar do que aconteceu quando acaba, nas crises "generalizadas".

Apesar do tratamento permitir que muitas pessoas com epilepsia tenham uma vida praticamente normal, em uma parte dos casos as convulsões não podem ser controladas, o que prejudica a qualidade de vida do indivíduo.

Quanto mais cedo as crises forem reconhecidas e a epilepsia for diagnosticada, mais cedo o tratamento pode ser iniciado, permitindo ao paciente retomar as suas atividades normalmente.

O diagnóstico e o tratamento da epilepsia são da responsabilidade do médico neurologista.

Leia também: O que fazer em caso de ataque epilético?

Herpes na gravidez é perigoso? Como tratar?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Herpes genital na gravidez é perigoso, pois existe o risco do bebê ser contaminado no momento do parto e desenvolver herpes neonatal, que pode causar encefalite (infecção no cérebro) e provocar sérios danos no sistema nervoso do bebê, com retardo mental e até levar à morte. Além de herpes neonatal, há ainda um risco maior de aborto espontâneo, nascimento prematuro e herpes congênito.

Quando o herpes genital na gravidez é perigoso?Mãe infectada pelo herpes na fase inicial da gestação.

Qualquer infecção no início da gravidez pode provocar abortamentos, pois o corpo libera substâncias (prostaglandinas) que podem provocar contrações uterinas.

Contudo, se a mulher contraiu o vírus Herpes simplex antes de engravidar, o seu organismo já teve tempo para desenvolver anticorpos contra a doença e, consequentemente, o bebê ficará naturalmente protegido.

Leia também: Quem tem herpes pode engravidar?

Mãe infectada pelo vírus no último trimestre de gravidez

É provável que não tenha tempo para desenvolver anticorpos antes do parto. O risco de herpes neonatal é maior quando a mãe adquire herpes genital no final da gravidez. Isso porque o seu corpo ainda não produziu anticorpos suficientes e o bebê deixa de ter a sua proteção natural ao nascer.

Nascimento muito prematuro do bebê (antes de 32 semanas)

Os bebês que nascem muito antes do tempo ainda não possuem todos os anticorpos e podem ser contaminados no momento do parto se a mãe estiver com uma crise de herpes genital.

Como tratar herpes na gravidez?

O tratamento do herpes genital na gravidez pode ser feito com aciclovir em qualquer fase da gestação, mesmo durante a amamentação. O uso de aciclovir também reduz a necessidade de se fazer uma cesariana, já que controla o aparecimento das lesões. No entanto, o medicamento não é capaz de diminuir os riscos de transmissão da mãe para o feto ou bebê. O tratamento com aciclovir está aprovado, desde o primeiro trimestre, embora estudos demonstrem que a partir da 36ª semana de gestação, apresenta melhores resultados na redução de surtos e na necessidade de partos via cesariana. O aciclovir 400 mg ou 5 mg por dia geralmente é a dose recomendada, sendo geralmente administrada de 8 em 8 horas, por via intravenosa durante 7 a 10 dias.

Sem tratamento adequado, o herpes neonatal pode provocar a morte em mais da metade dos casos. Das crianças que sobrevivem, muitas apresentam grandes chances de terem doenças oculares.

É possível curar o herpes genital antes ou durante a gravidez?

Herpes genital ou labial não tem cura. O tratamento durante a gravidez depende da avaliação do médico e nem sempre é necessário. Em alguns casos, são indicadas pomadas antivirais para aliviar os sintomas.

Leia também: Herpes genital tem cura?

Existem medicamentos que podem ser usados para tentar diminuir o risco de transmissão do herpes da mãe para o feto, mas não são garantidos.

Veja também: 

Como se pega herpes genital?

Quais são os principais sintomas do herpes genital?

Qual o tratamento para herpes genital?

Informe o seu médico obstetra se você tem herpes genital ou contrair o vírus durante a gravidez e nunca tome medicamentos sem orientação médica.

Tenho ovário policístico o ginecologista passou Diane...
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A mulher que tem a Síndrome dos Ovários Policístico pode ter alguma dificuldade de engravidar, porém ela pode engravidar e essa possibilidade deve ser sempre levada em consideração.

Por isso, se há um atraso menstrual, é importante procurar o/a médico/a ginecologista, clínico/a geral ou médico/a de família para uma avaliação pormenorizada.

O teste da farmácia, apesar de ser confiável, pode nem sempre revelar o positivo.

Saiba mais em:

Teste de farmácia pode dar resultado errado?

Quem apresenta o diagnóstico de síndrome dos ovários policísticos, em geral, possui uma irregularidade menstrual.  

O uso da pílula anticoncepcional, como o Diane 35, pode regularizar o ciclo menstrual da mulher, fazendo com que ela menstrue a cada 21 dias. Quando a mulher está em uso deste anticoncepcional, é comum que a menstruação aconteça nos 7 dias de intervalo entre uma cartela e outra. Porém, quando a mulher para de tomar a pílula, o organismo dela volta a se adaptar com um novo ciclo menstrual

De qualquer maneira, a mulher com síndrome dos ovários policísticos deve fazer um acompanhamento médico regular, indo às consultas de rotina, tirando suas dúvidas e realizando o tratamento aconselhado.  

Leia também: 

Ovários policísticos tem cura? Qual o tratamento?

Sífilis congênita tem cura? Qual o tratamento?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sim, sífilis congênita tem cura e o tratamento é feito com penicilina. Muitas vezes, o bebê precisa ficar internado por tempo prolongado para o rastreio de possíveis complicações. Além disso, a criança deve ser acompanhada até completar 18 meses para garantir que o tratamento foi concluído e a sífilis não deixou sequelas.

A dosagem da medicação e a duração do tratamento irão depender do tratamento prévio realizado pela mãe da criança.

O bebê também é submetido a diversas intervenções, como coletas de sangue, avaliações neurológica, oftalmológica e auditiva, bem como raio-x de ossos longos. A presença de alterações clínicas, radiológicas e sorológicas na criança também irá orientar o tratamento.

Durante e após o tratamento, é importante a realização do seguimento com as consultas programadas e exames de rotina.

A sífilis congênita pode causar diversas complicações, como parto prematuro, malformações fetais, morte ao nascimento, baixo peso ao nascer, sequelas neurológicas, entre outras.

Contudo, quando o tratamento da sífilis na mulher é iniciado prontamente, as chances de transmissão para o feto reduzem.

Por isso, a realização do pré-natal, a detecção precoce e o tratamento completo é fundamental para evitar os agravos da sífilis congênita.

Quais os sintomas da gastroenterite? Qual o tratamento?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Os sintomas da gastroenterite incluem: diarreia aquosa (fezes pastosas ou líquidas), fezes com sangue, muco ou pus (sinais de infecção bacteriana ou por parasitas), náuseas, vômitos, cólicas, perda de apetite, febre, dor de cabeça, boca seca e diminuição do volume de urina (sinais de desidratação).

Normalmente, os sintomas da gastroenterite duram somente alguns dias, podendo persistir por até uma semana em alguns casos.

Se a diarreia ou os vômitos forem intensos e persistentes, pode causar desidratação. Nessas situações, a pessoa pode ficar com os olhos mais fundos, a boca seca, ter a sensação de engrossamento da língua e apresentar diminuição do volume de urina, que tende a ficar mais escura.

O tratamento da gastroenterite depende do micro-organismo causador da infecção, mas sempre envolve medidas de hidratação e alívio dos sintomas.

Qual é o tratamento para gastroenterite viral?

No caso da gastroenterite causada por vírus, não há medicação específica. Podem ser utilizados medicamentos para aliviar os sintomas, como cólicas e náuseas.

Também é importante ingerir grande quantidade de líquidos, para repor as perdas, e fazer alimentação leve, em pequenas quantidades.

Sempre que possível, deve-se evitar ficar sem comer. Depois, conforme os sintomas vão melhorando, podem ser incluídos gradualmente na dieta alimentos moles e de fácil digestão.

Nos casos mais graves de gastroenterite, principalmente em crianças, pode ser necessário internamento hospitalar para receber um tratamento e hidratação adequados.

Qual é o tratamento para gastroenterite bacteriana?

Na gastroenterite causada por bactérias, como Shigella, Salmonella e E. coli, o tratamento é feito seguindo as mesmas recomendações para a gastroenterite viral, como a hidratação. Em algumas situações pode ser necessário o uso de antibióticos.

Qual é o tratamento para gastroenterite causada por parasitas?

Na gastroenterite causada por parasitas, como por exemplo a Giárdia, é necessário o uso de antibióticos antiparasitários, além disso são feitas as mesmas recomendações de tratamento que as demais formas de gastroenterite.

O que é gastroenterite?

A gastroenterite é uma inflamação e irritação que afeta o estômago e o intestino. As gastroenterites podem ser causadas por vírus, bactérias, parasitas e intoxicações alimentares.

A maioria dos casos de gastroenterite ocorre pela ingestão de alimentos ou água contaminados por bactérias, vírus ou parasitas.

Também pode haver transmissão de pessoa para pessoa, principalmente se uma pessoa infectada não lavar adequadamente as mãos após evacuar.

Como prevenir a gastroenterite?

A prevenção da gastroenterite consiste em lavar as mãos cuidadosamente antes de se alimentar e após utilizar o sanitário. Também é importante que frutas e vegetais sejam muito bem lavados e que carnes e ovos sejam totalmente cozidos.

Vale lembrar que a gastroenterite pode ser altamente transmissível. Por isso, pessoas doentes devem lavar muito bem as mãos depois de usar o banheiro e antes de manusear alimentos.

Para evitar a transmissão, recomenda-se que o paciente permaneça em casa durante pelo menos 48 horas, até que sintomas como diarreia e vômitos tenham cessado.

O tratamento da gastroenterite deve ser prescrito por médico de pronto atendimento, especialmente e principalmente naqueles casos em as fezes tem sangue, muco ou pus, ou nos casos que duram mais de 7 dias. Não deve ser utilizado medicamento para interromper a diarreia sem prescrição médica devido ao risco de agravamento da doença.

Qual o tratamento para hipotensão arterial?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O tratamento para hipotensão arterial depende da causa da hipotensão, das características e da gravidade dos sintomas apresentados pelo paciente. Pessoas com hipotensão arterial que não manifestam sintomas e não possuem nenhuma doença de base, não precisam de tratamento.

Quando o tratamento é necessário, existem medidas a serem tomadas e diversos grupos de medicamentos capazes de aumentar ligeiramente a pressão arterial, afim de aliviar os sintomas da hipotensão arterial e prevenir complicações maiores, como queda da própria altura.

Podemos citar alguns dos medicamentos usados:

  • Simpaticomiméticos (epinefrina, metilsulfato de amezínio, midodrina, norfenefrina, foledrina e oxilofrina)

    • São frequentemente usados por causar o aumento do retorno venoso ao coração, estimulando o batimento cardíaco. Entre os possíveis efeitos colaterais estão: taquicardia, transtornos na micção e alterações do ritmo cardíaco;
  • Fludrocortisona: Atua nos rins, prevenindo que sal e água sejam eliminados, levando assim a um aumento do volume de sangue e consequentemente da pressão arterial
    • É utilizado sobretudo em pacientes com hipotensão ortostática;
  • Diidroergotamina: É um vasoconstritor que causa vasoconstricção, melhorando assim o retorno sanguíneo ao coração e prevenindo os sintomas de hipotensão ao se levantar
    • Está indicada principalmente em casos de hipotensão ortostática;
  • Eritropoietina: Estimula a maturação dos glóbulos vermelhos na medula óssea, que são as células responsáveis pelo transporte de oxigênio no sangue. Pode diminuir os sintomas da hipotensão ortostática grave.

No entanto, todos os tratamentos para hipotensão arterial que envolvem medicamentos, podem causar efeitos colaterais indesejáveis, como hipertensão arterial, por exemplo. Assim, recomenda-se tentar primeiro reduzir os sintomas da hipotensão arterial sem medicamentos.

Algumas medidas que podem ajudar a controlar os sintomas em casos de queda brusca da pressão arterial são:

  • Deitar-se numa posição confortável;
  • Elevar os pés, de maneira que fiquem mais altos que o coração e a cabeça;
  • Ingerir bastante líquido com pequenos goles, dando preferência aos sucos, no caso de estar sem comer nada há muito tempo;
  • Evitar o jejum e exposição solar em excesso.

Se essas medidas não aliviarem os sintomas em 15 minutos, a pessoa deve ser levada para um hospital rapidamente.

O tratamento da hipotensão arterial é da responsabilidade do médico cardiologista.

Saiba mais em: Pressão baixa na gravidez é normal? Quais os sintomas e o que fazer?

O que é prostatite e quais os sintomas?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Prostatite é uma inflamação ou infecção na próstata. A próstata é uma glândula do sistema reprodutor masculino, localizada abaixo da bexiga, responsável por produzir líquidos liberados durante a ejaculação. Os principais sintomas da prostatite são a dor e a dificuldade para urinar. Porém, a prostatite pode ser aguda ou crônica e cada uma delas apresenta um conjunto de sintomas diferentes.

Os sintomas da prostatite aguda são intensos e geralmente se manifestam de forma súbita. Por outro lado, na prostatite crônica os sintomas podem ser leves, intermitentes (vão e voltam) e surgir subitamente ou aos poucos, ao longo de semanas ou meses.

Quais são os sintomas da prostatite? Sintomas de prostatite aguda

Na prostatite aguda, o paciente pode ter:

  • Febre;
  • Calafrios;
  • Dor ao urinar;
  • Urina concentrada e turva;
  • Dor muscular;
  • Dor na região genital.
Sintomas de prostatite crônica

Na prostatite crônica, alguns pacientes não apresentam nenhum sintoma, enquanto outros podem ter:

  • Dor ou ardência ao urinar;
  • Dificuldade para começar a urinar;
  • Jato de urina mais fraco que o normal ou com interrupções;
  • Aumento do número de micções, inclusive durante a noite;
  • Sensação de que a bexiga não esvazia completamente depois da micção;
  • Dor ou desconforto na porção inferior da coluna lombar, na região entre o ânus e o saco escrotal, na parte inferior do abdômen ou nas virilhas;
  • Urgência para urinar;
  • Dor ou leve desconforto ao ejacular ou após a ejaculação;
  • Diminuição do volume de urina;
  • Dor na região genital ou no pênis;
  • Febre baixa.
Quais as causas da prostatite?

Na maioria das vezes, a prostatite aguda é causada por bactérias. A infecção pode ter início quando bactérias que estão na urina ou no intestino chegam à próstata. Quando o tratamento com antibióticos não é suficiente para eliminar todas as bactérias e a infecção torna-se recorrente ou difícil de tratar, a prostatite é considerada crônica.

Além das infecções bacterianas, a próstata também pode ficar inflamada em casos de imunidade baixa, distúrbios do sistema nervoso e lesões na próstata ou na área ao redor. A prostatite também pode ter causa desconhecida.

Os fatores de risco para desenvolver prostatite incluem infecção urinária recente, episódio anterior de prostatite, uso de cateter, realização de cistoscopia (exame do interior da bexiga), infecções sexualmente transmissíveis e lesões causadas ao andar de bicicleta ou a cavalo.

Prostatite tem cura? Qual é o tratamento?

Prostatite tem cura. Contudo, a prostatite bacteriana crônica pode ser difícil de tratar e, mesmo após o tratamento, o risco da infecção voltar a aparecer é alto. O tratamento da prostatite é feito com medicamentos antibióticos, analgésicos e laxantes.

Os antibióticos normalmente são usados durante 4 semanas e são específicos para a bactéria que causou a infecção. Os analgésicos, como paracetamol, ibuprofeno ou outros de ação mais forte, servem para controlar a dor e a febre. Já os laxantes são usados para amolecer as fezes e aliviar a dor causada pela passagem do bolo fecal pelo intestino.

Os casos de prostatite aguda normalmente são curados com o tratamento adequado com antibióticos. Porém, é muito importante seguir o tratamento até o fim para evitar recaídas e para que a prostatite não se torne crônica.

O médico urologista é o especialista responsável pelo diagnóstico e tratamento da prostatite.