Se a doença for diagnosticada na fase inicial, o paciente tem uma grande chance de ficar curado. Quanto mais cedo a leucemia for detectada, melhor é a resposta ao tratamento e maiores são as probabilidades de cura.
O tratamento da leucemia deve levar em consideração o grau de avanço da doença, podendo incluir quimioterapia, radioterapia e imunoterapia.
O objetivo do tratamento é destruir as células cancerígenas para que a medula óssea possa voltar a produzir células sanguíneas normais. A terapia inclui quimioterapia, controle das complicações decorrentes das infecções e das hemorragias, além da prevenção ou do combate à doença no sistema nervoso central.
Como é o tratamento da leucemia aguda?
Nas leucemias agudas, o tratamento é feito com quimioterapia e inclui ainda o controle de complicações como infecções e hemorragias, bem como a prevenção ou combate da doença no cérebro e medula espinhal. Em alguns casos, pode ser necessário realizar um transplante de medula óssea.
O tratamento da leucemia é realizado em etapas. A primeira fase tem o objetivo de obter uma remissão completa da doença com quimioterapia.
Os resultados dessa primeira etapa do tratamento podem ser observados cerca de 30 dias depois do início da quimioterapia. Para confirmar a remissão da leucemia, os exames de sangue e da medula óssea não devem mais indicar a presença de células doentes.
Contudo, muitas vezes permanecem células cancerígenas na circulação e o tratamento precisa ser continuado para a leucemia não voltar.
As etapas seguintes do tratamento dependem do tipo de célula afetada pela leucemia. Nas leucemias linfoides, a duração do tratamento pode ser superior a 2 anos. Já nas leucemias mieloides, o tratamento tende a durar menos de 1 ano. A exceção é para a leucemia promielocítica aguda, cuja duração é de mais de 2 anos.
Leucemia linfoblástica aguda
O tratamento da leucemia linfoblástica na fase aguda é dividido em 3 fases: remissão, consolidação (tratamento com quimioterapia) e manutenção (tratamento mais leve e com vários meses de duração).
Durante o tratamento da leucemia linfoblástica aguda, a pessoa pode precisar ficar internada devido às infecções provocadas pela diminuição do número de glóbulos brancos (células de defesa) ou pelas complicações decorrentes do tratamento.
Leucemia mieloide aguda
Nesse tipo de leucemia, a etapa de manutenção só é mantida para casos específicos e complicados de leucemia, como a leucemia promielocítica aguda, que provoca hemorragias graves.
Nesses casos, os exames da medula óssea podem detectar mutações genéticas específicas e o tratamento é feito com quimioterapia e um medicamento administrado por via oral chamado tretinoina. Com a combinação de ambos tratamentos, as taxas de cura da leucemia são muito elevadas.
Como é o tratamento da leucemia crônica?
Leucemia mieloide crônica
Na leucemia mieloide crônica, não é usada quimioterapia. O tratamento para esse tipo de leucemia é feito com um medicamento oral específico que inibe a multiplicação das células cancerígenas. Se o tratamento falhar, pode então haver necessidade de quimioterapia ou transplante de medula óssea.
Leucemia linfocítica crônica
O tratamento da leucemia linfocítica crônica é realizado com quimioterapia, imunoterapia e medicamentos orais. O tipo de tratamento irá depender de fatores como idade, avanço da doença, presença de outras doenças e ainda da capacidade do paciente suportar a quimioterapia.
Radioterapia
A radioterapia pode ser indicada para as áreas com muitos gânglios linfáticos, já que a circulação linfática pode servir de meio para o câncer se espalhar para outros tecidos e órgãos do corpo.
Quimioterapia
A quimioterapia usada na leucemia é agressiva, não só para os glóbulos brancos doentes como também para as células normais.
Leia também: O que é quimioterapia e quais os diferentes tipos?
Daí ser normal os níveis de glóbulos brancos caírem com o tratamento, deixando o paciente suscetível a infecções. Nesses casos, pode haver necessidade de internação hospitalar.
O que é leucemia?
A leucemia é um câncer que afeta os glóbulos brancos (leucócitos) do sangue. A doença aumenta a produção de células do sangue pela medula óssea, levando a um acúmulo de células jovens na medula. Essas células jovens anormais acabam por substituir as células sanguíneas normais, caracterizando a leucemia.
Veja também: O que é medula óssea e para que serve?
A confirmação do diagnóstico da leucemia é feito através do mielograma. O exame consiste na retirada e análise de material do interior da medula óssea, localizada dentro do osso.
Assim que o diagnóstico da leucemia é confirmado, realiza-se uma tomografia computadorizada (TAC) para avaliar o grau de avanço da doença e determinar o tratamento.
O especialista responsável pelo diagnóstico e tratamento da leucemia é o médico hematologista.