A trombocitose, ou elevação no número de plaquetas, pode ter várias causas:
- Fisiológicas (não denotam doenças): exercício, trabalho de parto, uso de epinefrina, após hemorragia;
- Infecciosas e/ou inflamatórias: retocolite ulcerativa, poliarterite nodosa, artrite reumatóide, sarcoidose, cirrose hepática;
- Distúrbios do baço: após esplenectomia (retirada cirúrgica do baço), atrofia ou agenesia do baço, trombose da veia esplênica;
- Neoplasias: carcinomas, linfomas;
- Doenças hematológicas: síndromes mieloproliferativas, trombocitose familiar, anemia ferropriva (por deficiência de ferro), anemias crônicas, hemofilia, mieloma múltiplo;
- Miscelânea: após procedimentos cirúrgicos e traumas, doenças renais, síndrome de Cushing e uso de medicamentos (epinefrina, isotretinoína, vincristina).
A elevação das plaquetas pode ser discreta (quando não está muito acima do valor de referência), que provavelmente denota condição benigna, ou extrema, quando o número de plaquetas está muito aumentado, que pode significar doença hematológica.
Nas crianças (trombocitose infantil), as causas mais comuns são infecções, após cirurgias, anemia, hiperplasia adrenal congênita e exposição a drogas, como a metadona. A maioria dos casos é benigna e de resolução sem necessidade de tratamento específico.
Plaquetas altas podem não causar sintomas ou podem ocorrer náuseas, vômitos, perda de noção espacial (labirintite) e formigamento nas extremidades.
A avaliação da causa da trombocitose e se será necessário tratamento deverá ser feita pelo médico hematologista.