A única forma de curar a otosclerose é através de cirurgia. No caso da otosclerose do estribo, o tratamento cirúrgico consiste na substituição do estribo defeituoso por uma prótese. Já na otosclerose da cóclea, a operação consiste na colocação de um implante coclear.
Alguns medicamentos podem estabilizar a otosclerose ou diminuir a sua velocidade de progressão. Porém, a medicação não é capaz de melhorar a audição. Para isso, são indicados aparelhos auditivos.
Os aparelhos auditivos podem melhorar muito a audição quando a otosclerose não afeta a cóclea. Porém, a doença é progressiva e a surdez aumenta com o tempo, o que pode fazer com que o aparelho deixe de ser eficaz.
A cura da otosclerose do estribo pode ser conseguida através da cirurgia que substitui o estribo que está fixo ou com pouca mobilidade por uma prótese de teflon, platina ou titânio. A cirurgia, chamada de estapedotomia, é realizada através do canal do ouvido com o auxílio de um microscópio.
O procedimento também pode ser efetuado por meio de uma pequena incisão próxima ao ouvido. A operação pode ser realizada com anestesia local e sedação ou anestesia geral.
Apesar do elevado grau de sucesso do tratamento, a estapedotomia tem os seus riscos e complicações, podendo causar tontura, alterações no paladar, perda auditiva, zumbido no ouvido, perfuração de tímpano e fraqueza nos músculos da face.
Nos primeiros dias após a cirurgia, pode ocorrer tontura, que tende a desaparecer depois de algumas semanas. Embora seja raro, a tontura pode permanecer por mais tempo. Neste caso, são indicados medicamentos específicos para controlá-la.
Há casos em que a pessoa pode sentir um sabor desagradável na boca durante alguns dias depois da operação. A permanência definitiva dessa alteração é muito rara.
É normal haver alguma perda auditiva após uma cirurgia no ouvido. Contudo, raramente ocorrem perdas significativas de audição. Em alguns casos pode acontecer da audição não melhorar após a operação.
Outras consequências pouco comuns da cirurgia é a ocorrência de zumbido no ouvido e fraqueza dos músculos faciais durante o pós-operatório, que geralmente desaparecem em alguns dias.
A perfuração do tímpano é uma complicação muito rara e, quando ocorre, a membrana do tímpano é capaz de cicatrizar sozinha. A perfuração também pode ser fechada por meio de cirurgia.
A complicação mais grave da cirurgia para otosclerose é a perda total da audição, que pode acontecer se o nervo responsável pela audição for lesionado durante o procedimento ou se a operação não for bem executada.
Casos de otosclerose coclear são tratados através da colocação de um implante coclear. O implante é um dispositivo eletrônico formado por uma unidade interna e externa.
A primeira é introduzida na cóclea durante a cirurgia, enquanto que a segunda é uma espécie de aparelho auditivo que capta o som e transmite o sinal descodificado à unidade interna. Esta, por sua vez, transmite os impulsos elétricos diretamente para o nervo auditivo.
Enquanto que a substituição do estribo por uma prótese pode fazer a pessoa voltar a ouvir normalmente, o implante coclear não é capaz de devolver completamente a audição em casos graves de surdez.
O tratamento da otosclerose é da responsabilidade do médico otorrinolaringologista.