Quais as causas e sintomas do pólipo uterino?
A causa do pólipo uterino, ou endometrial, é hormonal. Nas mulheres em idade fértil, há duas hipóteses para o seu desenvolvimento: seria o resultado da ação do estrógeno, que induziria algumas células do endométrio a proliferar mais, ou consequência do decréscimo nos receptores de estrógeno e progesterona no endométrio.
Após a menopausa, não estão associados com altos níveis de estrógenos, porque o endométrio adjacente é atrófico. Os receptores de estrógenos e progesterona estão presentes em maior quantidade no epitélio glandular dos pólipos que no endométrio adjacente nesse período, sugerindo que esses receptores representam importante papel na fisiopatologia dos pólipos endometriais na pós-menopausa.
O risco de transformação maligna é pequeno e varia de 0,5 a 3%.
Na pós-menopausa, 70 a 75% das pacientes com pólipo endometrial são assintomáticas, tendo como único achado ocasional um espessamento endometrial, geralmente focal, à ultra-sonografia transvaginal. Quando sintomáticas, a manifestação clínica mais comum é o sangramento uterino anormal.
O diagnóstico de pólipo endometrial, na fase reprodutiva, é feito na maioria das vezes em pacientes sintomáticas, com sangramento uterino anormal, ou em pacientes inférteis submetidas à histeroscopia diagnóstica.
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Os pólipos cervicais também podem causar sinusorragia (sangramento nas relações sexuais), sangramento intermenstrual ou metrorragia (sangramentos fora do ciclo menstrual).
Se houver espessamento endometrial (maior ou igual a 5 milímetros) no período pós-menopausa ou imagem focal hiperecogênica em mulheres sintomáticas no período reprodutivo, a hipótese diagnóstica de pólipo endometrial pode ser aventada.
Em caso de suspeita de pólipos uterinos, um médico ginecologista deverá ser consultado. Ele poderá avaliar detalhadamente, através de anamnese e exame físico, qual é o seu diagnóstico correto, orientá-la e prescrever o melhor tratamento.