Os sintomas dos transtornos de ansiedade variam conforme o tipo de transtorno. São 4 tipos principais: transtorno do pânico, transtorno de ansiedade social (fobia social), transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) e transtorno de ansiedade generalizada.
É preciso diferenciar entre cada um destes no momento do diagnóstico para que possa ser orientada a terapêutica adequada.
1. Se for transtorno do pânico
Os sintomas desse transtorno de ansiedade geralmente ocorrem em locais abertos (agorafobia), especialmente quando a pessoa está sozinha.
Suas principais manifestações incluem sensação de sufocação (geralmente acompanhada de sensação de morte iminente), aumento da frequência cardíaca e respiratória, tontura, aumento da transpiração, tremores, sensação de perda do controle ou de "estar enlouquecendo" e ainda distúrbios gastrointestinais.
Os sintomas do transtorno do pânico são marcados por ataques agudos de intensa ansiedade, que começam repentinamente em qualquer tipo de ambiente. O tempo de duração de uma crise pode ser de até meia hora.
A pessoa que tem esse transtorno de ansiedade acaba por ter a qualidade de vida muito prejudicada, pois o medo de ter novos ataques gera ansiedade e medo.
Mais da metade das pessoas com ataques de pânico também apresentam sintomas de transtorno depressivo e a maioria delas é composta por mulheres.
2. Se for transtorno de ansiedade social (fobia social)
Os sintomas do transtorno de ansiedade social se manifestam quando a pessoa está em contato com os outros, especialmente estranhos. Os sinais e sintomas podem incluir tremores, transpiração excessiva, vermelhidão no rosto, dificuldade de concentração (não consegue lembrar-se de algumas coisas), palpitações, tontura e sensação de desmaio.
O transtorno de ansiedade social, também chamado de fobia social, tem como principal sintoma o medo exagerado e frequente de situações nas quais o indivíduo tem que desempenhar alguma tarefa em frente a outras pessoas ou tem que enfrentar alguma situação social.
Pessoas que sofrem do transtorno de ansiedade social têm muito medo de passar por situações humilhantes ou embaraçosas em público devido ao medo de rejeição, ou desaprovação.
A ansiedade gerada por situações sociais, torna essas pessoas muito críticas e rígidas em relação a elas mesmas, prejudicando inclusive a sua maneira de comunicar.
3. Se for transtorno obsessivo-compulsivo (TOC)
Os sinais e sintomas desse tipo de transtorno de ansiedade caracterizam-se por obsessões, ideias obsessivas, compulsões ou rituais. As ideias obsessivas e as obsessões muitas vezes estão relacionadas com sexo, religião, dúvidas ou contaminação das mãos, ou objetos.
Muitas vezes, as compulsões estão relacionadas com rituais de limpeza, verificação da luz ou trinco da porta e contagens.
Por vezes o paciente toma dezenas de banhos no mesmo dia, de acordo com um esquema pré-estabelecido, lava as mãos toda vez que encosta em certo tipo de objeto, entre outros rituais.
Tais pessoas acreditam que fazer esses rituais impedem o acontecimento de algo trágico, como a morte de um familiar, por exemplo. Ou então, se não realizam a tarefa, ficam ansiosas.
Em geral, esse tipo de transtorno de ansiedade começa a se manifestar na fase final da adolescência, embora também ocorra em crianças.
4. Se for transtorno de ansiedade generalizada
O principal sintoma do transtorno de ansiedade generalizada é a expectativa ou apreensão exagerada, ou mórbida. A pessoa passa a maior parte do tempo excessivamente preocupada com alguma coisa e não consegue se controlar. A ansiedade é excessiva e não condiz com a realidade.
O paciente também experimenta sintomas de inquietude, cansaço, dificuldade de concentração, irritabilidade, tensão muscular, insônia, aumento da transpiração, angústia, aumento dos batimentos cardíacos, falta de ar, medo, entre outros sintomas.
Para ser diagnosticado, os sintomas do transtorno de ansiedade generalizada devem estar presentes há pelo menos 6 meses.
Vale lembrar que a ansiedade, por si só, é uma reação natural do organismo para preparar o corpo para determinadas situações (“luta” ou “fuga”). Ela só é patológica quando prejudica a vida da pessoa e provoca sofrimento intenso.
Em caso de suspeita de transtorno de ansiedade, um médico (preferencialmente o psiquiatra) deverá ser consultado. Ele poderá avaliar detalhadamente, através de anamnese e eventuais exames complementares, qual é o seu diagnóstico correto, orientá-lo e prescrever o melhor tratamento, caso a caso.