Não, não é normal, deve levá-lo de volta ao hospital para investigar e tratar a causa dessa febre.
A febre em geral é um sinal de que algo não está bem no organismo e seu sistema imunológico e regulador da temperatura está reagindo para combater.
Portanto, um procedimento cirúrgico pode e causará alterações e reações no organismo, mas não um quadro de febre persistente (que melhora, "mas volta logo"). Por isso, o mais indicado é que retorne ao hospital aonde foi operado.
Qual temperatura é considerada febre?Os valores de temperatura considerados febre, na literatura brasileira são de:
- Temperatura oral - entre 36 e 37,8ºC;
- Temperatura axilar - entre 36,6 e 37,2ºC e
- Temperatura retal - cerca de 0,6ºC maior do que a oral.
Sabendo que, as temperaturas possuem níveis menores por volta das seis da manhã e maiores entre quatro e seis da tarde, devido a variação hormonal e ação do hipotálamo, órgão regular da nossa temperatura corporal.
Causas de febre no pós-operatório de apendiciteA febre no pós-operatório, tanto de apendicite quanto outras patologias, infelizmente não é incomum, sendo encontrada em 22 a 33% dos casos. As causas para a febre estão diretamente relacionadas a fatores como tipo de cirurgia, tempo de cirurgia, comorbidades e o tempo em que a febre foi iniciada.
Todos os fatores são importante, porém é fundamental saber quanto tempo após a cirurgia a febre foi iniciada. O tempo decorrido direciona a equipe médica para as principais condições e com a investigação mais específica, chegar a um diagnóstico preciso e rápido.
Casos de febre iniciada durante a cirurgia (febre intraoperatória) → Sugere infecção preexistente ou transfusional, caso tenha sido realizada transfusão de hemoderivados;
Casos de febre nas primeiras 72h do pós-operatório → Sugere complicações pulmonares, como pneumonia e atelectasia pulmonar, lesão de um órgão interno durante a cirurgia, flebite (inflamação de veia superficial) ou infecção da ferida operatória;
Casos de febre após 72 horas do pós-operatório → Nesses casos, a principal causa passa a ser a infecção urinária e infecção relacionada a algum cateter utilizado durante a cirurgia. E novamente, lesão de outro órgão durante a cirurgia e uma infecção na ferida operatória.
Sendo assim, nossa orientação é para que retorne com ele para o hospital aonde estava internado para ser reavaliado imediatamente.
Se ela estiver sem água pode entrar quando quiser desde que fique dentro dela em repouso, se houver água nela deve esperar uns 10 dias para entrar desde que fique dentro dela em repouso, porém se não for ficar parado deve esperar 60 dias para entra na piscina.
Sim. A mulher que já fez cirurgia de apendicite pode engravidar normalmente.
A cirurgia para retirada do apêndice inflamado e/ou infectado não interfere na fertilidade da mulher e não apresenta riscos à gravidez.
O apêndice é um órgão localizado no início do intestino grosso. Quando ele está inflamado ou infectado, é indicada realização de cirurgia para sua retirada devido ao risco de ruptura. A cirurgia pode ser feita por diferentes técnicas, porém, nenhuma delas influenciará na possibilidade da mulher engravidar no futuro.
A mulher que pretende engravidar deve se preparar devidamente para garantir uma vida saudável para si e para seu/sua bebê. Nesses cuidados inclui, por exemplo, o uso de ácido fólico para prevenir defeitos de formação do tubo neural. Procure o/a ginecologista, médico/a de família ou clínico/a geral para uma consulta pré-concepcional.
Sim. Alguns pacientes podem sentir ainda desconforto no local da cirurgia mesmo após 60 dias de cirurgia, principalmente quando estão presentes alguns fatores como:
Tipo de cirurgiaNos casos de cirurgias abertas como a laparotomia, por ser uma abordagem mais ampla, costuma envolver mais órgãos e estruturas, e por isso leva mais tempo para que ocorra a cicatrização completa e o término dos sintomas.
Tempo de cirurgiaCirurgias com rotura de apêndice, ou qualquer outra complicação, que consequentemente leve a uma cirurgia mais longa também contribuem para uma cicatrização mais lenta e sintomas mais prolongados.
Fatores clínicosA idade do paciente, se é portador de alguma doença crônica, como a diabetes ou se faz uso de medicamentos regulares que interfiram no processo de cicatrização, podem retardar a melhora do processo de pós-operatório.
OutrosPodemos citar ainda, alimentação balanceada, o grau de atividade ou esforço físico realizado ao retornar suas atividades de trabalho entre outros.
De qualquer forma, o mais adequado é que entre em contato com seu médico assistente, que realizou a cirurgia, para que seja reavaliado, esclareça suas dúvidas e seja devidamente orientado.
Saiba mais sobre o assunto nos links:
- Fiz uma cirurgia de apêndice há 30 dias e estou com dores, fisgadas na barriga e dor para evacuar. O que pode ser?
- Qual é o tempo de recuperação de uma cirurgia de apendicite?
- O que posso comer após cirurgia da apendicite?
- Estou com dores do lado direito depois da cirurgia de apendicite. Apendicite pode voltar?
É importante procurar um serviço médico para avaliar o seu caso clínico. Como você já tirou apêndice, provavelmente não é apendicite. De qualquer forma, precisa ser investigado.
Apendicite é um processo inflamatório e infeccioso do apêndice, um órgão intestinal localizado na região inferior direita do abdômen. Quando se realiza a cirurgia de apendicite, o apêndice é retirado e, por isso, não é possível haver outro episódio de apendicite.
Após a cirurgia, a região da cicatriz pode ficar sensível e devido ao processo de cicatrização, pode haver formação de bridas intestinais, que ocorrem entre as alças intestinais. Essas bridas pode causar desconforto e dores, o que pode justificar o retorno da dor do lado direito. Porém, essa dor é bem diferente da dor de apendicite e, geralmente, possui menor intensidade além de não vir acompanhada de outros sintomas como vômito, febre, etc.
Outras patologias e situações podem explicar a dor do lado direito inferior do abdômen como por exemplo: ovulação, cisto no ovário, gravidez ectópica, constipação ou infecção intestinal.
Caso essa dor seja persistente, procure um serviço de saúde para uma avaliação.
A apendicite apresenta risco durante a gravidez se houver demora no diagnóstico a ponto de provocar perfuração do apêndice e consequente infecção completa do abdômen (peritonite).
A apendicite aguda é uma das situações em que se deve realizar cirurgia na mulher gestante.
Por causa do crescimento do útero e a reorganização dos órgãos abdominais, nem sempre os sintomas de apendicite na gravidez são os mesmo sintomas nas pessoas não grávidas. A apendicite na gravidez pode começar com dor abdominal que depois se concentra no quadrante inferior direito do abdômen, acompanhada de náusea, vômito e febre que não ultrapassa os 38ºC. Pode apresentar também azia, irregularidade intestinal, mal estar e diarreia.
Ao avaliar a paciente, o/a médico/a pode solicitar ultrassom abdominal, tomografia ou ressonância para elucidação do diagnóstico. A cirurgia é realizada sem afetar o feto e sem interferir na gravidez.
Caso o diagnóstico de apendicite demore para ser feito e a gestante demore procurar a emergência, há chances de perfuração do apêndice e extravasamento do conteúdo infectado (pus e fezes) para a cavidade abdominal e, assim, aumentar os riscos de parto prematuro ou perda fetal. Essa situação é rara e normalmente difícil de acontecer, pois a dor da apendicite costuma ser intensa.
É importante realizar o acompanhamento das consultas do pré-natal de rotina e em casos de dores súbitas, a mulher deve procurar os serviços de urgência.
Não. A mulher que já fez cirurgia de apendicite pode engravidar normalmente.
A cirurgia para retirada do apêndice inflamado e/ou infectado não interfere na fertilidade da mulher e não apresenta riscos à gravidez futura.
O apêndice é um órgão localizado no início do intestino grosso. Quando ele está inflamado ou infectado, é indicada realização de cirurgia para sua retirada devido ao risco de ruptura. A cirurgia pode ser feita por diferentes técnicas, porém, nenhuma delas influenciará na possibilidade da mulher engravidar no futuro.
A mulher que não pretende engravidar deve usar algum método contraceptivo de longa duração (pílulas anticoncepcionais, DIU, adesivos, anel vagina, etc) associado com o preservativo em toda relação sexual. A camisinha, além de evitar gravidez, previne contra as doenças sexualmente transmissíveis.
Sim. Pode ser, embora seja esperado que um quadro de apendicite apresente outros sintomas associados, como mal-estar, falta de apetite e febre, nem sempre isso acontece, principalmente no início da doença.
O Raio X é um exame que emite radiações, as quais são melhor absorvidas por tecidos como os ossos, e menos absorvidas por tecidos moles, como músculos ou líquidos, por isso fica mais difícil o diagnóstico de abscesso, ou "bola de pus" apenas com esse exame.
Entretanto, algumas vezes, imagens como o simples Raio X, sugerem um processo infeccioso ou abscesso, e devido aos riscos conhecidos de um diagnóstico "atrasado" de apendicite, nesses casos é mandatório continuar a investigação, com avaliação médica criteriosa e se necessário, complementar com exames mais específicos.
Portanto, deve procurar uma emergência médica, para ser avaliado por cirurgião/ã geral, de preferência, e seguir suas orientações de tratamento.
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A apendicite aguda se inicia com sintomas muito inespecíficos, sendo os primeiros sinais: dor na barriga, ao redor do umbigo, náuseas e falta de apetite.
Portanto, é preciso estar atento a pequenos sinais como: a dor piorar com o movimento, tosse ou respiração profunda, uma dor que aos poucos se localiza do lado direito da barriga e a perda de apetite, sem outra causa aparente.
Após algumas horas, a apendicite já começa a apresentar sintomas mais específicos, o que facilita o seu diagnóstico, como:
1. Dor do lado direito da barrigaA dor passa a se localizar na região inferior à direita da barriga. Onde o apêndice se localiza. A dor se torna mais intensa, com dificuldade para se movimentar ou tocar na barriga. Pode haver ainda um sinal bem característico, chamado sinal de Blumberg, quando o médico comprime essa região e solta rapidamente, causando uma dor excruciante.
2. FebreA febre tem início em média, de 12 a 24h após o início dos sintomas.
3. Diarreia ou constipaçãoA alteração no hábito intestinal é mais um sintoma comum da apendicite. Primeiro é comum haver episódios de diarreia, mas depois, devido ao edema e reação ao redor do apêndice, pode haver uma dificuldade na passagem das fezes, resultando em constipação.
4. "Barriga dura"O abdomen da pessoa com apendicite, com o passar das horas se torna mais rígido, a barriga fica "dura", por vezes comparada a uma "tábua", e tão dolorida que não é possível tocar sem causar dor intensa. Nesse momento, já é considerado um estágio mais avançado da apendicite e risco do apêndice estar rompido.
O exame de imagem, seja Raio-X ou tomografia, já consegue evidenciar a presença de ar nessa região, que só é encontrado se houve ruptura do intestino.
Sintomas de apendicite na criançaOs sintomas são semelhantes àqueles encontrados nos adultos, além da distensão da barriga.
Dependendo da idade e formas de se comunicar, nem sempre a criança consegue explicar aquilo que sente, por isso esteja atento aos seguintes sinais e sintomas:
- Dor na barriga, ao redor do umbigo,
- Recusa alimentar,
- Vômitos e
- Distensão abdominal (barriga inchada).
As crianças menores de 1 ano, raramente apresentam apendicite devido à forma do órgão que ainda se apresenta como um "funil", dificultando uma obstrução. No entanto, se acontecer, os bebês apresentam maior risco de infecção generalizada, pela dificuldade em fazer um diagnóstico rápido. Os sintomas nesse caso são de: Inquietude, recusa alimentar, febre alta, distensão abdominal e sonolência.
A idade com maior incidência da doença é o início da adolescência, quando o apêndice já terminou o seu crescimento, e adota a forma de "saco", podendo sofrer as obstruções.
Tratamento da apendiciteO tratamento é cirúrgico de urgência! Mesmo em estágios iniciais ou com sintomas leves, se existe a suspeita de apendicite, é preciso procurar imediatamente uma emergência médica.
Todo caso de apendicite é cirúrgico e deve ser feito tão logo seja diagnosticado, para evitar a apendicite supurada e riscos de infecção grave.
Na suspeita de apendicite, procure imediatamente um serviço de emergência médica.
O que é apendicite aguda?Apendicite aguda é a inflamação do apêndice. O apêndice é um pequeno órgão, localizado no começo do intestino grosso, como se fosse um prolongamento do intestino, que se assemelha a um "saco" ou um "dedo de luva", responsável por produzir anticorpos para o organismo, embora em pequena quantidade.
O apêndice fica localizado na porção inicial do intestino grosso, do lado direito da barriga, na região mais próxima da virilha direita, na região inferior direita do abdomen.
Apêndice - localizado na região inferior direita do abdomen. Causas de apendicite agudaAs causas mais frequentes para a inflamação deste pequeno órgão são:
1. Acúmulo de fecalitos, que contribuem para a maior proliferação de bactérias locais, que causam edema e inflamação na parede do apêndice, com consequente obstrução do órgão,
2. Proliferação exagerada de bactérias intestinais, devido à infecção, como nos casos de gastroenterites (virais ou bacterianas),
3. Presença de parasitas intestinais, que podem se acumular formando "bolas de vermes", e assim, obstrução desse "saco",
4. Presença de corpo estranho, mais comum em crianças pequenas que colocam pequenos objetos na boca,
5. Tumor. Os tumores carcinóides, por exemplo, não são raros de serem encontrados nessa localização e dependendo da região e crescimento, levam a obstrução e apendicite. O que acaba por favorecer, devido ao diagnóstico precoce de um tumor, acidentalmente.
Pode interessar ainda, os artigos:
- O que é apendicite supurada e quais os riscos?
- Qual é o tempo de recuperação de uma cirurgia de apendicite?
Referências:
- Sociedade Brasileira de Pediatria
- Ronald F Martin, et al.; Acute appendicitis in adults: Clinical manifestations and differential diagnosis. UpToDate: Feb 26, 2020.
- David E Wesson, et al.; Acute appendicitis in children: Clinical manifestations and diagnosis. UpToDate: Oct 23, 2019.
Apendicite aguda é uma condição na qual o apêndice vermiforme fica inflamado. O apêndice é um pequeno “saco”, localizado no intestino grosso. A principal causa da apendicite é a obstrução do apêndice provocada por fezes, corpo estranho, tumor ou parasita.
Apêndice vermiforme inflamado (apendicite aguda) Quais são os sintomas da apendicite aguda?O primeiro sintoma da apendicite aguda geralmente é a dor ao redor do umbigo ou na parte central e superior do abdômen. A dor na barriga pode ser leve no início, mas torna-se mais aguda e intensa. Outros sintomas iniciais da apendicite podem incluir perda de apetite, náuseas, vômitos e febre baixa.
A dor tende a irradiar para a porção inferior direita do abdômen, 12 a 14 horas depois do início dos primeiros sinais e sintomas. As dores podem piorar ao caminhar, tossir ou fazer movimentos bruscos. Nessa fase, a pessoa pode apresentar calafrios, tremores, endurecimento das fezes, diarreia, febre, náuseas e vômitos.
Os sintomas da apendicite aguda podem variar, podendo ser difícil de detectar em crianças pequenas, adultos mais velhos e mulheres em idade reprodutiva.
Qual é o tratamento para apendicite aguda?O tratamento da apendicite aguda é feito através de cirurgia, que consiste na retirada do apêndice vermiforme. Se a tomografia computadorizada indicar a presença de abscesso, pode ser necessário tomar antibióticos. Nesses casos, a cirurgia é realizada após o desaparecimento da infecção e da inflamação.
A maioria das pessoas com apendicite aguda recupera-se rapidamente após a cirurgia, desde que o apêndice seja retirado antes de se romper.
Se houver ruptura do apêndice antes do procedimento cirúrgico, a recuperação pode levar mais tempo. Nesses casos, aumentam os riscos de complicações, como formação de abscesso, obstrução intestinal, infecção generalizada no abdômen (peritonite) e infecção da ferida após a cirurgia.
A apendicite aguda é uma emergência médica. Em caso de suspeita de apendicite, procure atendimento médico imediatamente.