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Cisto sinovial pode virar câncer?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Não, cisto sinovial não vira câncer. Trata-se de um tumor benigno, sem possibilidades de evoluir para um tumor maligno (câncer).

O comportamento de um tumor benigno é bem diferente daquele do tumor maligno. Isso significa que o cisto sinovial não invade tecidos vizinhos e também não apresenta riscos de se disseminar para outras partes do corpo, como acontece no câncer.

Apesar de não oferecer riscos à saúde geral do paciente, o cisto sinovial pode crescer e comprimir estruturas vizinhas, causando dor e perda da mobilidade e força da articulação afetada. Nesses casos, o tratamento cirúrgico é necessário.

Contudo, há casos em que o cisto sinovial desaparece espontaneamente ou não causa nenhum sintoma ou desconforto, não sendo necessário nenhum tipo de tratamento nessas situações.

Consulte um médico de família para uma avaliação inicial do cisto sinovial.

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Cisto pilonidal tem cura? Qual o tratamento?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Cisto pilonidal tem cura através de tratamento cirúrgico, no qual o cisto pilonidal é removido e o local é suturado ("costurado"). Porém, o fechamento cirúrgico da lesão só pode ser feito se o cisto não estiver inflamado ou infeccionado.

Por isso, o melhor momento para a realização da cirurgia é quando a lesão não apresenta sinais ou sintomas de inflamação, como dor, vermelhidão e inchaço.

Na presença de infecção, realiza-se primeiro um tratamento com antibióticos e uma drenagem parcial do cisto, deixando a cirurgia para uma outra fase.

Após a remoção cirúrgica do cisto pilonidal, a área operada deve ser bem higienizada e desinfetada. Também pode ser necessário remover os pelos próximos ao local para que não entrem na ferida.

A retirada do cisto pilonidal através de cirurgia é indicada quando ocorrem inflamações constantes e aumento de tamanho do cisto, causando muito incômodo. Mesmo após a operação, o cisto pode voltar em cerca de 12% dos casos.

O que é um cisto pilonidal?

O cisto pilonidal é uma bolsa de pele preenchida com pelos, restos celulares, glândulas sebáceas e sudoríparas, que surge na região do cóccix. Trata-se de um processo inflamatório crônico que normalmente está associado à presença de pelos. Um vez infeccionado, o cisto forma um abscesso que causa muita dor.

Essas bolsas de pele se formam durante o desenvolvimento embrionário e geralmente são eliminadas. Porém, algumas podem ficar ocultas na pele, sendo chamadas fendas embrionárias. Se as fendas forem grandes o bastante para inflamar ou serem perceptíveis a olho nu, são chamadas de cisto pilonidal.

Quando o cisto está inflamado, pode formar pus e vazar, causando bastante dor quando a pessoa está sentada.

Quais as causas do cisto pilonidal?

Em geral, o cisto pilonidal é formado em locais com pelo encravado. Permanecer muito tempo na posição sentada, o uso de roupas apertadas, entre outras condições que possam provocar atrito ou pressão e empurrar o pelo para dentro da pele, podem originar o cisto pilonidal. O pelo é reconhecido pela pele como um corpo estranho, que forma então um cisto em torno do mesmo.

A origem do cisto pilonidal também pode estar na rotura de um folículo piloso, causada pelo estiramento da pele e pelos movimentos que acontecem nas suas camadas mais profundas. Nesses casos, o cisto é formado ao redor do folículo.

Há ainda alguns fatores de risco que aumentam as chances de formação do cisto pilonidal, como obesidade, sedentarismo, permanecer muitas horas na posição sentada, excesso de pelos no corpo, falta de higiene e presença de pelos muito espessos.

Quando o cisto está infeccionado ou inflamado, forma-se um abcesso dolorido no local. A pele fica vermelha e ocorre saída espontânea de secreção com sangue e pus.

Esse tipo de cisto é cerca de 3 vezes mais comum em homens, sobretudo a partir dos 30 anos de idade, sendo frequente em pessoas que permanecem muitas horas sentadas.

Quais são os sinais e sintomas de um cisto pilonidal?

O cisto pilonidal geralmente começa a se manifestar como uma inflamação na região do cóccix, causando dor ou desconforto, principalmente quando a pessoa está sentada. O início dos sinais e sintomas normalmente ocorre na adolescência e no início da idade adulta.

À medida que o processo inflamatório evolui, é possível notar um nódulo de consistência mole, com até 5 cm de diâmetro. É comum a presença dos sinais e sintomas típicos de uma inflamação, como dor, vermelhidão e aumento da temperatura local.

Uma vez que o cisto pilonidal contém glândulas sudoríparas no seu interior, o calor tem tendência para agravar o quadro. A temperatura elevada no local aumenta a transpiração e o suor se acumula no cisto, causando inflamação ou infecção.

Em casos muito raros, quando o cisto pilonidal é crônico e permanece infectado por muito tempo, sem tratamento adequado, pode haver evolução para carcinoma, um tipo de câncer de pele.

O tratamento do cisto pilonidal é da responsabilidade da equipe médica cirúrgica (Cirurgia Geral ou Cirurgia Plástica) ou da equipe da Dermatologia.

Cisto pilonidal pode virar câncer?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sim, cisto pilonidal pode virar câncer mas é muito raro, ocorrendo sobretudo em casos crônicos e recorrentes. O risco do cisto pilonidal evoluir para carcinoma epidermoide, um tipo de câncer de pele, é de apenas 0,02% a 0,1%.

Apesar do carcinoma epidermoide ou espinocelular, como também é conhecido, ser o mais frequente nesses casos, o cisto pilonidal também pode evoluir para outros tipos de câncer, como carcinoma basocelular, sarcoma e melanoma.

A malignização do cisto pilonidal é desencadeada pelo processo inflamatório crônico. Trata-se de uma evolução tardia e rara desses cistos, observada tipicamente em situações negligenciadas, em que os cistos não foram tratados e permaneceram inflamados por muito tempo.

O carcinoma espinocelular tem um crescimento lento, mas o seu comportamento é agressivo, com alto índice de recidivas e metástases (desenvolvimento do câncer em órgãos distantes da origem do tumor).

Por isso, o diagnóstico da doença deve ser precoce. O tratamento é cirúrgico e consiste na remoção do tumor, incluindo uma ampla área ao seu redor.

Em alguns casos, o câncer só é detectado quando a doença já invadiu estruturas vizinhas, dificultando as chances de cura.

Para evitar uma eventual "transformação" do cisto pilonidal em câncer, recomenda-se realizar um tratamento efetivo e precoce do cisto, principalmente se ele estiver constantemente inflamado.

Para maiores esclarecimentos, consulte o/a médico/a da Cirurgia Geral, Cirurgia Plástica ou Dermatologia.

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Cisto no fígado pode virar câncer?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

O risco de um cisto no fígado virar câncer é baixo, já que a grande maioria dos cistos hepáticos é benigna e não apresenta riscos de transformação maligna. Contudo, alguns tipos de cistos, como o cistoadenoma, pode evoluir para câncer em alguns casos.

Os cistoadenomas são considerados tumores pré-cancerígenos, com potencial para se transformarem em tumores malignos conhecidos como cistoadenocarcinomas. Felizmente, os adenomas representam apenas 5% dos cistos hepáticos. 

As pessoas com mais chances de terem um adenoma são as mulheres que tomam pílula anticoncepcional há mais de 5 anos. Homens que fazem uso de anabolizantes também têm maior probabilidade de desenvolver cistoadenoma no fígado.

Além das chances de malignização, esse tipo de cisto hepático pode causar sangramentos e infecções. 

Nos exames de imagem, as principais características que levantam suspeitas de que o cisto no fígado é, ou pode virar câncer são as suas marges irregulares, a forma ovalada e a presença de septações e calcificações no interior do tumor. É assim que tipicamente se apresentam os cistoadenomas (cistos pré-cancerígenos) e os adenocarcinomas (tumores malignos).

Por isso, o tratamento para os adenomas consiste na sua remoção cirúrgica. A cirurgia deve ser realizada tão logo o cisto seja diagnosticado. A ecografia é o primeiro exame mais usado para diagnosticar o tipo de tumor.

Porém, em alguns casos, pode ser necessário fazer tomografia computadorizada, ressonância magnética, cintilografia e exames de sangue para determinar com precisão se o cisto hepático é câncer ou pode originar a doença.

Contudo, para a grande maioria dos cistos no fígado, que são tumores benignos, muitas vezes o tratamento não é necessário. A cirurgia é indicada nos casos em que o cisto cresce muito e comprime outros órgãos que estão ao seu redor, como o estômago e a vesícula, ou ainda quando causa sangramentos.

Em geral, os cistos hepáticos não manifestam sintomas, exceto nos casos de cistos grandes que podem comprimir órgãos e estruturas próximas. Ainda assim, essas situações são raras e poucas vezes observadas.

O hepatologista é o especialista indicado para diagnosticar e tratar, quando necessário, os cistos hepáticos.

Cisto pilonidal pode voltar após cirurgia?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sim, o cisto pilonidal pode voltar após a cirurgia. As chances de recidiva variam entre 2% e 27%, de acordo com a técnica cirúrgica utilizada:

  • Marsupialização: 4%;
  • Eletrocauterização: 2% a 12%;
  • Incisão e curetagem: 10% a 27%;
  • Ressecção com fechamento primário (cirurgia fechada com pontos): 0% a 20%;
  • Ressecção com fechamento secundário (cirurgia aberta, a ferida cicatriza sozinha, sem pontos ): 12% a 16%;
  • Retalho cutâneo de Limberg: 2% a 5%.

A cirurgia fechada com retalhos cutâneos ("pedaços de pele") parece ter os melhores resultados gerais no pós-operatório, com pouca dor, retorno rápido às atividades diárias, poucas complicações e baixo risco do cisto pilonidal voltar.

A técnica consiste na remoção do cisto e fechamento do local da lesão com retalhos cutâneos, associando procedimentos de cirurgia plástica aos métodos cirúrgicos tradicionais.

Esse procedimento diminui o longo tempo de cicatrização das cirurgias abertas e elimina as complicações comuns dos métodos fechados. Suas principais vantagens são:

  • Baixas taxas de recidiva: A chance do cisto pilonidal voltar é de cerca de 12%;
  • Método pouco doloroso: A maioria dos pacientes não precisa tomar analgésicos pós-operatório;
  • Poucas chances de complicações: Cerca de 70% dos casos não apresentam complicações após a cirurgia;
  • Rápida recuperação: Permite andar e retornar às atividades habituais precocemente.

O tratamento cirúrgico do cisto pilonidal é a única forma de curar definitivamente o problema, mas existe muita discussão quanto à melhor técnica que deve ser utilizada.

Cabe à equipe médica cirúrgica ou dermatológica esclarecer o/a paciente quanto à técnica empregada, bem como as suas vantagens e desvantagens.

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É possível engravidar tendo cisto de Naboth?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sim, é possível engravidar tendo cisto de Naboth

O cisto de Naboth não constitui nenhuma dificuldade para a mulher que deseja engravidar.

cisto de Naboth é um pequeno cisto que se forma na superfície do colo do útero pela obstrução das glândulas de Naboth ali localizadas. Eles constituem uma condição benigna e podem desaparecer espontaneamente.

Em geral, após 12 meses consecutivos de tentativa de engravidar sem êxito, a mulher juntamente com seu companheiro devem realizar uma consulta com médico/a de família, clínico/a geral ou ginecologista para uma avaliação da fertilidade do casal.

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Qual o tratamento para cisto de Naboth?
Dra. Ângela Cassol
Dra. Ângela Cassol
Médico

Usualmente, não é necessário tratamento para o cisto de Naboth.  Em casos muito raros, os cistos podem aumentar muito de tamanho, alterando a forma do útero. Nesta situação, o ginecologista pode remover o cisto com um eletrocautério ou bisturi, procedimento que pode ser realizado ambulatorialmente.

Cisto de baker tem cura? Qual o tratamento?
Dra. Ângela Cassol
Dra. Ângela Cassol
Médico

O cisto de Baker tem cura e na maioria dos casos não requer tratamento. Nas crianças que apresentam cisto de Baker e são tratadas sem cirurgia, metade apresentará remissão total ou parcial e, apesar do tratamento cirúrgico, a recorrência de cisto em crianças é de aproximadamente 40%.

Nas crianças com sintomas dolorosos persistentes, pode ser indicada a excisão cirúrgica. Neste caso, o procedimento é realizado com a paciente em decúbito ventral (de barriga para baixo), e é feita uma incisão atrás do joelho, por onde se disseca o cisto e retira-o.

Nos adultos, na maioria dos casos, o tratamento do cisto de Baker não exige cirurgia. A ressecção isolada do cisto de Baker normalmente é suficiente para fazer o tumor regredir. Do mesmo jeito, a aspiração e injeção local de corticosteroides é uma medida temporária, pois apresenta alta taxa de recorrência do cisto.

Sendo assim, quando se opta pelo tratamento conservador, o cisto de Baker é apenas observado. Nestes casos, pode-se fazer aspiração e infiltração de corticosteroides para trazer algum alívio.

O tratamento cirúrgico do cisto de Baker demanda priorizar a abordagem à lesão intra-articular associada, usualmente realizado por via artroscópica. Nesta cirurgia, aborda-se somente à lesão associada, pois o cisto de Baker frequentemente apresenta redução de volume ou remissão após o procedimento artroscópico.

Em casos selecionados, quando o cisto de Baker não regride e persiste causando desconforto, considera-se a ressecção aberta. Nesse caso, é feita uma incisão atrás do joelho, dissecção do cisto e remoção desde sua base. Na base, é feito um ponto de fechamento para prevenir a sua recorrência.

O tratamento do cisto de Baker deve ser orientado pelo médico ortopedista.

Quem tem cisto unilocular pode engravidar?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sim, quem tem cisto unilocular pode engravidar, embora esses cistos sejam mais comuns em mulheres que estão na pós-menopausa. Os cistos uniloculares são cistos de ovário simples e a presença deles não impede a gravidez, não causa infertilidade, nem diminui a fertilidade.

A maioria dos cistos uniloculares regride espontaneamente, sem necessidade de tratamento, apenas acompanhamento. Contudo, em caso de ruptura, torção, aumento de volume ou aparecimento de septos ou várias cavidades no interior do cisto, há necessidade de intervenção cirúrgica. Na cirurgia, pode ser retirado apenas o cisto ou o ovário, dependendo do tipo de cisto e da idade da mulher.

No entanto, mesmo que haja a remoção total do ovário, a mulher ainda pode engravidar pois o outro ovário continuará produzindo óvulos.

O/a médico/a ginecologista ou médico/a de família poderá tirar eventuais dúvidas e fazer a avaliação e o acompanhamento necessário.

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Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Ter cistos no ovário é bastante comum entre as mulheres, isso não impossibilita a mulher de engravidar. Além disso, cisto não necessariamente desregula a menstruação. Ou seja, você pode engravidar mesmo tendo cisto.

Os cistos encontrados nos ovários são decorrentes dos folículos que não foram desenvolvidos o suficiente para formar o óvulo. Os folículos são estruturas encontradas nos ovários, que quando estimulados adequadamente, pelos hormônios femininos, se desenvolvem dando origem ao óvulo, que será liberado para as trompas e seguir em direção ao útero para que ocorra a ovulação.

Os cistos no ovário geralmente não manifestam sintomas. Quando presentes, os sintomas mais comuns são a dor e o atraso no período menstrual.

A presença de cisto no ovário pode provocar ainda outros sinais e sintomas, como inchaço no abdômen, dificuldade para engravidar, dor durante ou após a menstruação, dor ao evacuar, dor pélvica pouco antes ou depois do início do período menstrual e dor durante as relações sexuais.

É fundamental que todo exame seja mostrado para o/a profissional de saúde que o solicitou para fazer uma análise completa do caso e correlacionar com os aspectos clínicos da paciente.

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Cisto no ovário causa infertilidade?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Cisto no ovário não causa infertilidade. A presença de cisto no ovário é uma situação frequente entre as mulheres de todas as idades. Algumas podem apresentar dor em baixo ventre ou do lado do ovário que está o cisto, enquanto outras podem não ter qualquer sintoma. A presença de cisto no ovário não diminui a fertilidade da mulher e não causa infertilidade. 

A maioria dos cistos no ovário tende a se resolver sem nenhum tratamento. Mas em casos de ruptura ou torção, há necessidade de intervenção cirúrgica. No momento da cirurgia e a depender do tipo do cisto e da idade da mulher, a equipe médica avaliará a necessidade de retirar apenas o cisto ou o ovário inteiro.

Mesmo que seja necessário a retirada do ovário inteiro, isso não causará infertilidade na mulher. O outro ovário continuará funcionante e liberando os óvulos que podem ser fertilizados com atividade sexual.            

Em caso de dúvidas, consulte o/a médico/a ginecologista.

Tenho um cisto sebáceo, como fazer para eliminar?
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

Somente a extração cirúrgica do cisto sebáceo vai resolver seu problema.