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Tenho algumas manchas brancas no rosto, pode ser verme?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Provavelmente não. Claro que é fundamental uma avaliação de um médico especialista em pele, o dermatologista, para analisar mais características das "manchas" que refere, mas, em geral, as verminoses causam dores abdominais, mal-estar, falta de apetite, entre outros dependendo do verme em questão.

Contudo, existem algumas verminoses que podem apresentar alterações na pele, especialmente no início da doença, como a esquistossomose, a ancilostomíase e o bicho geográfico (larva migrans).

Na esquistossomose, doença causada pelo Schistosoma mansoni, os sintomas podem incluir na fase aguda, uma dermatite específica, conhecida por dermatite cercariana, pequenas pápulas avermelhadas, que costumam durar de 1 a 3 dias, podendo chegar a 15 dias, associada a coceira intensa, que se assemelha a uma picada de mosquito. Aproximadamente 15 dias após, a ferida desaparece e se iniciam os demais sintomas, como febre, tosse, diarreia, náuseas, vômitos e perda de peso.

A ancilostomose, verminose causada pelo Ancylostoma duodenale ou Necator americanus, é também conhecida como "amarelão", porque os pacientes apresentam a pele mais amarelada, devido à agressão que esses vermes promovem na parede do intestino, causando hemorragias e anemia.

E o bicho geográfico, nome popular da larva migrans, é uma verminose causada pelos vermes Ancylostoma brasiliensis e caninum, decorrente da contaminação por fezes de cães e gatos com o parasita, o que origina "caminhos" avermelhados na pele, por onde ele passa e coceira intensa.

Entretanto, são alterações de pele muito específicas, embora não pareça com o relato, só poderá ser descartado com avaliação médica.

Agende uma consulta com dermatologista, para que possa avaliar melhor suas "manchas" e iniciar o tratamento mais adequado.

Veja também:

Vou ao ginecologista pela primeira vez, que falar para ele?
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

Uma preocupação das mulheres que vão ao ginecologista é o medo ou vergonha de serem examinadas, de uma forma geral o médico ginecologista não irá examinar todas as vaginas de todas as mulheres que ele atende. Na verdade o exame será dirigido para suas queixas. Caso você tenho um nódulo de mama ele terá que examinar sua mamas obrigatoriamente, caso contrário o exame das mamas não precisa ser feito em todas as consultas (apesar que deveria). Caso suas queixas sejam referentes a um corrimento ele terá que fazer o exame ginecológico, mas se você não tem nenhuma queixa, provavelmente ele não fará o exame. Porém o ideal é que você faça o preventivo do câncer de colo uterino uma vez  ao ano (ou seja, pelo menos uma vez por ano você não tem escapatória). E não vale dizer ao médico que não tem nada só para escapar do exame, ai não adianta ir ao médico.

De quanto em quanto tempo a criança deve ir ao pediatra?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A criança deve ir ao pediatra logo na primeira semana de vida, quando ainda é recém-nascida. Depois, uma vez por mês, até completar 6 meses.

Dos 6 aos 18 meses, as consultas de pediatria passam a ser trimestrais. Daí em diante, a criança deve ir ao pediatra a cada 6 meses (até completar 2 anos) e uma vez por ano (até aos 18 anos).

Veja na tabela a frequência das consultas de pediatria, de acordo com a idade da criança:

Idade da Criança Número de Consultas
1ª semana (5 dias) 1
1 mês 1
2 meses 1
3 meses 1
4 meses 1
5 meses 1
6 meses 1
9 meses 1
12 meses 1
15 meses 1
18 meses 1
2 - 4 anos 1 consulta a cada 6 meses
4 - 18 anos 1 consulta por ano

Lembrando que existem casos em que o pediatra precisa solicitar uma maior frequência de visitas, devido alguma alteração que deve ser acompanhada. A tabela acima se refere ao mínimo de consultas preconizadas pelas sociedades de pediatria.

Por que a criança deve ir ao pediatra com tanta frequência?

As consultas de pediatria (puericultura) são fundamentais para acompanhar o desenvolvimento da criança, além de prevenir e diagnosticar precocemente doenças da infância.

Essas consultas com o pediatra incluem:

  • Análise do estado nutricional;
  • Análise da história alimentar;
  • Avaliação da curva de crescimento;
  • Calendário de vacinas que fazem parte do calendário oficial do Ministério da Saúde;
  • Avaliação do desenvolvimento neuropsicomotor;
  • Análise do desempenho escolar;
  • Avaliação do padrão de atividade física diária;
  • Exame de capacidade visual;
  • Observação dos cuidados domiciliares dispensados à criança;
  • Avaliação do desenvolvimento da sexualidade;
  • Análise da qualidade e quantidade do sono;
  • Avaliação da audição;
  • Avaliação da saúde bucal.

É importante lembrar que a criança deve ir ao pediatra mesmo que não esteja doente. Substituir as consultas de pediatria pelas consultas convencionais coloca em risco a saúde do bebê e da criança.

Quando o bebê começa a falar? O que pode atrasar o início da fala?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A idade normal para um bebê começar a falar é por volta de um 1 ano de idade, quando começa a falar uma ou duas palavras, aplicadas corretamente.

Aos 2 anos de idade, a criança já é capaz de formar pequenas frases e aos 3 anos, responde perguntas simples. A partir dos 4 e 5 anos de idade, já é esperado que a criança saiba pronunciar o som de todas as letras, faça perguntas com "por que?" e conte até 10.

A aquisição da linguagem ocorre por fases. No início, a criança balbucia, depois começa a falar sílabas, em seguida forma algumas palavras, constrói frases, vai pronunciando os sons corretamente, e assim progressivamente.

Contudo, essa datas não são fixas e nem exatamente iguais para todas as crianças, além de ser normal e comum, que durante o aprendizado a criança troque algumas letras e omita outras.

A aquisição da fala e o desenvolvimento depende da capacidade do bebê para aprender, dos estímulos externos oferecidos e do funcionamento normal dos órgãos que participam da fala, os ouvidos, musculatura, boca, língua, laringe, nariz e os lábios.

O estímulo que ele recebe para falar tem um papel fundamental nesse desenvolvimento, por isso os irmãos mais novos, geralmente, começam a falar mais cedo que os mais velhos.

É comum observar um salto no desenvolvimento da fala quando a criança entra na escola, por volta dos 2 ou 3 anos, já que longe de casa ela é “obrigada” a se comunicar e interagir para conseguir o que precisa. O próprio contato com outras crianças e com os professores são formas de estímulo, que promovem o aumento do vocabulário e aprendizado.

Causas de atraso na fala

Existem diversos fatores que podem influenciar o desenvolvimento da fala, com:

  • Falta de estímulos,
  • Problemas auditivos,
  • Problemas respiratórios,
  • Problemas neurológicos e
  • Sexo da criança (uma vez que as meninas têm uma tendência natural para começar a falar antes dos meninos).

Os problemas auditivos, respiratórios e neurológicos, são as principais causas do atraso no processo de aquisição da linguagem. A deficiência auditiva é a primeira alteração a ser investigada.

Problemas respiratórios fazem a criança respirar pela boca, como a rinite alérgica, interferem na musculatura, causando uma ligeira "fraqueza", que acaba por prejudicar a pronúncia correta das palavras. O uso de mamadeira e chupetas em excesso também provoca esse problema.

Vale lembrar que a maioria das crianças consegue falar normalmente, mesmo quando demoram muito para começar. Nem sempre um atraso na fala significa um problema neurológico.

No atraso da linguagem causado por problemas neurológicos, a criança pode apresentar atrasos em outras áreas, o que o pediatra poderá observar nas consultas periódicas da puericultura.

Na maioria dos casos, esse atraso não necessita de um longo tratamento. Porém, é importante estimular a criança de maneira adequada. Por exemplo, ao invés de entregar o que a criança está pedindo com sons ou apenas apontando, fazê-la esperar até que diga o que quer. Os familiares também devem ser orientados a não repetir as palavras erradas que a criança pronúncia, mas ensiná-la a forma correta.

Se houver dúvidas em relação ao desenvolvimento da fala do bebê, o/a pediatra ou fonoaudiólogo/a deverão ser consultados.

Leia também:

Com qual idade o bebê começa a falar?

Gagueira infantil: Como identificar e tratar?

Gagueira infantil: Como identificar e tratar?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Os sinais e sintomas da gagueira infantil normalmente aparecem na idade pré-escolar, entre 2 anos e meio e 3 anos de idade. A gagueira infantil caracteriza-se por repetições de sons ou sílabas das palavras, que resultam em bloqueios ou prolongamentos da fala, principalmente entre as palavras.

Crianças com gagueira infantil geralmente apresentam alguns tiques nos momentos de bloqueio e usam palavras de apoio muitas vezes nas frases, mesmo que essas palavras não se enquadrem no contexto. Também é comum que evitem falar na presença de outras pessoas.

Além de prejudicar a comunicação verbal, a gagueira muitas vezes vem acompanhada de timidez, medo associado à fala e ansiedade em algumas situações.

Contudo, crianças com idade entre 2 anos e meio e 3 anos podem gaguejar devido à ansiedade na hora de falar, o que pode alterar a fluidez da fala. Essa ansiedade é normal nessa fase de desenvolvimento da fala e aumento do vocabulário.

Nesses casos, a gagueira faz parte do desenvolvimento e muitas vezes desaparece espontaneamente, sem necessidade de tratamento. Quanto mais nova for a criança e menor o tempo de duração da gagueira, maiores são as chances dela se recuperar espontaneamente.

Porém, se a criança começa a gaguejar quando está aprendendo a falar, o distúrbio durar mais de 12 meses e piorar com o tempo, a gagueira infantil já não é considerada parte do desenvolvimento. O distúrbio é classificado como crônico e patológico, e precisa ser tratado.

O tratamento da gagueira infantil é feito com fonoaudiologia. O objetivo é ajudar a criança a falar de forma mais lenta, suave e fluente. A inclusão da família no tratamento pode aumentar as chances de sucesso e deve ser estimulada.

Uma importante orientação que é dada aos familiares é para que falem devagar com a criança. Diminuir a velocidade da fala facilita a fluência de quem gagueja. Por outro lado, falar em ritmo acelerado exige mais do sistema de compreensão da fala e do sistema linguístico que elabora e produz a resposta, contribuindo para que haja bloqueios.

A gagueira é um distúrbio de fluência caracterizado por interrupções ou prolongamentos da fala que impedem que a pessoa fale de forma contínua, fluida e sem esforço. Pode ser causada por fatores hereditários, sociais, psicológicos, linguísticos ou ainda atraso no desenvolvimento da linguagem.

A gagueira infantil pode persistir até à fase adulta. Quanto mais cedo o problema for diagnosticado e tiver início o tratamento, melhores e mais rápidos serão os resultados.

Leia também: Quando é que o bebê começa a falar, o que pode atrasar o início da fala?

O que é útero infantil e quais os sintomas?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

O útero infantil é uma má-formação em que o útero não se desenvolve completamente e continua do mesmo tamanho do útero na infância.

Ele é uma das características do hipogonadismo hipogonadotrópico em que o útero não recebe estímulo hormonal suficiente para seu desenvolvimento atingir o tamanho do útero adulto.

Os principais sintomas são: atraso na primeira menstruação (após os 15 anos); órgão genital e mamas pouco desenvolvidos; ausência de pelos pubianos e axilares; dificuldade em engravidar ou abortos espontâneos.

O ginecologista juntamente com o endocrinologista podem identificar e orientar o  tratamento mais adequado em casos de útero infantil.

Supositório infantil: para que serve e como usar
Dra. Juliana Guimarães
Dra. Juliana Guimarães
Enfermeira doutorada em Saúde Pública

O supositório infantil é indicado para o tratamento da prisão de ventre, febre, dor e expectoração. É usado, especialmente, em bebês ou em crianças que não aceitam a medicação por via oral.

Este medicamento deve ser introduzido no ânus por via retal e precisa permanecer no reto até que faça efeito e os sintomas (prisão de ventre, dor, febre ou expectoração) melhorem.

Prisão de ventre

Nos casos de prisão de ventre (constipação) é recomendado o supositório de glicerina infantil. Este tipo de supositório aumenta a quantidade de água no intestino e estimula os movimentos intestinais e a eliminação das fezes.

Além disso, a glicerina amolece e lubrifica as fezes ressecadas e endurecidas sem causar danos à flora intestinal.

Como usar: A dose indicada para crianças e bebês é de um supositório por dia, se necessário, ou de acordo com a orientação médica. Deve ser utilizado para estimular 1 evacuação por dia por, no máximo, 7 dias consecutivos.

Os supositórios de glicerina usados em crianças e bebês são mais finos e compridos, o que facilita o seu uso. Antes de aplicar, umedeça o supositório com água para facilitar a sua introdução no ânus e evitar a irritação da mucosa intestinal.

Nos bebês o supositório deve ser inserido no ânus pela parte mais fina e deve ser conservado no reto com a ponta do dedo até que a evacuação ocorra.

Dor e febre

Para aliviar a dor e reduzir a febre provocadas, principalmente, por gripes e resfriados, são indicados os supositórios de dipirona (Novalgina®). Entretanto, este medicamento não deve ser usado em crianças com menos de 4 anos.

Como usar: O supositório de dipirona pode ser usado na dose máxima de 4 vezes ao dia, ou seja, a cada seis horas.

Expectoração

O supositório de Transpulmin® é indicado para crianças com idade superior a 2 anos que estão apresentando tosse com catarro.

Como usar: Transpulmin® deve ser administrado na dosagem de 1 a 2 supositórios por dia (dose máxima), ou seja, de seis em seis horas.

Passo a passo para colocar o supositório em bebês e crianças

Para colocar o supositório em bebês e crianças, você pode seguir os seguintes passos:

  1. Lave bem as mãos antes de realizar o procedimento;
  2. Deite a criança ou o bebê de lado;
  3. Afaste as nádegas da criança com o polegar e o indicador de uma das mãos deixando a outra mão livre;
  4. Lubrifique a região anal com gel lubrificante à base de água;
  5. Introduza a ponta mais fina do supositório no ânus do bebê ou da criança empurrando lentamente na direção do umbigo, ou seja, na mesma direção do reto.

Se o supositório voltar, você deve aplicar novamente exercendo um pouco mais de pressão. Entretanto, é preciso ter cuidado para não machucar a criança ou o bebê.

Ao concluir a introdução do medicamento mantenha criança em repouso na mesma posição e observe se os sintomas desaparecem. Nos casos, em que sintomas persistem, entre em contato com médico de família ou pediatra.

O uso dos supositórios infantis deve ser orientado por um médico de família ou pediatra e o modo de usar pode variar conforme a recomendação profissional.

Para saber mais sobre o uso de supositórios, você pode ler:

Supositório de glicerina pode ser usado em bebês?

Para que serve e como usar o supositório de glicerina?

O supositório de glicerina faz mal?

Referências

SBP. Sociedade Brasileira de Pediatria.

Tive nefrite quando era criança, posso ter problemas no futuro por causa disso? O que é nefrite?
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

Nefrite é uma inflamação nos rins. Existem pessoas que tiveram uma vez (ou poucas vezes) nefrite, trataram ficaram boas e nunca mais tiveram e não ficaram com nenhuma sequela nos rins, e existem pessoas que tem episódios recorrentes de nefrites.

Quanto maior o número de nefrites maior a chance de uma sequela crônica, pode até acontecer em quem teve apenas um episódio (mas é pouco comum).

Criança com dor na barriga todos os dias, que não passa e nada foi encontrado. O que devo fazer?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Precisa retornar ao pediatra e também procurar um nutricionista pediátrico para avaliação da criança, visto que as principais causas de dor na barriga constante, nesta faixa de idade, estão relacionadas a alimentação.

A dor abdominal é um sintoma muito inespecífico, pode acontecer em diversas situações, desde físicas até psicológicas. Por isso, não é incomum, levar um tempo para ser identificada.

Causas de dor na barriga que não passa. O que fazer?

Especialmente nessa faixa etária, as causas mais comuns de dor na barriga são:

1. Constipação (ou prisão de ventre)

Importante avaliar a alimentação da criança. A constipação causa dores intensas na barriga, formação de "bolo fecal", que nas crianças mais magrinhas pode ser facilmente palpado, e o tratamento será basicamente melhorar a sua hidratação e escolher alimentos para amolecem as fezes, facilitando a evacuação.

2. Gases

A Mais uma vez a alimentação pobre em fibras ou vitaminas, promove a formação de gases que causam dores constantes, tanto em adultos quanto em crianças. O consumo de bebidas gaseificadas e alimentos muito condimentados também provocam excesso de gases. Uma avaliação com nutricionista infantil pode identificar e resolver esse problema.

3. Intolerância a lactose

As alergias ou intolerância a certos alimentos, como intolerância à lactose é uma causa bastante comum de dor todos os dias em crianças, especialmente após se alimentar com produtos ricos em lactose, porém nem sempre é fácil de diagnosticar. Existe um exame de sangue que identifica a doença, e sendo diagnosticada pode iniciar uma dieta, com orientações, sem essa substância.

4. Verminoses

A infecção por vermes é comum na infância e uma infestação, por exemplo, por Ascaris lumbricoides (lombriga), pode formar uma "bola" do verme no intestino, causando dor, inchaço na barriga e dificuldade para evacuar. O tratamento é feito com remédios contra vermes, como o albendazol.

5. Gastrite

Gastrite, refluxo e outras doenças gastrointestinais podem causar dor na barriga e estômago de crianças, devido a imaturidade desse sistema. Embora seja mais comum em adultos, faz parte da investigação dessa queixa. A dor piora após se alimentar, pode ser referida como uma "queimação", dependendo da idade e maturidade da criança, e o tratamento se faz com alimentação orientada e remédios antiácidos.

6. Síndrome do intestino irritável

A síndrome do intestino irritável é caracterizada pela dor e desconforto na barriga, junto a diarreia e prisão de ventre que se intercalam, o difícil é manter-se com as fezes normais. Pouco comum na infância e sem causa definida, está relacionada a uma maior sensibilidade do intestino a certos alimentos, além de forte relação com a ansiedade e estresse. O tratamento se baseia na mudança alimentar, evitando alimentos de difícil digestão ou produtos com gás, além de medicamentos para alívio da dor e controle do humor, se observar essa relação.

A psicoterapia é outro pilar do tratamento, e mesmo que não haja sintomas de ansiedade ou estresse, deve ser adotada para melhor resultado.

Conheça mais sobre essa síndrome no artigo: O que é a síndrome do intestino irritável?

Portanto, existem diversas causas para uma dor abdominal, a maioria relacionada a alimentação, sendo assim, procure oferecer bastante água para a criança durante o dia e observe a alimentação habitual, para informar ao médico e ou nutricionista durante a consulta.

Após a identificação da causa do problema, será possível planejar o tratamento mais adequado.

Saiba mais sobre as causas de dor na barriga em crianças nos artigos abaixo:

Neuroblastoma infantil tem cura (entenda as chances)
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Quanto mais nova for a criança e menos avançado estiver o tumor, maiores são as chances de cura. Nas fases iniciais, o neuroblastoma pode ser curado em até 90% dos casos. Por outro lado, quando o câncer já se disseminou para outras partes do corpo (metástase), a probabilidade de cura reduz.

Crianças com menos de 1 ano de idade têm mais chances de serem curadas do que as mais velhas, mesmo que o grau de estadiamento do neuroblastoma seja o mesmo.

Tratamento

O tratamento para neuroblastomas pequenos e sem metástases é feito com cirurgia para remoção do tumor. Quando o neuroblastoma já cresceu muito ou se disseminou para outras partes do corpo, o tratamento pode incluir quimioterapia, radioterapia, imunoterapia, terapia com retinoides e transplante de células tronco.

As formas de tratamento dependem do estágio do neuroblastoma, da idade do paciente, entre outros fatores. Muitas vezes é necessário utilizar mais de uma forma de terapia.

Quimioterapia e radioterapia

A quimioterapia e a radioterapia servem para tornar possível a retirada cirúrgica do neuroblastoma, controlar o crescimento local do tumor ou tratar paliativamente o câncer quando este já se disseminou para outras partes do corpo (metástase).

Imunoterapia

A imunoterapia utiliza anticorpos específicos produzidos em laboratório que atacam o neuroblastoma e destroem células cancerígenas.

Terapia com retinoides

Os retinoides são substâncias semelhantes à vitamina A. O tratamento com retinoides diminui o risco do neuroblastoma voltar a aparecer após a quimioterapia e o transplante de células-tronco.

Transplante de medula óssea

O transplante substitui as células da medula óssea que foram mortas com a radioterapia e quimioterapia por novas células-tronco que irão formar novas células sanguíneas. Lembrando que a medula óssea é a parte esponjosa do interior dos ossos longos, onde são produzidas as células sanguíneas.

O transplante de medula óssea é feito após altas doses de quimioterapia e radioterapia. Muitas vezes esse tratamento é utilizado como último recurso, quando não há mais chances de curar o neuroblastoma com os outros tratamentos.

O oncologista pediatra é o especialista responsável pelo diagnóstico e tratamento do neuroblastoma.

Criança com febre: quando procurar um médico?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Uma criança ou bebê tem febre quando a sua temperatura corporal está igual ou superior a 38°C (medida no reto) ou 37,8°C (medida na axila). Porém, a temperatura entre 37,3 e 37,7º é considerada estado febril, situação que da mesma maneira exige uma maior atenção.

Uma febre em bebê recém-nascido superior a 38°C (retal) deve ser sempre informada ao médico pediatra.

Nos outros casos de febre infantil, uma criança com febre deve ser vista por um médico principalmente nos casos de: Prostração, a criança muito quietinha, não aceita a alimentação, sonolenta e ou chorosa, bem diferente do seu habitual. Ou quando apresenta sinais de desidratação, que se apresentam com a ausência de lágrimas quando está chorando, a língua seca, não urina ou urina muito pouco.

Nos bebês deve ser observado constantemente a fralda, a falta de urina por mais de 8h é um sinal importante de gravidade.

Além disso, deve-se procurar um médico ou levar a criança para um serviço de urgência nas seguintes situações:

  • Bebê com menos de 3 meses com febre igual ou superior a 38°C (temperatura retal);
  • Bebê com idade entre 3 e 12 meses com 39ºC de febre ou mais (temperatura retal);
  • Bebê com menos de 2 meses com febre que dura mais de 48 horas;
  • Febre superior a 40,0°C;
  • Febres que vão e vem durante uma semana ou mais, mesmo que não sejam muito altas ou incômodas à criança;
  • Presença de outros sinais e sintomas como dor de garganta, dor de ouvido, diarreia, náusea, vômito ou tosse;
  • A criança portadora de alguma doenças crônica, como problemas cardíacos, anemia falciforme, diabetes ou fibrose cística (em qualquer caso de febre deve ser levada para avaliação médica);
  • Vacinação recente.

Leve a criança com febre imediatamente para um serviço de urgência se ela apresentar algum dos seguintes sinais e sintomas:

  • Choro que não passa;
  • Dificuldade para acordar facilmente ou não acordar;
  • Confusão;
  • Dificuldade para andar, respirar ou movimentar um braço ou uma perna;
  • Língua, unhas ou lábios roxos;
  • Dor de cabeça intensa;
  • Rigidez de nuca (não consegue encostar o queixo no peito);
  • Convulsão;
  • Erupção cutânea ou hematomas.
Como tratar uma criança com febre em casa? Alimentação e hidratação

Uma criança com febre deve beber bastante líquido para prevenir a desidratação. Porém, não se deve dar suco de fruta em excesso para a criança ou para o bebê. O ideal é diluir a bebida com água (metade água e metade suco de fruta). Picolés e gelatinas também são boas opções, principalmente se a criança estiver vomitando.

As crianças podem comer quando estão com febre, mas não devem ser forçadas a se alimentar. Crianças com febre geralmente toleram melhor os alimentos macios. A alimentação deve ser leve, com alimentos moles, pouco condimentados e com pouca fibra.

Algumas opções de alimentos para uma criança com febre incluem pães, biscoitos e massas feitos com farinha branca refinada, além de cereais quentes refinados, como aveia ou creme de trigo.

Como baixar a febre da criança ou do bebê

Os analgésicos e anti-inflamatórios podem baixar a febre em crianças e bebês. O pediatra pode aconselhar qual a melhor opção frente a suspeita do problema e características da criança. Os medicamentos podem ser administrados a cada 4, 6 ou 8h, dependendo da classe prescrita pelo médico.

Contudo, não dê aspirina a uma criança com febre, exceto com indicação médica

Antes de dar qualquer medicamento para um bebê com menos de 3 meses de idade, ligue primeiro para o médico pediatra da criança.

Para ajudar a baixar a febre da criança ou do bebê, não use cobertores ou roupas extras, mesmo que a criança tenha calafrios. Isso pode impedir que a febre diminua ou ainda aumentar a febre por reter o calor. Vista a criança com uma camada de roupa leve e use um cobertor leve para dormir.

O quarto deve estar com uma temperatura confortável, nem muito quente nem muito fria, em média deve manter o ambiente a 21 ou 22º.

Um banho de água morna com esponja também pode ajudar a baixar a febre. Esses banhos são mais eficazes se a criança também tomar alguma medicação.

Nunca dê banhos frios, nem passe gelo ou álcool no corpo da criança, pois essas medidas retiram o calor do corpo e geralmente pioram a situação, causando tremores e mal-estar, além de não resolver o problema. logo a temperatura volta aumentar.

Para maiores informações sobre o que fazer se tiver uma criança com febre, consulte um médico de família ou um pediatra.