Não. O vírus HIV não é transmitido pela saliva, portanto não pode ser transmitido por uma mordida de pessoa infectada.
Apesar de testes recentes serem capazes de identificar anticorpos contra HIV na mucosa da boca e saliva, estudos comprovam que a quantidade desse vírus é baixa e outros fatores como o contato constante com ar, alimentos e presença de enzimas digestivas, impedem a transmissão do HIV.
Entretanto vale ressaltar, que o número de pessoas contaminadas pelo vírus HIV vem aumentando mais uma vez no Brasil. Esse tema está sendo discutido, principalmente para que novas campanhas sejam iniciadas e efetivas, tanto para esclarecimentos e incentivo na prevenção, como para estabilizar mais uma vez os índices de contaminação no país.
As formas de contaminação de HIV são:
- Relações sexuais desprotegidas;
- Transfusão de sangue;
- Transmissão de mãe para filha/o durante gestação, parto, ou aleitamento materno;
- Compartilhamento de agulhas ou
- Acidente de trabalho com material perfuro-cortante (agulhas e seringas) contaminado.
Portanto, atualmente está indicado a realização do teste anti-HIV para todas as pessoas, principalmente sexualmente ativas, ou com comportamento de maior risco, por exemplo, quem não usa regularmente preservativos ou usuário de drogas injetáveis.
O teste é oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Saiba mais em:
Sim, sífilis congênita tem cura e o tratamento é feito com penicilina. Muitas vezes, o bebê precisa ficar internado por tempo prolongado para o rastreio de possíveis complicações. Além disso, a criança deve ser acompanhada até completar 18 meses para garantir que o tratamento foi concluído e a sífilis não deixou sequelas.
A dosagem da medicação e a duração do tratamento irão depender do tratamento prévio realizado pela mãe da criança.
O bebê também é submetido a diversas intervenções, como coletas de sangue, avaliações neurológica, oftalmológica e auditiva, bem como raio-x de ossos longos. A presença de alterações clínicas, radiológicas e sorológicas na criança também irá orientar o tratamento.
Durante e após o tratamento, é importante a realização do seguimento com as consultas programadas e exames de rotina.
A sífilis congênita pode causar diversas complicações, como parto prematuro, malformações fetais, morte ao nascimento, baixo peso ao nascer, sequelas neurológicas, entre outras.
Contudo, quando o tratamento da sífilis na mulher é iniciado prontamente, as chances de transmissão para o feto reduzem.
Por isso, a realização do pré-natal, a detecção precoce e o tratamento completo é fundamental para evitar os agravos da sífilis congênita.
Não. São exames diferentes: VDRL é um exame inespecífico para sífilis e HIV é para detecção do vírus da AIDS.
VDRLVDRL é uma sigla em inglês, que significa Venereal Disease Research Laboratory. O exame é realizado através de uma amostra de sangue, aonde são pesquisados antígenos contra o treponema pallidum, bactéria causadora da sífilis.
Os resultados podem ser reagente, que significa positivo para a doença, ou não reagente, negativo para a doença.
Leia também: O que é sífilis?
HIVO HIV, sigla em inglês que significa Human immunodeficiency Virus, é o nome do vírus que causa a doença AIDS (síndrome da imunodeficiência adquirida). O exame para detecção do vírus é realizado da mesma forma, pela análise no sangue, na busca de anticorpos contra HIV.
Embora seja comum a solicitação de ambos os exames em um mesmo pedido, como fazemos algumas vezes os chamados "check-up", eles se referem a pesquisa de duas diferentes patologias.
VRDL pesquisa de sífilis, e HIV, pesquisa de Aids.
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É um quadro compatível com uma infecção viral aguda e não dá para descartar a possibilidade de HIV agudo, precisa ir ao médico. Toda relação sexual desprotegida tem algum risco de contaminação pelo vírus HIV e outras doenças sexualmente transmissíveis.
Na dúvida é importante a realização de um teste sorológico, os exames mais modernos como o Elisa de 4º geração já conseguem detectar o HIV mesmo na sua infecção aguda. Mesmo que o exame venha negativo está indicado a sua repetição após cerca de 30 dias da sua realização.
Quais são os sintomas da infecção aguda pelo HIV?A infecção aguda por HIV, também chamada de síndrome retroviral aguda, pode causar alguns sintomas inespecíficos, sendo por isso em algumas situações difícil de suspeitar dessa síndrome. Os sintomas podem surgir entre 5 a 30 dias após a contaminação e durar de 3 a 4 semanas, podendo desaparecer espontaneamente.
Entre os sintomas que podem estar presentes, tem-se:
- Febre;
- Inchaço e aumento dos gânglios (ínguas);
- Dor de garganta;
- Perda de peso;
- Fadiga;
- Dores musculares;
- Dor de cabeça;
- Sintomas digestivos como náuseas, vômitos e diarreia;
- Suores noturnos;
- Rash cutâneo (manchas avermelhadas na pele).
Vale ressaltar que nem sempre a infecção pelo HIV causa sintomas, cerca de 50 a 90% das pessoas contaminadas desenvolvem a síndrome retroviral aguda e apenas metade das pessoas desenvolvem sintomas logo após a contaminação pelo vírus, por isso, a realização da sorologia é importante na suspeita de contaminação pelo HIV.
Além disso, os sintomas acima descritos podem ser causados por outras doenças infecciosas como mononucleose, gripe entre outras, por isso é essencial procurar um médico para orientação e avaliação diagnóstica.
Sim, as lesões causadas por HPV podem voltar depois do tratamento. Em alguns casos, as lesões como as verrugas anogenitais, desaparecem e não voltam mais, em outros casos, elas remitem mas retornam após meses ou mesmo anos.
O HPV pode ficar latente no organismo, como se fosse escondido, sem manifestar sintomas e retornar quando diminuem as resistências imunológicas do organismo.
Muitas pessoas conseguem combater o vírus através da própria imunidade, é por isso que algumas verrugas mesmo quando não tratadas desaparecem espontaneamente. Por outro lado, também pode acontecer das lesões verrugosas se multiplicarem.
Leia mais em: HPV tem cura e quando pode levar ao câncer de colo de útero?
Além do tratamento com ácido, que geralmente é o ácido tricloroacético (ATA) existem outras opções terapêuticas disponíveis. Alguns de uso local como a podofilina, o imiquimode e a crioterapia e outros que podem envolver procedimentos cirúrgicos como a eletrocauterização e a exérese cirúrgica.
Saiba mais sobre o tratamento em: Qual é o tratamento para o HPV?
Caso tenha mais dúvidas converse com o seu médico de família, para maiores esclarecimentos.
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Sim, algumas das doenças que são consideradas doenças sexualmente transmissíveis (DST) podem ser transmitidas por outras formas, como por via vertical, ou seja, da mãe para a criança durante a gravidez ou parto, através de transfusão sanguínea, uso de material contaminado com sangue não esterilizado ou compartilhamento de seringas e agulhas.
É o que ocorre, por exemplo nos casos da Sífilis e do HIV, ambas são consideradas infecções sexualmente transmissíveis, mas mães contaminadas se não forem devidamente tratadas podem transmitir a doença para a criança durante a gravidez ou parto.
Algumas DSTs que são transmitidas sem ser pela relação sexual são:
- HIV: pode ser transmitido por via vertical durante a gravidez, parto ou amamentação e também por via sanguínea através do uso de equipamentos contaminados, como seringas e agulhas.
- Sífilis: também pode ser transmitida de forma vertical durante qualquer fase da gravidez. Em casos mais raros também pode ser transmitida quando há contato com as lesões provocadas pela doença.
- Hepatite B: pode ser transmitida por via vertical, no momento do parto, e também por via sanguínea através do uso de seringas ou agulhas contaminados. A partilha de objetos de uso pessoal como escovas de dentes ou laminas de babear também podem transmitir o vírus.
- Gonorreia: durante o parto pode ser transmitida da mãe para o bebê.
DST é a sigla para doença sexualmente transmissível, ou infecção sexualmente transmissível (IST). São infecções denominadas assim, porque a sua forma de transmissão predominante é através da relação sexual seja anal, vaginal ou oral, entretanto a via sexual pode não ser a única forma de transmissão em muitos casos.
Doença sexualmente transmissível ou infecção sexualmente transmissível?Atualmente, a maioria dos profissionais da saúde tende a utilizar o termo infecção sexualmente transmissível ao invés de DST, por recomendação da OMS e do Ministério da Saúde. Usar o termo infecção ao invés de doença é preferível, porque é possível ter uma infecção sexualmente transmissível e não apresentar nenhum sintoma ou sinal da doença, mas ao estar infectado a pessoa pode transmiti-la, mesmo sem sintomas.
Para mais esclarecimentos sobre as infecções sexualmente transmissíveis consulte um médico de família ou clínico geral.
HPV durante a gravidez não oferece riscos de malformações fetais e não prejudica o bebê. O HPV na gestação também não aumenta as chances de aborto espontâneo ou parto prematuro.
Mesmo que o a criança seja contaminada pelo HPV, antes ou durante o parto, não significa que ela irá contrair a doença, pois a grande maioria dos bebês elimina o vírus num curto espaço de tempo.
Vale lembrar que o vírus HPV não circula na corrente sanguínea, como acontece com o vírus HIV, por exemplo. Ele permanece na vagina ou no colo útero, o que impede que o bebê seja contaminado enquanto está na barriga da mãe.
Assim, o risco de contaminação existe apenas no momento do parto, no caso do bebê entrar em contato com as lesões da mãe.
A pior e mais temida complicação que pode ocorrer se o bebê for infectado pelo HPV é a papilomatose de laringe, uma lesão extremamente grave que pode provocar a morte por insuficiência respiratória. Felizmente, essas situações são raras, com 2 a 43 casos em cada 1 milhão de nascimentos.
Saiba mais em: HPV: o que é e como se transmite?
Qual o tratamento para HPV durante a gravidez?O tratamento do HPV durante a gravidez depende do aspecto e do local da lesão, risco de câncer, além da fase da gestação.
Se for no início da gravidez, é possível retirar a verruga, dependendo da localização. Porém, no final da gestação, a circulação sanguínea na região da vulva aumenta muito e a verruga pode sangrar, o que impede a sua retirada.
Contudo, depois da gravidez, os sistema imunológico volta ao normal e as lesões tendem a regredir, sendo mais indicado tratar o HPV depois do parto.
Em geral, a cirurgia para remoção das verrugas não interfere na gravidez nem prejudica o bebê. No entanto, se a lesão for muito interna, existe o risco de comprometer a gestação e a melhor alternativa pode ser esperar.
Leia também: Quais são os tratamentos para HPV?; Quem deve tomar a vacina contra HPV?
HPV durante a gravidez impede o parto normal?Não, HPV na gravidez não impede o parto normal. No final da gestação, o vírus já pode ser encontrado no líquido amniótico da mulher e a opção pelo parto cesárea não garante a prevenção da transmissão do HPV para a criança.
A cesariana também não diminui as chances de papilomatose de laringe, a pior complicação que pode surgir para o bebê.
Além disso, apesar do risco de contaminação do bebê ser um pouco maior no parto normal, já se sabe que as chances dele desenvolver as lesões são muito raras.
Portanto, a cesárea é indicada apenas quando as verrugas são muito grandes ao ponto de impedirem a realização do parto normal.
Assim, o tipo de parto (normal ou cesárea) deverá ser determinado pelo médico obstetra, de acordo com o caso.
Saiba mais em:
Homem com HPV pode ter filhos?
HPV na garganta: Quais os sintomas e como tratar?
Sífilis na gravidez é muito perigoso devido ao risco do bebê ser infectado. A transmissão pode ocorrer pela passagem da bactéria pela placenta, contaminado o feto ainda durante a gestação, ou no momento do parto.
A sífilis pode ser transmitida para o bebê se a mulher engravidar com sífilis ou adquirir a doença depois de já estar grávida.
A ocorrência de sífilis durante a gravidez é de grande preocupação devido aos riscos de complicações como aborto ou má formação fetal. Grande parte dos sintomas manifestam-se nos primeiros meses de vida, como pneumonia, feridas no corpo, perda da audição e visão, problemas ósseos e comprometimento neurológico
A sífilis congênita pode levar a limitações no crescimento intra-uterino com consequente má-formação fetal, sequelas neurológicas, aborto, parto prematuro e morte neonatal.
O dano ao feto irá depender do estágio em que ocorreu a infecção durante a gestação e do tempo que a gestante ficou sem o devido tratamento.
O tratamento da sífilis é feito com antibiótico, normalmente penicilina. Se o bebê for infectado, deverá permanecer internado durante um tempo para uma investigação sobre eventuais complicações. A criança também deverá ser acompanhada até os 18 meses para garantir a conclusão do tratamento e a ausência de sequelas.
Saiba mais em: Sífilis congênita tem cura? Qual o tratamento?
A sífilis é detectada por exame de sangue solicitado na rotina das consultas do pré-natal. A mulher gestante deve realizar as consultas periodicamente e realizar os exames solicitados pela equipe.
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A pessoa portadora de HIV pode ter uma diminuição da libido. Isso pode ocorrer por alterações psicológicas causadas pelo fato de saber que é portador do HIV ou devido ao uso de medicamentos que provocam distúrbios endocrinológicos. O diagnóstico da presença do vírus (HIV) causa um enorme impacto psicológico na pessoa podendo levar a vários distúrbios como depressão, estresse, ansiedade e perda ou diminuição da libido.
O HIV provoca uma perda na capacidade de reação do organismo aos agentes causadores das doenças (bactérias, fungos e vírus). Alguns dos medicamentos usados no seu tratamento (terapia antirretroviral) podem causar distúrbios hormonais que afetam a libido e a capacidade de ereção (disfunção erétil). Os medicamentos usados para tratamento da depressão e das alterações dos triglicérides também podem causar a redução do desejo sexual.
A perda da libido é um sintoma comum nas pessoas portadoras do HIV, por isso esse problema deve ser discutido com o médico infectologista e a equipe multidisciplinar, que poderão auxiliar na resolução desse problema.
A AIDS (doença causada pelo vírus HIV) não tem cura. Apesar dos avanços nos tratamentos, ainda não há cura para a doença.
Apesar de não haver cura, os tratamentos disponíveis permitem à pessoa portadora do vírus uma boa qualidade de vida.
HIV é o vírus que afeta o sistema imune das pessoas podendo causar a AIDS, Síndrome da Imunodeficiência Adquirida. Nem toda pessoa que tem o vírus HIV irá desenvolver a AIDS.
A pessoa portadora do vírus HIV deve ser acompanhada pela equipe de infectologia em ambulatório especializado com o devido monitoramento dos sintomas e realização de exames complementares com frequência.
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Como pode ocorrer a transmissão do HIV?
Sua preocupação é válida uma vez que instrumentos cortantes utilizados por barbeiros e cabeleireiros podem apresentar riscos de transmitir infecções como o vírus HIV e hepatites.
A pessoa que frequenta barbeiros deve ter o cuidado de saber se os instrumentos utilizados são devidamente esterilizados.
Quando esses instrumentos, como a navalha, são efetivamente esterilizados a cada utilização, a pessoa pode realizar os procedimentos estéticos sem receios.
Essa forma de transmissão é rara de acontecer comparativamente às outras possíveis como relação sexual desprotegida, compartilhamento de agulhas contaminadas e de mãe para filho/a.
Mesmo assim, é preciso tomar cuidado e procurar saber as práticas de higienização e esterilização utilizadas pelo profissional da estética.
O teste de HIV é oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Em casos de dúvidas, procure uma Unidade de Saúde mais próxima de você.
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O diagnóstico do HIV é feito a partir do resultado do exame de sangue específico.
Há vários tipos de testes disponíveis: teste de triagem, teste confirmatório, testes moleculares. Nesses testes, o/a paciente realiza a coleta de sangue em laboratório e o resultado é liberado em média após 4 horas.
Os testes rápidos ganharam visibilidade pela facilidade na realização, acessibilidade e a rapidez na liberação do resultado que pode demorar menos de meia hora. Eles podem ser feitos a partir de uma gota de sangue retirada do dedo da pessoa ou a partir da saliva captada por um dispositivo. Os testes rápidos são disponibilizados em unidades móveis e em algumas unidades de saúde e hospitais.
Apesar de atualmente ser rara, falha no diagnóstico pode ocorrer e, em alguns casos, pode ser necessária a repetição com outros testes para confirmação. Outra consideração que deve ter é a questão da janela imunológica, o período no qual há presença do vírus no organismo da pessoa, porém ainda não houve uma resposta do sistema imune capaz de ser detectada nos testes.
Todos esses testes são gratuitos e podem ser feitos a qualquer momento nas Unidades de Testagem Móvel ou nas Unidades de Saúde do Sistema Único de Saúde (SUS).
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