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Quem tem HPV pode doar sangue?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sim. Quem tem HPV pode doar sangue. A presença da infecção pelo papiloma vírus humano ou HPV não é um impedimento para a doação de sangue.

A infecção pelo vírus não impede que a pessoa doe sangue porque o HPV não circula pela corrente sanguínea, como o vírus HIV, por exemplo. Ele fica restrito ao local da lesão. Daí a sua transmissão ocorrer apenas pelo contato com as lesões, principalmente pela via sexual.

Porém, assim como em outras doenças e infecções, o HPV pode impedir temporariamente a pessoa de doar sangue. Isso porque é necessário que o doador esteja com as lesões curadas. Só após o desaparecimento das verrugas, com ou sem tratamento, é que a pessoa poderá doar sangue.

Saiba mais sobre sobre verrugas e HPV em: Toda verruga é HPV?

Outra pequena restrição na doação de sangue não está propriamente relacionada com o HPV em si, mas sim com a vacina. Quem se vacinou contra o HPV deve esperar 48 horas para poder doar sangue.

Veja também: Quem deve tomar a vacina contra HPV?

Tirando essas pequenas restrições, a infecção por HPV não impede que alguém se torne doador de sangue.

O vírus HPV é responsável pela maioria dos casos de câncer do colo do útero. Contudo, as lesões iniciais causadas pelo vírus têm tratamento e podem ser curadas.

Se você tem entre 18 e 69 anos e pesa no mínimo 50 Kg, procure um Hemocentro próximo de você para doação de sangue. Doar sangue é um procedimento simples, seguro e que pode salvar vidas.

Na presença de alguma lesão vaginal, procure algum/a profissional de saúde para melhor acompanhamento e orientação. O HPV pode ser diagnosticado pelo/a ginecologista, médico/a de família ou clínico/a geral.

Saiba mais sobre HPV em:

HPV: o que é e como se transmite?

Qual é o tratamento para HPV?

Herpes na gravidez é perigoso? Como tratar?

Homem com HPV pode ter filhos?

Homem com HPV pode ter filhos?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sim. Homem com HPV pode ter filhos. O vírus HPV não é transmitido de pai para filhos e também não afeta a fertilidade masculina. Por isso, pessoas infectadas pelo vírus podem ter filhos normalmente.  

No caso dos homens, as verrugas anogenitais (ânus e pênis) são os principais sintomas do HPV. No caso das mulheres, as verrugas podem aparecer na vagina e colo do útero, podendo causar câncer de colo uterino.

O HPV é um vírus facilmente transmitido, sendo a via sexual o seu principal meio de transmissão. Quanto maior o número de parceiras ou parceiros, maiores são os riscos de contágio.

Quais os sintomas do HPV no homem?

No homem, o HPV se manifesta na forma de verrugas genitais fixas ou moles, lisas ou rugosas. Aparecem principalmente na glande ("cabeça" do pênis) e no prepúcio (pele que recobre a glande), podendo surgir ainda no saco escrotal, na região posterior do pênis, na região anal e na uretra (canal da urina).

O HPV é mais comum em homens que não fizeram a cirurgia de fimose, ou seja, que têm a glande recoberta pela pele.

O tamanho das lesões varia entre 3 e 5 milímetros de diâmetro e tendem a aparecer em grupos de 3 ou 4 verrugas, geralmente com aspecto de couve-flor.

Veja também: Como é feito o diagnóstico do HPV?

Assim como na mulher o HPV está muito associado ao câncer de colo de útero, no homem, o HPV está presente em praticamente 70% dos casos de câncer de pênis

Grande parte dos homens com HPV não manifesta sintomas, sendo assim difícil de identificar a doença apenas pela observação. O diagnóstico nesses casos é feito por meio de uma peniscopia, um exame que permite identificar a presença de lesões microscópicas que denunciam a presença do vírus.

Como ocorre a transmissão do HPV no homem?

 A transmissão do HPV no homem ocorre pelo contato direto com a pele ou a mucosa infectada de outra pessoa. Não é necessário haver penetração para que o HPV seja transmitido. Basta manipular o local afetado para poder contrair o vírus.

Além disso, apesar do uso de preservativo ser indicado para prevenir todas as formas de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), inclusive o HPV, a transmissão pode ocorrer, uma vez que existem partes da pele que não ficam totalmente protegidas com a camisinha, podendo haver contado com a lesão nessas áreas.

Uma possibilidade de prevenção ao vírus HPV recentemente ofertada é a vacina que pode proteger contra os principais tipos de HPV associados ao câncer e às verrugas genitais.

Leia também: Quem tem HPV pode doar sangue?

Como tratar HPV no homem?

Não existe um medicamento ou tratamento capaz de curar definitivamente o HPV, seja no homem ou na mulher. Mesmo após a remoção das verrugas, elas reaparecem em até 25% dos casos. 

O tratamento para HPV inclui o uso de medicamentos aplicados diretamente no local, sobretudo à base de ácidos, além de procedimentos cirúrgicos para destruir ou retirar as verrugas.

Homens com HPV devem procurar um urologista, médico/a de família, dermatologista ou infectologista para receber uma avaliação e iniciar o tratamento adequado.

Saiba mais em:

Como tomar a vacina contra HPV?

HPV tem cura e quando pode levar ao câncer do útero?

HPV durante a gravidez: quais os riscos e como tratar?

Qual é o tratamento para HPV?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

O tratamento para HPV geralmente é feito com medicamentos de uso local, cauterização e cirurgia, com o objetivo de eliminar as células contaminadas pelo vírus. Medicações imunomoduladoras, que agem no sistema de defesa do organismo, também podem ser úteis em alguns casos.

Uma vez que a infecção por HPV não tem cura, o objetivo do tratamento é diminuir, retirar ou destruir as lesões, através de métodos químicos, cirúrgicos e medicamentos que estimulem a imunidade do corpo, conforme os tipos de tratamento citados anteriormente.

Contudo, em grande parte dos casos, o próprio sistema imunológico da pessoa é capaz de combater de forma eficaz o HPV, eliminando o vírus com possibilidade de cura completa, sobretudo em indivíduos mais novos.

Por outro lado, há casos em que as infecções persistem, resultando em lesões. As verrugas podem ser tratadas com aplicação local de creme ou medicamento específico ou ainda removidas através de laser, crioterapia (congelamento) ou cauterização.

O tipo de tratamento depende do tamanho e da localização da verruga. Dentre os fármacos usados para tratar as verrugas estão alguns tipos de ácidos.

Veja também: HPV na garganta: Quais os sintomas e como tratar? 

Se esses tratamentos não forem eficazes contra as lesões do HPV, as verrugas podem necessitar de serem removidas cirurgicamente. Mesmo após o tratamento, as verrugas podem reaparecer em 1 em cada 4 casos. 

Quando atinge o colo do útero, nas fases iniciais, o tratamento da lesão causada por HPV geralmente é feito com cauterização, o que normalmente previne a evolução da lesão para câncer. Daí a importância das mulheres realizarem o exame de rastreamento de câncer de colo (Papanicolau).

Saiba quais os riscos do HPV causar câncer em: HPV tem cura e quando pode levar ao câncer do útero?

No caso do exame detectar lesões mais extensas ou graves, o/a médico/a pode fazer uma raspagem para analisar o tecido ser analisado em laboratório (biópsia). 

Apesar do grande número de pessoas infectadas com HPV, apenas uma pequena parte dela irá desenvolver câncer. Lembrando que existem mais de 100 tipos de HPV e menos de 10% deles podem desencadear um câncer.

Como prevenir o HPV?

Uma forma de prevenir a infecção pelo HPV é com a utilização de preservativos em todas as relações sexuais. Contudo, vale lembrar que a manipulação do local infectado pelo HPV pode transmitir a doença, mesmo que não haja penetração ou as pessoas usem camisinha.

O uso de preservativos, embora seja indicado para prevenir todos os tipos de doenças sexualmente transmissíveis, inclusive o HPV, pode não ser totalmente eficaz para evitar o contágio. As áreas da pele que não estão cobertas pelo preservativo podem ser infectadas e mesmo o contato manual com o local pode espalhar o vírus.

Outra possibilidade de prevenir o HPV é com o uso da vacina atualmente disponível no sistema público de saúde.

As mulheres devem realizar o exame de rastreio de câncer de colo de útero quando indicado pelo/a médico/a, mesmo que já tenham tomado a vacina. 

Leia também: Quem tem HPV pode engravidar?

A vacina contra o HPV é essencial e deve ser tomada de acordo com as indicações médicas. As vacinas podem prevenir o câncer de colo de útero contra alguns tipos de HPV que podem causar a doença. A vacina protege ainda contra as verrugas genitais em até 90% dos casos. 

Cada caso de HPV deve ser acompanhado pelo/a médico/a clínico/a geral, médico/a de família, ginecologista, dermatologista ou infectologista.

Saiba mais em:

Homem com HPV pode ter filhos?

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A vacina HPV tem efeitos secundários?

Quem deve tomar a vacina contra HPV?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A vacina contra HPV é indicada para mulheres e homens entre os 9 e 26 anos de idade, além de casos prioritários, desde 2017. A vacina gratuita contra o HPV, disponibilizada pelo Ministério da Saúde, tem como público alvo:

  • Meninas entre os 9 e os 14 anos de idade;
  • Meninos entre os 11 e os 14 anos de idade;
  • Homens e ou mulheres entre os 9 e os 26 anos de idade, portadores de HIV/Aids;
  • Pessoas que passaram por transplantes de órgãos e
  • Pacientes oncológicos.

Isso porque a vacina se mostrou altamente eficaz nesse grupo de pessoas, sobretudo nas mulheres com essa faixa etária, uma vez que a maioria delas ainda não iniciou a vida sexual e não foi exposta ao vírus HPV.

O resultado observado pela vacina, foi uma produção de anticorpos 10 vezes superior àquela verificada em mulheres que já tiveram contato com o HPV, e produziram os anticorpos de maneira natural.

Portanto, é muito importante que todas as meninas dos 9 aos 14 anos recebam as 2 doses da vacina quadrivalente, que protege contra o HPV tipo 6, 11, 16 e 18, e previne até 70% dos casos de câncer de colo de útero.

Por que os homens também recebem a vacina contra o HPV, se a campanha tem como objetivo evitar o câncer de colo de útero?

A inclusão dos meninos na campanha de vacinação contra HPV, foi implantada em vários países pelo mundo, porque ficou comprovado que o HPV não aumenta só o risco de câncer de colo de útero, mas também tem forte relação com o câncer de boca e orofaringe.

Com a campanha de vacinação contra HPV para as meninas, os países vêm observando queda no número de casos de câncer de colo de útero, entretanto, vem aumentando drasticamente os casos de câncer de boca e orofaringe relacionados ao HPV positivo, sendo 2 a 3x mais comum em homens do que mulheres.

Estudos recentes comprovaram também, que a vacinação contra o HPV em homens foi associada a uma diminuição de 88% nas taxas de infecção oral pelo vírus.

Por isso, além de reduzir o risco de infecção na mulher, pela via sexualmente transmissível, a campanha visa reduzir o risco direto de câncer de boca e orofaringe na população.

A vacina contra o HPV tem contraindicações ou precações?

Sim, a vacina contra o HPV não deve ser administrada nas seguintes situações:

  • Hipersensibilidade ao princípio ativo ou qualquer componente da vacina;
  • Histórico de doenças neurológicas, como crises convulsivas, Guillain Barré, entre outras (nesses casos é importante que a pessoa passe pelo seu médico assistente para avaliação);
  • Reação contra a primeira dose da vacina contra o HPV;
  • Gravidez (mesmo que tenha tomado a primeira dose, deve aguardar o parto para avaliar a data da segunda dose)
  • Sintomas de gripe, resfriado e febre.

Pode também lhe interessar o artigo: HPV durante a gravidez: quais os riscos e como tratar?

Mulheres que estão amamentando podem tomar a vacina quadrivalente contra o HPV.

O/A médico/a de família, infectologista ou o/a médico/a ginecologista poderá esclarecer eventuais dúvidas sobre a vacina contra o vírus HPV.

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O diagnóstico do HPV se baseia no exame clínico das lesões que ele ocasiona, como verrugas anogenitais, ou da avaliação de lesões subclínicas, que não são visíveis de forma direta, através da realização de exames como a colpocitologia oncótica (papanicolau), colposcopia ou exame histopatológico.

No caso das lesões macroscópicas como as verrugas o médico pode visualizar diretamente e presumir a infecção por HPV, já que essas lesões são características da presença desse vírus.

Nas mulheres, pode ser realizado o exame especular para visualização das verrugas que estejam mais internamente na vagina.

Para investigação de lesões subclínicas decorrentes do HPV, que podem levar ao câncer de colo de útero, é realizado a coleta de células do colo do útero e do fundo da vagina, essas células são obtidas por meio de uma raspagem delicada do colo do útero, esse exame é conhecido como papanicolau, ou colpocitologia oncótica.

Quando há alteração no resultado do papanicolau, ou há presença de uma lesão visível no colo do útero, indica-se a realização de um outro exame chamado colposcopia. O exame colposcópico tem como objetivo delinear os limites da extensão da doença no colo uterino e na vagina. Uma biópsia dirigida confirmar o diagnóstico de lesão precursora de câncer.

Nos homens quando há lesões suspeitas o médico pode realizar um exame chamado peniscopia, que também tem como objetivo visualizar melhor lesões pequenas que podem ser ocasionadas pelo HPV ou não.

Caso tenha mais dúvidas sobre o diagnóstico do HPV, consulte o seu médico de família, clínico geral ou ginecologista.

Leia também: Quem tem HPV pode engravidar?

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O HPV pode voltar depois do tratamento com ácido?
Dra. Janyele Sales
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Sim, as lesões causadas por HPV podem voltar depois do tratamento. Em alguns casos, as lesões como as verrugas anogenitais, desaparecem e não voltam mais, em outros casos, elas remitem mas retornam após meses ou mesmo anos. 

O HPV pode ficar latente no organismo, como se fosse escondido, sem manifestar sintomas e retornar quando diminuem as resistências imunológicas do organismo. 

Muitas pessoas conseguem combater o vírus através da própria imunidade, é por isso que algumas verrugas mesmo quando não tratadas desaparecem espontaneamente. Por outro lado, também pode acontecer das lesões verrugosas se multiplicarem.

Leia mais em: HPV tem cura e quando pode levar ao câncer de colo de útero?

Além do tratamento com ácido, que geralmente é o ácido tricloroacético (ATA) existem outras opções terapêuticas disponíveis. Alguns de uso local como a podofilina, o imiquimode e a crioterapia e outros que podem envolver procedimentos cirúrgicos como  a eletrocauterização e a exérese cirúrgica.

Saiba mais sobre o tratamento em: Qual é o tratamento para o HPV?

Caso tenha mais dúvidas converse com o seu médico de família, para maiores esclarecimentos.

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Dra. Janyele Sales
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HPV durante a gravidez não oferece riscos de malformações fetais e não prejudica o bebê. O HPV na gestação também não aumenta as chances de aborto espontâneo ou parto prematuro.

Mesmo que o a criança seja contaminada pelo HPV, antes ou durante o parto, não significa que ela irá contrair a doença, pois a grande maioria dos bebês elimina o vírus num curto espaço de tempo.

Vale lembrar que o vírus HPV não circula na corrente sanguínea, como acontece com o vírus HIV, por exemplo. Ele permanece na vagina ou no colo útero, o que impede que o bebê seja contaminado enquanto está na barriga da mãe.

Assim, o risco de contaminação existe apenas no momento do parto, no caso do bebê entrar em contato com as lesões da mãe.

A pior e mais temida complicação que pode ocorrer se o bebê for infectado pelo HPV é a papilomatose de laringe, uma lesão extremamente grave que pode provocar a morte por insuficiência respiratória. Felizmente, essas situações são raras, com 2 a 43 casos em cada 1 milhão de nascimentos.

Saiba mais em: HPV: o que é e como se transmite?

Qual o tratamento para HPV durante a gravidez?

O tratamento do HPV durante a gravidez depende do aspecto e do local da lesão, risco de câncer, além da fase da gestação.

Se for no início da gravidez, é possível retirar a verruga, dependendo da localização. Porém, no final da gestação, a circulação sanguínea na região da vulva aumenta muito e a verruga pode sangrar, o que impede a sua retirada.

Contudo, depois da gravidez, os sistema imunológico volta ao normal e as lesões tendem a regredir, sendo mais indicado tratar o HPV depois do parto.

Em geral, a cirurgia para remoção das verrugas não interfere na gravidez nem prejudica o bebê. No entanto, se a lesão for muito interna, existe o risco de comprometer a gestação e a melhor alternativa pode ser esperar.

Leia também: Quais são os tratamentos para HPV?; Quem deve tomar a vacina contra HPV?

HPV durante a gravidez impede o parto normal?

Não, HPV na gravidez não impede o parto normal. No final da gestação, o vírus já pode ser encontrado no líquido amniótico da mulher e a opção pelo parto cesárea não garante a prevenção da transmissão do HPV para a criança.

A cesariana também não diminui as chances de papilomatose de laringe, a pior complicação que pode surgir para o bebê.

Além disso, apesar do risco de contaminação do bebê ser um pouco maior no parto normal, já se sabe que as chances dele desenvolver as lesões são muito raras.

Portanto, a cesárea é indicada apenas quando as verrugas são muito grandes ao ponto de impedirem a realização do parto normal.

Assim, o tipo de parto (normal ou cesárea) deverá ser determinado pelo médico obstetra, de acordo com o caso.

Saiba mais em:

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HPV tem cura definitiva?

Como tomar a vacina contra HPV?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A vacina contra HPV é oferecida gratuitamente nos postos de Unidades de Saúde do SUS, através do programa de vacinação adotado pelo Ministério da Saúde/Brasil.

Atualmente, e desde 2016, após diversos estudos e verificações, ficou determinado que são necessárias apenas 2 doses da vacina contra o HPV para completar o esquema de vacinação contra o vírus (0 e 6 meses):

  • 1ª dose;
  • 2ª dose: após 6 meses.

Foram também ampliados os critérios para vacinação, com a inclusão dos meninos, aumento da faixa etária para as meninas e ainda a entrada de grupos prioritários, o que tem trazido resultados bastante satisfatórios.

Portanto, os grupos contemplados para a vacinação desde a última atualização em 2017 são:

  • Meninas entre os 9 e os 14 anos de idade;
  • Meninos entre os 11 e os 14 anos de idade;
  • Homens e ou mulheres entre os 9 e os 26 anos de idade, portadores de HIV/Aids;
  • Pessoas que sofreram transplantes de órgãos e
  • Pacientes oncológicos.

Pessoas que não estejam na lista de vacinação gratuita pelo Ministério da Saúde, que estejam na faixa etária estipulada, 9 aos 26 anos de idade, e que queiram tomar a vacina contra o HPV, devem recorrer às clínicas particulares para avaliação e se houver ainda indicação, poderão fazer por conta própria.

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Como faço para tomar a vacina contra o HPV pelo SUS?

Para receber gratuitamente a vacina contra o vírus HPV, basta comparecer a uma Unidade de Saúde do SUS e apresentar o cartão de vacinação e um documento de identificação.

Lembrando que o SUS só disponibiliza a vacina para as pessoas citadas acima.

O Ministério da Saúde escolheu essa faixa etária porque a vacina é muito mais eficaz se for administrada nessa idade, uma vez que grande parte dessa população, especialmente as meninas, ainda não foi exposta ao vírus HPV através de relações sexuais.

O resultado é uma produção de anticorpos 10 vezes maior do que a resposta natural do organismo, observada em mulheres que já foram infectadas pelo HPV.

Entretanto, esses critérios vendo sendo reavaliados constantemente.

É necessário fazer o diagnóstico do HPV ou ir ao médico antes de tomar a vacina?

Não. Os testes para detectar o HPV não são exigidos para poder tomar a vacina. Também não é necessário passar por uma consulta médica para receber a vacina contra HPV.

Existem quantos tipos de vacina contra HPV?

Existem 2 tipos de vacina contra o vírus HPV:

  • Bivalente (nome comercial Cervarix), da empresa GlaxoSmithKline:

    • Protege contra os tipos de HPV 16 e 18;
    • Indicada para mulheres com mais de 9 anos de idade;
    • Administrada em 3 doses (0, 1 mês e 6 meses);
  • Quadrivalente (produzida pelo Instituto Butantan):
    • Confere imunidade contra os tipos de HPV 6, 11, 16 e 18;
    • Indicada para homens e mulheres entre os 9 e 26 anos;
    • Administrada em 3 doses (0, 2 meses e 6 meses);
    • É a vacina contra HPV utilizada pelo Ministério da Saúde.
A vacina contra HPV provoca algum efeito colateral?

Os efeitos colaterais mais comuns, quando acontecem, são:

  • Mal-estar geral, parecido com uma gripe;
  • Dor fraca ou moderada no local da injeção.
Quem não pode tomar a vacina contra o HPV? Existem contraindicações?

A vacina contra HPV não deve ser tomada em casos de:

  • Sintomas e sinais de gripe, resfriado ou quadros febris;
  • Casos de hipersensibilidade ao princípio ativo ou qualquer outra substância presente na vacina, assim como hipersensibilidade a leveduras;
  • Reações ou Sintomas que indicam hipersensibilidade grave após tomar a primeira dose da vacina;
  • História pregressa de doenças neurológicas (crises convulsivas ou Síndrome de Guillain Barré), é necessário que passe primeiro por uma consulta médica para avaliação;
  • Gravidez (se a mulher engravidar após ter recebido alguma dose da vacina, as doses restantes deverão ser tomadas apenas depois do parto).

Leia também: Quem tem HPV pode engravidar?

É importante lembrar que mulheres que estão amamentando podem tomar a vacina contra HPV.

Para maiores esclarecimentos sobre a vacinação contra o vírus HPV, fale com o seu médico de família, ginecologista (mulheres) ou urologista (homens).

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HPV, NIC 1 é grave e tem cura, vou poder engravidar?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Não é uma lesão grave, em cerca de 90% dos casos regride espontaneamente e nem sequer é necessário tratar. Geralmente o recomendado é apenas repetir o exame de papanicolau em seis meses. Caso a lesão persista ou evolua há tratamento. Esse tipo de lesão não atrapalha a gravidez, também não interfere nem na fertilidade e nem no parto.

O que é NIC 1?

O termo NIC 1, abreviação de neoplasia intraepitelial cervical, refere-se a presença de lesão no epitélio do colo de útero causada pelo HPV. Essa lesão atualmente é chamada de lesão intraepitelial de baixo grau, é uma lesão de baixo risco de transformação em câncer, por isso, quando encontrada o médico pode optar por apenas seguir uma conduta expectante e repetir o exame em 6 meses.

Qual o seguimento do NIC 1?

Caso a mulher apresente dois exames subsequentes negativos pode voltar a rotina normal de rastreamento de câncer de colo, que consiste em repetir o exame de papanicolau a cada três anos. No entanto, se a lesão persistir no papanicolau seguinte ou evoluir a mulher precisa fazer uma colposcopia para avaliar mais detalhadamente a lesão.

Em situações em que a lesão de NIC 1 persiste por 24 meses, sem evoluir ou regredir a mulher pode ser encaminhada para realização de tratamento, onde irá ser realizada uma colposcopia e a partir do resultado pode-se optar por algum método de cauterização da lesão como eletrocauterização, criocauterização ou laserterapia.

Há diferença no seguimento se a mulher for mais jovem?

Sim, em mulheres abaixo dos 24 anos que apresentam NIC 1 a recomendação do ministério da saúde é repetir o exame de papanicolau em três ou quando a mulher fizer 25 anos, já que há grande chance da lesão regredir espontaneamente e não ser necessário maiores intervenções diagnósticas ou terapêuticas.

É válido ressaltar que o rastreamento de câncer de colo de útero está indicado a partir dos 25 anos em mulheres que já iniciaram atividade sexual.

Para mais informações consulte o seu médico de família ou ginecologista.

A vacina HPV tem efeitos secundários?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Dentre os efeitos colaterais mais comuns da vacina contra o HPV podem estar: dor, calor, vermelhidão, coceira e inchaço no local. Às vezes, a pessoa pode apresentar ainda febre baixa, dor de cabeça, dores no corpo e gastroenterite.

Os efeitos secundários da vacinação costumam ser leves e normalmente estão relacionados com reações no local da aplicação da vacina, geralmente no braço ou na coxa.

O tempo de duração dessas possíveis reações adversas da vacina contra o HPV é de apenas alguns dias após a vacinação e costumam desaparecer sozinhos, sem necessidade de tratamento.

Há relatos de pessoas que sofreram desmaios após receberem a vacina, mas esses casos estão relacionados com ansiedade, medo e outras reações emocionais associadas à vacina.

Vacina contra HPV Existe alguma contraindicação para a vacina contra o HPV?

Sim, há casos específicos em que a vacina contra o HPV não é indicada, tais como: alergia ao princípio ativo ou outro produto encontrado na fórmula da vacina, caso anterior de Guillain Barré ou manifestação de sinais e sintomas que indiquem hipersensibilidade grave depois de tomar uma dose da vacina.

Mulher grávida também não deve receber a vacina contra HPV. No caso dela já ter sido vacinada e engravidar, deverá receber as demais doses depois do parto.

Essa precaução com a vacinação contra HPV na gravidez está relacionada com os estudos que ainda não são consensuais quanto aos possíveis efeitos colaterais da vacina durante a gestação.

Durante a amamentação, a mulher pode tomar a vacina mais completa contra o HPV, que é a quadrivalente, pois protege contra HPV 6, 11, 16 e 18.

Quem deve tomar a vacina contra HPV?

A vacina contra o HPV é indicada sobretudo para meninas a partir dos 9 anos de idade e que não tenham iniciado a vida sexual. Porém, a vacina pode ser tomada por mulheres que já tem vida sexual ativa.

A vacina HPV é destinada exclusivamente à prevenção do câncer do colo do útero. Ela não é indicada no tratamento de infeções pré-existentes ou na doença clínica estabelecida.

O/a médico/a de família, clínico/a geral ou ginecologista poderá esclarecer eventuais dúvidas sobre a vacina contra o vírus HPV.

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Qual é o tratamento para HPV?

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Tenho HPV oral, posso transmitir a doença através do beijo?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim. O vírus HPV pode ser transmitido por contato direto com a pele ou mucosas de pessoas contaminadas, como o beijo, principalmente quando houver feridas ativas na boca. No entanto, nem sempre as feridas causadas pelo HPV na boca são visíveis a olho nu.

O HPV é altamente contagioso, as relações sexuais desprotegidas são a via de transmissão mais comum desse vírus, entretanto pode ser transmitido por via oral; por via materno-fetal durante o parto, quando parto natural em gestantes contaminadas e com feridas ativas no canal do parto; e alguns estudos defendem também a transmissão por objetos contaminados - ainda não comprovada.

Vale lembrar que as feridas por HPV na boca podem ser curadas, por isso é importante que seja iniciado o tratamento assim que for confirmado o diagnóstico, e que a pessoa mantenha acompanhamento regular por médico clínico geral, infectologista ou médico/a da família, devido à associação de maior risco de feridas por HPV com câncer.

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