As causas de dor no pé na barriga e nas costas podem variar entre os homens e as mulheres. Uma causa comum a ambos os sexos são as pedras nos rins. Nos homens, ela pode ser causada por problemas na próstata, quando associada a outros sintomas. Nas mulheres, há algumas causas ginecológicas possíveis.
Pedras nos rinsOs cálculos renais (pedras nos rins) são um problema de saúde comum que acometem homens e mulheres. Eles podem causar dor intensa no pé da barriga e nas costas (na região lombar, abaixo das costelas).
A dor aparece como cólica, do lado onde fica o rim com o problema. Também podem aparecer sintomas urinários (dor, urgência, urina turva ou com sangue).
Há fatores que aumentam o risco de desenvolvê-las ou apresentar sintomas:
- Obesidade
- Gravidez
- Doenças como gota, diabetes e hipertensão
- Infecções urinárias repetidas (há maior risco de desenvolver as pedras de estruvita)
Se a pedra nos rins pode ser a causa da sua dor, você precisa de cuidados médicos.
Quando você elimina a pedra, ela pode ser analisada para saber qual é a composição. Conhecer a composição das pedras pode ser importante para diminuir o risco de que elas voltem a aparecer. As mais comuns são formadas por oxalato de cálcio (70% a 80% dos casos). Também podem ser formadas por:
- Fosfato de cálcio
- Ácido úrico (o risco de ter uma pedra no rim com essa composição aumenta com a idade)
- Cistina
- Estruvita
Se elas forem de oxalato de cálcio (as mais comuns), o risco de que volte a formar outras pedras no seu rim é alto. Há cuidados que podem ser tomados para evitar que isso ocorra, como beber mais água e evitar certos alimentos.
Outros problemas que causam estreitamento ou obstrução das vias urinárias também podem causar os mesmos sintomas.
Dor no pé da barriga e nas costas nos homens: problemas da próstataSe você é homem e está com dor ou desconforto no pé da barriga e nas costas há algum tempo, pode estar com prostatite ou com a síndrome da dor pélvica crônica.
A prostatite pode ter como causa uma inflamação ou infecção da próstata.
A síndrome da dor pélvica crõnica também é chamada prostatite crônica, apesar de não se saber ao certo se a próstata é a responsável pela dor. O diagnóstico se baseia na presença de sintomas e exclusão de outras causas.
O problema é mais comum entre os homens com 50 a 60 anos. Podem ser indicados anti-inflamatórios e acupuntura para a redução dos sintomas.
Dor é o primeiro sintoma no caso de problemas de próstata. Ela pode estar presente:
- No pé da barriga e nas costas
- Na região entre o saco escrotal e o ânus
- Nos testículos
- No pênis
- Ao urinar
- Ao ejacular
Ela difere da dor devido às pedras nos rins e tem duração variável. Sintomas urinários (maior frequência e urgência para urinar) ou alguma disfunção sexual (ejaculação precoce ou disfunção erétil) podem estar presentes.
Muitos pacientes com esses sintomas também têm dores em outras regiões do corpo. Nesses casos, os sintomas podem ser parte de outras síndromes de dor crônica, como a síndrome do intestino irritável, fibromialgia ou enxaquecas.
Dor no pé da barriga e nas costas em mulheres: causas ginecológicasA dor no pé da barriga e nas costas nas mulheres pode ser normal durante a menstruação (cólicas) e durante o trabalho de parto (contrações). Há também alguns problemas de saúde e complicações na gravidez que podem causá-la:
- Endometriose, adenomiose ou mioma uterino
- Torção ovariana
- Aborto, gravidez ectópica, trabalho de parto prematuro ou descolamento de placenta
Nesses casos, é importante procurar cuidados médicos.
Endometriose, adenomiose e miomas uterinosNesses casos, outros sintomas frequentes são o fluxo menstrual intenso e dor durante as relações sexuais. O útero está aumentado nos resultados do ultrassom.
Torção ovarianaA dor no pé da barriga e nas costas aparece de repente e pode ser moderada a intensa. Ela pode ser causada pela falta de circulação sanguínea adequada no ovário e na tuba quando ocorre a torção ovariana. A maior parte dos casos de torção ovariana acontece em mulheres em idade reprodutiva.
O risco de acontecer é maior:
- Nos casos de tratamento para engravidar e hiperestímulo ovariano
- Durante a gravidez
- Nas mulheres com síndrome dos ovários policísticos
- Quando já houve uma torção ovariana anteriormente
Na maior parte dos casos, o ovário pode ser preservado e recuperado com uma cirurgia.
Durante a gravidezA dor parecida com cólica no pé da barriga e nas costas durante a gestação podem indicar algum problema. Por isso, procure um médico com urgência se ela for moderada ou intensa. Ela pode indicar:
Aborto espontâneoNesse caso, além da dor no pé da barriga e nas costas, haverá sangramento pela vagina.
Gravidez ectópicaA dor intensa no pé da barriga e nas costas pode acontecer quando há o rompimento da tuba uterina devido a uma gravidez ectópica. Isso pode causar hemorragia grave. Por isso, procure um médico com urgência se você teve um atraso menstrual, está sentindo essa dor, seguida por sangramento vaginal.
A gravidez ectópica é uma gravidez em que o embrião está se desenvolvendo em outro lugar que não seja o útero. O mais comum é que esse lugar seja a tuba uterina.
Trabalho de parto prematuroO trabalho de parto prematuro pode ser identificado quando as contrações (dores moderadas ou intensas espaçadas no pé da barriga e nas costas) começam antes da gestação completar 37 semanas. Se isso acontecer, procure seu médico com urgência.
Não é sempre que há contrações antes do tempo que você já está em trabalho de parto. Preste atenção a alguns sinais que podem estar presentes e indicar o trabalho de parto em andamento:
- Cólicas parecidas com as menstruais
- Contrações leves e irregulares
- Dor nas costas, na região lombar
- Sensação de pressão na vagina ou no pé da barriga
- Corrimento vaginal que parece muco, podendo ser claro, rosado ou levemente sanguinolento
- Leve sangramento vaginal
As gestantes com descolamento de placenta apresentam sangramento vaginal, dor na barriga com contrações uterinas fracas e frequentes. A dor nas costas pode estar presente, dependendo da posição da placenta no útero.
Nesse caso, é preciso procurar um médico com urgência para avaliação. O descolamento de placenta pode ser pequeno e não trazer efeitos negativos para a gestante ou para o bebê. Dependendo da dimensão do descolamento, ele pode trazer riscos para a gestante e para o bebê.
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Referências:
Kidney stones in adults: Epidemiology and risk factors. UpToDate
Chronic prostatitis and chronic pelvic pain syndrome. UpToDate
Dysmenorrhea in adult females: Treatment. UpToDate
Ectopic pregnancy: Epidemiology, risk factors, and anatomic sites. UpToDate
Preterm labor: Clinical findings, diagnostic evaluation, and initial treatment. UpToDate
Ovarian and fallopian tube torsion. UpToDate
Placental abruption: Pathophysiology, clinical features, diagnosis, and consequences. UpToDate
Existem diferentes métodos contraceptivos que protegem de uma gravidez indesejada. A pílula é um dos métodos mais populares, mas existem outras opções como injeções, implantes ou o DIU.
Conhecer diferentes métodos é essencial para que cada mulher consiga escolher a melhor forma de anticoncepção para o seu organismo e estilo de vida.
Vejamos um pouco sobre cada um dos métodos contraceptivos mais populares e reversíveis, ou seja, que após o término do uso a mulher pode voltar a engravidar normalmente.
Pílula oral combinadaNomes comerciais: Ciclo 21®, Diane 35®, Yas®, Yasmin®, Qlaira®, entre outras.
São pílulas que possuem na sua composição dois hormônios, um estrógeno e um progestógeno. Atuam inibindo a ovulação, a mulher deixa de ovular, portanto não tem risco de engravidar se usar a pílula corretamente.
A pílula contraceptiva é um dos métodos contraceptivos mais populares. Apresentam alta eficácia se tomada de forma correta e sem esquecimentos.
Além disso, possuem algumas vantagens não relacionadas a contracepção, como:
- Reduzem cólicas menstruais e excesso de sangramento menstrual;
- Controlam sintomas da Síndrome dos Ovários Policísticos (acne, pelos faciais e corporais, oleosidade da pele);
- Diminuem o risco de câncer do endométrio, do ovário e da Doença Inflamatória Pélvica
No entanto, como a pílula requer que se tome comprimidos diariamente pode não ser o método mais indicado para mulheres que se esquecem facilmente de tomá-la.
Além disso, diarreia, vômitos e uso de medicamentos podem diminuir a eficácia da pílula, por isso nessas situações pode ser necessário usar outro método como a camisinha.
Outra desvantagem das pílulas hormonais é que causam efeitos colaterais que podem ser impeditivos ao seu uso, como alteração do sangramento menstrual, dor de cabeça, tonturas, inchaços ou náuseas.
Também é importante lembrar do risco de eventos tromboembólicos (tromboses) com o uso de pílulas e outros métodos hormonais, que embora raro podem atingir mulheres que fazem uso desse contraceptivo.
Pílula apenas de progestógenoNomes comerciais: Cerazzete®, Norestin®.
Estas pílulas contêm apenas um tipo de hormônio, o progestógeno, não contém o estrógeno presente nas pílulas combinadas. Também atuam inibindo a ovulação, mas também deixam o muco do colo do útero mais espesso, impedindo que o espermatozoide alcance o óvulo.
O principal diferencial é que podem ser usadas por mulheres que estão amamentando.
O esquecimento da pílula afeta substancialmente a sua eficácia, principalmente em pílulas com baixa quantidade de hormônios como o Norestin®.
Uma possível desvantagem é que a pílula de progestógeno pode causar irregularidade menstrual ou cessar a menstruação. Além disso, pode causar efeitos adversos para algumas mulheres como dores de cabeça, náuseas, inchaço, entre outros.
Anel VaginalNome comercial: Nuvaring®
Também é um método contraceptivo hormonal, consiste na colocação de uma estrutura em forma de anel na vagina, que contém hormônios (estrógeno e progestógeno).
O anel vaginal é um método contraceptivo eficaz e prático de ser usado, já que não requer a toma de comprimido diariamente. Basta colocar o anel na vagina que fica durante três semanas, ele é retirado por uma semana para vir a menstruação e depois coloca-se outro por mais três semanas.
É um método hormonal, portanto, apresenta os mesmo efeitos adversos que as pílulas hormonais. E ainda apresenta como desvantagem o custo, que é maior que algumas pílulas contraceptivas.
Adesivo anticoncepcionalNome comercial: Evra®
O adesivo é um método externo, é colado sobre a pele e libera hormônios continuamente, estrógeno e progesterona, durante uma semana. A cada semana troca-se o adesivo por outro. Na quarta semana interrompe-se o uso para que venha a menstruação. É assim, um método muito prático e eficaz.
Como os hormônios não passam pelo tubo digestivo a sua eficácia não é afetada por vômitos ou diarreia.
Um dos problemas dos adesivos é que são colocados em áreas muitas vezes visíveis, como nos braços, costas e barriga, o que pode ser indesejável para muitas mulheres.
Também pode desgrudar e ter a eficácia reduzida. Além disso, pode apresentar os mesmos efeitos colaterais que as pílulas hormonais.
Injeção hormonal combinada (mensal)Nomes comerciais: Mesigyna®, Noregyna®
A injeções contraceptivas mensais possuem estrógeno e progesterona. São aplicadas a cada 30 dias e da mesma forma que as pílulas orais inibem a ovulação, evitando a gravidez.
A principal vantagem da injeção hormonal mensal é a facilidade de uso, já que não requer a toma de comprimido diariamente.
No entanto, os efeitos adversos e contra-indicações são os mesmos da pílula hormonal combinada, já que as injeções mensais também são feitas dos mesmos dois hormônios.
Injeção apenas de progestógeno (trimestral)Nomes comerciais: Depo provera®, Contracep®
A injeção apenas de progestógeno é aplicada a cada três meses, contém apenas um hormônio que geralmente é a medroxiprogesterona.
A injeção trimestral é ainda mais prática de usar, visto que as injeções são aplicadas apenas a cada três meses.
Além disso, também podem ser usadas por mulheres que estão a amamentar.
Uma possível vantagem da injeção de progestógeno é a redução importante do fluxo menstrual ou mesmo ausência de menstruação em alguns casos.
Entretanto, uma das principais queixas em relação à pílula trimestral é o ganho de peso, que pode ocorrer em algumas mulheres, levando ao aumento de até cerca de 3 kg.
Implante hormonalNome comercial: Implanon®
O implante hormonal consiste na aplicação de um pequeno bastão contendo hormônios por baixo da pele. O estrógeno e a progesterona são liberados continuamente no decorrer de três anos.
Apresentam alta eficácia contraceptiva, e são muito práticos, já que durante 3 anos a mulher está protegida contra gravidez, por isso costuma ser um método muito indicado para adolescentes.
Embora tenha muitas vantagens, o implante hormonal pode causar irregularidade menstrual e sangramento de escape, sendo um impeditivo para muitas mulheres. Também podem apresentar efeitos adversos do uso de hormônios.
Dispositivo intrauterino de cobre (DIU de cobre)Este método consiste na inserção de um pequeno dispositivo em volta de T e coberto por cobre no útero.
O DIU de cobre é o método contraceptivo reversível de maior duração. Tem validade de 10 anos. Portanto, para mulheres que não planejam filhos a longo prazo é uma boa opção.
Também é importante destacar que é um método totalmente sem hormônios, indicado para mulheres que apresentam efeitos adversos a qualquer outro método hormonal como as pílulas ou injeções.
No entanto, o uso do DIU de cobre pode em algumas mulheres levar ao aumento do sangramento menstrual e cólicas menstruais.
Além disso, requer ser colocado por um médico ou enfermeiro capacitado
Dispositivo intrauterino de levonorgestrel (DIU hormonal)Nome comercial: Mirena®
O DIU de levonorgestrel é um dispositivo implantado também na cavidade uterina, atua liberando gradativamente pequenas quantidades do hormônio levonorgestrel, inibindo a fecundação. Também é um método de longa duração com validade de 5 anos.
Tem ação hormonal predominantemente local, o que diminui o risco de efeitos adversos decorrentes do uso de hormônios.
Pode causar redução importante de sangramento e cólicas menstruais, em alguns casos provocando a interrupção da menstruação o que pode ser vantajoso para algumas mulheres.
Uma desvantagem do DIU de levonorgestrel é que pode causar irregularidade menstrual ou sangramento de escape frequente.
Também é importante ressaltar que embora a quantidade de hormônios liberada no organismo seja pequena, algumas mulheres mais sensíveis podem sentir alguns sintomas relacionados ao levonorgestrel como dor de cabeça, náuseas, irritabilidade e alterações de humor.
Caso precise de ajuda para escolher o método contraceptivo para adequado consulte um médico de família ou ginecologista para melhor orientação.
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Referências bibliográficas:
Planejamento Familiar UM MANUAL GLOBAL PARA PROFISSIONAIS E SERVIÇOS DE SAÚDE. OMS.
O sistema reprodutor ou aparelho genital feminino é constituído por órgãos externos e internos. A vagina, ovários, tubas uterinas ou trompas de Falópio são os órgãos internos; enquanto a vulva formada pelos grandes e pequenos lábios e pelo clitóris são estruturas do aparelho genital externo.
O aparelho genital é responsável pela produção dos hormônios sexuais e dos óvulos. É também o local no qual ocorre a fecundação e o desenvolvimento do feto durantes os nove meses de gestação.
Órgãos Genitais Internos OváriosSão os ovários as estruturas responsáveis pela produção do gameta feminino. Localizam-se na região inferior do abdome, um do lado direito e outro do lado esquerdo e têm o formato de amêndoa. São fixados ao útero por ligamentos como o ligamento útero-ovárico e mesovário.
Os ovários produzem os hormônios femininos: estrogênio e progesterona. Em seu interior ocorre o desenvolvimento dos óvulos.
Tubas uterinasAs tubas uterinas, antes chamadas trompas de Falópio, são duas tubas de aproximadamente 12 cm em forma de funil que se comunicam com útero do lado direito (tuba uterina direita) e do lado esquerdo (tuba uterina esquerda). A outra extremidade da tuba se assemelha a um funil cuja boca tem um formato irregular e o aspecto de franjas. São as franjas da tuba uterina que captam o óvulo durante a ovulação.
A função das tubas uterinas é transportar o óvulo do ovário para o útero. Além disso, é o local no qual ocorre a fertilização do óvulo pelo espermatozoide.
Quando o óvulo fecundado se fixa na parede da tuba uterina ocorre o que chamamos de gravidez tubária. A gravidez tubária é um tipo de gravidez ectópica na qual pode ocorrer rompimento da tuba uterina com grandes hemorragia interna e que pode levar a perda de uma das tubas. A gravidez tubária não consegue ser levada adiante porque a tuba é muito estreita e não permite o desenvolvimento do bebê.
ÚteroO útero é um órgão oco que tem o formato de um pera e paredes musculares espessas. É composto por três partes: fundo, corpo e cérvix ou colo do útero. O colo do útero é a região que possui comunicação com a vagina. O fundo do útero é a porção mais interna e o corpo do útero é o espaço no qual a gravidez se desenvolve. De forma geral, o útero possui 7,5 cm de comprimento e 5 cm de largura. Se localiza logo atrás da bexiga e na frente do reto.
A parede que reveste o útero internamente é chamada endométrio. A menstruação é a justamente a camada do endométrio que descama, pela ausência de gravidez. E no caso de gravidez, é na parede do útero que ocorre a nidação (fixação do óvulo fecundado).
VaginaA vagina é um canal tubular, muscular e bastante elástico que tem cerca de 10 cm de comprimento. É a vagina que faz a comunicação do útero com o meio externo e é um órgão que tem a capacidade de se dilatar e se contrair.
Tem a função dar passagem ao fluxo menstrual, receber o pênis durante a relação sexual e formar o canal de parto.
Órgãos Genitais ExternosOs grandes lábios, pequenos lábios e clitóris são os órgãos genitais externos e constituem a vulva.
Grandes lábios e pequenos lábiosOs grandes lábios são dobras formadas por tecido adiposo e pele. A região é recoberta por pelos. Já os pequenos lábios, se localizam a seguir aos grandes lábios e não possuem gordura.
ClitórisO clitóris se localiza na junção dos pequenos lábios, na região superior. O tecido que forma o clitóris é erétil e mede aproximadamente 2 cm de comprimento. Sua função única é proporcionar prazer sexual à mulher e, por este motivo, é rico em terminações nervosas.
A abertura da vagina fica situada entre os pequenos lábios. Esta abertura é recoberta por uma membrana bastante fina e vascularizada chamada hímen. A membrana não fecha o canal vaginal. Na verdade, o hímen está posicionando em torno do canal. Algumas mulheres nascem com o canal vaginal obstruído pelo hímen. Nestes casos, é necessária uma cirurgia corretora para que o fluxo menstrual possa passar pelo canal vaginal para o exterior do útero.
Ao contrário do que muitas pessoas pensam, o hímen não necessariamente ainda estará íntegro na primeira relação sexual. Ele pode desaparecer antes da puberdade por meio da prática de alguns tipos de atividade física, como por exemplo andar de bicicleta, e pela masturbação.
Além disso, nem sempre o hímen é rompido na primeira relação sexual, o que leva ao sangramento. Em muitas mulheres a penetração vaginal não leva ao rompimento do hímen, especialmente se for feita com delicadeza.
É importante que as mulheres conheçam o seu corpo para reconhecer quando houver alguma irregularidade e para obter prazer durante as relações.
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A forma de usar e o dia do início de cada tipo de anticoncepcional é diferente. Alguns são de uso diário, outros semanais, mensais ou trimestrais e até de 3 anos. A maioria deve ser iniciado no primeiro dia da menstruação, mas nem todos.
Sabendo que a eficácia dos anticoncepcionais depende do uso correto da medicação, é fundamental conhecer a forma correta de tomar o contraceptivo escolhido, dia de início e situações que possam interferir no seu mecanismo de contracepcão.
Como tomar um anticoncepcional oral?Tomar 01 comprimido por dia, todos os dias, de preferência no mesmo horário. O primeiro comprimido é tomado no primeiro dia da menstruação e a cartela seguinte depende do tipo de anticoncepcional em uso.
Cartela de 21 comprimidosPara as cartelas com 21 comprimidos, a mulher precisa fazer uma pausa de 7 dias, completando os 28 dias de ciclo, e depois recomeçar nova cartela. Durante esses 7 dias da pausa, é esperado que ocorra a menstruação. No entanto, a próxima cartela deverá ser iniciada no 8º dia independente do sangramento, até porque o uso regular de anticoncepcionais, tem como efeito comum, a irregularidade menstrual. Sendo assim, não é seguro se basear na menstruação.
Cartela de 28 comprimidosPara as cartelas de 28 comprimidos, opção habitual para as mulheres que não desejam menstruar ou que tenham essa indicação, como no caso de anemia e enxaqueca severa, não é preciso fazer a pausa. Ou seja, terminando a cartela, no dia seguinte inicia a nova cartela. As medicações são compostas de forma diferente, para manter o ciclo normal, sem precisar interromper o seu uso.
Como devo usar o anticoncepcional em adesivo?O anticoncepcional em adesivo (Evra®), deve ser aplicado 1vez por semana, durante 3 semanas. Depois é preciso fazer a pausa de 1 semana, e então recomeçar novo ciclo de adesivos.
Assim como os anticoncepcionais, o uso correto do produto é fundamental para assegurar a contracepção. Por isso é importante ter cuidado com as recomendações na sua aplicação, que incluem:
- Aplicar o primeiro adesivo no primeiro dia da menstruação,
- Trocar o adesivo sempre no mesmo dia da semana, após 7 dias de uso, ou seja, se o primeiro adesivo foi colocado no domingo, os demais devem ser colocados também no domingo,
- Aplicar nas regiões indicadas na bula: regiões sem pelo, nádegas, abdome, braço (parte externa) ou dorso (parte superior),
- Nunca aplicar na pele com vermelhidão, ou machucados,
- Não colocar em região onde a roupa possa causar fricção e o seu deslocamento,
- Se observar algum comprometimento do adesivo, como lateral levantada ou área descolando, deve ser trocado por um novo.
O adesivo não deve ser usado no caso de mulheres com contraindicações para uso de estrogênio, como historia de câncer de mama, tromboembolismo ou doenças tromboembólicas. Mulheres com peso acima de 90 kg também podem ter a absorção da medicação diminuída, reduzindo a eficácia do anticoncepcional.
Nesse caso é aconselhável conversar com o ginecologista para avaliar uma outra opção.
Como devo usar o anticoncepcional injetável?Os anticoncepcionais injetáveis devem ser aplicados por um profissional de saúde, habilitado para essa administração, pois a aplicação incorreta reduz consideravelmente a eficácia do anticoncepcional.
Os anticoncepcionais mensais, são compostos por estrogênio e progesterona, e devem ser aplicados, por via intramuscular, 1 vez por mês. A primeira aplicação pode ser feita no primeiro dia da menstruação para algumas apresentações, já outras pedem que seja feito entre o 7º e o 10º dia do ciclo, como no caso do Perlutan®.
Os injetáveis trimestrais, como Depo® Provera®, são compostos apenas por progestágenos, e tem uma duração maior. São administrados, também por profissional habilitado, por via intramuscular, a cada 12 a 13 semanas, com o máximo de 91 dias de intervalo.
Lembrar ainda que não se deve apertar ou massagear o local, após a aplicação.
Como devo usar o implante subcutâneo (Implanon®)?O implante subcutâneo, autorizado para uso no Brasil a menos tempo, é o Implanon®, método contraceptivo de alta eficácia e longa duração, que vem sendo muito utilizado.
Deve ser aplicado pelo médico, sob anestesia local, na região interna do braço, entre o primeiro e o quinto dia da menstruação. A sua duração é de 3 anos, ou um pouco menos para as mulheres com sobrepeso. Portanto, com a troca a cada 3 anos.
O que fazer se esquecer de tomar o anticoncepcional no dia certo?Nesse caso, mais uma vez, dependerá do medicamento que faz uso. Na maioria das vezes, a medicação não perde o seu efeito se o esquecimento for de menos de 2 dias. Então, basta retornar a medicação.
No caso de anticoncepcionais injetáveis, se passar dos 30 dias, para os mensais ou, 91 dias para os trimestrais, é preciso fazer um teste de gravidez antes de aplicar a próxima dose.
Como escolher o melhor anticoncepcional?Os anticoncepcionais devem ser escolhidos junto com o médico que a acompanha, para que possa receber as principais informações de cada opção, os seus riscos e benefícios, avaliação das suas características físicas, condições de saúde e estilo de vida.
A opção também deve ter como base os custos e pretensão de formação familiar, para que a adesão ao medicamento seja efetiva e não precise fazer trocas repetidas de anticoncepcionais, tornando essa questão um problema emocional.
São muitas as opções, por isso sempre haverá uma melhor indicação para cada caso.
Para esclarecer as dúvidas mais comuns sobre anticoncepcionais, leia também os artigos:
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7 dúvidas sobre o diafragma contraceptivo
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Referências:
- FEBRASGO - Federação Brasileira de Associações de Gineologia e Obstetrícia.
- Christine Dehlendorf, et al.; Contraception: Counseling and selection. UpToDate. Aug 03, 2020.
O exame de ultrassonografia transvaginal descreve as características dos órgãos visualizados (vagina, colo do útero, útero, trompas e ovários) e a presença de saco embrionário, no caso de uma gravidez.
No resultado são descritos a posição e forma do útero, as suas medidas, visualização e medidas dos ovários, além de achados anormais quando evidenciados, por exemplo, cistos no ovário, pólipos ou mioma uterino. Na gestação, é descrito ainda o tamanho do embrião e os batimentos cardíacos fetais.
Com o resultado do exame, cabe ao médico interpretar esse resultado junto com o exame clínico e sintomas da paciente.
Posição do útero:- Anteversão ou anteroversoflexão (AVF), quando está voltado para a frente, em direção à vagina;
- Medioversão (MVF), quando o útero está localizado em posição central, dentro da cavidade abdominal, nem inclinado para a frente e nem para as costas e
- Retroversão, ou útero retrovertido (RVF), quando o útero está voltado para trás, em direção ao cóccix.
A anteroversão é a apresentação mais comum na população feminina e considerada normal, porém essa posição pode variar naturalmente sem interferir na fertilidade ou na evolução da gravidez. A não ser, nos casos de malformação, com retroversão fixa. Neste caso, a mulher pode ter dificuldade em engravidar.
Espessura e ecotextura uterina:- Homogênea,
- Heterogênea.
O miométrio é a camada do meio do útero, considerada a mais grossa e mais elástica, localizada entre o endométrio (camada interna) e perimétrio (camada externa). O seu aspecto normal é uma forma regular e uniforme, descrita como homogênea.
Nos casos de presença de nódulos, cistos ou tumores, ela apresentará uma irregularidade, formando uma imagem heterogênea. Neste caso é preciso solicitar novos exames para definir a imagem e planejar o tratamento, quando necessário.
Volume uterinoNo exame de ultrassom do útero existem medidas padrão, consideradas normais para a idade e peso, que variam entre 50 e 90 cm², podendo até chegar a 160 cm² para mulheres multíparas (que tiveram mais de 2 filhos), sem que configure um problema de saúde.
Um voluma acima desse valor pode indicar um problema, como a presença de um mioma ou tumor maligno. Por isso ginecologista deverá pedir novos exames para ampliar essa investigação e definir o melhor tratamento.
Anexos ou OváriosOs ovários são avaliados na sua forma, tamanho, volume e se existem cistos no seu interior, o que não é incomum. Os volumes ovarianos considerados normais, são em média de 3 a 12 cm³ e as medidas de tamanhos bastante variadas.
A avaliação dos ovários auxilia na identificação de doença policística, presença de tumores e no tratamento para dificuldade em engravidar, pois a presença do corpo lúteo ou formação ovular, permite indicar a fase do ciclo menstrual e com isso fornece a provável data da ovulação.
Como é feito o exame de ultrassonografia transvaginal?Para realização do exame, a paciente deve ficar deitada de costas em uma maca, na posição ginecológica, ou seja, com as pernas afastadas e joelhos dobrados com um apoio, para a penetração do aparelho de ultrassom através da vagina, devidamente revestido com um preservativo e gel lubrificante.
O aparelho emite ondas sonoras que transmitem as informações para um computador, onde é possível visualizar as imagens dos órgãos e estruturas pélvicas como o útero, trompas e ovários. Os aparelhos permitem também fazer marcações e medidas das estruturas encontradas.
Quando fazer o exame de ultrassom transvaginal?As principais indicações para esse exame são:
- Irregularidade menstrual
- Investigação de infertilidade
- Acompanhamento gestacional (pré-natal)
- Suspeita de gravidez ectópica (gravidez fora do útero)
- Casos de dor pélvica ou dor durante a relação sexual
- Investigação e acompanhamento de mioma ou pólipos uterinos
- Avaliação do posicionamento de DIU (dispositivo intrauterino)
Não tem necessidade de preparo para o exame. No entanto, é recomendado uso de roupas largas ou de fácil abertura, para ajudar no exame.
Não é preciso uma depilação específica ou evitar relação sexual no dia anterior.
Pode fazer ultrassom transvaginal menstruada?Sim, o exame de ultrassonografia transvaginal pode ser feito durante a menstruação. Será preciso retirar o absorvente interno, caso faça uso, e comunicar a equipe, para o preparo da cadeira ginecológica. O sangramento não interfere nem prejudica a avaliação dos órgãos analisados, através do ultrassom.
O exame de transvaginal dói? Quanto tempo dura o exame?Não. Trata-se de um exame indolor e rápido, embora possa causar certo incômodo durante a penetração e manuseio do aparelho de ultrassonografia, durante a identificação das estruturas.
Tem uma duração média de 20 a 30 minutos, podendo ser mais prolongado dependendo da indicação do exame e dos achados durante o procedimento.
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Referência:
FEBRASGO - Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia