Dores como as que você citou são muito comuns durante a gravidez. Para algumas mulheres estar grávida é só felicidade e para outras que tem muitos sintomas, principalmente dor, a felicidade de estar grávida e de certa forma obscurecida pela dor. O melhor de tudo é que suas dores vão terminar quando o bebê nascer.
Dores durante a gestação que preocupam são dores na barriga (útero) tipo cólica que vem e some e depois de alguns minutos retornam, acompanhada sempre do endurecimento temporário da barriga (útero), estas dores vão ficando cada vez mais fortes até tornarem-se insuportáveis e você começa a perder secreção pala vagina parecida como um catarro; esses são os sinais de parto e indicam necessidade de procurar um hospital.
É importante manter a calma, tranquilidade, fazer repouso e ter um obstetra que a acompanhe, aparentemente não há motivo para alarme. É provável que essas contrações sejam contrações de treinamento, também chamadas de contrações de Braxton-Hicks, que são contrações irregulares que podem se iniciar no terceiro trimestre.
O trabalho de parto prematuro é caracterizado pela presença de contrações rítmicas e regulares, sendo que há a presença de 2 a 3 contrações em 10 minutos e dilatação maior ou igual a 2 cm, se essas duas condições não estiverem acontecendo concomitantemente, não se trata ainda do trabalho de parto.
Caso passe a apresentar contrações dolorosas, rítmicas e intensas, que duram 30 segundos ou mais, sendo cerca de 2 a 3 contrações por minutos deve procurar atendimento médico.
Contrações de treinamento e contrações do trabalho de partoÉ importante diferenciar as contrações de treinamento de um possível trabalho de parto prematuro, portanto, avaliar a característica das contrações e outros sintomas que possam surgir é essencial.
As contrações de treinamento, geralmente são indolores, desordenadas e irregulares, não se tornam mais intensas com o decorrer do tempo e podem ser facilmente aliviadas as vezes com a simples mudança de posição da mulher.
Já as contrações do trabalho de parto são dolorosas, quanto mais contraída a parede uterina maior é a dor que a mulher sente, começam ou da região superior da barriga ou das costas e descem em direção a pelve.
São mais ordenadas e rítmicas, portanto possuem uma certa regularidade e tornam-se cada vez mais frequentes e intensas a cada vez que se aproxima do momento do parto. Podem durar de 30 a 60 segundo ou um pouco mais.
Um outro sinal importante do parto é a rotura da bolsa: a mulher pode perder involuntariamente uma grande quantidade de líquido claro, geralmente transparente, aos poucos ou de uma única vez. Nessa situação a mulher deve procurar imediatamente o atendimento obstétrico.
Outros sinais que merecem atendimento médico imediato são perda de sangue vaginal ou o bebê deixar de mexer por 12 horas seguidas.
Para mais informações sobre o trabalho de parto consulte o seu médico obstetra ou médico de família que acompanha o pré natal.
O tampão mucoso é um muco produzido pelo colo do útero desde o princípio da gravidez, com a função de proteger o útero, bloqueando a entrada de bactérias.
Possui uma consistência viscosa, podendo se apresentar com várias colorações, desde incolor, como a clara de ovo, até amarelado com presença de pequena quantidade de sangue.
Quando o colo do útero começa a se dilatar para se preparar para o parto, o tampão mucoso é expelido. Após a saída do tampão começam as contrações uterinas e o parto pode ocorrer a qualquer momento.
A perda do tampão mucoso e o início das dores (cólicas) são os primeiros sintomas de que o bebê está perto de nascer. Contudo, isso não significa que o bebê vai nascer imediatamente.
Quais são os sintomas do parto?Os sintomas do parto variam conforme a fase em que a gestante está do trabalho de parto:
Pré-parto ou período premonitórioEssa fase começa entre a 30ª e a 36ª semana de gestação e se estende até o início do parto. O fundo do útero desce, começam as contrações uterinas e ocorre saída de secreção de aspecto mucoso, com sangue, pela vagina.
Essas alterações terminam quando o colo do útero começa a se preparar para o parto, que é quando as contrações uterinas ficam progressivamente mais fortes e regulares. O útero fica dilatado, amolecido e o colo do útero fica centralizado. Essa é a fase latente, que dura em média 14 a 20 horas.
O período de dilatação começa ao final da fase latente até o momento em que o colo do útero chega a 10 cm de dilatação. O período de dilatação pode durar de 6 a 12 horas.
Nessa fase do trabalho de parto, as contrações uterinas são regulares, geralmente com intervalos de 3 a 5 minutos e com intensidade que pode ser de moderada a forte.
Período expulsivoComeça no final da dilatação e termina com a saída do bebê, podendo durar de 20 a 50 minutos. As contrações são fortes e o intervalo entre elas é cada vez menor.
Nessa fase, a gestante apresenta esforço expulsivo e vontade de defecar. A expulsão do bebê ocorre pelo esforço exercido pela gestante, podendo ser auxiliado pelo/a médico/a.
Período de secundamentoEsse é o período em que ocorre o descolamento e a expulsão da placenta. O período de secundamento acontece entre 5 até 30 minutos após o período expulsivo.
Quarto períodoComeça no final do período de secundamento e dura até uma hora depois do parto. Esta é a fase de maior risco de sangramento, fase em que ocorre a contração do útero, portanto exige especial atenção por parte do obstetra.
Para maiores informações sobre a saída do tampão mucoso e os sintomas de parto, fale com o/a médico/a obstetra ou o/a médico/a que está acompanhando a gestação.
O parto prematuro ocorre quando o trabalho de parto começa antes da gestante completar 37 semanas de gravidez. O nascimento prematuro é uma das principais causas de incapacidade ou morte do bebê. Porém, um bom acompanhamento pré-natal aumenta as chances de um bebê prematuro se recuperar bem de um parto pré-termo.
Quais são os sinais e sintomas de parto prematuro?- Contrações uterinas acompanhadas de dor na coluna lombar ou sensação de pressão na virilha ou nas coxas;
- Vazamento de líquido em gotas ou em um fluxo pela vagina;
- Sangramento vaginal vermelho e brilhante;
- Secreção vaginal mucosa, espessa e com sangue;
- Ruptura da bolsa das águas;
- Ter mais de 5 contrações uterinas por hora ou contrações regulares e dolorosas;
- Contrações que se tornam mais longas, fortes e próximas umas das outras.
Procure atendimento médico imediatamente se notar algum desses sinais e sintomas antes da 37ª semana de gravidez:
- Cólica, dor ou pressão no abdômen;
- Escapes, sangramento, muco ou líquido saindo pela vagina;
- Aumento repentino de corrimento vaginal.
Na suspeita de parto prematuro, é feito um exame para verificar se há dilatação do colo do útero ou ruptura da bolsa.
Muitas vezes, é feito um ultrassom transvaginal para avaliar o comprimento do colo do útero. O parto prematuro geralmente pode ser diagnosticado quando o colo do útero está mais curto. Geralmente, o encurtamento do colo do útero ocorre antes da dilatação.
Se houver saída de líquido ou fluidos, estes serão analisados. O teste pode avaliar se a gestante dará à luz em breve ou não.
Se a gestante entrar em trabalho de parto prematuro, precisa ir a um hospital. Podem ser usados medicamentos para interromper as contrações e amadurecer os pulmões do bebê.
Quais as causas de parto prematuro?Na maioria das gestações, as causas de parto prematuro não são totalmente conhecidas. No entanto, sabe-se que certas condições podem aumentar o risco de um parto pré-termo, tais como:
- Parto prematuro anterior;
- História de cirurgia do colo do útero, como excisão electrocirúrgica por alça (LEEP) ou conização;
- Gravidez de gêmeos;
- Infecção da mãe ou das membranas ao redor do bebê;
- Defeitos congênitos do bebê;
- Hipertensão arterial (pressão alta) da gestante;
- Rompimento precoce da bolsa das águas;
- Excesso de líquido amniótico;
- Sangramento no primeiro trimestre de gravidez;
- Fumar durante a gravidez;
- Uso de drogas;
- Estresse físico ou psicológico grave;
- Pouco ganho de peso durante a gravidez;
- Obesidade.
O parto prematuro também pode ser causado por problemas na placenta, no útero ou no colo do útero.
Quando o colo do útero não permanece fechado por si próprio (insuficiência cervical) ou a forma do útero não é normal, existe risco de haver um trabalho de parto prematuro.
Mau funcionamento da placenta, descolamento prematuro da placenta e placenta prévia também podem levar a uma ameaça de parto prematuro.
Como reduzir o risco de parto prematuro?Para reduzir o risco de parto pré-termo, a gestante deve seguir as orientações do médico obstetra que está acompanhando a gravidez. Na presença de sinais e sintomas de trabalho de parto prematuro, deve-se procurar atendimento médico imediatamente. O tratamento precoce é a melhor maneira de prevenir o nascimento de um bebê prematuro.
O pré-natal reduz o risco de parto prematuro. A gestante deve fazer os exames de rotina durante a gravidez, ter uma alimentação saudável, não fumar, não consumir bebidas alcoólicas e não usar drogas.
Mulheres com histórico de parto prematuro podem precisar receber o hormônio progesterona para retardar a evolução do parto.
Para maiores esclarecimentos sobre os sinais e sintomas de parto prematuro, consulte o médico obstetra responsável pelo acompanhamento pré-natal.