O tempo para voltar a ter relações sexuais depois da cesariana dependerá de cada mulher. Em geral, é recomendado evitar as relações sexuais nos primeiros 40 dias após o procedimento. Isso porque durante esse período, o aparelho reprodutor da mulher está se readaptando, juntamente com outros órgãos internos. Além disso, o local da ferida operatória está em cicatrização.
Com essa readaptação, a mulher pode sentir algum desconforto com a relação sexual. Por isso, o tempo para voltar a ter relações sexuais fica muito individualizado.
É importante respeitar seu corpo e seus desejos e voltar a ter relações sexuais quando realmente se sentir confortável e segura para isso.
Na consulta pós parto, a mulher pode tirar suas dúvidas com o/a médico/a ou enfermeiro/a atendente.
O tempo total de recuperação após uma cesariana varia de mulher para mulher: enquanto algumas conseguem ficar de pé apenas algumas horas após a cirurgia, outras precisam de mais tempo para se recuperar, principalmente se houver algum tipo de complicação durante o parto.
A recuperação completa não é fácil, pois é uma cirurgia de grande porte e o corpo precisará de cerca de seis meses para se recompor. Entre 10 e 12 horas depois da cesárea, a mulher deve tomar um banho, o que pode ser aparentemente difícil.
Provavelmente a mulher vai precisar de ajuda e a enfermeira ou um acompanhante poderão ser necessários. Será necessário ajuda para deitar-se e para levantar-se da cama, por isso será mais fácil se alguém puder ficar de acompanhante para entregar o bebê à mãe quando ele chorar ou quiser mamar.
Tempo de internamento hospitalar:
O tempo de internamento hospitalar para o parto por cesariana é geralmente de três dias, e após este período se a mulher e o bebê estiverem bem, poderão ir para casa, mas em alguns casos os dois ou um dos dois poderão ficar mais alguns dias no hospital para recuperar de alguma situação, o que pode ocorrer por exemplo se o bebê apresentar icterícia.
Recuperação em casa:
Após receber alta hospitalar, a mulher deverá se recuperar em casa. É aconselhável ter uma ajuda extra, especialmente nos primeiros dias. A mulher deverá evitar esforços, dedicando-se apenas ao seu bem estar, à amentação e aos cuidados com o bebê. Tarefas domésticas não devem ser prioridade e por isso toda ajuda é bem vinda.
Recomenda-se usar uma cinta pós-parto para aumentar o conforto, amenizar a sensação de que os órgãos estão soltos dentro do abdômen e para reduzir o risco de seroma na cicatriz.
Saiba mais em: O que é seroma e como é o tratamento?
É necessário também usar um absorvente noturno por causa do sangramento que irá ocorrer, semelhante a uma menstruação forte, que pode durar até 60 dias.
Quanto à cicatriz, os pontos só devem ser retirados oito dias após a cesária e ela poderá ser lavada normalmente durante o banho. No caso da mulher estar com muitas dores, poderá tomar o analgésico prescrito pelo médico.
Leia também: Os pontos da cesárea estão inflamados. O que fazer?
O pós operatório deve ser acompanhado pelo seu ginecologista, sempre que for possível. Ele poderá atuar no caso de qualquer complicação.
Dores como as que você citou são muito comuns durante a gravidez. Para algumas mulheres estar grávida é só felicidade e para outras que tem muitos sintomas, principalmente dor, a felicidade de estar grávida e de certa forma obscurecida pela dor. O melhor de tudo é que suas dores vão terminar quando o bebê nascer.
Dores durante a gestação que preocupam são dores na barriga (útero) tipo cólica que vem e some e depois de alguns minutos retornam, acompanhada sempre do endurecimento temporário da barriga (útero), estas dores vão ficando cada vez mais fortes até tornarem-se insuportáveis e você começa a perder secreção pala vagina parecida como um catarro; esses são os sinais de parto e indicam necessidade de procurar um hospital.
Após uma cesariana deve-se esperar de 18 a 24 meses para engravidar novamente, porque engravidar antes dos 18 meses após uma cesariana, pode trazer riscos à mulher e ao bebê devido à possibilidade de ocorrer ruptura uterina decorrente da fragilidade da parede do útero causada por gravidez e cesariana recente.
Outros problemas que podem ocorrer em intervalos curtos entre uma gravidez e outra são:
- Anemia por falta de ferro (anemia ferropriva): devido à falta de tempo para o organismo materno recuperar o ferro perdido durante a gestação anterior.
- Placenta prévia (quando a placenta fica implantada mais próximo do colo uterino): risco de sangramentos intensos, impossibilidade de parto normal, morte fetal.
- Partos prematuros e baixo peso do bebê ao nascer.
O obstetra é o médico que deve ser consultado para orientar o espaçamento necessário entre duas gravidezes.
Leia também: Quanto tempo depois de perder o bebê posso engravidar?
O tempo para que a barriga volte ao normal dependerá do peso da mulher, da quantidade de peso que ela ganhou durante a gravidez, da quantidade de tecido adiposo presente na barriga, do tipo de parto e da presença da amamentação.
O aumento do útero durante a gestação é a explicação pelo aumento da barriga. Logo após o parto, o útero começa a reduzir de tamanho e sua musculatura continua a contração para que ele volte ao tamanho anterior à gestação:
- Em 24 horas depois do parto, o útero se localiza na altura do umbigo.
- 1 semana após o parto: entre o umbigo e o púbis.
- 2 semanas após o parto já não é palpável na região abdominal
- 6 a 8 semanas após o parto o útero já estará do tamanho que era antes da gravidez.
Toda essa retração pode ser influenciada por alguns fatores e a barriga volta mais rápido ao padrão anterior nos casos:
- tipo de parto - parto normal;
- presença de amamentação;
- primeira gestação.
A atividade física associada à dieta saudável vão colaborar na recuperação.
Esses cuidados do período pós parto deve ser acompanhado pelo/a médico/a obstetra ou médico/a de família que irá avaliar clinicamente a readaptação da mulher.
Sim, é possível ter um parto normal se a mulher tiver hemorroida. As hemorroidas não impedem o parto normal e não é razão que justifique a realização de uma cesárea.
As hemorroidas podem surgir pela primeira vez durante a gravidez, sendo normalmente no 3º trimestre e no período pós-parto os momentos em que surgem complicações como as crises e as tromboses hemorroidárias.
O aumento da pressão abdominal, do volume sanguíneo circulante e a obstipação intestinal também tendem a agravar os sintomas da hemorroida. Além disso, a fraqueza dos tecidos de sustentação do canal anal também contribuem para que as hemorroidas extravasem para fora do ânus.
A hemorroida pode surgir durante o segundo estágio do trabalho de parto devido à força que a mulher efetua no momento da expulsão do feto.
Na maioria dos casos de hemorroida na gravidez, o tratamento é conservador, com dieta rica em fibras, cuidados com a higienização do local e aplicação de pomadas, sendo poucos os casos em que a cirurgia é indicada.
Para maiores esclarecimentos, a grávida deve falar com o/a médico/a que a acompanha no pré natal ou com um/a médico/a proctologista, especialista responsável pelo tratamento das hemorroidas.
Leia também: Como saber se tenho hemorroida e quais são os sintomas?
Pode e deve tomar sim, não vão fazer mal para seu bebê.
A Cefalexina e o Tenoxicam não são medicamentos contra-indicados durante a amamentação. Ou seja, a mulher pode fazer uso dessa medicação durante a amamentação conforme recomendação médica.
A cefalexina é um antibiótico indicado após a cesariana e deve ser usado pelo tempo indicado na receita médica.
O tenoxicam é um anti-inflamatório e irá contribuir na recuperação inflamatória do pós parto e também no controle da dor.
As duas medicações podem ser usadas ao mesmo tempo pois uma não anula o efeito da outra. Além disso, elas não afetam a amamentação e podem ser usadas normalmente pela mulher que está amamentando. A quantidade excretada pelo leite materno não irá fazer mal ao seu bebê.
Por isso, é importante você utilizar as medicações de forma correta no período indicado e durante o tempo previsto na receita médica. Em caso de dúvidas, converse com o/a médico/a durante a consulta de pós parto.
É aconselhável evitar relações sexuais nos primeiros 40 dias após o parto. Nesse período, o aparelho reprodutivo da mulher está em recuperação das mudanças ocorridas na gestação e no parto. O assoalho pélvico está se readaptando a nova configuração anatômica pós gestação. A presença de pontos cirúrgicos na barriga (cesariana) ou na vagina (parto normal) em decorrência de possíveis lacerações pode gerar desconforto durante a relação sexual. Nesse período, a chance de infecção é maior, devido à presença de sangramento uterino e cicatrizes com o fechamento de algumas veias do útero.
Após o período dos 40 dias pós parto, o tempo para voltar a ter relações sexuais vai depender de cada mulher e de como ela se sentirá confortável e à vontade durante a relação.
É importante realizar um planejamento familiar e associar algum método anticonceptivo.
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Sim. Após o parto, a mulher pode apresentar menstruação desregulada.
Nos primeiros meses após o parto, quando a mulher está amamentando exclusivamente a criança, a menstruação fica interrompida.
Com a introdução de outros tipos de leite e da alimentação na dieta da criança, a mulher voltará a apresentar as menstruações a cada ciclo menstrual. Essa menstruação poderá ter algumas características diferentes daquelas do período anterior à gestação.
As menstruação que ocorrerão após o parto poderão vir com fluxo mais intenso, durar mais dias e apresentar uma coloração mais forte. Essas alterações são normais.
Deve-se lembrar que mesmo com a menstruação desregulada, a ovulação está presente e a mulher pode engravidar. Por isso, é importante a mulher ter um planejamento familiar adequado juntamente com seu parceiro e que contemple o uso de algum método contraceptivo caso ela não queira engravidar.
Em caso de sangramentos em grande volume, a mulher pode procurar o/a ginecologista, médico/a de família ou clínico/a geral para uma avaliação.
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A mulher pode voltar ou começar as atividades físicas no período pós parto assim que for fisicamente possível para ela e seguro da parte médica. Esse período costuma ser em torno dos 40 dias pós parto, porém o tempo exato poderá variar para cada mulher a depender se ela já realizava essas atividades antes, da intensidade dessa atividade e da recuperação do pós parto.
A atividade física no período pós parto é muito benéfica para a mulher para eliminar a retenção de peso advinda da gestação e evitar o ganho adicional de peso. Outros benefícios à saúde da mulher são: melhoria do bem estar psicossocial, melhoria do desempenho cardiovascular, redução da ansiedade e depressão, redução da incontinência urinária por estresse e da perda óssea induzida pela lactação.
O recomendado é realizar pelo menos 150 minutos de atividade física moderada (caminhada, natação, hidroginástica, academia) durante a semana. A mulher que já estava acostumada a realizar atividade física mais pesada também poderá retornar a realizar no seu ritmo.
O momento pós parto é muito delicado para a mulher pois está se recuperando dos hormônios gestacionais, acostumando com uma nova rotina e precisa do apoio familiar e social para colaborar com suas atividades diárias e no seu bem estar.
Sentir dor nas costas depois do parto é bastante comum. Na maioria dos casos a dor, que geralmente acomete a coluna lombar, está relacionada com as alterações posturais e anatômicas que ocorrem principalmente no final da gravidez.
O abdômen volumoso provoca um aumento da curvatura da coluna lombar e somado a isso também tem o aumento de peso da grávida. Por isso, é comum as dores nas costas no final da gestação e depois do parto.
Além disso, logo a seguir ao parto, ocorre uma mudança brusca em relação ao peso, que a coluna também sente, e um reajuste postural.
É importante considerar também que as alterações hormonais e a frouxidão dos ligamentos que ocorrem durante a gravidez ainda estão presentes.
Uma outra possível causa de dor lombar depois do parto são as fraturas por stress, que podem acontecer quando um osso é colocado sob níveis de esforço elevados. Nesses casos, a fratura ocorre no osso sacro, localizado no final da coluna vertebral.
Para um diagnóstico e tratamento adequado, fale com o/a médico/a obstetra, clínico/a geral ou médico/a de família nas consultas de puerpério.
O trabalho de parto apresenta as seguintes fases, seguidas dos respectivos sinais e sintomas:
1. Pré-parto ou período premonitório:Começa entre 30 e 36 semanas, estendendo-se até o início do parto. Ocorre a descida do fundo uterino (a barriga "cai"), iniciam-se contrações uterinas esparsas e irregulares, há saída de secreção mucóide com raias de sangue pela vagina.
Estas alterações culminam com o início do preparo do colo uterino para o parto, quando as contrações tornam-se progressivamente mais intensas e regulares, levando à dilatação, amolecimento e centralização do colo uterino (fase latente).
A fase latente do trabalho de parto dura em média de 14 horas em multíparas e 20 horas nas primíparas.
2. Período de dilatação:É o período que se estende da fase latente ao momento em que o colo uterino está dilatado 10 cm. Nas primíparas, dura aproximadamente 10 a 12 horas. Nas multíparas, dura 6 a 8 horas.
Nesta fase, as contrações são regulares, usualmente com intervalo de 3 a 5 minutos e de intensidade moderada a forte. Nesta fase também pode ocorrer a rotura da bolsa das águas, natural ou provocada.
Durante o período de dilatação, pode ser necessária a administração de ocitocina, para melhorar a regularidade das contrações.
3. Período expulsivo:Tem início no final do período de dilatação e termina com a expulsão do bebê. Dura 50 minutos, em média, nas primíparas e 20 minutos nas multíparas.
A gestante sente fortes contrações, com intervalos cada vez menores, apresenta esforços expulsivos e vontade de defecar. Quando a apresentação do bebê está baixa, a gestante faz um esforço expulsivo e o médico auxilia na expulsão do bebê.
4. Período de secundamento:Corresponde ao descolamento e expulsão da placenta e das membranas ovulares. Ocorre cerca de 10 a 20 minutos após o período expulsivo.
5. Quarto período:Tem início no fim do secundamento e estende-se até 1 hora após o parto. Deve ser um período de atenção do obstetra, pelo risco de sangramento uterino.
A atenção ao parto deve ser feita preferencialmente em hospital maternidade, sob a atenção da equipe de obstetras.