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O que pode causar sopro no coração?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

O sopro no coração ocorre toda vez que há algum defeito nas válvulas cardíacas, fazendo com que o sangue não circule de modo correto dentro do coração.

Existem 4 válvulas cardíacas (aórtica, pulmonar, mitral e tricúspide), que se abrem e fecham de modo sincronizado com os batimentos do coração. As válvulas se abrem para deixar o sangue passar e depois de fecham para impedir o seu retorno.

Há dois defeitos básicos que podem acontecer nas válvulas cardíacas e causar sopro no coração:

  • Estenose: quando a válvula não se abre completamente, e o sangue encontra dificuldade para passar de uma câmara cardíaca para outra;
  • Regurgitação ou insuficiência: quando a válvula não se fecha completamente, permitindo o refluxo do sangue na direção contrária da qual deveria seguir.

Algumas condições como febre, anemia, hipertireoidismo (funcionamento exacerbado da glândula tireoide), exercício físico e gravidez, podem causar o aparecimento de um sopro cardíaco temporário, sem que aconteça alteração nas válvulas cardíacas. Porém, esse sopro desaparece assim que sua causa é eliminada.

Além destas causas, é relativamente comum o acontecimento de sopro cardíaco em crianças, sem problemas cardíacos, que desaparece espontaneamente com o crescimento. Ele ocorre devido às desproporções entre os tamanhos das estruturas do coração e seus vasos.

As características do sopro benigno são: ser sistólico (ocorre durante a contração do coração) e de baixa intensidade. Além disso, fica mais intenso quando a pessoa se deita e diminui ou desaparece quando se senta ou fica em pé.

Quais as doenças que podem causar sopro cardíaco?Doenças cardíacas congênitas

São defeitos que já estão presentes ao nascimento e usualmente associa-se a outros sintomas de surgimento precoce, como problemas no desenvolvimento, falta de ar ao mamar, falta de apetite e cianose (lábios arroxeados).

Esses defeitos podem ser das válvulas cardíacas, mas também podem ocorrer por um defeito no septo que separa os ventrículos.

Na maioria das pessoas, os ventrículos esquerdo e direito nunca se comunicam, mas defeitos durante a formação da parede entre ambos podem causar pequenos "buracos" que permitem a passagem de sangue. Este fluxo de sangue anormal também produz sopro.

Prolapso da válvula mitral

Acontece quando os folhetos da válvula mitral são mais "frouxos", permitindo a regurgitação de sangue durante a contração do coração. Estima-se que a prevalência esteja abaixo de 2,5% de população. Poucas vezes requer tratamento cirúrgico, contudo é necessário consultar um cardiologista.

Febre reumática

Doença prevalente em países subdesenvolvidos, acontece como consequência da infecção da garganta ou da pele pelo estreptococo. Esta bactéria compartilha proteínas que são similares às estruturas cardíacas, levando o sistema imune do paciente a atacar erroneamente as estruturas cardíacas, especialmente as válvulas.

Não são todas as pessoas que desenvolvem febre reumática após infecção de garganta. É necessário ter uma predisposição individual e uma infecção de garganta causada por cepas específicas do Streptococcus pyogenes para se ter febre reumática. Além disso, é mais frequente quando a pessoa não recebeu um tratamento adequado com medicamentos antibióticos.

A febre reumática pode trazer sintomas na forma aguda, logo após a infecção estreptocócica, que incluem febre, artrite, nódulos subcutâneos, coreia (movimentos involuntários similares a uma dança) e eritema marginado, mas também pode permanecer assintomática, até que o defeito provocado na válvula leve a um mau funcionamento do coração (insuficiência cardíaca).

O tratamento da febre reumática deve ser feito por um médico e muitas vezes será necessária cirurgia cardíaca para correção do problema valvular.

Endocardite infecciosa

Acontece quando um micro-organismo, principalmente bactérias e fungos, infecta as válvulas do coração. Associa-se quase sempre à febre prolongada. Acontece geralmente quando uma bactéria ou fungo circulante na corrente sanguínea se aloja em uma das válvulas, multiplicando-se e formando o que chamamos de vegetação valvar.

Se não for reconhecida e tratada a tempo, a endocardite infecciosa destrói a válvula cardíaca acometida, levando o paciente a um quadro de insuficiência cardíaca aguda e grave, além de poder levar a outras complicações, como derrame cerebral, inflamação dos rins, embolia pulmonar e gangrena de membros.

O tratamento é feito com antibióticos por via endovenosa e deve ser feito por um período de quatro a seis semanas.

Calcificação da válvula

Acontece em idosos e as válvulas normalmente acometidas são a mitral e a aórtica. É a causa mais comum nos países desenvolvidos.

Insuficiência cardíaca dilatada

Quando o coração fica "inchado", os folhetos das válvulas se afastam, permitindo a regurgitação do sangue. As causas mais comuns de insuficiência cardíaca são infarto do miocárdio, hipertensão arterial e problemas na válvulas cardíacas.

O que é sopro no coração?

Sopro no coração é um som audível decorrente de um evento mecânico que ocorre dentro do coração ou dos vasos sanguíneos.

O sopro cardíaco é percebido na ausculta realizada durante o exame clínico e pode ser melhor avaliado pelo ecocardiograma, que mostrará a válvula e o grau de acometimento. Em alguns casos, o cardiologista deverá ser procurado para orientar o melhor tratamento.

Dor ciática tem cura? Qual o tratamento?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Dor ciática tem cura, embora "cura" não seja o termo mais indicado, uma vez que a dor ciática por si só não constitui uma doença mas sim o sintoma de outros problemas. O tratamento é definido de acordo com a causa, os sintomas e a intensidade da dor ciática.

tratamento da dor ciática inclui:

  • Repouso relativo, ou seja, o paciente pode se movimentar e ir trabalhar, mas não deve carregar peso, fazer muito esforço físico ou permanecer sentado por muito tempo;
  • Analgésicos e anti-inflamatórios;
  • Fisioterapia;
  • Orientações ao paciente quanto aos cuidados com a postura;
  • A acupuntura tem efeitos comprovados cientificamente no alívio da dor ciática.

Desde que o procedimento seja adequado, a dor ciática melhora em 15 dias. Se não for devidamente tratada, a condição pode evoluir e se tornar incapacitante, além de provocar distúrbios neurológicos, tais como perda da sensibilidade e da função motora.

Se o tratamento clínico não for suficiente e houver compressão significativa do nervo, com comprometimento neurológico, o médico pode optar pela cirurgia, embora essa medida seja indicada na minoria dos casos, uma vez que a maior parte dos casos responde bem ao tratamento convencional.

O tratamento da dor ciática pode ser iniciado pelo/a clínico/a geral ou médico/a de família que poderão encaminhar ao/a neurologista em caso de necessidade.

Saiba mais em: Dor no nervo ciático: Quais são as causas e como identificar?

Comecei a tomar anticoncepcional há dois meses...
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

Se está tomando o anticoncepcional bem certinho o risco de engravidar é muito baixo, próximo de zero. Com relação a TPM, isso realmente é um problema, alguns anticoncepcionais podem ser usados com esse fim e eventualmente outros remédios podem aliviar os sintomas, mas eliminar a TPM de vez é difícil.

O que é AIDS e quais os seus sintomas?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

AIDS ( do inglês: Acquired Immuno Deficiency Syndrome, SIDA = Síndrome da Imunodeficiência Adquirida​) é uma doença que acomete o sistema imunológico, causada pelo vírus HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana).

A AIDS pode ser definida como um conjunto de sintomas e infecções que surgem devido aos danos causados ao sistema imunológico pelo HIV, que tem como principal alvo os linfócitos T-CD4, células fundamentais para as defesas do organismo.

Quando o número dessas células diminui, o sistema imunológico fica fraco e não consegue combater infecções simples e proteger completamente o organismo. Então, algumas doenças oportunistas se instalam reduzindo ainda mais o potencial do sistema imunológico.

Os sintomas iniciais da AIDS são:

  • Febre entre 38º e 40ºC;
  • Dor de cabeça, dor nas articulações;
  • Aumento de gânglios (ínguas) principalmente na região do pescoço, atrás das orelhas e axilas;
  • Tosse e dor de garganta;
  • Náusea, diarreia, diminuição do apetite, perda de peso (em média 5Kg);
  • Cansaço;
  • Vermelhidão na pele.

Com a progressão da doença e o comprometimento do sistema imunológico, começam a aparecer doenças oportunistas como:

  • Tuberculose;
  • Pneumonia;
  • Alguns tipos de câncer;
  • Candidíase;
  • Infecções do sistema nervoso (toxoplasmose, meningites).

Apesar de não existir um tratamento especifico para a AIDS capaz de eliminar o vírus do organismo, há vários medicamentos que mantêm a doença sob controle e assim, o paciente pode manter sua qualidade de vida.

O tratamento da AIDS é da responsabilidade do/a médico/a infectologista.

O que fazer quando a pressão está 17x10?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

Nos casos em que a pressão está 17x10 e a pessoa tem poucos ou nenhum sintoma, o primeiro passo é ficar em repouso, em um local calmo. Se a pressão não baixar após alguns minutos, é importante procurar um serviço de saúde.

Já nos casos em que a pressão está muito alta (17x10) e existem sintomas como dor no peito, dificuldade para falar ou paralisia, deve-se procurar imediatamente um serviço de emergência.

Os medicamentos anti-hipertensivos só são usados no atendimento de urgência nos casos em que a pessoa com pressão 17x10:

  • É um hipertenso tratado e não controlado;
  • É um hipertenso não tratado.

Por isso, não use um medicamento para baixar a pressão por sua conta, nem aumente a dose dos que já toma.

Leia também:

Referência:

Barroso WKS, Rodrigues CIS, Bortolotto LA, Mota-Gomes MA, Brandão AA, Feitosa ADM, et al. Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial – 2020. Arq Bras Cardiol. 2021; 116(3):596-600.

O que é síndrome de Tourette?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Síndrome de Tourette é um distúrbio neurológico que se caracteriza pela presença de tiques motores e vocais. Os sintomas normalmente aparecem na infância, entre 2 e 15 anos de idade, e vão se tornando menos intensos ao longo do tempo.

A síndrome de Tourette não tem uma causa bem definida, mas acredita-se que esteja relacionada com fatores genéticos e distúrbios nas substâncias que transmitem os sinais entre as células do cérebro (neurotransmissores), como a dopamina.

A síndrome de Tourette é cerca de 3 vezes mais comum nos homens do que nas mulheres.

Quais são os sintomas da síndrome de Tourette?

A criança com síndrome de Tourette apresenta diversos tiques motores e fônicos involuntários. Os tiques caracterizam-se por movimentos e vocalizações involuntários, rápidos e frequentes, que não fazem sentido ou estão fora de contexto. Os tiques geralmente pioram com o estresse e o cansaço.

Tiques motores

Os tiques motores podem incluir: movimentos repentinos de ombros, cabeça ou de todo o corpo, piscar ou virar os olhos, rodar, bater palmas, esticar os braços, fazer caretas ou gestos obscenos, chutar, repetir gestos, tocar repetidamente em coisas, esticar os braços, bater com os dedos, saltar, cheirar objetos ou ainda ligar e desligar a luz repetidamente.

Tiques vocais

Já os tiques vocais consistem de sons, ruídos, palavras ou expressões emitidos involuntariamente, gemer, como tossir ou pigarrear repetidamente, assobiar, cuspir, grunhir, fungar, gritar, rir, repetir palavras, repetir uma palavra ou frase aumentando a rapidez e pronunciar palavras obscenas.

Os sintomas da síndrome de Tourette são marcados por fases em que ora estão mais intensos, ora desaparecem. Além disso, os sintomas mudam com o tempo e por volta do fim da adolescência e começo da vida adulta (entre 20 a 25) anos, eles desaparecem espontaneamente em muitos dos casos e a doença entra em remissão.

Algumas crianças conseguem suprimir os tiques durante alguns segundos ou por um tempo mais prolongado. Porém, depois desse período em que foram suprimidos, os tiques podem eclodir com mais intensidade que o normal.

Outras doenças e transtornos

Pacientes com Síndrome de Tourette muitas vezes também podem apresentar déficit de atenção e hiperatividade, transtorno obsessivo compulsivo e outros problemas de comportamento. Em alguns casos também são observados distúrbios do sono, como bruxismo, sonambulismo, insônia, pesadelos e enurese (urinar na cama).

Como é feito o diagnóstico da síndrome de Tourette?

O diagnóstico da síndrome de Tourette é feito através da avaliação da manifestação dos sinais e sintomas e da evolução dos mesmos. Contudo, não basta ter um tique para se diagnosticar a síndrome de Tourette. Outros exames podem ser solicitados para descartar outras causas para os tiques, como eletroencefalograma ou ressonância magnética.

A síndrome de Tourette pode ser confundida com outras doenças, como transtorno obsessivo-compulsivo, ansiedade, transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), podendo ainda estar associada a dificuldade de aprendizagem.

Qual é o tratamento para a síndrome de Tourette?

O tratamento da síndrome de Tourette varia em cada caso, podendo incluir o uso de medicamentos ansiolíticos e neurolépticos, estimulação cerebral profunda e psicoterapia.

Para pais e cuidadores, recomenda-se procurar auxílio de especialistas e profissionais com experiência. Os professores e a equipe de ensino devem ser informados para reduzir a interferência dos tiques na escola.

Não adianta castigar a criança, já que ela não tem culpa dos tiques, uma vez que são involuntários. A criança até pode ser capaz de inibi-los por alguns momentos, mas depois os tiques voltam a se manifestar ainda de forma intensa.

Vale ressaltar que, apesar de a síndrome de Tourette não ter cura, algumas pessoas podem apresentar uma melhora significativa dos sintomas no final da adolescência ou no início da idade adulta, que podem desaparecer por completo em alguns casos.

A criança com suspeita de ter síndrome de Tourette deve ser avaliada por um médico pedopsiquiatra, que é o responsável pelo diagnóstico e tratamento do distúrbio.

Qual é o tratamento para enfisema pulmonar?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

O tratamento do enfisema pulmonar pode incluir medicamentos broncodilatadores e corticoides, terapia com oxigênio, programa de exercícios para reabilitação pulmonar, cirurgia de redução dos pulmões e até transplante de pulmão. 

Uma vez que o enfisema pulmonar não tem cura, o tratamento deve ser mantido até ao fim da vida. O objetivo é diminuir os sintomas e retardar a evolução da doença. Portanto, quanto mais precoce for o diagnóstico, mais eficaz será o tratamento e maior será a qualidade e tempo de vida da pessoa.

Além dos medicamentos, exercícios e outras opções terapêuticas, é fundamental parar de fumar, sobretudo nas fases mais iniciais do enfisema pulmonar. Deixar de fumar enquanto a obstrução ao fluxo de ar ainda é leve ou moderada pode retardar o aparecimento de uma falta de ar incapacitante.

O tratamento do enfisema também pode incluir remédios que ajudam a parar de fumar ou diminuir o consumo de cigarro.

Os broncodilatadores e os corticoides visam melhorar a respiração e torná-la mais fácil. A reabilitação pulmonar é feita com exercícios respiratórios que melhoram a qualidade de vida e a funcionalidade da pessoa com enfisema.

Pessoas com enfisema pulmonar em fases mais avançadas podem necessitar do uso de oxigênio em casa, às vezes durante todo o dia.

Já a cirurgia permite retirar as porções mais danificadas do pulmão e pode ser indicada nos casos mais graves. O transplante de pulmão é a última opção de tratamento para o enfisema pulmonar e só é utilizado em alguns pacientes, quando todas as outras terapias não são eficazes.

O paciente com enfisema pulmonar também deve evitar se expor à fumaça do cigarro de outros fumantes, bem como a outros tipos de poluentes, como fumaça de automóveis, poluição do ar, algumas tintas, entre outros.

O pneumologista é o especialista responsável pelo diagnóstico e tratamento do enfisema pulmonar.

Saiba mais em: 

Enfisema pulmonar tem cura?

Quais são os sintomas do enfisema pulmonar?

Enfisema pulmonar é câncer?

Quais os sintomas e tratamento para cervicite aguda?
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
Médico

A cervicite (inflamação do colo do útero) é assintomática (não tem sintomas) em 70 a 80% dos casos, mas a mulher pode apresentar os seguintes sintomas:

  • Corrimento vaginal purulento (branco ou amarelado);
  • Dispareunia (dor nas relações sexuais);
  • Disúria (dor ou ardência ao urinar);
  • Perda de sangue após as relações sexuais;
  • Febre, ocasionalmente.

O tratamento para cervicite aguda é feito com antibióticos voltados ao agente causador, caso a caso. Uma cervicite prolongada, sem o tratamento adequado, pode-se estender ao endométrio e às tubas uterinas, causando Doença Inflamatória Pélvica (DIP), sendo a esterilidade, a gravidez ectópica e a dor pélvica crônica as principais sequelas.

Em caso de suspeita de cervicite, um médico ginecologista deverá ser consultado. Ele fará exames que permitirão dizer se você tem ou não a doença, qual o agente causador e qual o tratamento ideal, caso a caso.

Pressão 10x8 é baixa ou normal?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

Quando a pressão está 10x8 e existem sintomas pode significar que está baixa. No entanto, ter a pressão 10x8 também pode ser completamente normal para algumas pessoas, especialmente se não for acompanhada de nenhum outro sintoma.

Alguns sintomas que podem indicar pressão baixa são:

  • Tontura;
  • Sensação de fraqueza;
  • Sonolência;
  • Visão escurecida ou turva.

É mais comum ter pressão baixa quando são usados medicamentos para diminuir a pressão ou para alguns tipos de problemas cardíacos. Situações em que há sintomas ou a pressão fica muito baixa aumentam o risco de desmaios e quedas.

A pressão pode ficar baixa também após as refeições, ao se levantar após se abaixar ou depois de muito tempo deitado, por exemplo. Nesses casos, é comum que a pressão volte ao normal após alguns minutos.

Se apresenta pressão 10x8 frequentemente e tem sintomas, consulte um médico de família ou cardiologista para saber o que pode estar causando essa alteração. O médico pode indicar que beba mais água ou pode alterar a dose de medicamentos para o tratamento de hipertensão, caso esteja utilizando.

Leia também:

Referências:

Luciano GL, Brennan MJ, Rothberg MB. Postprandial hypotension. Am J Med. 2010 Mar;123(3):281.e1-6.

Cautela J, Tartiere JM, Cohen-Solal A, Bellemain-Appaix A, Theron A, Tibi T, Januzzi Jr JL, Roubille F, Girerd N. Management of low blood pressure in ambulatory heart failure with reduced ejection fraction patients. European Journal of Heart Failure. 2020; 22: 1357–65

Síndrome do pânico tem cura? Qual é o tratamento?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Síndrome do pânico tem cura, embora seja difícil alcançar a cura completa do transtorno. A taxa de recaída da síndrome é bastante elevada e a maioria das pessoas volta a sofrer ataques de pânico.

O tratamento mais eficaz para a síndrome do pânico consiste na combinação de medicamentos com psicoterapia. Os remédios mais usados são os antidepressivos e os ansiolíticos, enquanto que a técnica de psicoterapia mais utilizada é a terapia comportamental.

Os medicamentos atuam sobre os desequilíbrios bioquímicos que geram os efeitos físicos associados à doença. Já a psicoterapia trabalha os medos, as fobias, a ansiedade e ajuda a pessoa a mudar a sua atitude diante dos ataques de pânico.

Esse tratamento costuma trazer bons resultados e pode fazer cessar completamente os sintomas ou torná-los mais leves e controlados. A cura total ou não da síndrome do pânico depende de cada paciente.

O tratamento inclui também tratar de doenças que podem estar associadas ao transtorno do pânico, como a depressão, presente em mais da metade das situações.

O que é síndrome do pânico?

A síndrome do pânico, também chamada de transtorno do pânico, é uma crise de ansiedade aguda e intensa que surge de forma súbita e inesperada.

A crise de pânico caracteriza-se pelo medo e pelo desespero. A duração de um ataque de pânico pode durar de 15 a 30 minutos, com início repentino dos sintomas.

Quais são os sintomas da síndrome do pânico?

A síndrome do pânico surgem repentinamente, em qualquer lugar ou ocasião. O pico do ataque de pânico ocorre dentro de 5 a 10 minutos depois do início da crise.

Os sintomas podem se manifestar por até 30 minutos e incluem aumento da frequência cardíaca e respiratória, falta de ar, boca seca, tonturas, náuseas, suor frio, tremores, mal-estar e desconforto no peito, medo de morrer ou enlouquecer, desmaios e vômitos.

Após um ataque de pânico, é comum a pessoa sentir-se sonolenta e cansada. Isso porque durante a crise o estresse físico e emocional foram intensos, causando um grande gasto energético.

O que pode causar um ataque de pânico?

Existem diversos fatores que podem provocar um ataque de pânico. Contudo, grande parte das pessoas tem a primeira crise sem uma causa aparente.

Em alguns casos, a síndrome do pânico tem início após um evento traumático que desencadeou a primeira crise. Os ataques de pânico também são mais frequentes em locais fechados ou com muita gente, embora possam acontecer em qualquer local e sem aviso prévio.

As crises de pânico podem ainda ser desencadeadas pelo uso excessivo de alguns medicamentos em pessoas com predisposição, como pelo consumo de drogas ilícitas.

O médico psiquiatra é o especialista responsável por avaliar o caso, definir o tratamento mais adequado e encaminhar a pessoa para dar início às sessões de psicoterapia.

Tenho uma hérnia de disco na lombar e estou com dor?
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

Pode usar o mesmo medicamento que o ortopedista já te receitou ou pode procurar um serviço de emergência para ser medicada novamente. Repouso e compressas quentes sobre o local da dor podem ajudar bastante.

Leia também:

Hérnia de disco tem cura? Qual o tratamento?

Quais os sintomas de hérnia de disco?

Quais os sintomas da trombose venosa profunda (TVP)? O que, como é diagnosticada e como é o tratamento?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Os sintomas da trombose venosa profunda (TVP) dependem do tamanho do trombo e do grau de obstrução da veia acometida. Como se tratam de veias profundas, mais afastadas da pele, é perfeitamente possível a pessoa ter trombose e não apresentar sintomas. Contudo, uma perna que de repente começa a doer e fica mais inchada que a outra é sempre um sinal que deve levantar suspeita de TVP.

Quando o trombo é grande o suficiente para comprometer o fluxo sanguíneo na veia, os sinais e sintomas da trombose venosa profunda podem incluir:

  • Inchaço;
  • Dor local. No caso de trombose na perna, a dor ocorre quando a pessoa está em pé, andando ou em repouso. Também é comum haver dor durante a palpação do trajeto da veia acometida;
  • Sensação de peso na perna afetada;
  • Aumento da temperatura local;
  • Dilatação das veias superficiais;
  • Vermelhidão do membro acometido;
  • Rigidez da musculatura na região em que se formou o trombo;
  • Palidez ou escurecimento da pele;
  • Endurecimento do tecido subcutâneo.

Na fase inicial, as principais complicações da TVP são a embolia pulmonar (caso o trombo chegue ao pulmão), com elevada taxa de mortalidade, e a gangrena, que pode levar à amputação do membro.

Numa fase posterior, a trombose venosa profunda pode causar síndrome pós-flebítica, que caracteriza-se por dermatite pigmentada (inflamação e hemorragia dos capilares superficiais da pele), lipodermoesclerose (fibrose e endurecimento da pele), inchaço durante a tarde, varizes nas pernas e ferida aberta ou cicatrizada.

O que é trombose venosa profunda?

A TVP é um distúrbio vascular causado pela formação de um coágulo de sangue (trombo) que diminui ou interrompe a circulação sanguínea. A trombose venosa profunda, como o próprio nome sugere, ocorre em veias profundas, principalmente na perna.

Quais os fatores de risco da trombose venosa profunda?

Os principais fatores de risco para desenvolver TVP são: idade avançada, tabagismo, permanecer na posição sentada durante várias horas, gestação, pós-parto, estar acamado(a), cirurgias, imobilização por fratura, uso de pílula anticoncepcional, terapia hormonal, obesidade, varizes nos membros inferiores, câncer, traumatismos e estados de coagulação excessiva do sangue.

Como é feito o diagnóstico da trombose venosa profunda?

O diagnóstico da TVP geralmente é feito através de ultrassonografia com doppler das veias dos membros inferiores. Outros exames também podem ser usados, como a angiorressonância magnética ou a angiotomografia computadorizada.

Qual é o tratamento para trombose venosa profunda?

O tratamento da trombose venosa profunda pode ser feito através de repouso e elevação do membro afetado, deambulação com uso de meia elástica apropriada, uso de medicamentos anticoagulantes orais, fibrinólise (destruição do coágulo sanguíneo) e, raramente, cirurgia.

A grande maioria dos casos de TVP são tratados sem necessidade de internamento, exceto em casos muito específicos de trombose venosa profunda.

Em geral, o uso de anticoagulante (normalmente varfarina ou heparina) é mantido durante pelo menos 6 meses, bem como o acompanhamento médico especializado e regular. O controle da localização do trombo e da evolução do quadro é feito através de ultrassonografias periódicas.

O principal objetivo do tratamento da TVP é diminuir o risco de embolia pulmonar e gangrena. Por isso, o tratamento precoce é muito importante para prevenir complicações que podem ser fatais.

Em caso de suspeita de trombose venosa profunda, um médico clínico geral, médico de família ou angiologista deverá ser consultado. Ele poderá avaliar detalhadamente, através de anamnese, exame físico e eventuais exames complementares, qual é o diagnóstico correto, orientar e prescrever o melhor tratamento, caso a caso.

Para saber mais, você pode ler:

Quais os sintomas de trombose na perna?

Quais os sintomas da trombose venosa profunda (TVP)? O que, como é diagnosticada e como é o tratamento?

Referência

Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular. Trombose Venosa Profunda: diagnóstico e tratamento. SBACV, 2018.