Sim. O anticoncepcional injetável pode enfraquecer os ossos da mulher, principalmente quando iniciado na adolescência e utilizados por tempo prolongado.
Diversos estudos mostraram que o anticoncepcional injetável, devido a baixa dosagem de progesterona e ausência do estrogênio, age reduzindo a massa óssea ou acelerando o processo de calcificação do osso, o que na adolescência é ainda mais prejudicial, visto que a mulher ainda não atingiu o pico de massa óssea, que costuma ocorrer entre os 20 e 25 anos de idade.
Entretanto quando o uso é suspendo e se preciso repor vitaminas e cálcio, os efeitos são reversíveis. Por isso, todo início de tratamento contraceptivo deve ser muito bem avaliado pelo profissional, caso a caso.
Já a pílula anticoncepcional, com a combinação de baixas doses de estrogênio e progesterona, parece ter uma ação contrária, ou seja, ao invés de enfraquecer os ossos, reduz a perda de cálcio ósseo que ocorre depois dos 40 anos, ajudando a prevenir osteoporose.
Portanto, devido ao efetivo colateral de perda de massa óssea pelo anticoncepcional injetável, ele deve ser evitado por mulheres que já apresentam fatores de risco para osteoporose, como:
- Alcoolismo;
- Tabagismo;
- Uso crônico de medicamentos como anticonvulsivantes e corticoides;
- História familiar de osteoporose;
- Peso inferior a 57 kg e baixo índice de massa corporal (IMC menor que 19);
- Distúrbios alimentares como bulimia e anorexia;
- Doenças do metabolismo ósseo;
- Doenças crônicas como artrite reumatoide, mal de Parkinson, hipertireoidismo.
Veja também: Além de impedir a gravidez, para que pode servir o anticoncepcional?
Além disso, é recomendável que todas as pacientes que utilizem anticoncepcional injetável tenham uma ingestão adequada de cálcio e vitamina D.
Informe ao médico ginecologista se observar algum dos fatores de risco para desenvolver osteoporose, antes de iniciar qualquer tratamento com anticoncepcionais hormonais orais ou, principalmente, injetáveis.