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Tenho pré-diabetes? Saiba os sintomas e valores de glicose
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A pré-diabetes é o aumento das taxas de glicose no sangue, sem atingir os níveis que definem a doença diabetes.

Os valores normais da glicemia em jejum são de 60 a 99 mg/dl. Para a confirmação de diabetes, entre outras análises, a glicemia deve estar acima de 125 mg/dl. Sendo assim, quando a glicemia está entre 100 e 125 mg/dl, é considerada uma fase "pré-diabética".

Embora não caracterize a doença diabetes, a pré-diabetes também é bastante perigosa para a saúde, pois aumenta os riscos de doenças cardíacas, vasculares e neurológicas, como o infarto agudo do miocárdio e o acidente vascular cerebral (AVC). Além do risco de mais de 30% dos casos evoluírem para a diabetes, dentro de 5 anos.

Por esses motivos, na suspeita da pré-diabetes, ou assim que for feito o seu diagnóstico, é fundamental que procure um médico especialista, nesse caso o endocrinologista, para avaliação e início do tratamento para seu controle.

Como confirmar a pré-diabetes?

Existem critérios bem definidos para cada uma das condições, através dos exames de sangue: glicemia de jejum de 8h, o teste de tolerância oral a glicose 75 (TTOG 75) e o exame de hemoglobina glicosilada (HbA1c).

A glicemia de jejum deve ser realizada com pelo menos 8h de jejum, e com uma dieta habitual. Não deve ser feito qualquer dieta ou mudança de hábitos alimentares dias antes, para não prejudicar ou mascarar um resultado.

O teste de tolerância oral a glicose, é um dos principais exames para o diagnóstico da pré-diabetes. Nesse teste o paciente recebe uma dose de glicose (75 g) por via oral, e após duas horas é colhido novo exame de sangue para avaliação da glicemia.

E a hemoglobina glicosilada é uma medida de avaliação da glicose nos últimos 2 a 3 meses, a partir da amostra de sangue. Por isso é o teste mais fidedigno para o acompanhamento e ajuste de tratamento nos pacientes diabéticos.

Os valores que definem cada uma das condições estão descritos na tabela abaixo:

Exames de sangue Normal Pré-diabetes Diabetes
Glicemia de jejum 60 a 99 mg/dl 100 a 125 mg/dl > 125 mg/dl
TTOG 75 < 140 mg/dl 140 a 199 mg/dl > 200 mg/dl
HbA1c > ou = 5,6% 5,7 a 6,4% > ou = 6,5 %

Existem grupos que já consideram a glicose de jejum a partir de 99 mg/dl um sinal de pré-diabetes, por isso qualquer valor acima de 100 mg/dl já configura um quadro de pré-diabetes e deve ser iniciado um tratamento específico, caso a caso.

Sintomas da pré-diabetes

A pré-diabetes pode não apresentar qualquer sintoma por anos. Por isso, todos os casos de alto risco para diabetes, devem realizar exames de sangue periodicamente, possibilitando a identificação precoce da doença.

Os sintomas que podem estar presentes são semelhantes aos sintomas de diabetes, de forma mais branda. São eles:

  • Emagrecimento (sem causa aparente),
  • Fome a todo momento,
  • Muita sede,
  • Aumento da frequência de urina,
  • Cansaço, fadiga,
  • Alterações na visão (visão "borrada").
Fatores de risco para a pré-diabetes

É importante conhecer os fatores que aumentam o risco de desenvolver diabetes e pré-diabetes, para que sempre que possível, se previna da doença.

Os principais são: história familiar de diabetes, obesidade, hipertensão arterial, falta de atividade física, distúrbios de sono, principalmente a privação de sono, tabagismo, doenças do pâncreas, peso superior a 4 kg ao nascimento, ser mulher e ter mais de 45 anos.

Tratamento da pré-diabetes

O tratamento correto reduz as chances de complicações cardiovasculares e cerebrovasculares, as doenças mais comuns da nossa população.

1. Orientação nutricional

A dieta é a parte mais importante do tratamento, especialmente na diabetes tipo 2, situação em que o pâncreas produz a insulina, mas não é suficiente para aquele organismo.

2. Atividade física regular

A atividade física por pelo menos 30 minutos por dia, por 5 dias na semana, ajuda o organismo a eliminar a gordura e o açúcar em excesso no sangue. Ainda, promove uma melhor circulação sanguínea e hábitos alimentares.

3. Mudança de hábitos de vida

Reduzir o consumo de bebidas alcoólicas e eliminar vícios como o uso de cigarro, são medidas fundamentais para evitar a evolução da doença.

4. Medicamentos

Os casos com risco mais elevado de evoluir com diabetes ou múltiplos fatores de risco para doença cardiovascular, devem iniciar a medicação em conjunto. O remédio mais usado é a metformina®.

Como saber se já tenho Diabetes?

Para confirmar a diabetes os valores do exame de sangue devem ser:

  • Glicemia de jejum (8 horas) - acima de 125 mg/dl
  • Teste de tolerância oral a glicose a 75 mg - acima de 199 mg/dl
  • Hemoglobina glicosilada - acima de 6,4%

Além disso, é preciso que o exame seja feito com o jejum indicado, de no mínimo 8 horas e mantendo a alimentação normal. Evitar dietas ou mudanças de hábitos na véspera do exame, para não alterar o exame e retardar um diagnóstico correto.

O exame clínico faz parte da avaliação e confirmação da doença. E toda essa avaliação pode ser feita pelo médico assistente, ou pelo médico especialista, no caso, o endocrinologista.

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Tontura constante: o que pode ser e o que fazer?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A tontura constante pode ser causada por diversas doenças, sendo as principais: a labirintite, diabetes, doenças cardíacas, problemas neurológicos, hipotiroidismo, aterosclerose ou os efeitos colaterais de medicamentos.

Para cada uma das situações, existe uma orientação e tratamento individualizados.

1. Labirintite

A labirintite é uma doença rara, caracterizada pela inflamação do labirinto, que pode causar tonturas. Entretanto, a causa mais comum de tontura por problemas no labirinto, é a vertigem posicional paroxística benigna (VPPB), embora menos conhecida do que a labirintite.

Os sintomas são semelhantes e incluem náusea, vômito, dificuldade de se manter em pé, zumbido no ouvido e movimento descoordenado dos olhos (nistagmo).

A enxaqueca, situação de estresse, infecções respiratórias, uso de medicamentos ou doenças cerebrais como sequela de AVC e esclerose múltipla, são causas comuns tanto para labiritnite quanto para a VPPB.

O que fazer?

O tratamento inicial tem o objetivo de aliviar os sintomas, para isso pode fazer uso de medicamentos para náuseas e vômitos, como a cinarizina ou dramin e manter-se em repouso.

Para os casos mais graves, com dificuldade em se alimentar, vômitos frequentes e muito mal-estar, está indicado procurar uma emergência para tratamento venoso e realização de manobras específicas, como a manobra de Epley.

Para o tratamento definitivo e cura do problema, é preciso procurar um atendimento médico, para definir a causa da labirintite. Nos casos de infecção será preciso uso de antibióticos.

2. Diabetes

As pessoas que têm diabetes apresentam com certa frequência, níveis baixos de açúcar no sangue, definido como hipoglicemia. Isto ocorre, especialmente, quando o tratamento para diabetes não é seguido de maneira adequada.

Os sintomas mais comuns de hipoglicemia incluem tontura, suor frio, mal-estar, sensação de queda, fraqueza e tremores.

O que fazer?

Ofereça açúcar! A hipoglicemia é uma situação grave, que pode evoluir com crise convulsiva e coma, se não for rapidamente tratada. Sendo assim, se a pessoa estiver acordada e lúcida, pode ingerir alimentos ricos em carboidratos simples como pão doce ou suco natural de fruta, ou o próprio açúcar, na colher ou misturada a um copo de água.

No caso de desorientação, não ofereça alimentos nem água, para evitar um engasgo e maiores complicações pulmonares. Se os sintomas persistirem por mais de 15 minutos, ou a pessoa perder a consciência, chame uma emergência (SAMU 192).

3. Tontura ao levantar (hipotensão ortostática)

O sintoma de tontura quando se levanta rapidamente, é chamado de hipotensão ortostática. Uma situação bastante comum, principalmente em idosos, que ocorre pela queda repentina da pressão arterial, quando a pessoa se levanta.

A tontura pode vir acompanhada de sensação de desmaio, náuseas, visão turva ou mal-estar.

A pressão arterial baixa pode ser normal, mas também pode indicar um problema cardiológico, o que requer tratamento e acompanhamento por parte de um médico cardiologista.

O que fazer?

Para aliviar o sintoma, é preciso levantar-se sempre lentamente, de preferência se sentar primeiro e depois colocar-se de pé. Para o tratamento definitivo, deverá procurar um cardiologista para avaliação e acompanhamento.

4. Pressão baixa

A variação de pressão, provoca a tontura e desequilíbrio, uma vez que o sangue não chega adequadamente ao cérebro. Outros sintomas são: mal-estar, fraqueza, visão turva, sonolência, e dores de cabeça.

O uso de sal embaixo da língua nesses casos, é uma prática comum, no entanto, pode ser uma medida perigosa, pois se a pressão arterial aumentar rapidamente, pode causa sérios problemas, como o AVC (derrame cerebral).

O que fazer?

Nestes casos, é importante medir adequadamente a pressão arterial, de preferência com um profissional de saúde para definir o melhor tratamento. O uso de sal para a pressão baixa, deve ser em situações que não consegue contato com o seu médico, e em pequena quantidade (uma pitada de sal).

5. Doenças neurológicas

Pessoas que têm enxaqueca, epilepsia, doença de Parkinson, mal de Alzheimer e tumores cerebrais, podem apresentar queixa de tontura constante. Na enxaqueca, a tontura acontece geralmente associada a dor.

O que fazer?

Para cada caso existe um tratamento. Na crise de enxaqueca, é preciso ficar em repouso e tomar a medicação para a dor. Na epilepsia, avaliar as medicações e as suas dosagens, pode ser um efeito colateral ou dose excessiva.

Nas doenças neurodegenerativas, como Parkinson e Alzheimer, ajustar as doses dos medicamentos pode resolver o problema. No caso de tumor, será preciso a cirurgia ou radioterapia.

É importante que você procure um neurologista para esclarecer os sintomas da tontura e estabelecer o melhor tratamento.

6. Hipotireoidismo

O hipotireoidismo é a incapacidade da glândula tireoide produzir hormônios suficientes para manter um metabolismo do corpo adequado. Dessa forma, todo o organismo funciona de maneira mais lenta, e tem como sintomas, o edema generalizado, sonolência, cansaço, unhas frágeis e quebradiças, queda de cabelo e tonturas.

A causa mais comum é a Tireoidite de Hashimoto, uma doença autoimune, crônica, que não tem cura, mas pode ser bem controlada com a reposição hormonal.

O que fazer?

A reposição hormonal, é o tratamento de escolha, com a administração de um comprimido de hormônio ao dia. O médico clínico geral ou o endocrinologista são os responsáveis por tratar e acompanhar adequadamente esses casos.

7. Gordura na artéria carótida

A presença de placas de gordura nas artérias do pescoço, como a artéria carótida, é outra causa comum de tonturas e bastante preocupante, porque se a placa obstruir completamente a passagem do sangue para o cérebro, pode resultar em um derrame cerebral (AVC).

A alimentação gordurosa, a falta de exercícios, o cigarro e a hipertensão, são fatores de risco para a formação dessas placas. Sendo assim, a realização de um exame de ultrassonografia de pescoço, faz parte do protocolo de investigação para queixa de tontura constante.

O que fazer?

Procure um clínico geral ou cirurgião vascular para avaliação e, enquanto isso, mantenha uma alimentação saudável, procure reduzir o sal nas refeições, aumente a ingesta de água e evite hábitos ruins como o tabagismo.

8. Efeito colateral de medicamentos

Diversos medicamentos podem provocar tontura como um efeito colateral. Principalmente em pessoas idosas ou que façam uso de diferentes medicamentos, é importante tomar cuidado com as interações medicamentosas.

Os antidepressivos, ansiolíticos, sedativos, medicamentos para controlar a pressão arterial, antialérgicos, relaxantes musculares e remédios para convulsão podem ter como efeito colateral a tontura.

Informe ao seu médico, todas as medicações que costuma fazer uso, mesmo que não seja de forma regular, para evitar as interações medicamentosas.

O que fazer?

Neste caso, converse com o médico sobre todas as suas medicações, para avaliar a possibilidade de troca ou ajuste da dose da medicação.

O que fazer para aliviar a tontura?

O tratamento da tontura constante depende da sua causa específica, entretanto algumas medidas simples podem aliviar esse sintoma, como:

  • Consumir bastante líquido (pelo menos 1 litro e meio de água por dia);
  • Limitar ou evitar o consumo de bebidas alcoólicas;
  • Evitar o cigarro;
  • Praticar atividade física regularmente;
  • Se levantar lentamente depois de sentar ou deitar por muito tempo;
  • Dormir com a cabeceira da cama levemente elevada (30°). Esta inclinação pode ser conseguida com uso de travesseiros, até sentir que está quase sentada.

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O que é acromegalia?
Dra. Nicole Geovana
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Acromegalia é uma doença causada pela produção excessiva de hormônio do crescimento (GH). Nos adultos, a acromegalia caracteriza-se pelo crescimento de partes moles, como pele, músculos, tendões e cartilagens. Em crianças e adolescentes, a doença provoca um aumento exagerado do crescimento, sendo por isso chamada de gigantismo.

Quase todos os casos de acromegalia são causados por um tumor benigno na hipófise, que é a glândula responsável pela produção e secreção do hormônio de crescimento.

Em adultos, os sinais e sintomas da acromegalia muitas vezes são confundidos com as mudanças físicas resultantes do envelhecimento, como crescimento das mãos, pés, nariz, orelhas e lábios, alargamento da testa, proeminência do queixo, perda de dentes, espaçamento entre os dentes e aumento do tórax.

Outros sinais e sintomas incluem:

⇒ Espessamento e aumento da oleosidade da pele;

⇒ Transpiração excessiva, sobretudo nas mãos;

⇒ Problemas respiratórios, cardiovasculares, gastrointestinais, musculoesqueléticos, neurológicos e visuais.

Por ter uma evolução lenta, a acromegalia muitas vezes é diagnosticada tardiamente, cerca de 7 anos após o início dos sintomas. Os pacientes normalmente procuram um médico devido às complicações decorrentes da doença, como pressão alta, insuficiência cardíaca, dores articulares, tendinites, dor de cabeça, entre outras.

O atraso no diagnóstico pode trazer outras complicações causadas pelo crescimento do tumor, como perda da visão. Além disso, o diagnóstico tardio reduz as chances de sucesso do tratamento cirúrgico.

O tratamento da acromegalia é cirúrgico, na grande maioria dos casos. A cura depende sobretudo do tipo de tumor e se houve invasão de estruturas adjacentes à hipófise.

Mesmo quando a cirurgia não é capaz de curar a acromegalia, ela pode amenizar os sintomas pois diminui o tamanho do tumor, descomprimindo estruturas e normalizando os níveis hormonais. 

Se a cirurgia não normalizar os níveis hormonais, o tratamento da acromegalia pode ser feito com medicamentos e radioterapia. Apesar da radioterapia ajudar a controlar o crescimento do tumor, a normalização hormonal nem sempre acontece e pode levar vários anos até ser alcançada.

O medicamento mais eficaz para tratar a acromegalia é o pegvisomanto, capaz de regular os níveis de hormônio de crescimento em mais de 90% dos casos.

O/a especialista responsável pelo diagnóstico e tratamento da acromegalia é o médico/a endocrinologista.

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Glicose abaixo de 70 é normal? O que fazer?
Dra. Janyele Sales
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O valor de glicose abaixo de 70 indica uma situação de hipoglicemia, ou seja, que a glicose está mais baixa que o ideal para o adequado funcionamento do organismo. Portanto, valores abaixo de 70 não são considerados normais.

Durante uma crise de hipoglicemia a pessoa pode sentir alguns sintomas, como:

  • Tremores;
  • Suores frios;
  • Palpitações;
  • Palidez;
  • Sensação de fraqueza;
  • Tremores;
  • Irritabilidade;
  • Sonolência.

Nas situações em que o valor de glicose é inferior a 70, ou quando existem sintomas sugestivos de hipoglicemia, o que se deve fazer é:

  1. Ingerir cerca de 15 g de algum tipo de carboidrato de rápida absorção (água com açúcar, fruta ou suco de fruta natural, por exemplo);
  2. Aguardar alguns minutos e medir novamente o açúcar no sangue.
  3. Caso a glicose se mantenha em valores abaixo de 70 deve-se ingerir novamente carboidratos de rápida absorção até os valores normalizarem.
  4. Quando os valores estiverem normais deve-se comer algum lanche com carboidratos de absorção lenta (bolachas, pão ou leite, por exemplo).

Vale ressaltar que caso a glicose seja inferior a 45 ou caso a pessoa esteja apresentando sintomas de maior gravidade, como convulsões ou perda de consciência, é necessário entrar em contato imediatamente com o serviço de urgência (SAMU) ou ir rapidamente para o hospital.

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Açúcar demerara é bom para a saúde? Engorda?
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Nenhum tipo de açúcar (mascavo, demerara, cristal, refinado) é benéfico para a saúde. Embora passe por um processo de refinamento leve no qual não são utilizados aditivos químicos, o uso sem moderação de açúcar demerara pode sim levar ao aumento de peso.

Consumo de açúcar demerara e saúde Cristais de açúcar demerara

Quando comparamos o açúcar demerara ao açúcar branco, podemos dizer que o açúcar demerara é menos prejudicial à saúde. Os principais motivos para isto são:

Não contém aditivos químicos

Quanto mais branco for açúcar, mais aditivos químicos foram adicionados ao seu processo de produção. As toxinas ingeridas diariamente com os alimentos, entre elas os aditivos químicos, causam danos à saúde. Deste modo, o consumo moderado de açúcares mais escuros reduz os danos provocados ao organismo.

Possui minerais e vitaminas

Por passar por refinamento leve, algumas vitaminas e minerais presentes no açúcar demerara são preservados. Os minerais presentes em maior concentração em 100 g açúcar demerara são: potássio (346 mg), cálcio (85 mg), ferro (42 mg), o magnésio (29 mg) e o fósforo (22 mg).

Entre as vitaminas, apesar de se apresentarem em baixas quantidades, encontra-se: vitamina B1 (0,01 mg), vitamina B2 (0,01 mg) e vitamina B3 (0,03 mg). Estas concentrações de vitaminas estão presentes em 100 g açúcar demerara.

Açúcar demerara e ganho de peso

Pessoas que desejam emagrecer e preservar sua saúde não devem ingerir nenhum tipo de açúcar e nem alimentos doces. Mesmo sendo menos prejudicial, o açúcar demerara é bastante calórico. Em 100 g de demerara encontramos um total de 377 Kcal.

O consumo de açúcar estimula o aumento dos níveis sanguíneos de glicose (glicemia). Este aumento, além de ampliar o risco para o desenvolvimento de diabetes, estimula a produção de gordura pelo corpo.

Se você não consegue se manter sem consumir açúcar, o demerara é uma opção melhor para o seu organismo. Entretanto, atente sempre para as quantidades de açúcar que você ingere e procure consumir sempre menos.

O que é o açúcar demerara?

O açúcar demerara é produzido a partir do suco de cana-de-açúcar. No processo de fabricação, este suco é fervido e evaporado o que faz com que a maior quantidade de água seja retirada e fique somente os grãos de açúcar.

Por passar por uma etapa de refinamento leve e sem aditivos químicos, o açúcar demerara é composto por cristais de coloração marrom-claro e alguns de seus nutrientes são preservados. Seu sabor é delicado e mais suave que o sabor do açúcar mascavo.

O açúcar demerara, assim como o açúcar mascavo, são boas alternativas ao uso de açúcar cristal ou refinado. O açúcar demerara é também uma boa opção para quem não consegue se adaptar ao açúcar mascavo.

Pessoas diabéticas ou que apresentam resistência à insulina devem evitar consumir qualquer tipo de açúcar.

Como saber se tenho diabetes tipo 1?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Os sintomas que caracterizam o diabetes tipo 1 incluem sede excessiva, aumento do volume de urina, aumento da frequência urinária, aumento do apetite, emagrecimento acentuado, cansaço e fraqueza.

O início dos sintomas do diabetes tipo 1 é relativamente rápido, podendo surgir em alguns dias ou em poucos meses. A doença pode afetar pessoas de qualquer idade, mas é mais comum em crianças e adultos jovens.

Sem tratamento, os sintomas do diabetes tipo 1 podem evoluir e causar desidratação grave, sonolência, vômitos, dificuldade para respirar, crises convulsivas até o estado de coma.

A pior complicação do diabetes tipo 1 é a cetoacidose diabética, cujo tratamento necessita de internação hospitalar para medicação venosa e controle adequado.

Quais são as causas do diabetes tipo 1?

O diabetes tipo 1 é uma doença auto-imune, aonde o organismo produz anticorpos contra ele mesmo, nesse caso, causando uma destruição das células beta do pâncreas, que deixam de produzir a insulina.

A insulina é um hormônio produzido pelas células beta do pâncreas e tem a função de transportar a glicose (açúcar) do sangue para dentro das células do corpo para ser usada como fonte de energia. Na falta de insulina, os níveis de glicose no sangue ficam elevados, uma condição conhecida como hiperglicemia crônica.

Quando a hiperglicemia se torna crônica, causa danos na micro e macrocirculação, prejudicando e danificando órgãos como os rins, olhos e coração, além de lesionar os nervos, vasos e aumentar risco de doenças cardiovasculares.

Porém, se o diabetes tipo 1 estiver controlado, os riscos de complicações diminuem significativamente.

Como saber se tenho diabetes tipo 1?

O diagnóstico do diabetes tipo 1 é baseado nos exames de sangue e exame médico.

Os principais exames para confirmação diagnóstica são:

  1. Glicemia de jejum superior a 126 mg/dl, após um jejum de 8 horas;
  2. Glicemia aleatória (realizada sem jejum ou qualquer controle), acima de 200 mg/dl, associado a sinais e sintomas sugestivos de diabetes;
  3. Teste de tolerância oral a glicose (TTOG75), com verificação da glicemia após administrar uma dose oral de 75 g de glicose, com valor de glicemia superior a 200 mg/dl;
  4. Hemoglobina glicosilada (A1C), no sangue, que não deve ultrapassar 6,5%.

Sendo que se houver dois dos exames alterados já é suficiente para o diagnóstico, ou quando apenas um dos exames estiver alterado, será necessário repetir ou realizar um segundo exame.

Diabetes tipo 1 tem cura? Como é o tratamento?

O diabetes tipo 1 não tem cura. Trata-se de uma doença crônica que necessita de tratamento até o fim da vida. O tratamento do diabetes tipo 1 é feito através de injeções subcutâneas de insulina, dieta adequada e prática regular de exercícios físicos.

Diagnosticar e tratar precocemente o diabetes tipo 1 é muito importante para prevenir complicações. Em caso de sintomas de diabetes, consulte um médico clínico geral, médico de família ou endocrinologista.

Leia também: Diabetes mellitus: o que é, quais os sintomas e como tratar?

Ter glicose 150 é normal?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

Ter 150 de glicose é normal quando o teste é feito pouco tempo após comer. Mas quando 150 é o valor da glicemia em jejum, isso pode indicar diabetes. Isso porque a glicose, que é nossa principal fonte de energia, tem que ser mais baixa quando estamos em jejum e aumentar quando comemos.

A pessoa é considerada diabética quando:

  • A glicemia de jejum for maior ou igual a 126 mg/dL (em pelo menos 2 testes). Os valores menores que 100 são normais e os que ficam entre 100 e 125 são considerados pré-diabetes. O exame de glicemia de jejum é o mais usado para saber se a pessoa está com diabetes;

  • A glicemia for maior ou igual a 200 mg/dL 2 horas após um exame com sobrecarga de glicose (a pessoa toma um líquido muito doce 2 horas antes de colher o sangue para medir a glicemia). Os valores menores que 140 são normais. Valores entre 140 e 199 são considerados pré-diabetes.

O ideal quando há alguma dúvida ou suspeita de diabetes é ir ao médico. Somente ele pode pedir exames de laboratório e avaliar se a glicose e outros parâmetros importantes para a sua saúde estão normais. Além disso, somente o médico pode indicar um tratamento, quando for necessário.

Se quiser saber mais sobre os níveis de glicose no sangue, leia também:

Referências:

Cobas R, Rodacki M, Giacaglia L, Calliari L, Noronha R, Valerio C, Custódio J, Santos R, Zajdenverg L, Gabbay G, Bertoluci M. Diagnóstico do diabetes e rastreamento do diabetes tipo 2. Diretriz Oficial da Sociedade Brasileira de Diabetes (2022).

Brutsaert EF. Diabetes mellitus. Manual MSD.

Espironolactona emagrece?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

Espironolactona não é um medicamento indicado para emagrecer. No entanto, é comum que seja usada em fórmulas para emagrecer por ser um diurético. Apesar de não ajudar a emagrecer, pode dar essa impressão, porque desincha ao eliminar líquidos acumulados no corpo.

A espironolactona só deve ser usada com indicação de um médico para tratar:

  • Hipertensão arterial;
  • Distúrbios que levam ao acúmulo de líquidos, como ascite e edema em casos de insuficiência cardíaca congestiva, cirrose hepática e síndrome nefrótica.

O principal e mais efetivo tratamento para emagrecer é a mudança no estilo de vida (dieta equilibrada e exercícios físicos realizados com regularidade).

Os medicamentos podem ser usados para ajudar a mudar hábitos alimentares e dar disposição, em alguns casos, mas não são sempre necessários. Por isso, se quer emagrecer e precisa de ajuda, comece procurando um nutricionista e um educador físico.

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Referências:

Espironolactona. Bula do medicamento.

Bray GA, Frühbeck G, Ryan DH, Wilding JPH. Management of obesity. Lancet. 2016; 387(10031): 1947-56.