Sim, a falta de dentes pode prejudicar os intestinos porque o seu bom funcionamento depende de uma boa digestão, que se inicia com a mastigação dos alimentos.
A falta de dentes faz com que a mastigação não ocorra adequadamente. Quanto melhor os alimentos estiverem triturados pelos dentes e umedecidos pela saliva, mais facilmente serão digeridos e melhor será o aproveitamento dos seus nutrientes, principalmente aqueles alimentos a base de farinhas como pães, bolos e cereais. Quando isso não acontece, pela falta de uma boa mastigação, podem ocorrer alguns desconfortos intestinais tais como gases, cólicas e diarreias.
O gastroenterologista é o especialista em problemas nos intestinos e digestivos.
A Noz-da-Índia possui efeito laxativo e tóxico à saúde. É comumente utilizada para fins de emagrecimento, embora ainda não exista evidência científica que confirme esta ação.
A comercialização de Noz-da-Índia foi proibida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) desde 2017. Também foi proibida pela instituição a comercialização de semente semelhantes à noz-da-Índia como “jorro-jorro” ou “chapéu de Napoleão”.
Noz-da-Índia é tóxica?Sim! De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a noz-da-Índia é tóxica quando consumida por via oral e pode levar à morte.
A toxicidade da semente se deve a alguns de seus princípios ativos: a toxialbumina e a saponina. Além disso, o potente efeito laxativo pode provocar:
- Mudança de comportamento
- Problemas gástricos e digestivos
- Agitação
- Enjoo
- Vômitos
- Desidratação
- Alucinações
- Dilatação das pupilas
- Falência hepática
A semente tem sido consumida crua e em grande quantidade para fins de emagrecimento. Além de não ser comprovado cientificamente que a Noz-da-Índia provoca a perda de peso, o seu consumo cru e em grande quantidade pode ser fatal. Por este motivo, não é recomendado o consumo de noz-da-Índia por via oral.
Pouco se sabe sobre os efeitos colaterais do uso da noz com a finalidade de emagrecimento. O que está comprovado são os sintomas evidenciados em pessoas que a consumiram, como:
- Cefaleia intensa (dor de cabeça)
- Enjoo
- Epigastralgia (dor no estômago)
- Flatulência
- Diarreia intensa
- Distúrbios respiratórios
- Taquicardia (aumento da frequência cardíaca)
- Hipotensão (pressão baixa)
- Edema nas pernas (inchaço)
- Dores musculares
- Sensação de fadiga
- Desidratação intensa
- Desnutrição
Apesar de ser associada ao emagrecimento o consumo de noz-da-Índia, especialmente na forma de chá, tem efeito laxante potente, além de propriedades tóxicas. O seu consumo provoca diarreia intensa, o que levar a perda de líquido e desidratação. Esta perda de líquido intensa resulta na "sensação" de emagrecimento.
Não existem estudos científicos que comprovem a ação da noz-da- Índia para a perda de peso. O consumo por via oral da semente foi associado a três mortes no Brasil.
A ação laxativa da noz-da- Índia, quando consumida por via oral, interfere ainda na absorção de vitaminas e minerais, o que contribui para o desenvolvimento de casos de desnutrição severa.
Nos casos mais graves, existe a possibilidade de instalação de quadro de hepatite fulminante que pode evoluir para a necessidade de transplante de fígado.
Não consuma Noz-da-Índia na forma de alimentos, suplementos, cápsulas ou medicamentos. Seu uso pode oferecer riscos à saúde e provocar a morte. Se você busca emagrecer, adote hábitos alimentares saudáveis associados à prática de atividade física. Procure orientação de um/uma nutricionista ou nutrólogo/a.
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A disenteria é uma inflamação intestinal (gastroenterite), causada principalmente pelo consumo de água e alimentos contaminados por bactérias. As bactérias mais relacionadas com a disenteria são a E.Coli e a Shigella.
A transmissão pode ocorrer também por objetos contaminados, como utensílios de cozinha e acessórios de banheiros ou pelo contato direto com outras pessoas contaminadas.
Por isso a doença é tão prevalente nas crianças e em países com saneamento básico precário.
Quais são os sintomas de disenteria?Os sintomas da disenteria duram em média 7 a 10 dias, e incluem:
- Diarreia líquida com presença de sangue ou muco;
- Dor e cólicas abdominais;
- Náuseas, vômitos;
- Febre alta (temperatura axilar acima de 38,5º);
- Falta de apetite;
- Fraqueza.
O tratamento da disenteria se baseia na boa hidratação, cuidado com a alimentação e quando preciso, pode ser acrescentado algum medicamento como os antibióticos, para caso de infecção.
1. HidrataçãoA reposição de água é a medida mais importante para o tratamento de disenteria, evitando as complicações da diarreia, como a desidratação e a queda de sódio e potássio.
Para a reposição adequada, as unidades de saúde do SUS (Sistema Único de Saúde) oferecem de forma gratuita, o soro de reidratação, com as composições de água e eletrólitos adequados. A composição também pode ser encontrada nas farmácias.
No entanto, caso não seja possível adquirir essa reposição, pode fazer uso do soro caseiro.
Soro caseiro: Adicione 2 colheres (sopa) de açúcar e 1 colher (café) de sal em 1 litro de água filtrada ou fervida. Misture bem e beba 1 copo de 250 ml sempre após as evacuações.
A recomendação segundo o ministério da saúde, é para manter o aleitamento materno e manter a alimentação habitual para as crianças e os adultos. No entanto, deve evitar as comidas gordurosas, derivados de leite, embutidos, café e bebidas alcoólicas.
Procure se alimentar bem, e beber bastante líquido.
3. Reposição de zincoA suplementação com zinco ajuda a diminuir o tempo de duração da diarreia e evita novos episódios . A dose recomendada é de 1 comprimido uma vez ao dia, durante 10 a 14 dias.
4. AntibióticoO antibiótico não deve ser usado de rotina, porque na maioria das vezes, a disenteria evolui com melhora espontânea. O uso desnecessário da medicação aumenta as chances de resistência das bactérias, além de causar efeitos colaterais inconvenientes.
Contudo, em algumas situações, o antibiótico deve ser usado desde o início, como nos casos de:
1. Mais de 7 dias de diarreia associada ou não a febre;
2. Mais de 6 evacuações líquidas ou pastosas por dia;
3. Pacientes com imunidade baixa, como aqueles que fazem uso de corticoides, quimioterapia ou imunossupressores e
4. Na presença de sangue nas fezes.
O antibiótico de escolha nessas situações são a Azitromicina ou a Ciprofloxacina. Cabe ao médico avaliar todos esses critérios para começar a medicação.
Sabendo que o tratamento da disenteria deve começar o quanto antes, devido aos riscos de desidratação grave e óbito, em especial nas crianças. Por isso, na suspeita de uma infecção intetsinal, como febre alta e sangue nas fezes, procure rapidamente um atendimento médico.
Diarreia é a mesma coisa que disenteria?Não. A diarreia é a ou aumento da frequência de evacuações por dia (mais de 3 vezes ao dia), com consistência amolecida, associada a dor na barriga, cólica, náuseas e vômitos. A diarreia costuma ser causada por vírus e não bactérias, por isso o quadro é mais brando.
A disenteria é a presença de diarreia associada a sangue e/ou muco nas fezes e sintomas mais graves, como febre alta, falta de apetite, cólicas intensas e fraqueza.
Tem como prevenir uma disenteria?Para prevenir a disenteria, é necessário ter cuidados adequados de higiene na preparação e no consumo de alimentos, sobretudo os que são comidos crus, como frutas e hortaliças.
A água usada para beber, cozinhar e lavar os alimentos deve ser tratada, fervida ou filtrada. Também é fundamental lavar bem as mãos antes de comer, ou antes, de preparar os alimentos e refeições.
Proteja os alimentos e as áreas da cozinha contra insetos, animais de estimação e outros animais (guarde os alimentos em recipientes fechados).
Mantenha a amamentação, porque o aleitamento materno aumenta a imunidade das crianças, inclusive contra as doenças diarreicas.
Mantenha bons hábitos de vida, para promover uma boa imunidade. Alimente-se bem, procure dormir bem, o organismo precisa descansar, pratique atividades físicas e se possível evite aborrecimentos e estresse.
Conheça as formas de fazer o soro caseiro no artigo: Como fazer soro caseiro?
Referências:
- UpToDate - James P Nataro, et al. Pathogenic Escherichia coli associated with diarrhea. Jan 13, 2020.
- UpToDate - Rabia Agha; Marcia B Goldberg. Shigella infection: Treatment and prevention in adults. Jun 09, 2019.
- Ministério da saúde - Brasil.
Os sintomas de obesidade incluem além do aumento de peso, cansaço excessivo, fome constante entre as refeições e sintomas gerais, citados mais detalhadamente a seguir.
Sintomas gerais da obesidade- Cansaço fácil;
- Sono excessivo;
- Suor excessivo;
- Pernas inchadas e pesadas;
- Sensação de fome constante entre as refeições;
- Respiração ofegante.
A maneira mais simples e eficaz para definir a obesidade é através do cálculo do IMC (Índice de Massa Corporal), calculado utilizando a altura e o peso do indivíduo, da seguinte maneira:
IMC = peso (kg) / altura (m)².
Segundo a SBEM (sociedade brasileira de endocrinologia e metabologia) e Ministério da saúde, a obesidade é definida pelo IMC acima de 30 kg/m². Os valores entre 25 e 29,9 kg/m² caracterizam o sobrepeso e a faixa considerada normal de peso, varia entre 18,5 e 24,9 kg/m²
O que é obesidade?Trata-se de uma doença crônica, assim como a hipertensão e a diabetes, que ainda não tem cura, e dados de 2017 já apontavam para taxas de sobrepeso e obesidade atingindo mais da metade da população brasileira. Índices que continuam crescendo.
A doença aumenta os riscos de outras doenças graves como diabetes e câncer, por exemplo. Portanto, diversas campanhas têm sido realizadas, no intuito de reduzir essa estatística, auxiliar a população na prevenção e tratamento da doença, desde a infância.
Doenças relacionadas à obesidadeAlgumas doenças podem ser provocadas pela obesidade, como:
- Hipertensão arterial;
- Diabetes;
- Colesterol elevado;
- Baixa autoestima;
- Redução da expectativa de vida;
- Disfunções renais;
- Artrose;
- Varizes;
- Problemas cardiovasculares;
- Dificuldade respiratória e cansaço;
- Maior tendência de câncer, especialmente câncer de intestino e reto.
Os sintomas gerais da obesidade precisam ser avaliados considerando-se os fatores genéticos, ambientais, estilos de vida e psicossociais. Prevenir a obesidade também ajuda a evitar doenças que reduzem a qualidade e expectativa de vida das pessoas obesas.
Para detectar e tratar a obesidade busque orientação profissional de médicos/as e nutricionistas. A SBEM sugere a avaliação pelo IMC em todas as crianças a partir dos 5 anos de idade.
Apendicite aguda é uma condição na qual o apêndice vermiforme fica inflamado. O apêndice é um pequeno “saco”, localizado no intestino grosso. A principal causa da apendicite é a obstrução do apêndice provocada por fezes, corpo estranho, tumor ou parasita.
Apêndice vermiforme inflamado (apendicite aguda) Quais são os sintomas da apendicite aguda?O primeiro sintoma da apendicite aguda geralmente é a dor ao redor do umbigo ou na parte central e superior do abdômen. A dor na barriga pode ser leve no início, mas torna-se mais aguda e intensa. Outros sintomas iniciais da apendicite podem incluir perda de apetite, náuseas, vômitos e febre baixa.
A dor tende a irradiar para a porção inferior direita do abdômen, 12 a 14 horas depois do início dos primeiros sinais e sintomas. As dores podem piorar ao caminhar, tossir ou fazer movimentos bruscos. Nessa fase, a pessoa pode apresentar calafrios, tremores, endurecimento das fezes, diarreia, febre, náuseas e vômitos.
Os sintomas da apendicite aguda podem variar, podendo ser difícil de detectar em crianças pequenas, adultos mais velhos e mulheres em idade reprodutiva.
Qual é o tratamento para apendicite aguda?O tratamento da apendicite aguda é feito através de cirurgia, que consiste na retirada do apêndice vermiforme. Se a tomografia computadorizada indicar a presença de abscesso, pode ser necessário tomar antibióticos. Nesses casos, a cirurgia é realizada após o desaparecimento da infecção e da inflamação.
A maioria das pessoas com apendicite aguda recupera-se rapidamente após a cirurgia, desde que o apêndice seja retirado antes de se romper.
Se houver ruptura do apêndice antes do procedimento cirúrgico, a recuperação pode levar mais tempo. Nesses casos, aumentam os riscos de complicações, como formação de abscesso, obstrução intestinal, infecção generalizada no abdômen (peritonite) e infecção da ferida após a cirurgia.
A apendicite aguda é uma emergência médica. Em caso de suspeita de apendicite, procure atendimento médico imediatamente.
A insuficiência hepática é um comprometimento grave das funções do fígado.
O fígado participa de funções vitais como coagulação, eliminação de toxinas do sangue e produção de proteínas. A doença pode ser aguda ou crônica e as principais causas são as infecções e uso abusivo de álcool e medicamentos.
Um médico de família, gastroenterologista ou hepatologista podem identificar a insuficiência hepática por meio de exame físico, avaliação de sintomas e exames de sangue.
Quais são os tipos de insuficiência hepática? 1. Insuficiência hepática agudaA insuficiência hepática aguda se desenvolve rapidamente e as suas causas mais comuns são as infecções por vírus e uso de medicamentos, especialmente, o paracetamol. A infecção viral mais comum é a hepatite B.
Icterícia: coloração amarelada da parte branca dos olhos e da pele.A pessoa com insuficiência hepática aguda apresenta alteração do estado mental (agitação, desorientação), coloração amarelada dos olhos (icterícia) e acúmulo de líquido no abdome (ascite).
O tratamento da insuficiência hepática aguda consiste em tratar os sintomas e, nos casos mais graves, pode ser necessário um transplante de fígado.
2. Insuficiência hepática crônicaA insuficiência hepática crônica se instala de forma gradual e vai comprometendo aos poucos o estado de saúde da pessoa com a doença. Geralmente, a doença no fígado é percebida quando a pessoa apresenta sintomas como a presença de sangue no vômito ou nas fezes.
Estes sangramentos ocorrem devida a ruptura de veias do estômago ou esôfago.
O tratamento é feito com internação hospitalar para tratamento dos sintomas ou transplante de fígado.
Quais os sintomas da insuficiência hepática? Ascite: acúmulo de líquido no abdome.As pessoas com insuficiência hepática podem apresentar os seguintes sintomas:
- Cansaço sem causa aparente,
- Fraqueza,
- Náuseas,
- Perda de apetite,
- Sangramentos (ou coagulação lentificada);
- Icterícia (cor amarelada da parte branca dos olhos e da pele),
- Acúmulo de líquido no abdome fazendo com que ele fique inchado (ascite),
- Confusão mental, desorientação e sonolência, e
- Hálito com cheiro adocicado.
Se você está em tratamento da insuficiência hepática, é importante que você cuide da sua alimentação seguindo algumas orientações:
- Reduza o consumo de proteínas de origem animal, especialmente as carnes vermelhas;
- Limite também o consumo de ovos, peixes e queijos;
- Consuma proteínas de origem vegetal como soja, feijões, lentilha e grão de bico;
- Reduza o consumo de sal;
- Não consuma álcool.
Um nutricionista pode ajudá-lo a definir os melhores alimentos para consumo e um plano alimentar adequado.
Como é feito o tratamento da insuficiência hepática?O tratamento da insuficiência hepática depende da sua causa, dos sintomas que a pessoa apresenta e da gravidade da doença.
Para que o tratamento seja efetuado adequadamente, é preciso que o paciente seja internado em uma unidade de terapia intensiva (UTI).
Se a causa da insuficiência hepática for uma infecção, serão utilizados medicamentos antibióticos ou antifúngicos. Seus sinais vitais são constantemente monitorizados e, além disso, é feito um ajuste na dieta do paciente.
Nos casos em que existe o risco iminente de morte, pode ser necessário realizar o transplante de fígado. O transplante tem o objetivo de restaurar a função do fígado, entretanto não é indicado para todas as pessoas.
Quando devo procurar o médico?A insuficiência hepática é uma condição grave e você deve procurar um médico de família, clínico geral ou hepatologista se apresentar:
- Alteração no nível de consciência (confusão mental, desorientação, sonolência);
- Queda de pressão arterial (hipotensão);
- Vômitos com sangue;
- Sangue nas fezes;
- Dificuldade respiratória;
- Redução na quantidade de urina.
A insuficiência hepática é uma doença progressiva, ou seja, vai piorando quando o tratamento não é efetivado e pode ser fatal. Por este motivo, busque o mais rapidamente um médico de família, clínico geral ou hepatologista.
Saiba mais sobre a insuficiência hepática nos artigos:
Referência
Sociedade Brasileira de Hepatologia