O FSH, hormônio foliculotrófico ou folículo-estimulante, é produzido pela hipófise e é uma das gonadotrofinas, juntamente com o LH. Apresenta como funções: regular o desenvolvimento, o crescimento, a maturação puberal, os processos reprodutivos e a secreção de esteróides sexuais, nas gônadas (testículos e ovários).
A secreção das gonadotrofinas é pulsátil, periódica, cíclica e varia com a fase da vida, com diferenças consideráveis entre o sexo feminino e masculino.
No feto, a secreção de LH e FSH torna-se significativa entre o 2º e o 5º meses de gestação, porém, ao nascimento, os níveis de gonadotrofinas são praticamente indetectáveis.
Durante a infância, a secreção das gonadotrofinas permanece suprimida. Na puberdade (entre 10 e 14 anos), é restabelecida a secreção de LH e FSH.
Nos homens, o FSH estimula a espermatogênese pelas células dos túbulos seminíferos, sendo fundamental para a produção dos espermatozoides.
Nas mulheres, o FSH causa a proliferação das células foliculares ovarianas e estimula a secreção de estrógeno, sendo fundamental para a produção dos folículos (óvulos), atuando sempre em conjunto com o LH (hormônio luteinizante).
Na fase folicular, o FSH estimula a síntese de estrógenos pelas células da granulosa ovariana. Na fase lútea do ciclo, o LH estimula a produção de progesterona e estrógenos a partir do corpo lúteo; a progesterona, assim produzida, prepara o útero para a implantação do embrião; se houver fecundação, o embrião produz gonadotrofina coriônica, que mantém o corpo lúteo; caso contrário, este acaba por degenerar, ocorrendo a menstruação.
O FSH apresenta secreção pulsátil, sincronizada com a de LH. Os níveis de LH e FSH variam de acordo com a fase do ciclo menstrual, embora o LH seja secretado sempre em maior quantidade.
Na mulher, após a menopausa, a secreção das gonadotrofinas sofre elevações consideráveis, sendo a elevação de FSH muito superior à do LH, sendo que a dosagem sérica destes hormônios pode auxiliar no diagnóstico da falência ovariana, que leva à menopausa.
O médico ginecologista ou endocrinologista pode acrescentar mais informações sobre o FSH e seu papel no organismo.
Caso a mulher esteja tomando anticoncepcional e esteja grávida, em geral, não haverá menstruação na pausa da cartela.
Porém, é comum no início da gestação ocorrer sangramento no período em que a menstruação era esperada. Esse sangramento costuma ter um aspecto diferente da menstruação, sendo em menor quantidade e, em geral, com coloração mais perto do marrom do que do vermelho vivo.
A mulher que por algum motivo pode ter falhado no uso da pílula anticoncepcional e que há possibilidade de gravidez deve procurar o serviço de saúde para uma consulta de avaliação. Com essa avaliação, haverá a comprovação ou descarte da gravidez e a mulher deixará de tomar a pílula anticoncepcional ou continuará o uso devidamente orientada.
Não é indicado o uso de anticoncepcional durante a gravidez, portanto, a mulher precisa dessa comprovação para continuar o uso da medicação sem efeitos adversos.
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As causas da inflamação no útero podem estar relacionadas a infecções por germes ou a lesões provocadas por traumas e produtos químicos.
A inflamação uterina mais comum é aquela que ocorre no colo do útero (cérvix ou cérvice), que é a região mais estreita do útero localizada no fundo da vagina e por onde sai o sangue menstrual. Esse tipo de inflamação (cervicite) muitas vezes não apresenta sintomas, o que pode levar a distúrbios mais graves devido à progressão dessa inflamação ou infecção para outras regiões próximas como ovários, trompas e região interna do útero (endometrite).
Causas mais frequentes de inflamação ou infecção no colo do útero:
- Germes transmitidos por meio do contato sexual como Chlamydia trachomatis, Neisseria gonorrhoeae, Trichomonas vaginalis, vírus Herpes simplex, HPV (papiloma vírus humano), Mycoplasma genitalium,
- germes que estão presentes normalmente na vagina como Candida albicans, Gardnerella vaginalis e Lactobacillus rhamnosus,
- alergias ou irritações causadas por produtos químicos como espermicidas,
- alergias ao látex de preservativos (camisinha) e diafragmas,
- lesões causadas por traumas como os provocados pelo parto ou por duchas vaginais frequentes.
A inflamação do colo do útero não interfere na possibilidade de engravidar e nem na boa evolução da gravidez desde que seja tratada adequadamente.
O Papanicolau ou citologia oncótica é o exame utilizado para diagnosticar as inflamações do colo do útero e o ginecologista e/ou obstetra são os especialistas indicados para o tratamento desses problemas.
Antes de usar uma pomada vaginal com aplicador é preciso bater levemente a bisnaga numa superfície plana com a tampa virada para cima, para que o creme vaginal fique na parte inferior da bisnaga e não haja desperdício na hora de retirar a tampa. Depois, basta seguir os seguintes passos:
- Retire a tampa e com o verso rompa o lacre da bisnaga, girando a tampa;
- Encaixe o aplicador no bico da bisnaga, mantendo o êmbolo na posição original;
- Aperte suavemente a bisnaga, do fundo para o bico, para forçar a saída da pomada para o aplicador, até que o mesmo fique travado;
- A seguir, em posição ginecológica, introduza profundamente o aplicador com o creme na vagina, de maneira delicada;
- Para liberar a medicação, aperte o êmbolo até sua posição original.
A aplicação da pomada vaginal deve ser feita preferencialmente à noite, pois o contato local prolongado favorece a sua ação. Na dúvida, fale com o ginecologista ou peça orientação ao farmacêutico.
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O sangramento de escape geralmente dura menos dias que o período menstrual habitual da mulher, que varia de 2 a 7 dias.
Ele pode ocorrer em mulheres que usam anticoncepcional ou no início da gravidez (primeiros 3 meses).
Normalmente, o sangramento de escape tem uma coloração diferente do sangue vivo da menstruação.
A frequência do escape é maior nos primeiros meses de uso do anticoncepcional. Fazendo o uso correto, o escape não está associado com a eficácia do anticoncepcional.
Para as mulheres que fumam é recomendado parar de fumar.
Em alguns casos, há necessidade do uso de outras medicações para cessar o sangramento. Por isso, procure seu ginecologista para orientar a melhor escolha.
A menstruação é um processo natural do organismo da mulher, que é controlado pelas taxas dos hormônios femininos. Os primeiros dias do ciclo menstrual, os níveis de hormônios começam a subir, para aumentar a camada de células e fluxo sanguíneo do útero, com o intuito de nutrir o feto, caso aconteça uma gravidez.
Quando não acontece a gravidez, essa camada toda de células descama e é eliminada na forma de menstruação. Portanto, a única forma efetiva de interromper esse ciclo e evitar a menstruação, é alterando as taxas desses hormônios.
Não existem receitas caseiras que realmente funcionem, além de causar danos ao organismo.
O que fazer para a menstruação não descer?As formas comprovadas e seguras de evitar que a menstruação aconteça, são:
- Uso ininterrupto do anticoncepcional oral combinado, ou seja, emendar a cartela do remédio, sem esperar os sete dias entre as cartelas;
- Optar por anticoncepcional contínuo (oral, adesivo ou injetável);
- Dispositivo intrauterino (DIU) de progesterona,
- Primosiston®, medicamento com propriedades que impedem a menstruação descer.
Quando interrompe antecipadamente a cartela, a menstruação desce mais cedo, pela ausência abrupta dos hormônios da medicação.
Se já fizer uso de anticoncepcionalPara as mulheres que já fazem uso de anticoncepcionais, existem duas maneiras simples, que são emendar a cartela de anticoncepcionais ou interrompê-la antecipadamente.
Quando a medicação é continuada, a cartela termina e emenda na próxima, sem a pausa regular de 7 dias, a menstruação não acontece, devido à manutenção do hormônio no sangue.
Quando interrompe antecipadamente, a menstruação desce mais cedo, pela ausência abrupta dos hormônios da medicação.
A adesão aos anticoncepcionais de uso contínuo, DIU de progesterona, ou uso ininterrupto da medicação, pode ser uma boa opção para as mulheres que viajam muito, que praticam atividades físicas de alto rendimento, para mulheres que tem anemia crônica ou por opção própria. Basta que sejam avaliados os riscos e benefícios caso a caso.
O Primosiston® é um medicamento a base de hormônios, que dependendo da maneira utilizada, pode retardar ou antecipar a menstruação. Contudo, possui efeitos colaterais e contraindicações, que devem ser analisadas antes do seu uso, como o risco de trombose.
Se ainda não fizer uso de anticoncepcionalPara as mulheres que não fazem uso de anticoncepcionais, as opções são de iniciar um anticoncepcional ou usar o Primosiston®, se não houver contraindicação.
Não tome anticoncepcionais ou Primosiston® no caso de:
- História atual ou anterior de trombose (trombose na perna ou embolia pulmonar)
- História atual ou anterior de derrame cerebral, ou infarto agudo do miocárdio
- Se for fumante (o tabagismo aumenta o risco de trombose)
- Se for obeso (o sobrepeso também eleva o risco de tromboses)
- Se houver qualquer hipótese de estar grávida
- História atual ou anterior de doenças no fígado
- História atual ou anterior de câncer
- Se for diabético e estiver sem controle adequado da doença.
Portanto, o médico saberá a melhor medicação ou opção para o se caso, sem que ofereça riscos para a sua saúde. Converse com o seu ginecologista.
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Referência
Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia - FEBRASGO
Após laqueadura, o período seguro para se ter relações sexuais sem engravidar depende da técnica utilizada, que vai de uma semana à três meses.
A laqueadura, também conhecida como ligadura das trompas ou cirurgia de esterilização feminina, é uma técnica em que as trompas de Falópio são bloqueadas de forma a não permitirem o encontro do óvulo com o espermatozoide, impedindo a fecundação e gravidez. Dependendo da técnica utilizada será definido o tempo necessário de espera para se ter uma relação sexual sem uso de outro método contraceptivo.
Veja também o artigo: Quanto tempo depois de uma cirurgia posso engravidar?
Técnicas de laqueadura:
- corte das trompas, bloqueio com anéis, clipes ou eletrocoagulação (queima): pode-se ter relações sexuais após aproximadamente 10 dias,
- uso de Essure®, dispositivo que provoca uma reação de fibrose nas trompas: pode-se ter relações sexuais após aproximadamente 3 meses, com a necessidade prévia de realização de testes para a comprovação do fechamento da trompa.
O ginecologista ou obstetra deverá ser consultado nessas situações, para a orientação adequada sobre o qual período necessário para ter relações sexuais de uma forma segura após a laqueadura.
Gardnerella vaginalis e Mobiluncus sp são bactérias que fazem parte da flora vaginal normal de até 80% das mulheres sexualmente ativas. A Gardnerella vaginalis, sozinha ou associada ao Mobiluncus sp, é uma das principais causas de vaginose bacteriana, um quadro que se caracteriza pelo desequilíbrio dessa flora, com um predomínio da G. vaginalis.
Na vaginite, há uma infecção dos tecidos vaginais com inchaço e vermelhidão na vagina, além de dor na relação sexual. Já na vaginose não existem lesões dos tecidos ou estas são muito discretas, sendo caracterizada somente pela quebra do equilíbrio microbiano normal da vagina.
A vaginose bacteriana é um tipo de infecção vaginal. A vagina normalmente contém bactérias “boas” conhecidas como lactobacilos, além de outros tipos de bactérias.. A vaginose bacteriana ocorre quando há maior proliferação de bactérias anaeróbicas, como a Gardnerella.
A gardnerella é sexualmente transmissível?A gardnerella pode ser transmitida sexualmente, mas não é propriamente considerada uma doença sexualmente transmissível na mulher, já que esta bactéria faz parte da flora vaginal normal das mulheres em pequena quantidade.
Entretanto, no homem, a Gardnerella pode ser adquirida através de relações sexuais e embora raro pode causar uretrite e balanite (inflamação do prepúcio e da glande).
Quais as causas da vaginose por gardnerella?Existem diversas condições que podem provocar um desequilíbrio da flora vaginal e aumentar o risco de vaginose bacteriana, tais como:
- Tabagismo;
- Duchas vaginais constantes;
- Ter vários parceiros sexuais;
- Baixa imunidade (diabetes, depressão, estresse, uso de antibióticos);
- Infecções;
- Gravidez.
A vaginose é mais comum em mulheres sexualmente ativas, mas também pode ocorrer em mulheres que não têm relações sexuais frequentes.
Quais os sintomas de vaginose por gardnerella?A vaginose por gardnerella pode não apresentar sinais e sintomas. Quando ocorrem, eles caracterizam-se por:
- Corrimento homogêneo branco acinzentado cremoso e às vezes com bolhas dispersas na sua superfície e odor desagradável;
- Prurido (coceira) vaginal, embora seja pouco comum;
- Ardência ao urinar;
- Liberação de odor semelhante ao de peixe após a relação sexual, devido à presença do esperma (pH básico) no ambiente vaginal.
O diagnóstico da vaginose por gardnerella é feito através da análise do corrimento.
Qual é o tratamento para vaginose por gardnerella?O tratamento da vaginose por gardnerella é feito com remédios antibióticos, administrados por via oral e sob a forma de pomada vaginal. Geralmente, não é necessário que o parceiro receba tratamento. Porém, se a mulher tiver uma parceira, ela também precisa realizar o tratamento.
Se tomar metronidazol, não beba álcool enquanto estiver a tomá-lo. No caso do metronidazol, não se deve ingerir bebidas alcoólicas nas 24 horas seguintes à toma da medicação. A combinação de álcool com esse medicamento pode causar náuseas e vômitos.
Se a vaginose por gardnerella não for tratada, as bactérias podem se espalhar e entrar no útero ou nas trompas, causando infecções mais graves. Tratar a vaginose bacteriana reduz esse risco. O tratamento é especialmente importante em mulheres grávidas.
Algumas mulheres sofrem de vaginose bacteriana crônica (recorrente). Os medicamentos podem fazer com que a infecção desapareça, mas ela volta depois de algumas semanas. Há mulheres que relatam que a vaginose retorna todos os meses após a menstruação ou relação sexual. Nesses casos, podem ser indicados remédios probióticos.
Para ajudar a aliviar a irritação vaginal:
- Lave a vulva e o ânus com sabão neutro e sem desodorante;
- Não faça duchas vaginas e não lave o interior da vagina;
- Enxágue e seque bem o órgão genital;
- Use absorventes ou toalhas de higiene sem perfume;
- Use calcinhas de algodão e roupas largas. Evite usar meia-calças;
- Limpe-se de frente para trás após ir ao banheiro
O tratamento para gardnerella deve ser seguido rigorosamente, conforme orientação médica. Interromper o tratamento antes do tempo pode tornar as bactérias resistentes aosmedicamentos e causar recaídas.
É possível prevenir a vaginose por gardnerella?Para prevenir a vaginose por gardnerella, recomenda-se diminuir o número de parceiros sexuais, usar camisinha em todas as relações sexuais e não fazer duchas vaginais, pois este procedimento elimina bactérias saudáveis na vagina que protegem contra infecções.
O tratamento da vaginose por Gardnerella é realizado pelo clínico geral, médico de família ou ginecologista.
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Referência bibliográficas:
Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Atenção Integral às Pessoas com Infecções Sexualmente Transmissíveis