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Antibiótico e corticoide podem atrasar a menstruação?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim. Corticoides podem atrasar a menstruação, mas os antibióticos normalmente não provocam atraso menstrual, raras exceções. Em geral, a infecção para a qual o antibiótico foi prescrito é que pode atrasar o ciclo, não o medicamento em si.

Os principais medicamentos que podem atrasar a menstruação são os psiquiátricos e neurológicos, sobretudo quando são usados em doses muito elevadas ou por tempo prolongado, pois podem aumentar a secreção do hormônio prolactina e interferir no ciclo menstrual.

Alguns exemplos são os neurolépticos, como Risperidona, Haldol, Melleril e Equilid, com destaque para a Risperidona e o Equilid, que podem atrasar a menstruação mesmo em doses baixas.

Os tranquilizantes benzodiazepínicos normalmente só provocam atraso em doses muito altas e depois de um tempo prolongado de uso.

Já os medicamentos antidepressivos raramente atrasam a menstruação.

Leia também: Antidepressivo pode atrasar a menstruação?

Outros medicamentos que podem interferir no ciclo menstrual são os antipsicóticos, medicamentos quimioterápicos, imunossupressores e anti-hipertensivos.

Para maiores informações sobre o atraso menstrual causado por medicamentos, fale com o médico que receitou a medicação ou com o seu médico ginecologista.

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Menstruação abundante pode ser sinal de menopausa?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Sim, menstruação abundante pode ser sinal de que a menopausa (última menstruação) está mais próxima. Um dos sintomas que antecedem a menopausa é a irregularidade menstrual, com ciclos mais longos ou mais curtos e com alteração do fluxo.

A pré-menopausa começa aos 40 anos de idade e caracteriza-se por alterações da menstruação e sintomas como mudanças de humor, distúrbios do sono, falta de interesse sexual, entre outros. No final desse período, mais de 80% das mulheres começam a ter as conhecidas ondas de calor.

Por volta dos 45 anos de idade, tem início a perimenopausa. Essa fase antecede a chegada da menopausa, que em média ocorre entre os 48 e 50 anos, e se estende por até 12 meses depois da última menstruação. É marcada pelos mesmos sintomas da pré-menopausa, porém mais intensos.

Um dos principais sinais que indicam o início da perimenopausa é a alteração dos ciclos menstruais, que tornam-se mais irregulares (mais curtos ou mais longos), com variações também no fluxo, que pode ser mais abundante. Há mulheres que chegam inclusive a ter hemorragias.

Todos esses sintomas estão relacionados com o desequilíbrio na produção dos hormônios estrogênio e progesterona que ocorre nos ovários.

A menstruação deixa de existir após a menopausa e os demais sintomas desaparecem 2 ou 3 anos após a última menstruação, por volta dos 52 ou 53 anos de idade.

Informe o seu médico de família ou ginecologista sobre as suas alterações menstruais e esclareça as suas dúvidas sobre os sintomas da menopausa.

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Teste de farmácia pode dar positivo devido a pílula do dia seguinte?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

O teste de gravidez de farmácia não apresentará resultado positivo devido ao uso da pílula do dia seguinte, pois os hormônios presentes na pílula do dia seguinte não interferem no resultado do teste de gravidez.

Portanto, quando o teste acusa positivo, isso se deve à presença de gestação ou algumas patologias, como a doença trofoblástica gestacional.

A pílula do dia seguinte é eficaz quando usada até no máximo 72 horas após uma relação sexual desprotegida. Porém, como toda medicação, ela apresenta uma porcentagem de falha que pode variar de 2 a 3% dos casos. 

Como a pílula do dia seguinte não é abortiva, ela não impede a gravidez que já esteja efetivada.

Por todas essas condições, algumas mulheres que usaram pílula do dia seguinte podem engravidar e apresentar um teste de farmácia positivo.

A pílula do dia seguinte é uma medicação anticoncepcional de emergência. Caso você deseja utilizar métodos anticoncepcionais de longo prazo, procure um/a ginecologista, médico/a de família ou clínico geral para escolherem com você o método mais adequado no seu caso.

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Pílula do dia seguinte dose única pode falhar?

Referência:

FEBRASGO. Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.

Qual o exame que detecta se a mulher é estéril?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Os exames mais usados para detectar se a mulher é estéril são:

  • Dosagem hormonal: É feito durante determinados períodos do ciclo menstrual e serve para verificar se a mulher está ovulando, quando ela ocorre e qual é a qualidade da mesma;
  • Ultrassom transvaginal: Avalia os órgãos internos da mulher como útero, ovários e anexos genitais. O exame permite acompanhar a ovulação, detectar miomas e deformidades outros defeitos uterinas;
  • Histerossalpingografia: Serve para avaliar a permeabilidade e a anatomia das trompas;
  • Histeroscopia: Permite visualizar diretamente a cavidade uterina e estudar o endométrio (parede interna do útero).

Existem ainda outros exames que a mulher poderá fazer para saber se é estéril, dependendo do caso.

Leia também: Que exames devo fazer para saber se posso engravidar?

Os exames servem para avaliar todos os fatores que podem influenciar a fertilidade feminina, como anatomia, ovulação, hormônios, endometriose, sistema imunológico, genética e cromossomos. Na investigação das causas da infertilidade, o casal deve ser investigado em conjunto e não apenas a mulher.

Para maiores informações, consulte o/a médico/a ginecologista especialista em fertilidade.

Beta hcg deu um resultado e o seguinte deu um valor menor?
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

Redução de valores de Beta-HCG indicam que não estava grávida ou estava e perdeu o bebê (isso quando uma gestação é a causa do aumento do Beta-HCG, porque existem outras coisas além de gravidez que podem causar alterações nos níveis de Beta-HCG)

Uma semana antes de menstruar corre risco de engravidar?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O risco de engravidar uma semana antes de menstruar é pequeno, porém depende principalmente de como funciona o seu ciclo hormonal. Mulheres com ciclo menstrual regular, entre 28  e 30 dias, todos os meses, dificilmente engravidam nessa fase, pois a ovulação já ocorreu no meio do ciclo. Entretanto grande parte das mulheres apresentam ciclos irregulares em algum momento da vida, seja por fatores ambientais, emocionais, ou a necessidade de fazer uso de algum medicamento que interfira no sistema hormonal.

Portanto a única forma de realmente não correr o risco de engravidar, é fazendo uso de algum método contraceptivo, como uso de pílula anticoncepcional e ou preservativos.

O/a médico/a de família, clínico/a geral ou ginecologista poderá esclarecer melhor as suas dúvidas e indicar um método contraceptivo seguro.

Saiba mais em: 

Bebida Alcoólica corta o efeito da injeção anticoncepcional?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Não. O uso eventual de álcool não interfere no efeito do anticoncepcional seja ele em forma de comprimido ou injeção. Portanto, a proteção contra a gravidez permanece a mesma.

Apenas em casos de uso abusivo de álcool é que pode haver alguma interação, levando a uma maior demora na metabolização do álcool, o que pode fazer com que a mulher sinta-se embriagada mais rapidamente. Pode assim ocasionar um quadro de mal-estar e vômitos, típicos da intoxicação por álcool.

Em relação aos injetáveis não há tanto problema no que se refere aos vômitos, contudo, para as mulheres que fazem uso de anticoncepcionais orais, vomitar até 4 horas após a ingestão do comprimido pode fazer a pílula perder o efeito, se isto acontecer é importante tomar novamente o comprimido daquele dia. 

Leia também: Bebida alcoólica corta o efeito do anticoncepcional?

Os efeitos do álcool também podem levar ao esquecimento de tomar o anticoncepcional no horário certo se ele for em comprimido, com os anticoncepcionais injetáveis isso já não acontece.

Vale ainda lembrar que o uso de preservativo mesmo por mulheres que fazem uso de anticoncepcional é importante para evitar doenças sexualmente transmissíveis. Existe uma associação entre uso de álcool e maior frequência de relações sexuais desprotegidas, por isso, é importante atentar-se a isso.

Para saber quais outras substâncias interferem no anticoncepcional, veja:

5 Coisas que interferem no efeito do anticoncepcional

O que pode causar a sensação de "útero tremendo"?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

O útero é um músculo. Por isso, quando sentir que ele mexe ou treme, isso pode ser sinal de que ele está contraindo e relaxando.

Você pode sentir os movimentos quando:

  • O útero aumenta no início da gestação
  • Devido a movimentos do bebê no interior no útero — mas isso só acontece quando ele já está bem desenvolvido (a partir do terceiro ou quarto mês de gestação)
  • Durante o ciclo menstrual
  • Devido a movimentos em outros órgãos, como os intestinos e a bexiga.

Quando além de sentir o útero tremendo você sentir dor forte ou tiver um fluxo menstrual muito intenso, isso pode ser um sinal de algum problema de saúde. Identifique quando as contrações são normais e quando você precisa buscar ajuda.

Movimentos normais do útero

Os movimentos do útero são fundamentais para garantir a reprodução e na hora do parto.

Durante o ciclo menstrual

O útero tem contrações diferentes dependendo da fase do ciclo menstrual.

Na fase ovulatória, as contrações movimentam o útero para favorecer a entrada dos espermatozoides. São contrações que sentimos mais intensamente na região da vulva e da vagina, durante o ato sexual.

A quantidade e intensidade das contrações diminuem na fase final do ciclo menstrual, para não atrapalhar a fixação do embrião e favorecer a gravidez. Então, provavelmente você não vai sentir seu útero tremer se você estiver com a menstruação atrasada e estiver grávida. Pode sentir algo quando o útero começar a crescer.

Ao final do ciclo, quando não há gravidez, os movimentos uterinos favorecem a saída da menstruação. Às vezes é possível sentir estes movimentos. O movimento do intestino também colabora com a saída da menstruação.

Na gestação

Durante a gestação, é possível sentir o útero mexendo quando o bebê se move na barriga. Ao fim da gravidez, as fortes contrações do útero e a dilatação da abertura final (colo do útero) são os responsáveis pelo nascimento do bebê, no parto normal.

Doenças que alteram os movimentos do útero

Caso você sinta cólicas quando o útero treme ou tenha um fluxo menstrual muito intenso, procure um médico para verificar se está com algum problema.

Saiba os sintomas de algumas doenças associadas aos movimentos uterinos fora de padrão e quais podem dar a impressão de que o útero está tremendo:

Miomas

O mioma é a causa mais comum para as alterações dos padrões de contração uterina. Quem tem mioma pode sentir dor no contato íntimo ou nas relações sexuais, cólica menstrual e dor na parte baixa da barriga quando sente o útero tremer.

Nos casos sintomáticos, os tratamentos podem variar. Alguns exemplos são:

  • Tratamento com medicamentos
  • Tratamentos alternativos e complementares (exercício, dieta, ervas e acupuntura são alguns exemplos)
  • Cirurgias (retirada do mioma, embolização ou ablação do endométrio)
  • Cirurgia para retirada do útero

Os miomas são comuns em mulheres com dificuldade para engravidar. A infertilidade é atribuída ao fato de que os miomas alteram também o formato e a distribuição dos vasos sanguíneos no útero, além de alterarem como ele contrai.

Metade das mulheres com infertilidade sem causa aparente que fazem uma cirurgia para remoção do mioma conseguem engravidar. Por isso, a cirurgia é o tratamento comumente indicado nesses casos.

Quando ele não está causando problemas, pode ser monitorado através da realização periódica de ultrassons. Se o mioma não cresce e não causa sintomas, normalmente não requer nenhum tratamento.

Adenomiose

É um problema de saúde da mulher que geralmente tem como sintomas dor intensa e fluxo menstrual abundante, podendo causar infertilidade e abortamentos. Os movimentos do útero mais fortes, frequentes e fora do padrão normal e a inflamação são os principais fatores responsáveis por estas manifestações.

Se sente o útero tremendo e tem os sintomas descritos durante o período menstrual, procure um médico de família ou um ginecologista. Para a investigação, o médico pode pedir exames de sangue para dosagens hormonais e ultrassom.

Na adenomiose, a produção de um hormônio (prolactina) e o tamanho do útero podem estar aumentados. Algumas mulheres que têm a doença também têm endometriose.

O tratamento indicado pode incluir o uso de medicamentos anti-inflamatórios, hormônios e cirurgias.

Endometriose

A endometriose é uma doença causada quando as células da camada interna do útero estão presentes fora do útero. Ela causa limitação nas contrações uterinas, dor e infertilidade, entre outras coisas.

Quem tem endometriose pode ter problemas em outros órgãos (intestinos e ovários, por exemplo), devido ao processo inflamatório que causa fora do útero. Se você sente o útero tremer, é possível que não seja endometriose — a não ser que os movimentos do intestino sejam responsáveis por isso.

Quando se preocupar?

Quando os movimentos do útero não são normais, com contrações que diferem do padrão, isso pode vir acompanhado de fluxo menstrual intenso, cólicas na parte baixa da barriga e dor em outras regiões da barriga. Nesse caso, os sintomas podem estar associados com problemas de fertilidade, gravidez ectópica, abortos e endometriose.

Quando tiver esses sintomas, procure um médico de família ou ginecologista para saber qual é o problema e qual o tratamento indicado.

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Causas de barriga tremendo e quando devo me preocupar

Sinto minha barriga mexer: o que pode ser?

Referências

Zhai J, Vannuccini S, Petraglia F, Giudice LC. Adenomyosis: Mechanisms and Pathogenesis. Semin Reprod Med. 2020; 38(2-03): 129-143.

Bulletti C, De Ziegler D, Setti PL, ETTORE Cicinelli E, Polli V, Stefanetti M. Myomas, Pregnancy Outcome, and In Vitro Fertilization. Annals of the New York Academy of Sciences. 2004; 1034(1): 84-92.

Jacoby VL, Jacoby A, Learman LA, Schembri M, Gregorich SE, Jackson R, Kuppermann M. Use of medical, surgical and complementary treatments among women with fibroids. Eur J Obstet Gynecol Reprod Biol. 2014; 182: 220–225.

Harada T, Ohta I, Endo Y, Sunada H, Noma H, Taniguchi F. SR-16234, a Novel Selective Estrogen Receptor Modulator for Pain Symptoms with Endometriosis: An Open-label Clinical Trial. Yonago Acta Med. 2017; 60(4): 227–233.