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Quem tem HPV pode engravidar?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sim. Quem tem HPV pode engravidar. A presença do papiloma vírus humano (HPV) não impede que a mulher engravide.

O vírus HPV é responsável pela maioria dos casos de câncer do colo do útero. As lesões causadas pelo HPV têm tratamento e podem ser diagnosticadas pelo/a ginecologista, médico/a de família ou clínico/a geral.

A mulher com HPV pode não apresentar nenhum sintoma ou apresentar verrugas genitais ou anais que podem coçar, sangrar, causar aumento de sensibilidade na região e vir acompanhado de corrimento vaginal.

Essas verrugas podem ser tratadas sem repercussão na fertilidade da mulher. Sendo assim, não havendo outros problemas associados, a mulher seguirá apta a engravidar.

HPV oferece riscos na gravidez?

Mesmo durante a gravidez, o HPV não provoca malformações fetais e não afeta a saúde do feto. O risco de aborto espontâneo ou parto prematuro também não é maior nas grávidas portadoras de HPV. Contudo o feto pode ser infectado pelo vírus durante o parto.

Grande parte das crianças elimina o vírus do organismo rapidamente e, por isso, muitos não irão adquirir a doença. No entanto, há casos em que a infecção do recém-nascido pelo HPV pode trazer graves complicações.

A mais severa delas é papilomatose de laringe, que pode levar à morte por sufocamento. Porém, complicações como essa são muito raras, com uma média de 20 casos em cada 1 milhão de partos.

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Como tratar o HPV durante a gravidez?

O tratamento do HPV na gestação vai depender do tipo e do local da lesão, do risco da evolução para câncer de colo de útero, além do período em que se encontra a gravidez. 

No começo da gestação e dependendo do local, a verruga pode ser removida. Já nas últimas semanas de gravidez, a remoção da lesão fica comprometida, já que nessa fase da gestação a irrigação sanguínea na vulva está muito elevada, aumentando as chances de sangramentos durante o procedimento.

O procedimento cirúrgico utilizado para retirar as verrugas não traz riscos para a gravidez, já que não prejudica o feto nem interfere com a gestação.

Leia também:  HPV durante a gravidez: quais os riscos e como tratar?

Contudo, há casos em que a verruga é muito grande e pode trazer riscos para a gravidez. Por isso, muitas vezes o tratamento do HPV é feito pela mulher após o parto, pois a imunidade melhora e as lesões normalmente diminuem, o que melhora a resposta ao tratamento.

O bebê pode ser infectado pelo HPV na gravidez?

Durante a gestação o bebê não entra em contato com o vírus. Isso porque o HPV não circula pelo sangue como outros vírus, tais como o HIV, por exemplo. O HPV fica alojado no local (vagina, colo útero), impedindo assim o contato direto com o feto que está dento do útero.

Saiba mais em:  HPV: o que é e como se transmite?

Tenho HPV. Posso ter parto normal?

Sim, o fato da gestante ser portadora de HPV não impede o parto normal e não é uma indicação para cesariana. Nessa fase da gravidez, o HPV já pode estar presente no líquido amniótico, daí os riscos de contaminação podem ocorrer em ambas vias de parto.

Além disso, a cesariana também não garante que o bebê não seja infectado pelo vírus, nem reduz os riscos de complicações. Mesmo assim, as probabilidades do bebê desenvolver lesões após o nascimento nos dois tipos de parto são muito baixas. 

A cesariana é indicada apenas quando as lesões são muito extensas de tal forma que impedem a passagem do bebê pelo canal vaginal ou quando o risco de sangramentos graves é alto. 

Veja também: Quem deve tomar a vacina contra HPV?

Na presença de alguma lesão vaginal, procure algum/a profissional de saúde para melhor acompanhamento e orientação.

Saiba mais em:

Como tomar a vacina contra HPV?

Quais são os tratamentos para HPV? 

HPV tem cura definitiva?

Quais são os sintomas do HPV?

Quais os sintomas de cisto no ovário?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Os cistos no ovário geralmente não manifestam sintomas. Quando presentes, os sintomas mais comuns são a dor e o atraso no período menstrual.

A dor pode ter como causas o aumento do tamanho do cisto no ovário, sangramento, ruptura do cisto, torção do cisto ou das tubas uterinas.

A presença de cisto no ovário pode provocar ainda outros sinais e sintomas, como inchaço no abdômen, dificuldade para engravidar, dor durante ou após a menstruação, dor ao evacuar, dor pélvica pouco antes ou depois do início do período menstrual e dor durante as relações sexuais.

Em caso de dor pélvica súbita e forte, frequentemente acompanhada de náusea e vômito, pode ser um sinal de torção do suprimento sanguíneo do ovário ou de ruptura de um cisto, que provoca ainda sangramento interno.

O que é um cisto no ovário?

O cisto no ovário é uma bolsa cheia de líquido. Os cistos podem surgir em apenas um ovário ou em ambos. Contudo, na grande maioria dos casos, os cistos no ovário são benignos, já que não evoluem e não trazem complicações.

Qual é o tratamento para cisto no ovário?

O tratamento para cisto no ovário depende de diversos fatores, como a idade da mulher, o tamanho do cisto, o tipo de cisto, a presença de dor e ainda se há suspeita de malignidade. Contudo, na maior parte dos casos, o cisto pode se resolver sem nenhum tratamento.

Quando necessário, o tratamento pode incluir terapia hormonal ou cirurgia. Em casos de cistos malignos, o tratamento pode incluir ainda quimioterapia.

O diagnóstico do cisto é confirmado após a realização de ultrassonografia transvaginal.

Se você apresentar os sintomas citados, deverá procurar um médico de família ou ginecologista para uma avaliação. Em caso de forte dor pélvica, procure um serviço de pronto atendimento.

Quais os riscos de ter um cisto hemorrágico?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

O maior risco de ter um cisto hemorrágico no ovário é o cisto se romper e o sangue se espalhar para a cavidade abdominal, o que pode gerar uma forte dor abdominal.

Se o sangramento for muito intenso, é necessário fazer uma cirurgia por laparoscopia para remover o cisto e estancar a hemorragia.

No entanto, os sangramentos decorrentes do cisto geralmente cessam espontaneamente, por isso raramente os cistos hemorrágicos necessitam de intervenção cirúrgica.

O cisto hemorrágico é um cisto de ovário funcional, ou seja, faz parte da fisiologia natural da mulher e por isso não está relacionado com nenhuma doença nem oferece riscos à saúde.

Esses cistos benignos surgem durante a ovulação e geralmente não necessitam de tratamento, pois desaparecem espontaneamente dentro de 2 a 3 meses.

Quando necessário, o médico ginecologista pode prescrever um anticoncepcional hormonal, como a pílula, para inibir a formação de novos cistos hemorrágicos, além de acompanhar pela ultrassonografia o crescimento dos mesmos.

Leia também:

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Quando a mulher que está amamentando engravida, o leite seca?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Não, o leite não seca se a mulher engravidar enquanto estiver amamentado, caso a mulher deseje continuar amamentando o filho mesmo durante a gravidez não há problema algum. 

É frequente os bebês deixarem de mamar espontaneamente quando a mulher engravida, pois a produção do leite diminui em quantidade, o que pode desestimular a criança a continuar. Da mesma forma as mamas da mãe também ficam mais sensíveis o que também pode contribuir para o desmame.

Além disso, quando a criança mais nova nasce o leite muda o aspecto, forma-se novamente o colostro, o que pode fazer com que a criança mais velha também deixe de buscar a amentação.

Caso a mãe queira continuar amamentando as duas crianças ela pode continuar, mas é bem importante ficar atenta a hidratação e a alimentação por conta do corpo necessitar de um bom aporte energético e nutricional nessa circunstância. 

Atualmente já se sabe que a amamentação não estimula contrações uterinas fortes ou trabalho de parto prematuro, contudo alguns médicos ainda preferem contraindicar a amamentação em casos em que a gestante apresenta risco de abortamento ou parto prematuro por conta da produção dessas contrações.

Para maiores esclarecimentos sobre a amamentação durante a gestação, fale com o seu médico de família ou obstetra.

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Qual é o tratamento para pólipo endometrial?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

O tratamento para pólipo endometrial pode ser feito através de cirurgia, com a remoção do pólipo (polipectomia), ou por meio de terapia hormonal, com progestágenos.

O tipo de tratamento para os pólipos endometriais depende dos sintomas, da idade da mulher (idade fértil ou pós-menopausa) e ainda do uso de certos medicamentos, como hormônios.

Em muitos casos o médico pode optar por apenas fazer o acompanhamento do pólipo, sem a necessidade de começar um tratamento, principalmente quando não há sintomas associados. Isto porque muitos pólipos podem regredir espontaneamente no decorrer do tempo e não evoluir para tumores malignos.

Para pacientes que apresentam sintomas, a cirurgia costuma ser a primeira opção. O tratamento cirúrgico mais eficaz nesses casos consiste na retirada do pólipo por histeroscopia (polipectomia histeroscópica).

A histeroscopia permite ao médico visualizar a cavidade uterina através de um instrumento que tem uma câmera na extremidade, semelhante ao endoscópio usado para ver o interior do estômago.

Esse exame serve tanto para diagnosticar como para tratar o pólipo endometrial. Dependendo do tipo de pólipo, o médico pode removê-lo no momento da biópsia.

Saiba mais em: O que é histeroscopia?

Contudo, para pólipos endometriais pequenos (menos de 10 milímetros) e que não causam sintomas, o tratamento hormonal pode ser o escolhido. As chances do pólipo regredir nesses casos pode chegar aos 25%.

Vale lembrar que a remoção cirúrgica do pólipo endometrial nem sempre cura a doença definitivamente, já que a recorrência de pólipos é frequentemente observada.

Apesar dos pólipos endometriais serem normalmente benignos, existe a possibilidade de haver células cancerígenas dentro deles. Contudo, o risco é baixo e menos de 1% dos casos de pólipo resultam em câncer de endométrio.

Veja também: Pólipo endometrial pode virar câncer?

O pólipo endometrial é um crescimento anormal de tecido no endométrio, a camada interna do útero. Ocorre principalmente em mulheres entre 30 e 50 anos de idade e o seu principal sintoma é o sangramento uterino anormal, embora grande parte dos casos seja assintomática.

O médico ginecologista é o especialista responsável pelo diagnóstico e tratamento dos pólipos endometriais.

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Teste de farmácia pode dar resultado errado?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sim. Teste de farmácia pode dar resultado errado.

Isso ocorre principalmente quando a mulher faz o teste antes do período que é possível detectar beta HCG na urina. Ou quando ela não segue todos os passos corretamente do teste, usando recipiente mal lavado ou não aguardando o tempo correto para a leitura.

O teste de farmácia detecta níveis de HCG presente na urina apenas a partir de 1 semana após a concepção. Por isso, é recomendável fazer somente após 1 semana de atraso menstrual.

Se há suspeita de gravidez e o teste de farmácia deu resultado duvidoso, a mulher pode aguardar alguns dias para repetir ou procurar uma Unidade de Saúde para realização do exame Beta HCG na urina ou no sangue.

Para saber mais sobre o teste de gravidez de farmácia, leia:

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Referência

Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia - FEBRASGO

O que é endometriose profunda e quais os sintomas?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Endometriose profunda é uma forma grave de endometriose, que caracteriza-se pela presença de tecido endometriótico (lesões) com mais de 5 mm de profundidade. Essas lesões de endometriose profunda normalmente surgem na forma de nódulos e são ricas em fibrose, um tecido conjuntivo endurecido semelhante a uma cicatriz.

Endometriose é a presença de tecido uterino (endométrio) em outro local que não seja o útero. O endométrio é a camada mais interna do útero, que sangra durante a menstruação. Por isso, se não estiver no útero durante o período menstrual, esse tecido irá provocar dor ou alterações no local onde estiver.

Tecido com Endometriose

A endometriose profunda pode acometer qualquer órgão da pelve, sobretudo os ligamentos uterinos, intestino, reto, vagina, bexiga e ureteres.

Quais são os sintomas da endometriose profunda?

Os principais sintomas da endometriose profunda incluem cólicas menstruais (dismenorreia), dor durante a relação sexual (dispareunia), dor pélvica, ciclos menstruais irregulares, dor à mobilização do colo do útero durante o exame ginecológico e diarreia durante o período menstrual.

Quando a doença atinge os ovários pode provocar o desenvolvimento de endometrioma, um cisto ovariano preenchido com sangue escuro envelhecido e tecido endometrial.

Leia também: O que é endometrioma?

A presença de endometrioma pode ser um indicador de gravidade da endometriose profunda, uma vez que o número médio de lesões de endometriose profunda é maior em mulheres com endometrioma.

A endometriose profunda não tem cura, mas possui tratamentos que melhoram a qualidade de vida da paciente.

Saiba mais em: Como é a cirurgia de endometriose?

O diagnóstico e tratamento da endometriose é da responsabilidade do médico ginecologista.

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Candidíase na gravidez é perigoso?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sim. Candidíase na gravidez pode ser perigoso, se não for devidamente tratada, devido ao risco de prematuridade, baixo peso do bebê e infecções congênitas.

Se for infectado pelo fungo causador da infecção (Candida albicans), o recém-nascido pode manifestar a candidíase de duas formas: na boca ou na pele.

Há ainda o risco da infecção se propagar pelos pulmões da criança, o que pode ocorrer durante o parto normal e pela ingestão de material vaginal infectado. Se infectar os olhos, o fungo pode prejudicar a visão e provocar cegueira.

Candida albicans, fungo causador da Candidíase

Uma complicação grave da candidíase no bebê é a meningite provocada pela Candida, que pode deixar sequelas e tem uma alta taxa de mortalidade.

Outras doenças e complicações decorrentes da infecção por Cândida em recém-nascidos incluem pneumonia, endocardite e peritonite, com severas consequências para a criança.

Quais as causas da candidíase na gravidez?

A candidíase vaginal pode surgir na gravidez de duas formas: a mulher já tinha a doença antes de engravidar ou as próprias mudanças no organismo durante a gestação favorecem o desenvolvimento da candidíase.

Saiba mais em: Candidíase impede a mulher de engravidar?

Durante a gravidez, as diversas alterações hormonais que ocorrem no corpo da mulher agravam a candidíase. Embora não seja uma situação propriamente perigosa, o tratamento pode reduzir o risco de parto prematuro ou abortos tardios.

Além disso, é importante tratar a candidíase vaginal antes de engravidar ou mesmo na gravidez, para evitar a contaminação do bebê no útero materno ou durante o nascimento.

Como tratar a candidíase na gravidez?

O tratamento da candidíase durante a gravidez é feito com aplicação de pomadas ou óvulos intravaginais, os medicamentos antifúngicos orais são pouco indicados, pelos riscos de malformação. Cada caso deve ser avaliado pelo médico/a assistente. Mesmo assim a infecção pode voltar a aparecer durante a gestação.

Como prevenir a candidíase na gravidez?

A prevenção da candidíase vaginal antes ou durante a gestação pode ser feita através de alguns cuidados e medidas, como uso de calcinhas de algodão, uso preferencial de saias, evitar calças apertadas, roupas úmidas ou protetores de calcinha perfumados e procurar dormir sem calcinha.

Candidíase na gravidez é comum? Quais os sintomas?

Candidíase vaginal ou monilíase é um problema muito comum na gravidez. Trata-se de uma infecção causada por um fungo chamado Candida albicans, presente no organismo, na própria vagina, no ânus e na boca, sem normalmente causar nenhum problema para essas regiões.

Porém, existem situações em que há uma multiplicação anormal da Candida, levando a sintomas como, corrimento vaginal esbranquiçado, coceira, dor na relação sexual, ardência ao urinar, vermelhidão e irritação na região da vagina e ânus.

Para maiores informações, consulte o seu médico de família, ginecologista ou obstetra.

Saiba mais em:

Candidíase vaginal: tratamentos com medicamentos e remédios caseiros

O que é candidíase?

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