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Quantos dias é normal ficar sem menstruar?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Ficar sem menstruar por 45 dias não é normal. O considerado normal é menstruar 1 vez a cada ciclo, que variam normalmente de 21 a 35 dias (média de 28 dias). Ainda, com o fluxo menstrual durando entre dois a seis dias e com um volume de sangue entre 20 a 60 ml.

Os ciclos maiores do que 35 dias são divididos em:

  • Atraso menstrual - atraso de mais de 35 dias, porém menores do que o equivalente a 3 ciclos menstruais ou 6 meses (para mulheres com ciclos irregulares);
  • Amenorreia - quando duram mais do que 3 ciclos e ou mais do que 6 meses consecutivos (para mulheres com ciclos irregulares).

Ambos os casos necessitam de uma investigação médica, com ginecologista.

Atraso menstrual

O atraso menstrual se caracteriza pela demora em iniciar novo ciclo, maior do que 35 dias e menor do que 3 ciclos (para mulheres com ciclos menstruais prévios regulares), ou até 6 meses, (para as mulheres com ciclos menstruais prévios irregulares).

As causas mais comuns na nossa população são: a gestação, menopausa, amamentação, uso de medicamentos (por exemplo, certos antidepressivos), distúrbios hormonais, transtornos alimentares, atividade física em excesso, até mesmo ansiedade e estresse emocional.

Amenorreia

A amenorreia pode ser considerada primária ou secundária. Primária quando nunca houve um primeiro ciclo menstrual até os 14 anos, associado a ausência do desenvolvimento de carcateres sexuais femininos, ou até os 16 anos, mesmo que com o desenvolvimentos das caracterísitcas sexuais normais. E secundária quando havia ciclos menstruais normais e passou a apresentar o atraso.

Causas de amenorreia primária

As causas mais comuns para amenorreia primaria são: Distúrbios genéticos (46XX, 46 XY, 45X), Agenesia mülleriana, Hímen imperfurada, Doença de Cushing, Doenças da tireoide, Atraso constitucional, Síndrome do ovário policístico, entre outros.

Causas de amenorreia secundária

As causas mais comuns na amenorreia secundária são: Exercícios em excesso, Transtornos alimentares, estresse, Doença de Cushing, Doenças da tireoide, Síndrome do ovário policístico, Hipotireoidismo, Doenças que elevem os níveis de prolactina (tumor de hipófise) e tumores ovarianos.

Ciclo menstrual normal

Durante cada ciclo menstrual, existem duas etapas no organismo da mulher, que são reguladas por uma série de hormônios. A primeira etapa é chamada: Maturação folicular, quando os ovários selecionam um óvulo e começam a preparará-lo para fecundação. A segunda etapa é a preparação do útero para receber o óvulo fecundado, caso tenha acontecido a fecundação por um espermatozoide.

Quando não acontece a fecundação, os níveis de hormônios diminuem e a camada de sangue formada no útero sofre uma descamação, ocasionando a eliminação do sangue pela vagina. A esse sangramento damos o nome de menstruação. E tudo isso acontece no período de 21 a 35 dias.

Portanto, quando esse tempo se torna maior do que 35 dias, é considerado um atraso menstrual.

Sendo assim, nos casos de atrasos menstruais acima de 35 dias, recomendamos procurar seu médico de família, clínico geral, ou ginecologista para uma avaliação direcionada e tratamento ou orientações adequadas.

Leia também: Minha menstruação está atrasada. Tenho que esperar descer para voltar a tomar o anticoncepcional?

Dor no útero: 7 causas mais comuns e o que fazer
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A dor no útero pode ter diversas causas e as mais comuns são a inflamação no útero, cólica menstrual, gravidez ectópica, endometriose, miomas e câncer de útero.

O tratamento deve ser feito de acordo com a causa da dor uterina e pode envolver desde o uso de bolsa de água quente para aliviar as cólicas menstruais, até o uso de analgésicos para dor e administração anti-inflamatórios e antibióticos, no caso e inflamações e infecções. Em algumas situações podem ainda ser necessárias cirurgias para retiras miomas ou tumores.

Para definir o melhor tratamento é importante consultar o médico ginecologista.

1. Inflamação no útero

A inflamação no útero é uma condição que acomete os tecidos que formam o útero. Os sintomas incluem dor região inferior da barriga, sangramento e dor durante ou após o ato sexual, sangramento fora do período menstrual, dor ao urinar, presença de corrimento amarelo, cinza ou marrom e sensação de inchaço na barriga.

Quando acontece uma infecção dor órgão reprodutores femininos (tubas uterinas, ovários e colo do útero, chamamos de doença inflamatória pélvica.

As inflamações podem ser causadas pela bactéria (Candida sp.), infecções sexualmente transmissíveis por bactérias como Chlamydia sp. ou Neisseria gonorrhoeae, irritações químicas ou físicas, lesões ou alergias. Quando a inflamação afeta o colo do útero é chamada de cervicite.

2. Cólica menstrual

A cólica menstrual é caracterizada por dor em cólicas no útero que pode irradiar para a região lombar e pernas durante o período menstrual. Geralmente, é uma dor aguda e intermitente (dor que vai e volta).

A dor pélvica provocada pela cólica menstrual pode ser amenizada com uso de analgésicos e compressa de água quente no baixo ventre.

3. Gravidez ectópica

A gravidez ectópica ocorre quando o óvulo fecundado se fixa em local anormal, ou seja, quando a implantação acontece fora do útero. Neste caso, o óvulo pode implantar-se nas tubas uterinas, em um dos ovários, abdome ou cérvix.

Os sintomas da gravidez ectópica incluem sangramento vaginal ou manchas de sangue que podem vir acompanhados de cólica ou dor no baixo ventre. No entanto, algumas mulheres somente apresentam sintomas quando a estrutura que contém a gravidez ectópica se rompe.

O feto não consegue sobreviver em uma gravidez ectópica. Além disso, é uma situação de risco para a vida da mulher devido ao intenso sangramento. Por este motivo, é importante que você busque uma emergência hospitalar para realização de tratamento cirúrgico.

4. Miomas

Os miomas são tumores benignos localizados no útero e formados por tecido muscular e fibroso. Os sintomas dependem da quantidade de miomas, do seu tamanho e da sua localização dentro do útero. A mulher pode sentir dor uterina, sangramento vaginal anormal, prisão de ventre, vontade de urinar frequentemente e com urgência e história de repetidos abortos espontâneos.

O tratamento somente é efetuado quando o mioma provoca problemas como dor intensa e sangramentos frequentes. Nestas situações, o ginecologista pode prescrever medicamentos para aliviar os sintomas. Quando os medicamentos não fazem efeito, pode ser indicado remover o mioma cirurgicamente.

5. Endometriose

Endometriose é o crescimento do tecido endometrial (tecido de revestimento do interior do útero) para fora da cavidade uterina. É caracterizada por dor antes e durante a menstruação e durante a relação sexual, entretanto, algumas mulheres não apresentam sintomas.

O tratamento envolve o uso de medicamentos para alívio da dor no útero e no baixo ventre e para retardar o crescimento do inadequado do tecido do endométrio. Em alguns casos, é necessário um procedimento cirúrgico para retirar o tecido endometrial que está fora do útero.

6. Adenomiose

Adenomiose uterina é a presença de células do endométrio (camada interna do útero) na musculatura uterina (miométrio). São sintomas comuns da adenomiose a dor crônica no útero, sangramento menstrual intenso e anemia.

Para tratar a anemia podem ser usadas as pílulas anticoncepcionais ou implantação do DIU. Entretanto, quando estas opções não funcionam, pode ser recomendada a cirurgia para retirada do útero (histerectomia).

7. Câncer de colo de útero

O câncer de colo de útero é um tumor que se forma a partir de alterações que ocorrem no colo do útero, localizado no fundo da vagina. Estas alterações podem ser tratadas e curadas quando descobertas rapidamente.

Entretanto, na medida em que a doença avança a mulher pode apresentar sinais como dor no útero, corrimento e/ou sangramento vaginal.

Estou sentindo dor no útero, o que posso fazer?

O tratamento da dor no útero vai depender da sua causa e pode envolver o uso de analgésicos, anti-inflamatórios, antibióticos ou mesmo, procedimentos cirúrgicos.

Deste modo, se você sentir dor no útero, é importante que você busque o médico de família ou ginecologista.

Dor no útero, fiquei atento a alguns sinais de alerta

Alguns sintomas são sinais de alerta para situações mais graves que podem trazer risco à vida:

  • Sangramento vaginal anormal fora do período menstrual com duração de mais de 7 dias,
  • Sangramento vaginal intenso,
  • Dor intensa no útero,
  • Febre,
  • Tonturas e
  • Desmaios.

Na presença destes sintomas você deve procurar rapidamente um hospital para avaliação e tratamento de emergência.

Para saber mais sobre dor no útero, você pode ler:

Dor pélvica na mulher, o que pode ser?

Quais os sintomas de inflamação no útero?

Dor no pé da barriga pode ser gravidez?

Dor no pé da barriga: o que pode ser?

Referências

FEBRASGO. Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.

Primo, W.Q.S.P.; Corrêa, F.J.S.; Brasileiro, J.P.B. Manual de Ginecologia da Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia de Brasília. SBGO, 2017.

O que é útero retrovertido (rvf) e quais os sintomas?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Útero retrovertido (ou útero rvf) é um útero que está fletido para trás, para a região posterior do corpo. Trata-se da posição anatômica do útero na pelve, sendo portanto uma condição considerada normal.

O útero retrovertido passa a ser considerado patológico quando a fixação do útero nessa posição ocorre devido a um processo inflamatório ou a uma infecção genital.

Nesses casos, a retroversão uterina pode ser decorrente de aderências resultantes desses processos inflamatórios ou infecciosos.  E essas aderências podem obstruir as trompas e o funcionamento normal do útero, podendo dificultar uma gravidez.

Quais os sintomas do útero retrovertido?

O útero retrovertido nem sempre manifesta sintomas. Quando estão presentes, podem incluir:

  • Dor durante a relação sexual;
  • Cólicas menstruais intensas;
  • Dor ao evacuar e urinar;
  • Dor pélvica;
  • Dor na coluna lombar.

O útero retrovertido ocorre em cerca de 25% a 30% das mulheres sem causar problemas ou sintomas. Muitas vezes a retroversoflexão do útero é diagnosticada em exames ginecológicos de rotina, durante o ultrassom.

Fale com o seu médico ginecologista se manifestar algum dos sintomas apresentados.

Leia também:

Quem tem útero retrovertido pode engravidar?

Útero retrovertido tem cura?

O que significa ter o útero em anteversoflexão?

Qual a diferença entre adenomiose e endometriose?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A diferença entre adenomiose e endometriose é que a adenomiose caracteriza-se pela invasão do endométrio (tecido que reveste a parte mais interna do útero) no miométrio (parte muscular do útero, enquanto que na endometriose o endométrio cresce fora da cavidade uterina.

A endometriose é a presença de endométrio em outros locais que não o útero, tais como ovários, peritônio (tecido que recobre os órgãos), intestino, ligamentos localizados atrás do útero, região atrás do colo uterino.

Na adenomiose o tecido endometrial cresce por dentro da parede uterina (miométrio), desenvolvendo também glândulas do endométrio na mesmo local.

Portanto, adenomiose e endometriose não são a mesma coisa. As doenças são diferentes, apesar de ambas serem dependentes do hormônio estrogênio, o que significa que quanto maior é a exposição ao estrogênio, maior é o crescimento da doença.

Leia também: O que é endometriose?; O que é adenomiose e quais os sintomas?

Outra semelhança entre adenomiose e endometriose, é que as duas estão relacionadas com infertilidade. Sabe-se que a endometriose está presente em até 50% das mulheres inférteis e a adenomiose em até 14% dos casos.

A endometriose pode surgir junto com a adenomiose, o que eleva ainda mais os riscos de infertilidade.

Por outro lado, a adenomiose acomete com mais frequência mulheres que já engravidaram ou que já foram submetidas a curetagem, miomectomia ou parto cesárea, ao contrário do que ocorre com a endometriose.

Tanto na endometriose como na adenomiose, o objetivo do tratamento é combater o endométrio que está presente onde não deveria estar. O tratamento pode incluir medicamentos hormonais e não hormonais, além de cirurgias.

Também pode lhe interessar: Endometriose pode virar câncer?

O médico ginecologista é o responsável pelo diagnóstico e tratamento da adenomiose e endometriose.

O que fazer quando a progesterona está baixa?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Quando a progesterona está baixa pode ser necessário fazer uma terapia de reposição hormonal. O tratamento pode ser feito com baixas doses de progesterona sintética, por via oral ou através de adesivo, gel ou creme (via transdérmica).

A aplicação de progesterona pela via transdérmica é mais vantajosa que pela via oral, uma vez que a progesterona é absorvida de forma mais rápida e eficaz pela camada de gordura que fica logo abaixo da pele, entrando a seguir diretamente na corrente sanguínea.

Quando administrada por via oral, grande parte da progesterona é perdida durante o seu processamento no fígado, sendo também produzidos inúmeros compostos indesejáveis nesse processo.

Entre 35 e 50 anos, a mulher apresenta uma redução de 75% nos seus níveis de progesterona, que cai progressiva e continuamente até a menopausa, quando o hormônio praticamente desaparece.

Existem também alimentos que auxiliam na produção natural de progesterona:

  • Alimentos com alto teor proteico, como as carnes, ovos, feijão e sementes;
  • Aumentar o consumo de frutas, vegetais e legumes;
  • Alimentos ricos em vitaminas B6 e C, como os peixes, salmão, laranja e acerola.
Qual a função da progesterona?
  • Protege contra o seio fibrocístico;
  • Favorece o uso da gordura como fonte de energia;
  • Facilita a ação dos hormônios da tireoide;
  • Normaliza a coagulação sanguínea;
  • Restaura a libido;
  • Normaliza os níveis de zinco e cobre;
  • Evita o câncer de endométrio (revestimento interno do útero);
  • Ajuda a prevenir o câncer da mama;
  • Estimula a construção óssea;
  • Normaliza a elasticidade dos vasos sanguíneos;
  • Necessário para a sobrevivência do embrião.

Veja também: função da progesterona na gravidez

Contudo, a terapia de reposição hormonal exige uma abordagem individualizada, que deve levar em consideração exames clínicos e o histórico pessoal e familiar da mulher.

Além disso, o acompanhamento de um médico endocrinologista deve ser regular, pois já se sabe que o uso de hormônios pode aumentar os riscos de alguns tipos de câncer e doenças cardiovasculares.

Saiba mais sobre: efeitos colaterais da reposição hormonal

O que é hiperplasia endometrial? Quais são os sintomas?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Hiperplasia endometrial é o espessamento do tecido que reveste a camada interna do útero (endométrio). A hiperplasia endometrial ocorre pelo aumento do número de glândulas do endométrio. Essa proliferação glandular é estimulada pela ação prolongada do hormônio estrógeno sem oposição da progesterona.

O principal sintoma da hiperplasia endometrial é o sangramento uterino anormal, que pode se manifestar sob a forma de menorragia (aumento excessivo do fluxo menstrual), metrorragia (sangramento fora do período menstrual) ou sangramentos pós-menopausa. 

As hiperplasias endometriais podem ser classificadas como simples ou complexas, com ou sem atipias. As hiperplasias complexas com atipias podem estar relacionadas com o desenvolvimento de câncer de endométrio. Sabe-se que quanto mais atípica for a hiperplasia, mais chance ela tem de evoluir para câncer.

Apesar da associação com o câncer de endométrio, a hiperplasia endometrial por si só é uma condição benigna. Trata-se de uma resposta natural do endométrio ao estímulo estrogênico.

Porém, quando esse estímulo está aumentado e não é compensado pela ação oposta da progesterona, ocorre um crescimento exagerado do endométrio devido à proliferação das glândulas endometriais.

Portanto, a hiperplasia endometrial é causada pela exposição excessiva e prolongada ao hormônio estrógeno, o que pode ocorrer na perimenopausa, na ausência de ovulação, na síndrome dos ovários policísticos, na terapia de reposição hormonal exclusiva com estrógeno ou ainda em casos de tumor de ovário.

O tratamento da hiperplasia endometrial depende do tipo de hiperplasia e da gravidade do caso, podendo incluir curetagem, medicamentos ou cirurgia para retirar o útero.

O médico ginecologista é o responsável pelo diagnóstico e tratamento da hiperplasia do endométrio.

Saiba mais em:

Pólipo endometrial causa dor? Quais são os sintomas?

Como é o tratamento para hiperplasia endometrial?

Testes de gravidez caseiros funcionam mesmo?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O teste de farmácia é o único teste caseiro confiável.

Outros métodos utilizados como o teste com água sanitária, pasta de dente, sal, vinagre e fervura da urina, entre outros, são testes sem base científica e com medidas subjetivas, por isso não são considerados confiáveis.

Os testes de gravidez pesquisam a presença do hormônio beta HCG, presente apenas durante uma gravidez. O hormônio pode ser identificado na urina ou no sangue.

1. Teste da água sanitária ❌

O teste consiste em colocar em um recipiente urina e água sanitária. Se borbulhar ou formar espuma ...

Não funciona! Problema específico do teste: a urina é composta por ureia e quantidades variáveis de amônia. A reação destas substâncias ao contato com o hiplocloridrito de sódio (água sanitária), poderá provocar a produção de gás clorídrico. É a presença deste gás que forma as bolhas que se observa no teste. Esta reação não tem nenhuma relação com a presença do HCG na urina. Inclusive, as borbulhas já foram detectadas em mulheres grávidas, não grávidas e até mesmo em homens. Portanto, é um teste que não detecta gravidez.

2. Teste do vinagre ❌

Teste consiste em misturar, em um recipiente, urina e vinagre. Se esta mistura mudar de cor...

Não funciona! Problema específico do teste: urina e vinagre são soluções ácidas, portanto não ocorrerá na mistura nenhuma reação. Isto não é conclusivo como teste de gravidez.

3. Teste de fervura da urina ❌

Teste consiste em colocar a urina para ferver em uma panela de alumínio. Se ao ferver, a urina apresentar aspecto...

Não funciona! Problema específico do teste: A concentração da urina interfere no resultado deste teste. Se a urina estiver concentrada as substâncias presentes atingirão, durante a fervura, diferentes temperaturas. É isto que faz com que se pareça com nata. Se por outro lado, a urina estiver diluída, ou seja, tiver maior concentração de água, ferverá parecido com água.

4. Teste da agulha ❌

Teste que consiste em colocar uma agulha nova em um copo plástico e depois adicionar urina. Aguarde 8 horas. Após este período...

Não funciona! Problema específico do teste: A concentração da urina influencia no resultado do teste. Se estiver mais concentrada, a agulha muda de cor mais rapidamente. Bastam algumas horas apenas para que isto aconteça.

5. Teste do cotonete ❌ ⚠️

Teste que consiste na introdução de um cotonete limpo no canal vaginal até que ele encoste no colo do útero. O objetivo e verificar se há na secreção colhida...

Não funciona e é perigoso! Problema específico do teste: ao tocar o colo do útero, o cotonete pode causar ferimentos ou infecção local, extremamente perigoso e pode causar até infertilidade na mulher.

Além disso, pode ter no cotonete não somente a secreção do colo uterino, como também secreção do canal vaginal.

6. Teste com pasta de dente ❌

Teste que consiste em reservar um pouco de urina em um copo plástico e adicionar à urina um pouco de creme dental branco. Se a mistura apresentar...

Não funciona! Problema específico do teste: por não saber as substâncias presentes da pasta de dente e por sofrer alterações em função da concentração da urina, não é um teste confiável.

7. Teste com sal ❌

Teste que consiste em coletar um pouco de urina e adicionar pitadas de sal. Se apresentar um aspecto de...

Não funciona! Problema específico do teste: o sal em contato com a urina pode causar precipitação de proteínas, que na gravidez estão em maior número, mas também varia em função da concentração da urina, por isso não é um teste confiável.

8. Teste da coca-cola ❌

Teste consiste em colocar uma amostra de urina em um copo americano de coca-cola. Se ocorrer a formação...

Não funciona! Problema específico do teste: urina e coca-cola são dois líquidos ácidos e, junto com o gás da coca-cola, o efeito de borbulhas é potencializado.

9. Teste de farmácia ✅

Entre os testes de gravidez que podem ser feitos em casa, o teste de farmácia é o único capaz de detectar a presença do beta HCG, hormônio específico da gravidez.

Apesar de ser bastante fidedigno, recomenda-se utilizar um teste de farmácia para a detecção da gravidez após um atraso de 8 a 15 dias da menstruação. Isto possibilita que uma maior concentração de hormônio na urina e torna mais eficaz o resultado do exame.

Resultado Negativo: verifica-se a presença de apenas um tracinho. Resultados Positivos: observa-se a presença de dois tracinhos; mesmo se um deles for em cor mais clara.

Quando feito antes do atraso menstrual, o deste poderá apresentar um resultado falso-negativo, pois a baixa concentração de beta HCG na urina ainda não é suficiente para reagir com as substâncias presentes no exame.

Os testes de farmácia não são todos iguais. Alguns deles são mais sensíveis e, por isto, capazes de identificar a gestação no primeiro dia de atraso menstrual. Cada fabricante orienta os procedimentos para o uso do teste. Portanto, antes de fazer leia as instruções e dê preferência à primeira urina da manhã, uma vez que esta concentra uma quantidade mais elevada de beta HCG.

Veja mais: teste de farmácia de gravidez é confiável?

Por que os testes caseiros de gravidez não são eficazes?

Com a exceção do teste de farmácia, nenhum dos testes caseiros de gravidez funcionam e nem tampouco são eficazes por alguns motivos:

  • Nenhum dos testes é capaz de detectar a presença do beta HCG na urina;
  • Nestes testes caseiros os recipientes usados são inadequados, pois não passam por nenhum tipo de esterilização. As mulheres comumente utilizam copos de vidro, de plástico, cerâmica ou acrílico, materiais que alteram a composição do conteúdo.
  • Qualquer pequena alteração na concentração da urina ou de um reagente, podem alterar completamente o resultado de um teste.
  • Nos testes caseiros não há concordância entre as quantidades de urina e, por exemplo, a quantidade de água sanitária. Para afirmar que estes testes, de fato, funcionam, as pessoas precisam saber a dosagem correta para a água sanitária ou para outras substância e para a urina no frasco. Além disso os regentes deveriam ser capazes de identificar a presença de beta HCG.
  • No início da gravidez, as características da urina das mulheres grávidas são praticamente as mesmas da urina de uma mulher não grávida. A diferença está na presença e concentração do hormônio HCG, que é bastante baixa nos primeiros dias. Mesmo se estes testes tivessem alguma base científica, dificilmente eles seriam capazes de detectar concentrações tão baixas de hormônio.

Para detecção da gravidez, as únicas alternativas seguras e confiáveis são o exame de urina efetuado por testes de farmácia e o exame de sangue. Ambos são capazes de detectar a presença do hormônio beta HCG. Entres estes dois testes, o exame de sangue é ainda mais eficaz.

Após a detecção da gravidez, procure um(a) ginecologista para iniciar o pré-natal.

Leia mais:

Depois dos 30 anos é mais difícil engravidar?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Sim, depois dos 30 anos, começa a ficar mais difícil engravidar, sobretudo a partir dos 35 anos devido à diminuição do número e da qualidade dos óvulos.

Isso acontece porque as mulheres nascem com um limite para o número de óvulos que vão produzir ao longo da vida. Esse número vai diminuindo progressivamente, conforme o tempo vai passando e os óvulos vão sendo liberados. A diminuição da reserva ovarina torna-se ainda maior após os 35 anos de idade.

Este processo ocorre até a mulher entrar na menopausa, cuja idade média de ocorrência é de 50 anos. Embora, muitas mulheres possam entrar na menopausa antes.

Por isso, quanto mais avançada é a idade da mulher também maior é a dificuldade de uma gravidez natural.  Por exemplo, as mulheres na faixa etária dos 25 aos 30 possuem cerca de 85% de chance de gravidez em 1 ano, já na faixa etária entre os 35 e 40 anos essa porcentagem cai para 50%

Por isso costuma-se dizer que a idade ideal para engravidar é até os 35 anos, pois a fertilidade da mulher ainda não regrediu com a idade e o risco de malformações também é menor.

Caso deseje engravidar consulte o seu médico de família ou ginecologista para mais orientações;

Leia também:

Até que idade uma mulher pode engravidar?

Qual a idade ideal para engravidar?