A curetagem é uma raspagem da parte interna do útero, feita por via vaginal e sob anestesia geral ou raquidiana, em ambiente hospitalar. No procedimento, realizado pelo/a ginecologista, a cavidade do útero é raspada cuidadosamente com um instrumento cirúrgico parecido com uma colher, chamado cureta, e o material é enviado para análise.
Para que o/a médico/a tenha acesso à cavidade uterina, é preciso que o colo do útero esteja dilatado. Se não houver uma dilatação espontânea, frequente nos casos de abortamento em curso, o colo uterino deve ser dilatado por meio de instrumentos ou medicamentos.
A curetagem uterina é indicada para esvaziamento uterino nos casos de abortos retidos ou incompletos, investigação e tratamento de sangramento anormal do útero e obtenção de amostras para diagnóstico.
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Em geral, a mulher pode voltar para casa cerca de 6 horas após a curetagem. Devido à anestesia, a alimentação no dia do procedimento deve ser leve. Na ausência de complicações, o período de repouso varia entre 24 e 72 horas e a mulher já pode retomar as suas atividades.
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Endometriose intestinal é o crescimento de tecido do endométrio (camada mais interna do útero) no intestino. Trata-se de um tipo de endometriose profunda, uma forma grave de endometriose que caracteriza-se pela presença de lesões com mais de 5 mm de profundidade.
As lesões da endometriose intestinal normalmente aparecem na forma de nódulos e possuem muita fibrose, um tecido conjuntivo endurecido semelhante a uma cicatriz.
Os principais sintomas da endometriose intestinal são: dor ao evacuar ou sangramento intestinal durante a menstruação. Esses são os sinais e sintomas típicos da endometriose intestinal. Além deles, a mulher também pode apresentar:
- Cólicas menstruais (dismenorreia);
- Dor durante a relação sexual (dispareunia);
- Dor pélvica;
- Ciclos menstruais irregulares;
- Diarreia durante o período menstrual.
O tratamento da endometriose intestinal pode ser feito com medicamentos hormonais ou cirurgia. A medicação não é capaz de curar a doença, mas pode ser eficaz para controlar a dor. Contudo, mesmo sem apresentar sintomas, a endometriose pode evoluir.
Casos mais graves de endometriose intestinal, em que há diminuição do calibre do intestino, precisam obrigatoriamente de tratamento cirúrgico. A cirurgia também é indicada quando o tratamento hormonal não é satisfatório.
A cirurgia é feita por videolaparoscopia e remove por completo as lesões intestinais. O tratamento cirúrgico é muito eficaz no controle da dor e a taxa de complicações é baixa, melhorando significativamente a qualidade de vida das mulheres.
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O médico ginecologista é o especialista responsável pelo diagnóstico e tratamento da endometriose intestinal.
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Sentir uma bola na vagina normalmente se deve ao que é popularmente chamado de “bexiga caída”. O nome médico para o problema é prolapso genital. O que causa isso é a perda de sustentação dos órgãos da parte baixa da barriga, que passam a fazer peso sobre o útero. Isso faz com que o útero e a vagina sejam empurrados para fora, criando a sensação de “bola”.
Outros sintomas que podem estar presentes são:
- Sensação de peso no pé da barriga;
- Dor ou perda de sensações durante as relações sexuais;
- Incontinência e outros sintomas urinários;
- Dificuldades para defecar.
A obesidade é um fator que contribui para sentir a bola na vagina, assim como fazer esforços (inclusive para quem tem tosse ou intestino preso). Outros fatores também aumentam o risco de ter o prolapso:
- Ter filhos (quanto mais filhos, maior o risco),
- Ter dado à luz bebês muito grandes e pesados;
- Trabalho de parto difícil;
- Idade (o risco aumenta com o envelhecimento);
- Histerectomia (retirada cirúrgica do útero);
- Já ter realizado uma cirurgia para corrigir o prolapso genital.
Reduzir o peso e tratar doenças respiratórias pode fazer com que deixe de sentir a bola na vagina, em alguns casos. Mas é importante procurar um médico para aliviar os sintomas e resolver o problema.
Alguns tratamentos são possíveis — o médico determina o que fazer dependendo da gravidade do caso. Os exercícios são como uma fisioterapia que ajuda principalmente a reduzir os sintomas relacionados ao aparelho urinário. Pode ser indicado o uso local de estrógenos. Os pessários são um tipo de diafragma colocado na vagina, apoiado no colo do útero, para manter o útero no lugar certo. A cirurgia é indicada nos casos mais graves.
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Referências:
Onwude JL, Genital prolapse in women. BMJ Clin Evid. 2012; 2012: 0817.
Thakar R, Stanton S. Management of genital prolapse. BMJ. 2002 May 25; 324(7348): 1258–62.
Endométrio é a camada interna do útero.
Essa camada sofre alterações de acordo com estímulos hormonais, podendo espessar e reduzir ao longo do ciclo menstrual.
No início do ciclo menstrual, o endométrio se descama dando origem ao sangue menstrual ou menstruação. Após o final do sangramento, a camada inicia seu processo de espessamento até alcançar o pico máximo e novamente se descamar, encerrando o ciclo menstrual.
É nessa camada que ocorre a fixação do óvulo fecundação (nidação) e o posterior desenvolvimento da placenta e do embrião.
Em alguns desequilíbrios hormonais, o endométrio pode se espessar demasiadamente dando origem a algumas patologias ou ficar muito fino impossibilitando essa fixação.
A sua avaliação pode ser feita pelos exames de ultrassonografia e histerossalpingografia.
A histerossalpingografia deve ser marcada entre o 5º e 10º dia após o primeiro dia de menstruação. É importante que a mulher tenha certeza de que não está grávida.
No dia anterior ao exame, o preparo inclui:
- Abstinência sexual;
- No período da tarde, tomar 1 comprimido de laxante (Dulcolax ou outro de sua Preferência), depois beber bastante líquidos, suco de laranja e ameixa. Fazer dieta leve (sem carnes, massas e pão).
No dia do exame, a mulher deve:
- Estar de jejum de 4h antes do horário marcado para realização do exame;
- 1 hora antes do exame, tomar 1 comprimido de Buscopan Composto®;
- Trazer 1 absorvente íntimo.
Após o exame, é importante:
- Fazer repouso de 8h;
- Em caso de dor, tomar IBUPROFENO – 400 mg, 1 comprimido, por via oral, de 8 em 8 horas, no máximo por 2 dias.
Dependendo da clínica onde será realizado o exame, poderão ser fornecidas outras orientações, que devem ser seguidas pela paciente.
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Não, este não é sintoma de gravidez, pode estar relacionado a ingestão de algum alimento, ou substância que contenha corante de cor verde ou uma infecção urinária.
Não existem estudos científicos que comprovem a ação direta das propriedades do melão como tratamento ou benefícios para portadoras de cisto no ovário. No entanto nutricionistas apontam a fruta como fonte de substâncias que interferem de forma positiva no organismo.
O melão é uma fruta rica em água, cálcio, vitamina C, vitamina A e as vitaminas do Complexo B; responsáveis por aumentar o metabolismo e dar energia para o corpo. Ainda, o melão é rico em bioflavonóides, excelentes fontes de antioxidantes e anti-inflamatórios, e carotenóides, que aumentam a produção de vitamina A.
Portanto esta fruta faz parte de diversas opções de planos alimentares. O melão pode ser consumido como forma de bebida, em sucos ou vitaminas; em pedaços, na sua forma natural; junto à comida, iogurtes ou como sabor principal de diversas sobremesas.
Como benefícios, devido suas propriedades, podemos destacar o aumento da hidratação corporal, ação diurética, que auxilia na hipertensão, sensação de saciedade, auxiliando na redução de peso, e prevenção de doenças, pelo alto teor de nutrientes antioxidantes e anti-inflamatórios.
Os cistos ovarianos possuem tratamento bem estabelecido de acordo com tipo e sintomas que apresente. É fundamental que faça um planejamento com nutricionista, além de manter acompanhamento com seu/sua médico/a ginecologista, para esclarecer as dúvidas e traçar um tratamento e orientação dietética adequada a cada caso.
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Não, a maconha não corta o efeito do anticoncepcional.
Ainda se sabe muito pouco sobre as interações medicamentosas da maconha com outros remédios. No entanto, não há estudos que indiquem que a maconha corta o efeito do anticoncepcional.
Alguns dos efeitos da maconha e da sua associação com medicamentos:
- A maconha pode, sim, interagir com alguns medicamentos anestésicos, como halotano e ciclopropano, potencializando os seus efeitos. Isso cria uma condição bastante perigosa para o paciente;
- A droga também pode provocar uma grave depressão do sistema nervoso central, lenificando o raciocínio, e também podendo levar ao suicídio;
- A maconha causa hipotensão arterial (pressão baixa);
- A maconha pode aumentar o efeito da fluoxetina e outros antidepressivos.
Saiba mais em: Quais são os efeitos da maconha?
Para evitar eventuais problemas, informe o/a seu/sua médico/a ginecologista que faz uso de maconha e esclareça as suas dúvidas.
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