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Mulher com suspeita de gravidez pode fazer exame transvaginal?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sim. A mulher com suspeita de gravidez pode fazer o exame de ultrassom transvaginal. Não precisa ter medo pois o exame não faz mal para a gravidez ou para o bebê.

O exame de ultrassonografia transvaginal não oferece nenhum risco para o bebê. A sonda introduzida para fazer o exame não irá machucar o bebê, que está bem protegido no útero. A ultrassonografia também não emite radiação, como o raio-X, e as ondas de alta frequência emitidas pelo aparelho não prejudicam o bebê.

Além de não trazer riscos para o bebê, o ultrassom transvaginal é fundamental para acompanhar o desenvolvimento e a saúde do feto, detectar malformações e identificar sinais de doenças genéticas, como a síndrome de Down.

No 1º trimestre de gravidez,o principal objetivo do exame é o rastreamento de anomalias genéticas. O ultrassom transvaginal pode ser realizado entre a 11ª e a 14ª semana de gestação, de preferência entre a 12ª e a 13ª semana.

A sensibilidade da ultrassonografia transvaginal para detectar a síndrome de Down é de aproximadamente 90% e cerca de 60% das malformações fetais podem ser identificadas nesta fase através do exame.

O/a médico/a ginecologista poderá esclarecer as suas dúvidas sobre o ultrassom transvaginal e tranquilizá-la para a realização do exame.

Leia também:

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Para que serve o exame transvaginal?

Após a cerclagem tenho que ficar em repouso por quanto tempo?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Após a cerclagem uterina é necessário permanecer em repouso relativo durante 30 dias e não ter relações sexuais durante esse período. O repouso relativo significa que a gestante pode voltar a trabalhar e realizar tarefas simples, mas deve evitar esforços como fazer exercício físico e levantar peso.

A recuperação após a realização da cerclagem costuma ser rápida. Antes de voltar para casa, a gestante precisa ficar internada durante 24 horas em observação devido ao risco de contrações uterinas e infecção no local dos pontos.

Algumas mulheres conseguem voltar ao trabalho em 3 a 5 dias, embora outras tenham que permanecer em repouso durante longos períodos até ao final da gravidez e em abstinência sexual.

Mesmo com a cerclagem uterina já feita, é prescrito um hormônio vaginal para impedir uma nova dilatação do colo uterino.

A remoção da cerclagem é feita na 36ª semana de gestação. Em caso de ruptura das membranas amnióticas (rompimento da bolsa), a sutura deve ser retirada imediatamente. Se o rompimento ocorrer entre a 24ª e a 32ª semana de gravidez, é preciso esperar 48 horas para que o corticoide amadureça o pulmão do bebê.

Os principais riscos da cerclagem uterina são a ocorrência de infecções e o rompimento da membrana do saco amniótico que envolve o bebê, o que poderia provocar um aborto.

O/a médico/a obstetra é o/a responsável pela realização da cerclagem uterina e pelo acompanhamento após o procedimento.

Saiba mais em:

O que é cerclagem?

Quais são os riscos da cerclagem?

Herpes na gravidez é perigoso? Como tratar?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Herpes genital na gravidez é perigoso, pois existe o risco do bebê ser contaminado no momento do parto e desenvolver herpes neonatal, que pode causar encefalite (infecção no cérebro) e provocar sérios danos no sistema nervoso do bebê, com retardo mental e até levar à morte. Além de herpes neonatal, há ainda um risco maior de aborto espontâneo, nascimento prematuro e herpes congênito.

Quando o herpes genital na gravidez é perigoso?Mãe infectada pelo herpes na fase inicial da gestação.

Qualquer infecção no início da gravidez pode provocar abortamentos, pois o corpo libera substâncias (prostaglandinas) que podem provocar contrações uterinas.

Contudo, se a mulher contraiu o vírus Herpes simplex antes de engravidar, o seu organismo já teve tempo para desenvolver anticorpos contra a doença e, consequentemente, o bebê ficará naturalmente protegido.

Leia também: Quem tem herpes pode engravidar?

Mãe infectada pelo vírus no último trimestre de gravidez

É provável que não tenha tempo para desenvolver anticorpos antes do parto. O risco de herpes neonatal é maior quando a mãe adquire herpes genital no final da gravidez. Isso porque o seu corpo ainda não produziu anticorpos suficientes e o bebê deixa de ter a sua proteção natural ao nascer.

Nascimento muito prematuro do bebê (antes de 32 semanas)

Os bebês que nascem muito antes do tempo ainda não possuem todos os anticorpos e podem ser contaminados no momento do parto se a mãe estiver com uma crise de herpes genital.

Como tratar herpes na gravidez?

O tratamento do herpes genital na gravidez pode ser feito com aciclovir em qualquer fase da gestação, mesmo durante a amamentação. O uso de aciclovir também reduz a necessidade de se fazer uma cesariana, já que controla o aparecimento das lesões. No entanto, o medicamento não é capaz de diminuir os riscos de transmissão da mãe para o feto ou bebê. O tratamento com aciclovir está aprovado, desde o primeiro trimestre, embora estudos demonstrem que a partir da 36ª semana de gestação, apresenta melhores resultados na redução de surtos e na necessidade de partos via cesariana. O aciclovir 400 mg ou 5 mg por dia geralmente é a dose recomendada, sendo geralmente administrada de 8 em 8 horas, por via intravenosa durante 7 a 10 dias.

Sem tratamento adequado, o herpes neonatal pode provocar a morte em mais da metade dos casos. Das crianças que sobrevivem, muitas apresentam grandes chances de terem doenças oculares.

É possível curar o herpes genital antes ou durante a gravidez?

Herpes genital ou labial não tem cura. O tratamento durante a gravidez depende da avaliação do médico e nem sempre é necessário. Em alguns casos, são indicadas pomadas antivirais para aliviar os sintomas.

Leia também: Herpes genital tem cura?

Existem medicamentos que podem ser usados para tentar diminuir o risco de transmissão do herpes da mãe para o feto, mas não são garantidos.

Veja também: 

Como se pega herpes genital?

Quais são os principais sintomas do herpes genital?

Qual o tratamento para herpes genital?

Informe o seu médico obstetra se você tem herpes genital ou contrair o vírus durante a gravidez e nunca tome medicamentos sem orientação médica.

Sífilis congênita tem cura? Qual o tratamento?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sim, sífilis congênita tem cura e o tratamento é feito com penicilina. Muitas vezes, o bebê precisa ficar internado por tempo prolongado para o rastreio de possíveis complicações. Além disso, a criança deve ser acompanhada até completar 18 meses para garantir que o tratamento foi concluído e a sífilis não deixou sequelas.

A dosagem da medicação e a duração do tratamento irão depender do tratamento prévio realizado pela mãe da criança.

O bebê também é submetido a diversas intervenções, como coletas de sangue, avaliações neurológica, oftalmológica e auditiva, bem como raio-x de ossos longos. A presença de alterações clínicas, radiológicas e sorológicas na criança também irá orientar o tratamento.

Durante e após o tratamento, é importante a realização do seguimento com as consultas programadas e exames de rotina.

A sífilis congênita pode causar diversas complicações, como parto prematuro, malformações fetais, morte ao nascimento, baixo peso ao nascer, sequelas neurológicas, entre outras.

Contudo, quando o tratamento da sífilis na mulher é iniciado prontamente, as chances de transmissão para o feto reduzem.

Por isso, a realização do pré-natal, a detecção precoce e o tratamento completo é fundamental para evitar os agravos da sífilis congênita.

Desejo de comer terra na gravidez é normal?
Dr. Ivan Ferreira
Dr. Ivan Ferreira
Médico

O desejo de comer terra na gravidez não é normal, mas pode ocorrer sem que haja uma explicação muito satisfatória para isso.

O desejo de comer terra (geofagia) ou outras coisas estranhas que não são alimentos é chamado de picamalácia ou pica. Essa vontade na gravidez pode estar relacionada à desnutrição materna; à falta de algum nutriente, como o ferro, cálcio e zinco e à alterações psicológicas, como estresse e ansiedade. Algumas pessoas também dizem sentir vontade de comer terra quando apresentam problemas digestivos e enjoo.

Comer terra durante a gravidez pode causar infecções, infestações por vermes, problemas no estômago e nos intestinos da mãe, além de poder afetar o desenvolvimento normal do bebê. Embora seja difícil para algumas mulheres conversar sobre isso, os desejos e o hábito de comer coisas estranhas devem ser discutidos com o médico para que ele auxilie na solução desse problema.

O obstetra e a enfermeira obstétrica são os profissionais indicados para esclarecer as dúvidas durante a gestação.

Pílula do dia seguinte engorda?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Não há estudos que comprovem que o uso da pílula do dia seguinte engorda. Portanto, a resposta é não. A pílula do dia seguinte não engorda.

Por ser administrada em dose única ou em duas doses, o primeiro comprimido nas primeiras 24 horas e o segundo, 48 horas após a relação sexual desprotegida, a pílula do dia seguinte é usada por um período muito curto de tempo para provocar o aumento do peso.

Entretanto, é possível que você se sinta inchada devido à dosagem alta de hormônio.

A pílula do dia seguinte pode causar sensação de inchaço

As pílulas do dia seguinte com alta dose de progesterona podem provocar a retenção de líquidos no corpo e causar a sensação de inchaço ou mesmo de ganho de peso. No entanto, este é um efeito passageiro que cessa espontaneamente, sem precisar usar qualquer medicamento e não tem relação com o aumento do peso corporal.

Se você se sentir inchada, aumente a ingestão de água para ajudar o corpo a eliminar os líquidos acumulados pelo uso da pílula do dia seguinte.

Efeitos colaterais da pílula do dia seguinte

Geralmente, a pílula do dia seguinte é bem tolerada pelo organismo. Algumas mulheres podem sentir alguns efeitos colaterais, dentre os quais os mais comuns são:

  • Náuseas e/ou vômitos,
  • Tontura,
  • Cansaço,
  • Dor de cabeça,
  • Diarreia,
  • Sangramento de escape e
  • Aumento da sensibilidade dos seios.

Lembre-se que pílula do dia seguinte não deve ser utilizada como anticoncepcional de rotina e deve ser usada apenas uma vez a cada mês. Além disso, ela não protege contra infecções sexualmente transmissíveis, o que indica uso de camisinha masculina ou feminina em todas as relações sexuais.

Converse com o seu médico de família ou ginecologista para escolherem juntos o método contraceptivo mais adequado.

Para saber mais sobre a pílula do dia seguinte, você pode ler:

Como tomar a pílula do dia seguinte?

Como saber se a pílula do dia seguinte funcionou?

Pílula do dia seguinte dose única pode falhar?

Sangramento após tomar pílula do dia seguinte é normal? Por que ocorre?

Referência:

FEBRASGO. Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.

Com quantas semanas estou pelo valor do Beta-HCG?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Existe uma estimativa de semanas de gestação através do exame de Beta-HCG. Não é a medida mais fidedigna e utilizada pelos médicos para acompanhamento pré-natal, mas pode auxiliar a gestante a ter idéia da sua idade gestacional.

O cálculo geralmente utilizado para saber em qual semana a gestante se encontra, é feito através da data da sua última menstruação, chamada DUM. Esse dado é usada também como base para estimar a data do parto.

A partir da 5ª semana, já é possível fazer esse cálculo, pelo exame de ultrassonografia. O exame oferece uma avaliação mais confiável, pelas medidas e outras análises do bebê.

Exame de beta HCG

O exame quantitativo de beta HCG, aumenta durante o primeiro trimestre de gestação, depois desse período, ele reduz ligeiramente.

Os valores normais de hCG em mulheres grávidas, com base na semana de gestação, segue o seguinte padrão:

  • 3 semanas: 5 a 72 mUI/mL;
  • 4 semanas: de 10 a 708 mUI/mL;
  • 5 semanas: de 217 a 8.245 mUI/mL;
  • 6 semanas: 152 a 32.177 mUI/mL;
  • 7 semanas: 4.059 a 153.767 mUI/mL;
  • 8 semanas: de 31.366 a 149.094 mUI/mL;
  • 9 semanas: de 59.109 a 135.901mUI/mL;
  • 10 semanas: de 44.186 a 170.409 mUI/mL;
  • 12 semanas: de 27.107 a 201.165 mUI/mL;
  • 14 semanas: de 24.302 a 93.646 mUI/mL;
  • 15 semanas: de 12.540 a 69.747 mUI/mL;
  • 16 semanas: de 8.904 a 55.332 mUI/mL;
  • 17 semanas: de 8.240 a 51.793 mUI/mL;
  • 18 semanas: de 9.649 a 55.271 mUI/mL.
Ultrassonografia

O exame de ultrassonografia avalia as medidas do bebê, a partir da 4ª ou 5ª semana. Nessa fase é possível estimar a idade gestacional.

Em geral, o exame é realizado entre a 5ª e a 8ª semana de gestação e tem como função também, analisar o número de embriões presentes no útero, no caso de gemelares, e onde a gravidez está localizada (no útero ou fora dele, como nas trompas).

Para mais esclarecimentos sobre sua gestação e saúde do bebê, mantenha seu acompanhamento pré-natal regular e siga as orientações da equipe médica.

Leia também:

Qual a equivalência de Beta-HCG para gravidez?

O que é o Beta-hCG qualitativo?

Como saber de fato com quantas semanas de gravidez estou?

Qual é a possibilidade do médico ter errado o sexo do bebê?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sempre existe a possibilidade de errar o sexo do bebê, pode fazer um novo ultrassom a hora que quiser.

É possível errar o sexo do bebê com a ultrassonografia. Os exames de ecografia nem sempre permitem visualizar as estruturas fetais com nitidez. Quanto mais cedo são realizados, maiores as chances de apresentar um resultado errado, isto porque a genitália do feto é muito semelhante nos dois sexos no início da gestação.

Além disso, a posição do feto durante o exame do ultrassom também pode dificultar a visualização do sexo do bebê e confundir o/a médico/a que está realizando o exame.

É ainda possível que o pênis do menino fique um pouco escondido e o/a profissional interpretar que portanto o bebê seja uma menina, também é possível ocorrer o oposto, quando o profissional confunde o clitóris da menina com um pênis.

Pesquisas mostram que a possibilidade de acerto do sexo do bebê através do ultrassom pode variar de 80 a 90%, a depender da época da gestação em que foi feito o exame.

Recomenda-se que o exame para visualização do sexo do bebê seja feito um pouco mais tarde, por volta da 16ª a 20ª semana, nesse período os genitais estão um pouco mais diferenciados e o pênis de bebês do sexo masculino já está um pouco maior, sendo mais fácil a diferenciação a partir da vigésima semana.

Como você está com 24 semanas, é possível que o/a médico/a tenha detectado o sexo do bebê, porém, você pode realizar um novo ultrassom a qualquer momento para tirar essa dúvida.

Converse com o/a médico/a que está acompanhando a gestação para esclarecer mais dúvidas sobre o exame de ultrassom e o sexo do bebê.

Leia também:

Na ultrassonografia transvaginal dá para saber o sexo do bebe?