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Diferenças entre Gravidez e Gravidez Psicológica
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

As diferenças entre gravidez e gravidez psicológica podem, no início, passar despercebidas uma vez que a gravidez psicológica provoca os mesmos sinais e sintomas de uma gravidez real, tais como:

  • Menstruação atrasada;
  • Crescimento da barriga;
  • Inchaço das mamas;
  • Aumento da temperatura corporal;
  • Sonolência;
  • Enjoos;
  • "Desejos de grávida";
  • Lactação (produção de leite);
  • Pode inclusive haver alterações hormonais, porém, os níveis de beta HCG, usado para detectar uma gravidez, não mudam.

Na gravidez psicológica, a mulher acredita mesmo que está grávida e o seu corpo sofre alterações, levando também outras pessoas a acreditarem que ela está grávida, inclusive o/a médico/a. Há casos em que a mulher chega a sentir o bebê mexer.

A gravidez psicológica é um distúrbio emocional que faz com que a mulher apresente os sintomas de uma gestação sem estar grávida. A gravidez psicológica pode, inclusive, durar os mesmos 9 meses da gravidez real.

Além dos sintomas físicos, a gravidez psicológica provoca também sintomas psicológicos. Mesmo depois da gravidez ser desmentida pela menstruação, pelos exames de sangue e de imagem (ultrassom), a mulher pode continuar convicta que está grávida.

As mulheres mais propícias a terem uma gravidez psicológica são aquelas que têm um forte desejo de engravidar e não têm sucesso e as que têm pavor de engravidar.

O tratamento dos casos de gestações psicológicas é feito com psicoterapia. Medicamentos antidepressivos também podem ser necessários.

O diagnóstico de uma gravidez psicológica pode ser feito pelo/a ginecologista, médico/a de família ou clínico/a geral, que deverá posteriormente encaminhar a paciente para o tratamento psicológico e/ou psiquiátrico.

É possivel engravidar tendo uma mancha branca no útero
Dr. Ivan Ferreira
Dr. Ivan Ferreira
Médico

Sim, é possível engravidar tendo uma mancha branca no útero, caso se trate de uma ferida na parte do útero que fica no fundo da vagina (colo do útero).

Somente o médico poderá dizer, por meio de exames como a colposcopia ou papanicolau, o que é essa "mancha branca", qual sua causa e tratamento. Geralmente, trata-se de uma ferida causada por uma infecção como papiloma vírus (HPV), candidíase ou herpes, que deve ser tratada, mas não impede que a mulher engravide.

O ginecologista é o médico mais indicado para ser consultado nessa situação, pois essas "manchas brancas" podem se transformar em câncer.

Como saber se a bolsa estourou
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Quando a bolsa se rompe, ocorre a saída de líquido da vagina que a mulher pode sentir como um jato de líquido claro ou levemente amarelado, ou então apenas como uma sensação molhada na região da vagina.

Essa sensação pode variar de mulher para mulher e a depender da quantidade de líquido que sai no momento da ruptura. Por isso, em alguns casos, a depender da atividade que a mulher esteja fazendo, ela pode não sentir que estourou a bolsa.

Quando ocorre a ruptura da bolsa, a mulher deve procurar o médico que está lhe acompanhando no pré-natal. Durante a consulta, o profissional irá avaliar a presença de contrações assim como outros parâmetros importantes para identificar se a mulher entrou em trabalho de parto.

Na maioria dos casos, a bolsa rompe-se durante o trabalho de parto, ou seja, quando a mulher começa a sentir as contrações efetivas. Em cerca de 3% das gestações, a bolsa rompe antes de completar 37ª semana de gestação e antes de ter iniciado o trabalho de parto, isso é chamado ruptura prematura de membranas.

Quando a mulher sente a bolsa estourar, ela deve procurar o serviço de saúde como maternidade, casa de parto ou hospital para uma avaliação detalhada.

A depender da idade gestacional, a conduta será diferente, incluindo:

  • Internação da gestante;
  • Uso de antibióticos;
  • Realização de exames laboratoriais;
  • Ultrassonografia;
  • Uso de corticoide;
  • Indução do parto.

Essas ações serão decididas dependendo de cada caso e das condições descritas previamente.

Teste de gravidez deu negativo, mas meu coração diz positivo. É possível?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sim, o teste de gravidez pode dar negativo e você estar grávida. Isso pode ocorrer no início da gestação, quando já houve a fecundação, mas ainda não ocorreu a implantação do ovo e a consequente produção do hormônio da gravidez (HCG), responsável pelo resultado positivo.

Por isso, para evitar falsos-negativos, recomenda-se que o teste de gravidez seja feito uma semana depois do atraso da menstruação. Se for o teste de farmácia, deve ser feito com a primeira urina do dia.

Os exames de sangue e os testes de gravidez de farmácia identificam o hormônio HCG, que só é produzido se a mulher estiver grávida. Contudo, para que os níveis de HCG já estejam elevados o bastante para o resultado dar positivo, é preciso esperar alguns dias após a fecundação.

Se o teste ou o exame de gravidez for feito antes ou pouco tempo depois da implantação do óvulo fecundado no útero, o resultado pode dar negativo e a mulher estar grávida.

Veja também: 

Beta-hcg pode dar negativo mesmo a mulher estando grávida?

Teste de farmácia de gravidez é confiável?

Como saber se estou grávida?

Os primeiros sintomas de gravidez geralmente se manifestam a partir da 5ª e 6ª semana de gestação, mas isso varia de mulher para mulher. Os sintomas iniciais incluem: atraso menstrual, náusea, vômitos, aumento da sensibilidade nas mamas, fadiga e aumento da frequência urinária.

A ultrassonografia é capaz de detectar gravidez, porém, em geral, ela é indicada após a confirmação do exame de sangue ou urina.

Após a 5ª ou 6ª semana de gestação, o resultado do teste de gravidez é bem confiável. Por isso, caso você apresente esses sintomas indicados e o teste de gravidez deu negativo, é recomendado procurar uma unidade de saúde para realização de consulta de avaliação clínica e uma possível solicitação de ultrassonografia caso indicado.

Saiba mais em: Teste de gravidez de farmácia positivo e beta hcg negativo: estou grávida ou não?

Grávida de 16 semanas, ultrassom já dá para ver o sexo?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim, a partir da 13ª semana de gestação já é possível saber o sexo do bebê pela ultrassonografia. Entretanto, essa estimativa pode variar de acordo com a posição do bebê, implantação da placenta da mãe, com o tipo do aparelho e experiência do profissional que está realizando o exame.

A data ideal e mais segura para essa avaliação, se dá a partir da 15ª e 16ª semana de gestação, quando os órgãos genitais do bebê estão completamente formados, facilitando a diferenciação do sexo.

Além da ultrassonografia, existem outros métodos seguros, que facilmente identificam o sexo do bebê, desde a 8ª semana de gestação, como o teste de sexagem fetal, através da coleta de pequena amostra de sangue da mãe, e o teste de urina, vendido em farmácias.

A sexagem fetal já pode ser colhida a partir de 8 semanas, e o teste de urina, a partir de 10 semanas de gestação. São métodos de alta eficácia, tendo como pontos negativos, o alto custo e não estarem ainda, disponibilizados na rede pública de saúde.

Saiba mais sobre esse assunto nos links abaixo:

Referência:

FEBRASGO - Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.

Yee-Ming Chan, et al. Evaluation of the infant with atypical genitalia (disorder of sex development). UpToDate: Dec 31, 2018.

Estou grávida devo ir ao ginecologista ou obstetra?
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

Na verdade ginecologista e obstetra é o mesmo médico "em teoria", muitos vão discordar, mas o importante é minha resposta para você entender. Há médicos que se dedicam mais a ginecologia e não atendem gestantes, há médicos que se dedicam mais a obstetrícia e atendem apenas gestantes, porém a maioria faz as duas coisas juntas atendem como ginecologistas e obstetras.

Como eliminar restos ovulares?

O útero pode eliminar os restos ovulares naturalmente se o aborto for recente. Geralmente pede-se para a paciente aguardar uns dias e realiza-se um novo exame de ultrassom após esse período. Se ao fazer novamente o ultrassom transvaginal o médico verificar que ainda existem restos ovulares, o mais indicado é fazer uma limpeza do útero através de uma curetagem.

O procedimento é realizado por via vaginal e com anestesia geral ou raquidiana. Durante a curetagem, o médico ginecologista raspa cuidadosamente a cavidade do útero com um instrumento semelhante a uma colher, chamado cureta.

Para ter acesso à cavidade uterina pelo canal vaginal, é necessário que o colo do útero esteja dilatado. Se estiver em curso algum abortamento, é normal haver uma dilatação espontânea. Se não houver dilatação, o colo uterino precisa ser dilatado através de instrumentos ou medicamentos.

Lembrando que a realização da curetagem nem sempre é necessária e vai depender principalmente do tempo que ocorreu o aborto e da quantidade de restos ovulares.

O médico ginecologista é o especialista responsável por avaliar o caso e executar o procedimento mais adequado para eliminar os restos ovulares.

Leia também: 

O que são restos ovulares e como surgem?

O que é curetagem e como é feita?

Quais os sintomas de descolamento de placenta?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Os sintomas de descolamento prematuro de placenta mais comuns são a dor abdominal súbita e o sangramento vaginal (80% dos casos). Em 20% dos casos a dor abdominal não vem acompanhada por sangramento vaginal (hemorragia oculta).

A dor provocada pelo descolamento de placenta vai desde um leve desconforto até uma dor intensa, associada a um aumento do tônus uterino (a barriga fica dura). Nos casos em que a placenta apresenta inserção posterior, a dor é na região da coluna lombar.

O quadro clínico do descolamento prematuro de placenta caracteriza-se por:

  • Dor abdominal;
  • Sangramento genital de quantidade variável;
  • Contração uterina;
  • Hipotensão, palidez cutânea.

O descolamento de placenta é mais frequente no segundo trimestre de gravidez, embora possa ocorrer desde o início da gestação. O diagnóstico é feito por exame clínico e ultrassonografia.

Os principais fatores de risco para um descolamento prematuro de placenta são:

  • Traumas (acidentes automobilísticos, trauma abdominal direto);
  • Hipertensão arterial (gestacional ou pré-existente);
  • Uso cocaína e outras drogas;
  • Condições que provocam uma maior distensão uterina, como a gestação de gêmeos;
  • Descolamento de placenta em gestações anteriores;
  • Tabagismo;
  • Idade materna avançada;
  • Ruptura prematura das membranas (amniocentese, cordocentese).

O descolamento prematuro de placenta consiste na separação parcial ou total da placenta da parede uterina. De acordo com os achados clínicos e laboratoriais, o descolamento é classificado em 3 graus.

O descolamento de placenta ocorre em 1% a 2% das gestações, sendo uma das piores complicações obstétricas para a mulher e a principal causa de óbito perinatal.

É da responsabilidade do/a médico/a obstetra o diagnóstico e o tratamento do descolamento prematuro de placenta.

Conheça mais sobre o assunto nos artigos:

Sangramento na gravidez, pode ser normal?

O que é descolamento ovular? É perigoso?