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HPV durante a gravidez: quais os riscos e como tratar?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

HPV durante a gravidez não oferece riscos de malformações fetais e não prejudica o bebê. O HPV na gestação também não aumenta as chances de aborto espontâneo ou parto prematuro.

Mesmo que o a criança seja contaminada pelo HPV, antes ou durante o parto, não significa que ela irá contrair a doença, pois a grande maioria dos bebês elimina o vírus num curto espaço de tempo.

Vale lembrar que o vírus HPV não circula na corrente sanguínea, como acontece com o vírus HIV, por exemplo. Ele permanece na vagina ou no colo útero, o que impede que o bebê seja contaminado enquanto está na barriga da mãe.

Assim, o risco de contaminação existe apenas no momento do parto, no caso do bebê entrar em contato com as lesões da mãe.

A pior e mais temida complicação que pode ocorrer se o bebê for infectado pelo HPV é a papilomatose de laringe, uma lesão extremamente grave que pode provocar a morte por insuficiência respiratória. Felizmente, essas situações são raras, com 2 a 43 casos em cada 1 milhão de nascimentos.

Saiba mais em: HPV: o que é e como se transmite?

Qual o tratamento para HPV durante a gravidez?

O tratamento do HPV durante a gravidez depende do aspecto e do local da lesão, risco de câncer, além da fase da gestação.

Se for no início da gravidez, é possível retirar a verruga, dependendo da localização. Porém, no final da gestação, a circulação sanguínea na região da vulva aumenta muito e a verruga pode sangrar, o que impede a sua retirada.

Contudo, depois da gravidez, os sistema imunológico volta ao normal e as lesões tendem a regredir, sendo mais indicado tratar o HPV depois do parto.

Em geral, a cirurgia para remoção das verrugas não interfere na gravidez nem prejudica o bebê. No entanto, se a lesão for muito interna, existe o risco de comprometer a gestação e a melhor alternativa pode ser esperar.

Leia também: Quais são os tratamentos para HPV?; Quem deve tomar a vacina contra HPV?

HPV durante a gravidez impede o parto normal?

Não, HPV na gravidez não impede o parto normal. No final da gestação, o vírus já pode ser encontrado no líquido amniótico da mulher e a opção pelo parto cesárea não garante a prevenção da transmissão do HPV para a criança.

A cesariana também não diminui as chances de papilomatose de laringe, a pior complicação que pode surgir para o bebê.

Além disso, apesar do risco de contaminação do bebê ser um pouco maior no parto normal, já se sabe que as chances dele desenvolver as lesões são muito raras.

Portanto, a cesárea é indicada apenas quando as verrugas são muito grandes ao ponto de impedirem a realização do parto normal.

Assim, o tipo de parto (normal ou cesárea) deverá ser determinado pelo médico obstetra, de acordo com o caso.

Saiba mais em:

Homem com HPV pode ter filhos?

Quem tem HPV pode engravidar?

Toda verruga é HPV?

HPV na garganta: Quais os sintomas e como tratar?

HPV tem cura e quando pode levar ao câncer do útero?

HPV tem cura definitiva?

Quais os sintomas de gravidez 5 dias após relação?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

Nenhum sintoma de gravidez é percebido 5 dias após a relação sexual. Isso porque a gravidez só começa quando o embrião implanta no útero, o que, geralmente, demora mais de 5 dias para acontecer.

Considera-se que os primeiros sintomas de gravidez podem começar a aparecer 1 semana após a relação, mas normalmente demoram algumas semanas para serem notados. Na primeira semana de gravidez, se existir algum sintoma, é possível que seja um leve sangramento rosado, que pode até ser confundido com o início da menstruação.

Leia também:

Referência:

Gurevich R, Levine B. How Soon After Sex Do You Get Pregnant?. Very Well Family - Trying to conceive. Updated on September 30, 2020.

Clamídia na gravidez pode ser perigoso? Qual o tratamento?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Clamídia na gravidez pode ser muito perigoso, pois pode provocar diversas complicações durante e depois da gestação, tais como:

Gravidez ectópica

Trata-se de uma gravidez que ocorre fora do útero, na maioria das vezes em uma das trompas de Falópio (gravidez tubária), podendo também acontecer na cavidade abdominal ou no colo do útero. Uma gravidez ectópica não evolui e deve ser tratada com máxima urgência, sob o risco de trazer graves consequência para a mulher.

Aborto espontâneo

A infecção por clamídia parece estar relacionada com abortamentos tardios, embora não haja ainda um consenso sobre essa relação.

Endometrite e Doença Inflamatória Pélvica

A inflamação da camada interna do útero (endometrite) e a doença inflamatória pélvica (DIP) pós-abortamento ou parto são outras possíveis complicações da clamídia. A forma grave de DIP necessita de internamento e tratamento com antibióticos por via venosa.

Infecção interna do útero e morte do feto (natimorto)

A infecção intrauterina pode disseminar e atingir os pulmões e o fígado do feto, provocando a sua morte.

Rompimento da bolsa e parto precoce

O risco de parto pré-termo (antes das 37 semanas de gravidez) pode ser 4 vezes maior em grávidas com clamídia.

Infecção pós-parto

Se a clamídia for contraída durante a gestação, a infecção pode se desenvolver depois do parto e causar inflamação no útero (endometrite) e nas trompas, podendo provocar infertilidade. A infecção pode atingir ainda a cavidade abdominal e provocar hepatite, peritonite entre outras infecções graves.

Clamídia na gravidez pode ser perigoso para o bebê?

Sim, além de morte fetal, abortamento, baixo peso ao nascer e prematuridade, a clamídia pode ser transmitida da mãe para o bebê e provocar diversas doenças no recém nascido.

Dentre as doenças que a clamídia pode causar no bebê estão conjuntivite e pneumonia neonatal, otite média, síndrome da morte súbita, apneia, asma e doença pulmonar obstrutiva.

Qual é o tratamento para clamídia na gravidez?

O tratamento da clamídia durante a gestação é feito com medicamentos antibióticos. Os remédios usados para tratar grávidas com clamídia são: azitromicina, amoxacilina e eritromicina.

Os antibióticos podem ser indicados em dose única ou por um período de 7 a 14 dias a depender da escolha medicamentosa.

O linfogranuloma venéreo, causado por uma infecção crônica por clamídia, necessita de um tempo de tratamento mais prolongado, durante pelo menos 3 semanas.

Tratar a clamídia na gravidez reduz o risco de transmissão para o feto, além de diminuir as chances de endometrite e doença inflamatória pélvica depois do parto. O tratamento da clamídia também deve ser feito pelos parceiros para impedir recidivas e a perpetuação da infecção.

O tratamento, desde que feito corretamente, é eficaz contra a clamídia. Quando iniciado precocemente, as complicações são raras.

No entanto, como 75% dos casos de clamídia não manifestam sintomas, boa parte das grávidas infectadas fica sem tratamento.

Como resultado, elas podem desenvolver doença inflamatória pélvica e sofrer sequelas, como dor pélvica crônica, gravidez ectópica e infertilidade, além dos riscos para a gestação e para o feto.

O que é clamídia?

A clamídia é uma infeção sexualmente transmissível, causada pela bactéria Chlamydia trachomatis.

Além de trazer complicações durante a gravidez, a clamídia pode causar complicações urológicas e genitais, infertilidade, artrite e aumenta o risco de transmissão do vírus HIV.

Quais são os sintomas de clamídia?

Nos homens, a clamídia geralmente não manifesta sintomas. Quando presentes, os sinais e sintomas incluem dor ou sensação de queimação na região entre o genital e o ânus, dor nos testículos e corrimento pela uretra.

Outros sintomas e complicações de clamídia em homens: ardência ao urinar, epididimite, prostatite, artrite, conjuntivite e uretrite.

Nas mulheres, a clamídia também não costuma manifestar sintomas. Em alguns casos, podem estar presentes algumas manifestações como corrimento, ardência e aumento da frequência urinária.

A clamídia pode causar ainda nas mulheres: uretrite, cervicite, doença inflamatória pélvica, infertilidade, gravidez ectópica e obstrução das trompas.

No caso do linfogranuloma venéreo, a lesão surge no local em que houve contato com a bactéria. Após algumas semanas, aparece um gânglio aumentado e inflamado, geralmente em apenas um lado do corpo. Esse gânglio pode crescer e formar uma placa que evolui para ferida e depois cicatrizar, causando inchaço no membro afetado.

O tratamento da clamídia durante a gravidez pode ser realizado pelo médico de família, clínico geral, obstetra ou infectologista.

Qual é o risco da mulher grávida ter anemia profunda?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A anemia na gravidez aumenta o risco de complicações como parto prematuro, baixo peso ao nascimento, problemas cognitivos no bebê e morte do feto ou do recém-nascido. Uma grávida com anemia profunda também tem mais chances de ter hemorragias antes e depois do parto, o que eleva o risco de morte materna. 

A anemia diminui a resistência da gestante a infecções e aumenta em até 3 vezes a ocorrência de complicações na gravidez e no parto. Se não for tratada, durante o pós-parto a anemia pode causar ainda uma diminuição dos níveis cognitivos e das habilidades físicas da mulher, além de aumento do estresse e da instabilidade emocional.

O ferro participa no desenvolvimento cerebral do feto e é importante para as funções cognitivas do recém-nascido. A falta de ferro pode danificar permanentemente o cérebro do bebê e prejudicar a sua inteligência, cognição e comportamento, não só na infância como também na fase adulta.

Cerca de 40% das mulheres grávidas apresentam algum grau de anemia, sendo que em mais da metade dos casos a anemia é causada por deficiência de ferro. 

Isso acontece porque, durante a gestação, as necessidades de ferro da mulher aumentam cerca de 6 vezes. Se a grávida não conseguir obter ferro suficiente proveniente da alimentação, o seu organismo irá buscar nas suas reservas, instalando-se a anemia.

O tratamento e a prevenção da anemia durante a gravidez são importantes para prevenir possíveis complicações e proteger assim a saúde e a vida da mãe e do bebê.

Para maiores informações sobre os riscos e as formas de tratamento para a anemia na gestação, fale com o/a médico/a responsável pelo acompanhamento pré-natal.

Saiba mais em:

Como saber se tenho anemia?

Que alimentos são indicados para quem tem anemia?

Anemias Causas, Sintomas e Tratamentos – Anemia Ferropriva

Quais são os tipos de anemia e seus sintomas?

Quais os riscos da toxoplasmose na gravidez?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Os riscos da toxoplasmose na gravidez, especialmente se adquirida durante o primeiro trimestre de gestação, incluem aborto espontâneo, hidrocefalia (acúmulo de "água" no crânio do bebê), retardo mental, calcificações no cérebro, lesões oculares (coriorretinite), cegueira, surdez, convulsões e atraso do desenvolvimento da criança.

Pelo risco de complicações graves, a sorologia para a toxoplasmose deve ser pedida no pré-natal de toda gestante. O diagnóstico é baseado na coleta de uma amostra de sangue para a sorologia (IgM e IgG).

A positividade isolada da IgG indica infecção antiga e a mãe possui anticorpos. Se houver positividade isolada da IgM, é indício de infecção aguda e a gestante deve iniciar tratamento imediatamente para toxoplasmose.

Se houver dupla positividade (IgG e IgM), é necessário proceder com a determinação da avidez da IgG, para determinar há quanto tempo houve o contato com o parasita. Em algumas ocasiões, será necessário tratamento.

O que é toxoplasmose?

A toxoplasmose é uma doença infecciosa provocada pelo Toxoplasma gongii, um protozoário existente na carne crua ou mal passada, na areia contaminada e nas fezes dos animais, principalmente dos gatos. É uma doença que muitas vezes não revela sintomas na mãe, porém é muito prejudicial para o bebê.

Quais são os sintomas da toxoplasmose?

Se a infecção acontecer durante a gravidez, a gestante pode apresentar febre, calafrios, ínguas pelo corpo (caroços dolorosos), dor generalizada nos músculos e aumento do fígado.

Em pessoas com a imunidade baixa, a toxoplasmose pode provocar inflamação dos olhos, erupções na pele, encefalite (inflamação do cérebro), meningite (inflamação das membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal), além de inflamações nos pulmões e no coração encefalite, pode levar a confusão mental e coma.

Porém, muitas vezes a pessoas está infectada pelo Toxoplasma e não manifesta sinais e sintomas. Em pessoas saudáveis, o sistema imunológico impede a manifestação da doença, na maioria dos casos. Quando presentes, os sintomas geralmente são leves e podem ser semelhantes aos de uma gripe ou resfriado.

Qual é o tratamento para toxoplasmose na gravidez?

O tratamento da toxoplasmose durante a gravidez é feito com espiramicina, no 1º trimestre de gestação, ou com a combinação de sulfadiazina, pirimetamina e ácido folínico no 2º e 3º trimestre de gestação.

Como saber se o bebê tem toxoplasmose congênita?

A toxoplasmose congênita ocorre quando o bebê é infectado pelo Toxoplasma durante a gravidez. Para determinar se o bebê foi infectado pela toxoplasmose na gestação, é necessária a coleta de sangue do cordão umbilical (cordocentese), que só pode ser realizado após 18 semanas de gravidez. No caso do bebê já estar infectado, o tratamento só deve começar depois do seu nascimento.

O tratamento, se iniciado precocemente e realizado de forma correta, pode impedir a toxoplasmose congênita. Contudo, se o bebê já tiver tido contato com o parasita, pode nascer com graves sequelas.

A toxoplasmose congênita pode não manifestar sintomas ou apresentar um quadro grave que pode ser fatal rapidamente. Quando, presentes, os sintomas podem incluir inflamação dos olhos, aparecimento fácil de hematomas, aumento do tamanho do crânio, icterícia grave (pele e olhos amarelados), facilidade em formar hematomas, convulsões e atraso mental.

No entanto, em muitos casos os sintomas logo a seguir ao nascimento geralmente são ligeiros ou estão ausentes e desenvolvem-se meses após o nascimento.

Como ocorre a transmissão da toxoplasmose?

A transmissão da toxoplasmose ocorre através da ingestão de alimentos crus ou mal cozidos, contaminados ou pelo contato direto com o parasita ao manipular areia contaminada com fezes de animais, especialmente de gatos.

Como prevenir a toxoplasmose na gravidez?

Os cuidados para evitar toxoplasmose na gravidez, caso a mulher não seja imune à doença, são os seguintes:

  • Cozinhar bem a carne e lavar cuidadosamente as mãos;
  • Lavar bem legumes e frutas;
  • Lavar as mãos após contato com gatos;
  • Evitar contato com gatos abandonados;
  • Evitar contato com fezes de gatos e sempre usar luvas ao manipulá-los;
  • Usar luvas para lidar com a terra;
  • Evitar consumo de carne crua, especialmente de porco e carneiro.

É imprescindível a realização de pré-natal durante a gestação. Se você suspeitar que está grávida, deve procurar imediatamente um médico obstetra para iniciar o pré-natal.

Dor de cabeça na gravidez: quais remédios posso e quais não posso tomar?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Na gestação, os medicamentos mais utilizados e seguros para dor de cabeça, são o paracetamol e dipirona®. No entanto, a dose, forma de uso e se existe alguma contraindicação, deve ser analisada pelo médico obstetra.

Qualquer medicamento durante a gestação deve ser prescrito pelo obstetra, que acompanha a gestante, inclusive os remédios para dor de cabeça.

Já os anti-inflamatórios não-esteroides (AINES) como o ibuprofeno, embora bastante usado para combater a dor de cabeça, são contraindicados durante a gravidez. Estes medicamentos podem provocar desde aborto espontâneo até hemorragia pós-parto.

No seguimento deste texto falaremos sobre o uso de remédios para dor de cabeça durante a gestação.

Paracetamol

Quando utilizado em doses adequadas, o Paracetamol pode ser indicado durante todas as fases da gestação para combater a dor de cabeça. O medicamento apresenta ainda uma quantidade muito reduzida de efeitos colaterais, quando a dose indicada pelo médico é respeitada.

Apesar de atravessar a placenta, o paracetamol não prejudica o feto quando em doses adequadas. Entretanto, quando usado em doses elevadas durante a gravidez pode ser tóxico para o fígado da mãe e do bebê.

Dipirona®

A Dipirona® tem efeito muito semelhante ao paracetamol quando utilizado para dor de cabeça em mulheres grávidas.

Estudo mostraram que as mulheres grávidas que usaram Dipirona® durante os três primeiros meses de gestação não apresentaram aumento de malformações no feto e nem de abortamentos. Embora, seja seguro o uso da Dipirona® para tratar a dor de cabeça durante a gestação, é preciso que seja administrada de acordo com a prescrição médica.

Grávidas não podem tomar ibuprofeno para dor de cabeça

O ibuprofeno é um medicamento contraindicado para as mulheres grávidas.

Quando usado no início da gestação (três primeiros meses) o ibuprofeno pode provocar distúrbios de implantação do embrião na parede do útero, o que pode levar ao aborto. Além disso, pode causar problemas no coração, lábio leporino e fenda palatina.

Do ao 7º ao 9º mês de gravidez, o uso de ibuprofeno pode afetar os pulmões e causar anomalias na parede abdominal e hemorragia cerebral no bebê. Na mãe, o medicamento pode prolongar o trabalho de parto e hemorragia pós-parto.

Aspirina® deve ser evitado para dor de cabeça na gravidez

O uso de Aspirina® (ácido acetilsalicílico) deve ser evitado para tratar a dor de cabeça durante a gravidez. Este medicamento pode causar anemia, hemorragia e inibição do trabalho de parto, principalmente, quando usado em doses altas.

Como aliviar a dor de cabeça sem usar remédios?

Antes de utilizar remédios, deve dar preferência a adoção de medidas simples que ajudam a reduzir a dor de cabeça e protegem você e seu bebê dos seus efeitos prejudiciais. Estas medidas incluem:

  • Manter uma rotina de sono e descanso em um ambiente tranquilo e silencioso,
  • Praticar atividade física: um educador físico por orientar os exercícios mais adequados a sua fase de gestação,
  • Efetuar refeições leves e saudáveis livres de doce com açúcar branco, frituras e outros alimentos gordurosos,
  • Manter hidratação adequada: consuma água e bebidas saudáveis como sucos de fruta naturais,
  • Evitar bebidas com cafeína: refrigerante, café em excesso café,
  • Massagear ombros, pescoço e testa para aliviar a tensão,
  • Aplicar compressas de água fria na testa.
Quando devo me preocupar?

Embora a dor de cabeça na gravidez seja frequente devido às alterações hormonais, alguns sinais servem de alerta. Busque rapidamente atendimento médico se a dor de cabeça vier acompanhada de sintomas como:

  • Febre,
  • Náuseas,
  • Vômitos,
  • Dor de estômago,
  • Visão dupla ou embaçada,
  • Desmaio e
  • Convulsões.

Ao sentir dor de cabeça durante a gravidez, converse com o seu médico. Somente ele poderá indicar o medicamento mais eficaz e seguro, de acordo com o seu tipo de dor e fase da gestação.

Conheça mais sobre dor de cabeça na gravidez lendo os seguintes artigos:

Dor de cabeça na nuca durante a gravidez, o que pode ser?

Quais remédios posso tomar na gravidez?

Referências

  • Aragão, F.F.; Tobias, A.F. Pharmacological treatment of pain in pregnancy. BrJP, (2)4:374-80, 2019.
  • Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia. Manual de teratogênese em humanos. FEBRASGO, 2018.
Que cuidados mulher com pressão alta deve ter durante a gravidez?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Os cuidados com a pressão alta na gravidez devem ser bem rigorosos devido à alta prevalência de complicações na nossa população, entretanto variam conforme o caso e os riscos que a hipertensão arterial pode trazer àquela gestação.

Podemos citar entre os principais tipos de tratamentos e medidas:

  • Reduzir o ritmo das atividades diárias;
  • Incluir mais horários de repouso no dia;
  • Controlar a alimentação, diminuindo a ingestão de sal e gorduras;
  • Praticar atividades físicas leves, de baixo impacto, como hidroginástica;
  • Afastar-se do trabalho, se for muito estressante;
  • Uso de medicamentos anti-hipertensivos, nos casos mais complicados;
  • Internação hospitalar para repouso e monitoramento da pressão arterial, nos casos refratários ou de difícil controle.

A hipertensão arterial na gravidez ocorre quando os níveis pressóricos apresentam valores iguais ou maiores a 140 x 90 mmHg ("14 por 9"), podendo ser classificada de 4 formas:

  • Pré-eclâmpsia (hipertensão específica da gravidez): Quando a pressão alta surge após 20 semanas de gestação e a grávida apresenta perda de proteínas pela urina;
  • Hipertensão crônica: Quando é identificada antes da gravidez ou antes da 20ª semana de gestação;
  • Pré-eclâmpsia com hipertensão crônica: A gestante já era hipertensa e começou a perder proteínas na urina depois da 20ª semana de gravidez;
  • Hipertensão gestacional: Quando a pressão alta se manifesta em qualquer período da gravidez, mas sem os agravantes da pré-eclâmpsia.
Quais são os riscos da hipertensão na gravidez?

A pressão alta durante a gravidez pode trazer sérias complicações para a gestação, interferindo no crescimento fetal, no funcionamento dos rins da mulher, acidente vascular cerebral, hemorragias, entre outros.

Se a hipertensão não for detectada e tratada corretamente, pode evoluir para eclâmpsia e provocar convulsão na gestante, podendo causar a morte da mãe e/ou do bebê.

A hipertensão arterial não controlada, está entre as três principais causas de morte nas gestantes no Brasil, com índices bem acima dos valores aceitáveis mundialmente, por isso precisamos reforçar a importância de um pré-natal ainda mais rigoroso para esses casos, com tratamento e orientações adequadas.

Portanto, grávidas hipertensas devem ser acompanhadas de perto pelo médico obstetra, sendo considerada uma gravidez de risco, cuidando da correta adesão das medicações e mudanças de hábito de vida, visando uma gravidez saudável.

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Como é o Sangramento de Nidação e quanto tempo dura?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
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Clínica médica e Neurologia

O sangramento de nidação é um pequeno sangramento vaginal, de coloração mais clara, quase imperceptível, considerado um dos primeiros sinais de gravidez. A sua duração é bem curta, variando de 1 a 3 dias.

Suas principais características são:

1. Coloração rosada

A coloração é mais clara e rosada, mas pode aparecer também em tom vermelho amarronzado, semelhante à borra de café, por este motivo, é muitas vezes confundido com a menstruação.

2. Duração de no máximo 3 dias

O sangramento de nidação deve durar até 3 dias, no máximo. Em média, dura de 1 a 2 dias.

Se o sangramento aumentar em quantidade, durar mais de 3 dias ou se tornar vermelho vivo, é importante consultar o seu médico ginecologista ou obstetra.

3. Não tem cheiro

O sangramento não tem cheiro e quase não é visto, pode apenas sujar a roupa íntima ou ser observado no papel higiênico, após limpar-se.

Qual a diferença entre menstruação e nidação?

O que diferencia o sangramento de nidação da menstruação são principalmente a quantidade do sangramento e a sua coloração.

Na nidação o sangramento é mais clarinho e sempre muito pouco. Na maior parte das vezes, apenas suja a calcinha. A mulher percebe ao se secar com papel higiênico. Além disso, ele tende sempre a diminuir com o tempo e não ultrapassa 3 dias. O mais comum é durar apenas 1 dia.

A menstruação geralmente dura de 3 a 7 dias, com volume maior de sangue, especialmente nos primeiros dias, sendo necessário o uso de absorventes e a sua coloração é mais avermelhada ou marrom escuro.

Nidação dá cólicas?

Sim. Pode haver uma cólica leve, ou sensação de cólicas, com algumas pontadas na região do baixo ventre. Isto ocorre devido ao movimento do embrião para se fixar no endométrio.

As cólicas que ocorrem durante a nidação costumam ser menos dolorosas do que as que acontecem durante o período menstrual.

Quando ocorre o sangramento de nidação?

O sangramento de nidação ocorre quando o embrião se fixa na parede do útero, em média, 7 a 15 dias após a fecundação, no período fértil.

Lembre-se que nem todas as mulheres que engravidam apresentam ou mesmo percebem o sangramento de nidação, e que esse fato não indica nenhum problema. Estima-se que apenas 20% das mulheres observem esse sangramento.

A nidação ocorre antes ou depois do atraso menstrual?

A nidação acontece antes do atraso menstrual. A fixação do bebê no útero, ocorre de 10 a 15 dias depois da menstruação, no período fértil, se a gravidez aconteceu.

Portanto, se após um pequeno sangramento rosado, a menstruação atrasar por mais de 2 semanas, pode ser sim, um sinal de gravidez.

Quanto tempo após o sangramento de nidação posso fazer o teste de gravidez?

Em média, cinco a sete dias após o sangramento de nidação. Isso é uma estimativa, porque acredita-se que a nidação leve de 7 a 15 dias ocorrer. Este é o tempo que o óvulo fecundado demora para se deslocar da trompa até a cavidade uterina.

Entretanto, o mais recomendado é que o teste de gravidez, de farmácia ou o Beta-HCG, seja feito após 15 dias de atraso da menstruação.

Conhecer as fases do seu ciclo menstrual pode ajudar muito a perceber o sangramento de nidação e a outros sinais de gravidez.

Para maiores esclarecimentos sobre o assunto, converse com o/a seu/sua ginecologista, ou equipe de saúde da família.

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