É normal começar a sentir contrações entre a 16ª e a 20ª semana de gravidez. São contrações uterinas que deixam a barriga mais dura durante 30 a 60 segundos, podem ocorrer várias vezes ao dia e normalmente não causam dor.
No entanto, isso não significa que o bebê vai nascer ou que a grávida entrou em trabalho de parto. Essas são as chamadas contrações de Braxton-Hicks, conhecidas também como "contrações falsas" ou "contrações de treinamento".
As contrações de treinamento são esperadas e normais, embora nem todas as gestantes as sintam. Elas são mais fracas e rápidas que as contrações do trabalho de parto e demoram mais tempo para se repetir.
Quando é normal sentir as contrações do trabalho de parto?As contrações do trabalho de parto começam entre a 37ª e a 42ª semana de gravidez. No início das contrações, é recomendável que a grávida fique em casa, pois está no seu ambiente e pode estar mais relaxada.
Contudo, para ter a certeza de que está mesmo em trabalho de parto e não é um alarme falso, o melhor é monitorar as contrações e ficar atenta a algumas características que podem indicar que trata-se de contrações de parto:
- Duração das contrações é de 30 a 60 segundos;
- As contrações do parto geralmente são dolorosas, quando mais dura fica a barriga maior a intensidade da dor;
- A contração pode se iniciar nas costas e caminhar para frente da barriga ou fazer o caminho oposto;
- As contrações no trabalho de parto aumentam progressivamente de intensidade, uma é mais intensa que a outra;
- A frequência das contrações também aumentam continuamente.
É importante informar o médico obstetra e estar atenta à evolução das contrações. Se a bolsa se romper, houver sangramentos ou o bebê parar totalmente de mexer por um período inteiro (manhã ou tarde), a gestante deve ser levada imediatamente para o hospital.
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Provavelmente não. Com 8 semanas de gravidez pode ser muito cedo para ter certeza do sexo do bebê.
É possível saber o sexo do bebê a partir da 8ª semana de gravidez através de um exame de sangue específico (sexagem fetal) ou a partir da 13ª semana pelo ultrassom.
Na ultrassonografia transvaginal, a depender da posição do feto e da implantação da placenta, é possível identificar o sexo a partir das 13ª ou 16ª semana de gestação. Isso significa a partir do 4º-5º mês de gravidez.
A sexagem fetal é um exame de sangue com taxa de acerto em torno de 99% e não precisa de solicitação médica. Porém, este exame possui um valor elevado, não é disponibilizado na rede pública e nem há cobertura pelos convênios.
Outro exame que também é de custo elevado e está disponível em algumas farmácias especializadas é um exame de urina que pode identificar o sexo do bebê a partir da 10ª semana de gravidez.
O mais comum realizado hoje em dia é o ultrassom, um exame de imagem simples e de acesso mais facilitado e em que é possível saber o sexo do bebê a partir da 13ª semana. Nessa época ainda há uma chance de 20% de erro a depender da posição do feto e da implantação da placenta. A partir da 16ª semana é mais garantida a possibilidade de saber o sexo do bebê.
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O ultrassom morfológico com 23 semanas em geral é bem preciso e, em geral, é possível visualizar corretamente o sexo do bebê. Porém, sempre existe a possibilidade de errar o sexo do bebê e, nesse sentido, você pode realizar um novo ultrassom caso desejar.
É possível errar o sexo do bebê com a ultrassonografia. Os exames de ecografia nem sempre permitem visualizar as estruturas fetais com nitidez. Quanto mais cedo são realizados, maiores as chances de apresentar um resultado errado, isto porque a genitália do feto é muito semelhante nos dois sexos no início da gestação.
Além disso, a posição do feto durante o exame do ultrassom também pode dificultar a visualização do sexo do bebê e confundir o/a médico/a que está realizando o exame.
É ainda possível que o pênis do menino fique um pouco escondido e o/a profissional interpretar que portanto o bebê seja uma menina, também é possível ocorrer o oposto, quando o profissional confunde o clitóris da menina com um pênis.
Pesquisas mostram que a possibilidade de acerto do sexo do bebê através do ultrassom pode variar de 80 a 90%, a depender da época da gestação em que foi feito o exame.
Recomenda-se que o exame para visualização do sexo do bebê seja feito um pouco mais tarde, por volta da 16ª a 20ª semana, nesse período os genitais estão um pouco mais diferenciados e o pênis de bebês do sexo masculino já está um pouco maior, sendo mais fácil a diferenciação a partir da vigésima semana.
Como você está com 23 semanas, é possível que o/a médico/a tenha detectado o sexo do bebê, porém, você pode realizar um novo ultrassom a qualquer momento para tirar essa dúvida.
Converse com o/a médico/a que está acompanhando a gestação para esclarecer mais dúvidas sobre o exame de ultrassom e o sexo do bebê.
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Ainda é cedo para sentir, mas logo deve começar.
É normal e mais comum começar a sentir o bebê mexer na barriga a partir da 17ª ou 18ª semana de gravidez. Antes disso, é normal não sentir os movimentos do bebê, por ser ainda muito pequeno e estar completamente envolvido pelo líquido amniótico.
Entre a 20ª e a 24ª semana de gestação os movimentos do bebê ficam mais intensos e já é possível senti-los bem. É nessa fase que a mão começa a sentir os famosos "chutes".
Vale lembrar que alguns bebês se mexem menos na barriga e isso não deve ser motivo de preocupação.
Porém, estar atenta aos movimentos do bebê é uma forma de saber se ele está bem. Se, no final da gravidez, por volta da 34ª semana, os movimentos não estiverem muito constantes ou se tiver dúvidas se o bebê está ou não se mexendo, faça o seguinte exercício:
- Coma alguma coisa;
- Deite sobre o seu lado esquerdo durante 30 minutos, num ambiente tranquilo;
- Coloque a mão na barriga e marque cada vez que sentir o bebê mexer;
- Se continuar com dúvidas quanto aos movimentos do bebê ou se ele se mexer menos de 3 vezes em cada período de 30 minutos, é preciso procurar um serviço de saúde.
Se o bebê ficar algum período sem se mexer é porque ele pode estar dormindo. Nesse caso, deve-se repetir o exercício depois de uma hora.
Se necessário, entre em contato com o/a médico/a obstetra ou médico/a de família que faz seu pré-natal ou dirija-se a um serviço de urgência.
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Sim, quem tem trombofilia pode engravidar, apenas é preciso um cuidado ainda maior durante o pré-natal, com algumas medidas preventivas, visando reduzir os riscos de complicações inerentes a essa condição.
A trombofilia deve estar devidamente diagnosticada e o acompanhamento da gravidez deve ser feito por um médico obstetra com conhecimento desse tipo de problema.
Para prevenir complicações gestacionais relacionadas com a trombofilia, são indicados:
- Medicamentos anticoagulantes. A heparina é o mais utilizado, principalmente a heparina de baixo peso molecular, que é bastante segura para ser usada na gravidez;
- Acompanhamento pré-natal rigoroso;
- Beber muita água, para evitar desidratação, fator de risco para trombose;
- Evitar sedentarismo, sempre que autorizado pelo médico assistente, deve manter alguma atividade física;
- Cuidados na alimentação, manter o peso adequado;
- Evitar roupas apertadas e viagens prolongadas.
A partir do 3º trimestre de gravidez, é importante verificar continuamente a saúde e a vitalidade do feto através de diferentes exames.
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Durante o parto, seja normal ou por cesárea, os cuidados com a estabilidade do estado geral da mulher e do bebê devem ser redobrados. O uso de heparina já pode ser reiniciado logo após o parto, cerca de 6 a 8 horas depois.
É importante lembrar que o puerpério (período de 40 a 50 dias após o parto) é a fase que traz maiores riscos para a mulher com trombofilia, pois aumenta a chance dela desenvolver uma trombose. Por esse motivo, a heparina deve ser mantida durante todo esse período e o acompanhamento médico e de exames de sangue, regulares.
O médico ginecologista poderá orientar e esclarecer maiores dúvidas sobre uma gravidez com trombofilia. O mais importante é manter um pré-natal adequado para que sua gestação seja agradável e segura.
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Não existe propriamente um peso mínimo para poder engravidar. O ideal é que a mulher esteja dentro do peso considerado normal para a sua altura antes de engravidar.
Para saber se alguém está acima, abaixo ou dentro do peso ideal, utilizamos o cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC), que é obtido dividindo-se o peso pelo quadrado da altura → IMC = Peso (kg) ÷ Altura (m) 2.
Dessa forma, obtêm-se a seguinte classificação:
IMC inferior a 16 | Magreza grave |
IMC de 16 a 16,9 | Magreza moderada |
IMC de 17 a 18,4 | Magreza leve |
IMC de 18,5 a 24,9 | Faixa de peso saudável |
IMC de 25 a 29,9 | Sobrepeso |
IMC de 30 a 34,9 | Obesidade grau 1 |
IMC de 35 a 39,9 | Obesidade grau 2 |
IMC acima de 40 | Obesidade grau 3 ou mórbida |
Assim, quem pretende engravidar deve preferencialmente estar com um IMC entre 18,5 e 24,9. Por exemplo, uma mulher com 1,65 m de altura e que antes da gravidez está com 60 kg, tem um IMC de 22, portanto está dentro da faixa de peso considerada ideal ou saudável para a sua altura (IMC = 60 ÷ (1,65)2 = 22).
Dessa forma, pode-se concluir que o peso mínimo recomendado para engravidar é definido pelo IMC de valor igual a 18,5.
Mulheres que engravidam com baixo peso (IMC inferior a 18,5) têm que ganhar de 12,5 a 18 kg durante a gravidez, pois existe o risco do bebê ter o crescimento intrauterino restrito durante a gestação ou apresentar baixo peso ao nascimento. A própria saúde da gestante pode ser prejudicada se ela estiver abaixo do peso, por carências nutricionais.
Por isso antes de engravidar recomenda-se controlar o peso (ganhar, perder ou manter), de maneira a mantê-lo dentro dos limites considerados normais e evitar futuros problemas gestacionais que podem afetar a mãe e o bebê.
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Sim, deve confiar que o resultado é mesmo positivo, caso contrário não devia sequer ter feito o exame (geralmente o laboratório que faz o teste é o mesmo que faz o exame particular).
O trabalho de parto apresenta as seguintes fases, seguidas dos respectivos sinais e sintomas:
1. Pré-parto ou período premonitório:Começa entre 30 e 36 semanas, estendendo-se até o início do parto. Ocorre a descida do fundo uterino (a barriga "cai"), iniciam-se contrações uterinas esparsas e irregulares, há saída de secreção mucóide com raias de sangue pela vagina.
Estas alterações culminam com o início do preparo do colo uterino para o parto, quando as contrações tornam-se progressivamente mais intensas e regulares, levando à dilatação, amolecimento e centralização do colo uterino (fase latente).
A fase latente do trabalho de parto dura em média de 14 horas em multíparas e 20 horas nas primíparas.
2. Período de dilatação:É o período que se estende da fase latente ao momento em que o colo uterino está dilatado 10 cm. Nas primíparas, dura aproximadamente 10 a 12 horas. Nas multíparas, dura 6 a 8 horas.
Nesta fase, as contrações são regulares, usualmente com intervalo de 3 a 5 minutos e de intensidade moderada a forte. Nesta fase também pode ocorrer a rotura da bolsa das águas, natural ou provocada.
Durante o período de dilatação, pode ser necessária a administração de ocitocina, para melhorar a regularidade das contrações.
3. Período expulsivo:Tem início no final do período de dilatação e termina com a expulsão do bebê. Dura 50 minutos, em média, nas primíparas e 20 minutos nas multíparas.
A gestante sente fortes contrações, com intervalos cada vez menores, apresenta esforços expulsivos e vontade de defecar. Quando a apresentação do bebê está baixa, a gestante faz um esforço expulsivo e o médico auxilia na expulsão do bebê.
4. Período de secundamento:Corresponde ao descolamento e expulsão da placenta e das membranas ovulares. Ocorre cerca de 10 a 20 minutos após o período expulsivo.
5. Quarto período:Tem início no fim do secundamento e estende-se até 1 hora após o parto. Deve ser um período de atenção do obstetra, pelo risco de sangramento uterino.
A atenção ao parto deve ser feita preferencialmente em hospital maternidade, sob a atenção da equipe de obstetras.