O diafragma é um contraceptivo feminino formado por um anel de metal bastante flexível, recoberto por uma fina membrana de látex ou silicone em formato de cúpula. É um método de barreira que, ao ser colocado na entrada da vagina, cobre completamente o colo do útero, impede a passagem dos espermatozoides e evita a fecundação.
Para aumentar a eficácia do diafragma, se recomenda lubrificar suas bordas com uma geleia espermicida que ajudará a imobilizar e matar os espermatozoides.
1. Como usar o diafragma?As mulheres que escolheram o diafragma como método contraceptivo, devem colocá-lo de 15 a 30 minutos antes do ato sexual e devem utilizá-lo em todas as relações sexuais, independente do período mês.
Você pode inserir o diafragma seguindo os seguintes passos:
- Passo 1: Lave bem as mãos,
- Passo 2: Coloque o diafragma contra a luz para verificar se há furos ou qualquer outro defeito,
- Passo 3: Se for utilizar geleia ou creme espermicida, aplique-o na parte côncava do diafragma. Use a quantidade correspondente à uma colher de chá,
- Passo 4: Para inserir o diafragma se coloque em uma posição que seja mais confortável para você. Pode ficar deitada, de cócoras ou em pé, com as pernas afastadas e uma delas flexionada,
- Passo 5: Dobre o diafragma com a parte arredondada para baixo e segure com uma das mãos,
- Passo 6: Com a outra mão afaste os lábios vaginais e coloque o diafragma dobrado empurrando-o com o dedo indicador em direção ao fundo da vagina,
- Passo 7: Empurre a borda anterior do diafragma até que ele se ajuste completamente ao colo do útero e
- Passo 8: Com o dedo indicador, toque o diafragma para verificar se o colo do útero está completamente coberto pela membrana de borracha.
Para retirar o diafragma coloque o dedo indicador por trás da sua borda anterior e puxe com cuidado para baixo e para fora.
O diafragma só deve ser removido 6 horas após a relação sexual. Após o uso, lave o diafragma com sabão neutro, seque e guarde em estojo específico para isto.
3. Como saber o tamanho do diafragma?Existem diafragmas de diversos tamanhos. Para saber o tamanho mais adequado para você é importante consultar um médico ginecologista. Este profissional fará a medição do diâmetro do colo do seu útero para indicar o diafragma mais adequado para você.
4. Quais as vantagens do uso do diafragma?Algumas mulheres decidem usar o diafragma devido às suas vantagens que incluem:
- Pode ser usado por mulheres de todas as idades, desde a adolescência até a menopausa,
- Ajuda a mulher a conhecer seu próprio corpo,
- Não interfere no ciclo menstrual,
- Pode ser usado com espermicida, o que aumenta a sua eficácia,
- Protege o colo do útero contra eventuais lesões,
- Pode ser usado por mulheres que estão amamentando,
- Não é descartável e, quando usado com os devidos cuidados, tem durabilidade de 3 a 6 anos,
- Pode ser utilizado juntamente com o preservativo masculino, o que faz com que aumente a proteção contra a gravidez e infecções sexualmente transmissíveis.
Embora apresente diversas vantagens, as desvantagens do uso do diafragma incluem:
- Exigência de disciplina no uso, devendo ser colocado antes do ato sexual e somente ser retirado 6 horas após a relação,
- Não evita todas as infecções sexualmente transmissíveis,
- Reação alérgica à borracha do diafragma ou ao espermicida,
- Irritação da vagina ou do pênis devido ao uso excessivo de espermicidas.
O diafragma não deve ser usado por mulheres que apresentam alteração no posicionamento do útero, musculatura vaginal enfraquecida, queda uterina (prolapso do útero) e rotura do útero. Estes problemas aumentam o risco de o diafragma não ficar na posição correta e, deste modo, não cumprir a sua função de prevenção da gravidez.
O uso durante a menstruação deve ser evitado devido à uma maior possibilidade de inflamação e infecção do colo do útero.
Igualmente, o diafragma é contraindicado para mulheres virgens ou que tenham alergia ao látex. Nos casos de alergia ao látex, procure diafragma de silicone.
7. É preciso usar o diafragma com espermicida?O uso do espermicida no diafragma não é obrigatório. Entretanto, ele aumenta a eficácia do método. Quando usados juntos, o diafragma funciona como uma barreira para impedir a passagem dos espermatozoides pelo colo do útero. Já o espermicida age retirando a capacidade de movimentação do espermatozoide e matando-os.
É importante lembrar que o uso do diafragma não dispensa o uso de camisinha, uma vez que não protege de todas a infecções sexualmente transmissíveis, a exemplo do HIV.
Deste modo, diafragma e espermicida contribuem para evitar a gravidez.
Para saber mais sobre diafragma e métodos anticoncepcionais, você pode ler:
O que é espermicida e como funciona?
Dúvidas sobre anticoncepcional
Anticoncepcional: como tomar os diferentes tipos de anticoncepcionais
Melhor anticoncepcional: 5 dicas para ajudar na sua escolha
Referência
FEBRASGO. Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.
Os exames que devem ser feitos pelo homem e pela mulher antes de tentar engravidar, são:
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Para a mulher:
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Tipagem sanguínea e fator Rh: Exame de sangue aonde será identificado o tipo sanguíneo da mãe e principalmente o fator RH. Nas mulheres com fator Rh negativo, é importante avaliar o fator do companheiro.
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Hemograma: É um exame de sangue usado para avaliar a série "vermelha", ou seja, o valor das hemácias da mãe, descartando anemia, um quadro que pode prejudicar a gestação.
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Teste de glicemia: Verifica os níveis de glicose (açúcar) no sangue e serve para detectar o diabetes ou saber se a mulher tem tendência para desenvolver a doença;
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Sorologia para toxoplasmose, sífilis, Citomegalovírus (CMV), Hepatites virais, rubéola e HIV: É importante saber se a mulher é imune a essas doenças ou não, para que sejam tomados os devidos cuidados para evitá-las. Se forem adquiridas durante gravidez, podem trazer sérias complicações para a mulher e para o feto, como:
- Parto prematuro, aborto espontâneo;
- Para o bebê, catarata, glaucoma, doença cardíaca, atraso mental, hidrocefalia, retardo mental, surdez, atraso do desenvolvimento;
- Colpocitologia oncológica: Exame de rastreio para alterações celulares que podem evoluir para câncer de colo de útero.
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Nos casos especiais, como mulheres acima de 35 anos de idade, obesas, diabéticas, ou com história prévia de abortos espontâneos, bebês muito grandes ou óbito fetal sem causa definida, podem ser acrescentados os seguintes exames:
- Mamografia: Pode ser indicada para mulheres acima de 35 anos de idade, ou com risco aumentado para câncer de mama;
- Ultrassom: Serve principalmente para detectar alterações no útero, como mudanças no seu formato e miomas, que podem causar aborto, além de endometriose, que pode dificultar a gravidez;
Tão importante quanto os exames antes de engravidar, é a avaliação médica quanto ao cartão de vacinação da mulher, atualizando todas as vacinas que forem necessárias, para prevenir doenças e ou complicações para a mulher e o bebê.
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Para o homem:
- Hemograma: Com o mesmo objetivo de avaliar possíveis doenças no sangue, como anemia;
- Sorologia para HIV: Da mesma forma que na mulher, é importante identificar doenças que podem afetar a saúde da mãe e do bebê precocemente, para dar a opção de tratamento e orientações;
- Espermograma: Não é um exame obrigatório, mas aconselhável que o homem faça se o casal pretende engravidar, pois o exame avalia a capacidade reprodutiva do homem, através da análise da quantidade e qualidade dos seus espermatozoides.
Leia também: Que exames devo fazer para saber se posso engravidar?
O/A médico/a obstetra deverá orientar o casal quanto aos exames que ambos deverão fazer antes da gravidez.
Em caso de descolamento de placenta, a grávida deve ir imediatamente para um serviço de urgência/pronto socorro. Lá, a equipe médica irá verificar a frequência cardíaca do bebê, examinar a gestante, fazer exames de sangue e realizar ultrassom.
Embora o diagnóstico de um descolamento de placenta seja sobretudo clínico, uma vez que a ultrassonografia nem sempre detecta pequenos descolamentos, o ultrassom pode excluir a possibilidade de haver uma placenta prévia, outra causa provável de sangramento uterino.
Ao suspeitar de descolamento da placenta, a gestante deve permanecer em repouso absoluto para evitar o agravamento do quadro e aguardar a indução do parto ou a cesariana.
A gestante deve procurar auxílio médico imediatamente se observar algum dos seguintes sintomas de descolamento de placenta:
- Sangramento vaginal ou rompimento da bolsa com líquido sanguinolento;
- Dor abdominal ou na coluna lombar que surge de forma súbita;
- Contrações frequentes, com pouco espaço entre elas, ou uma contração que não termina;
- Deixar de sentir o bebê se mexer.
O descolamento de placenta deve ser diagnosticado e tratado pelo/a médico/a obstetra.
Um parto normal após cesariana pode ser perigoso, se a mulher tiver antecedente de três ou mais cesáreas. Isso porque na cesárea o obstetra corta o útero numa região específica para poder retirar o bebê e nas cesarianas seguintes o local de abertura uterina é o mesmo da cicatriz anterior.
Por isso, acredita-se que após três cesáreas essa cicatriz passe a ser um local mais suscetível de rotura, tanto devido ao crescimento do útero durante a gravidez como e, principalmente, devido às contrações do trabalho de parto.
Alguns obstetras optam por parto cesariana se a mulher tiver antecedente de duas ou três cesarianas, pelo risco de rotura uterina (rompimento do útero), e com isso um risco de morte fetal e materna (por sangramento).
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O seu obstetra deverá orientá-la sobre a melhor opção para o parto.
Não existe um tempo estipulado para engravidar de novo. Na verdade você poderá sim engravidar de novo após avaliação detalhada e conversa com seu/sua médico/a assistente, pois vários fatores deverão fazer parte desta decisão.
A Síndrome HELLP é uma doença grave, hipertensiva que ocorre durante a gravidez, citada entre as três principais causas de mortalidade materno-fetal no Brasil. Caracterizada pela presença de hipertensão arterial severa associada a hemólise (destruição de precoce de hemácias), alterações hepáticas, com aumento das enzimas hepáticas (TGO e TGP), e plaquetopenia (plaquetas abaixo de 100.000 por mm³).
Portanto, a próxima gestação deverá ser planejada com cautela e com devidas orientações para evitar que ocorra novamente, existe sim o risco de recorrência.
Primeiro é importante que seja feita uma avaliação criteriosa para descartar outras causas de hipertensão no seu organismo, com coleta de exames de sangue e de imagem, a critério da equipe médica.
Depois será necessário algum tempo, pelo menos entre seis meses a um ano, para: Ajustar doses de medicamentos anti-hipertensivos; Estabilizar sua pressão arterial; Mudança de hábitos alimentares e atividade física para preparar o organismo para próxima gestação e Acompanhar melhora completa do quadro clínico e alterações hepáticas, ou seja, a normalização de enzimas hepáticas, hemácias e plaquetas.
Por fim, determinar qual melhor opção e período que deverá repensar para próxima gestação.
O médico ginecologista/obstetra é o médico responsável nesses casos e deverá fazer o acompanhamento e orientações necessárias.
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Depois do parto normal a mulher pode ter incontinência urinária. Não é uma situação propriamente "normal", porque nem todas as mulheres com parto vaginal ficam com incontinência urinária, no entanto, a depender de como foi o parto o risco de incontinência urinária pode ser maior ou menor.
Algumas situações que podem aumentar o risco de incontinência urinária após o parto normal são: uso de fórceps, obesidade na mulher grávida e peso excessivo do recém-nascido.
O parto normal pode provocar lesão nos músculos, nervos e tecido conjuntivo do assoalho pélvico, que pode resultar em incontinência urinária.
O assoalho pélvico sustenta os órgãos pélvicos e mantém o controle da urina. Para desempenhar essa função adequadamente, é necessário que a sua musculatura, inervação e tecidos conectivos estejam íntegros.
Durante a fase de expulsão do trabalho de parto, a cabeça do bebê força e estica o assoalho pélvico, podendo provocar a ruptura dos músculos, tecidos e nervos.
Para diminuir o risco de ter incontinência urinária após o parto praticar exercícios específicos para fortalecer a musculatura do assoalho pélvico. Da mesma forma após o parto, exercícios de reabilitação do assoalho pélvico podem permitir a adequada recuperação dessa musculatura, levando a melhora dos sintomas de incontinência urinária.
Para mais informações, fale com o seu médico obstetra.
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35 semanas de gestação são 8 meses de gravidez.
É a reta final para o nascimento do bebê, que estará pronto para nascer a partir da 37ª semana. Por isso, é aconselhado ter tudo organizado para o nascimento, como, por exemplo:
- Deixar as roupas do bebê lavadas;
- Arrumar o quarto para a chegada do bebê;
- Saber onde será o parto - de preferência, visite o lugar antes;
- Ter conversado sobre o parto com o médico que acompanha o pré-natal;
- Ter estabelecido um método contraceptivo para depois do parto.
No período entre as 28 e 36semanas, as visitas de pré-natal devem acontecer a cada 15 dias. Com 35 semanas, é possível que o bebê já esteja encaixado (de cabeça para baixo). Ele já está todo formado, mas ainda precisa de um tempo para ficar maduro, pronto para nascer.
Sua barriga pode ficar dura em alguns momentos, sem que você sinta dor. Poderá sair do seu peito um líquido amarelado, o colostro. Seu corpo está se preparando para o trabalho de parto e para o nascimento do bebê.
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Referências:
Ministério da Saúde. Caderneta da Gestante. 6ª edição. Brasília - DF. 2022.
NOTA TÉCNICA PARA ORGANIZAÇÃO DA REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE COM FOCO NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE E NA ATENÇÃO AMBULATORIAL ESPECIALIZADA — SAÚDE DA MULHER NA GESTAÇÃO, PARTO E PUERPÉRIO. / Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein. São Paulo: Hospital Israelita Albert Einstein: Ministério da Saúde, 2019. p. 27-28.
Depende. A única maneira de saber com certeza se as medicações interagem é avaliando todos os substratos que estão na composição do medicamento homeopático que faz uso. A princípio não interferem, no entanto é preciso avaliar ambas as medicações.
De qualquer forma, é fundamental que informe ao seu médico tudo o que está em uso durante a gravidez, mesmo que não seja diariamente ou que seja algo "natural". Porque muitas vezes tratamentos naturais ou homeopáticos podem prejudicar ou interferir no programa de acompanhamento da gestação.
Principalmente se está havendo algum contratempo na sua gravidez, como é o caso da formação do hematoma, o médico precisa saber todas as possibilidade de riscos e causas para esse problema.
Portanto, sugerimos que retorne ao seu médico obstetra assistente, levando o medicamento homeopático que está em uso, para adequada avaliação.
Leia também: O que é hematoma retrocoriônico?
Importante saber também, que o hematoma é uma coleção de sangue, devido a um descolamento da placenta e lesão de pequeno vaso, que pode ser resolvido com repouso e medicamentos, conforme orientado pelo médico assistente, mas pode evoluir com piora do sangramento e com isso o risco de descolamento do óvulo e aborto.
Sendo assim, todos os cuidados são necessários para evitar essa evolução. Um deles é o cuidado com a coagulação. Existem alguns alimentos e chás que são contraindicados durante a gestação, exatamente por esse motivo, por aumentar o risco de sangramentos.
São exemplos os chás de arruda, chá de canela, entre outros. Totalmente contraindicados durante a gravidez.
Saiba mais sobre esse assunto no artigo: Grávida pode tomar chá de hibisco?
Recomendamos sempre que mantenho o contato e o acompanhamento rigoroso do seu pré-natal, converse e esclareça todas as suas dúvidas com a equipe de saúde, para que tenha uma gravidez saudável e segura.
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