Cerclagem uterina é uma sutura ("costura") em bolsa que se faz no colo do útero para mantê-lo fechado e impedir a sua dilatação antes do final da gestação. A cerclagem é feita sempre após a 12ª semana de gravidez, geralmente entre a 13ª e a 16ª semana de gestação.
A cerclagem uterina é indicada para mulheres com incompetência istmo cervical, uma condição em que o colo do útero não consegue suportar o peso da gestação e dilata antes do tempo, provocando um aborto espontâneo ou um parto prematuro.
A incompetência istmo cervical é determinada pela ocorrência de 3 ou mais abortos espontâneos seguidos.
Para mulheres que já tiveram uma perda e sofreram dilatação antes da 20ª semana de gestação, costuma-se indicar a cerclagem uterina já na 2ª gravidez.
Contudo, a cerclagem realizada durante a gestação nem sempre evita um parto prematuro. Para evitar que isso ocorra novamente, existe a possibilidade de se fazer a cerclagem uterina antes da próxima gravidez.
É a chamada cerclagem definitiva, na qual os pontos não são retirados no final da gestação. O procedimento não dificulta a gravidez e pode ser realizado por videolaparoscopia ou cirurgia aberta, como a cesárea.
Algumas gestantes conseguem trabalhar após a cerclagem, enquanto outras devem ficar de repouso e acompanhar atentamente a gestação. Além disso, é prescrito um hormônio vaginal para impedir uma nova dilatação do colo uterino.
Para realizar a cerclagem, é necessário que o colo do útero não esteja dilatado e não apresente sinais de infecção.
O/a médico/a obstetra é responsável pelo diagnóstico da incompetência istmo cervical e realização da cerclagem.
Saiba mais em:
Quais são os riscos da cerclagem?
Após a cerclagem tenho que ficar em repouso por quanto tempo?
Uma gestação com 8 semanas corresponde a 2 meses completos de gravidez.
Ao final de 8 semanas de gestação, o bebê ainda é muito pequeno e está começando a se formar. Ele tem o tamanho aproximado de uma ervilha, pesando mais ou menos 7 gramas. Com 8 semanas, começam a se formar as mãos, os dedos, as orelhas e os órgãos internos.
As consultas de pré-natal devem começar assim que a gestante descobre que está grávida. Elas são mensais até a 28ª semana de gestação. Como alguns problemas de saúde bucal podem aumentar o risco de prematuridade, é recomendado fazer uma avaliação com um dentista até um mês após o início do pré-natal. O ideal é que seja realizada no mínimo uma avaliação em cada trimestre.
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- Quantas semanas correspondem a oito meses de gestação?
Referências:
Ministério da Saúde. Caderneta da Gestante. 6ª edição. Brasília - DF. 2022.
NOTA TÉCNICA PARA ORGANIZAÇÃO DA REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE COM FOCO NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE E NA ATENÇÃO AMBULATORIAL ESPECIALIZADA — SAÚDE DA MULHER NA GESTAÇÃO, PARTO E PUERPÉRIO. / Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein. São Paulo: Hospital Israelita Albert Einstein: Ministério da Saúde, 2019. p. 27.
O sangramento na gravidez é comum, sobretudo no início da gestação e não costuma ser um problema grave. No entanto, não deve ser considerado normal, até que seja avaliado pelo obstetra.
Isso porque o sangramento pode representar desde uma situação normal, como o sangramento de fixação do embrião na parede do útero, chamado sangramento de nidação, até uma situação de risco como o início do abortamento ou uma gravidez ectópica (fora do útero).
Sendo assim, qualquer sangramento durante a gravidez deve ser informar imediatamente ao seu obstetra ou ginecologista.
O que causa sangramento no início da gravidez?Nos três primeiros meses de gestação o sangramento é bastante frequente e nem sempre é sinal de complicação. Neste período o sangramento pode ser causado por:
1. Implantação do embrião (sangramento de nidação)O sangramento acontece quando ocorre a implantação do óvulo fecundado (embrião) no útero, chamado de sangramento de nidação. É um pequeno sangramento vaginal de cor rosada, sem cheiro e que dura até 3 dias. Para muitas mulheres pode ser imperceptível.
Este sangramento é considerado um dos primeiros sinais de gravidez e pode vir acompanhado de cólicas.
2. Relação sexual, alterações hormonaisO sangramento que ocorre após as relações sexuais e devido às alterações hormonais também podem ser considerados normais. Geralmente são pequenos sangramentos que a mulher nota após urinar, ao secar-se com papel higiênico ou na calcinha.
Esse tipo de sangramento nem sequer é suficiente para cobrir um absorvente, cessa espontaneamente e é chamado de sangramento de escape. Não é uma situação preocupante.
3. Infecção urináriaSe junto ao sangramento você perceber sinais de infecção como coceira, ardência, febre, mau cheiro e/ou presença de corrimento vaginal, é necessário buscar um médico de família, ginecologista ou obstetra para descobrir a causa e tratar a infecção.
As infecções não representam risco a você e/ou ao bebê, se forem adequadamente tratadas.
4. Gravidez ectópicaA gravidez ectópica ocorre quando o óvulo fecundado se implanta fora da cavidade uterina e o feto se desenvolve fora do útero como, por exemplo, nas tubas uterinas (gravidez tubária).
Nestes casos ocorrem sangramentos vaginais irregulares (sangramento que vai e volta) e dor abdominal em cólicas.
O risco de hemorragia nestes casos é elevado e por este motivo é necessário ir o mais rápido possível para uma emergência, pois o tratamento é cirúrgico de urgência.
5. Aborto espontâneoO aborto espontâneo é a situação mais temida pelas mulheres que estão no primeiro trimestre de gestação. No aborto espontâneo, a mulher apresenta um sangramento mais volumoso, com presença de coágulos e acompanhado de fortes cólicas.
É uma situação que traz risco à vida da mulher pelo volume do sangramento. Por esta razão, é importante dirigir-se o mais rapidamente possível a um serviço de emergência.
Sangramentos no segundo trimestre de gestaçãoDurante o quarto, quinto e sexto meses de gestação os sangramentos são mais raros do que nos três primeiros meses. As situações mais comuns que provocam sangramento neste período são:
- Após as relações sexuais,
- Depois da realização de algum esforço físico como levantar pesos,
- Presença de tosse ou espirros frequentes,
- Até algumas horas após a realização de um exame de toque vaginal e
- Placenta prévia (implantação mais baixa da placenta).
Nas primeiras situações, o sangramento é pequeno, não representa risco à mãe nem ao bebê, mas a placenta prévia pode oferecer risco para ambos.
A placenta na grande maioria das vezes, se fixa na parede lateral do útero e é responsável pela nutrição do bebê. Quando a sua implantação ocorre na parte inferior do útero, próximo ao canal da vagina, é chamada de placenta prévia, ou "placenta baixa".
O problema acontece próximo ao final da gestação, na fase em que o bebê mais cresce e começa a comprimir a placenta com a cabeça. Essa compressão pode oferecer menos oxigênio e nutrientes para o bebê, além de romper alguns vasos da placenta, levando ao sangramento vermelho vivo e indolor.
O tratamento consiste em repouso rigoroso da mãe, medicamentos e no caso de sangramento intenso ou sinais de sofrimento para o bebê, a cesariana de urgência.
O que causa sangramento no final da gravidez?Nos três últimos meses de gestação (sétimo, oitavo e nono mês) os sangramentos causam maior preocupação pelo risco de descolamento de placenta. Além disso, é aguardado que a mulher entre em qualquer momento, especialmente no nono mês, em trabalho de parto.
Descolamento de placentaOcorre quando a placenta se separa da parede interna do útero antes do nascimento do bebê. O descolamento de placenta é mais comum após o sétimo mês em mulheres que tem pressão alta.
Os sintomas incluem sangramento vermelho vivo ou escuro, cólicas fortes e contrações persistentes.
É uma situação grave, pois, além de provocar forte hemorragia, interrompe o fluxo de nutrientes e oxigênio para o bebê. Nestes casos pode ser necessário realizar cesariana de emergência, por este motivo deve-se rapidamente ir para o hospital.
Aborto tardioO abortamento nessa fase da gestação costuma acontecer por complicações de doenças crônicas, como diabetes mellitus e pressão alta. Os sintomas de aborto são sempre o sangramento, associado a cólicas abdominais intensas, podendo apresentar ainda, febre, náuseas ou vômitos, no caso de aborto infectado.
O tratamento será definido de acordo com o quadro e tipo de aborto. Para o aborto incompleto, retido ou infectado, pode ser preciso internação para hidratação, antibioticoterapia e curetagem.
Trabalho de partoO sangramento que ocorre durante o trabalho de parto é normal e esperado. Este sangramento é causado pela perda do tampão mucoso. Este tampão fica na entrada do útero e funciona como uma proteção contra a entrada de bactérias.
Quando ocorre a perda do tampão, sai pela vagina uma secreção transparente e espessa que pode ou não conter sangue. Junto com a perda do tampão e a presença de secreção a mulher sente também as contrações do útero.
Não é necessário correr para o hospital, pois o nascimento do bebê ainda pode demorar. Você deve entrar em contato com o médico obstetra e cumprir as suas orientações.
O que fazer em caso de sangramento na gravidez?Se ocorrer qualquer sangramento na gestação, o médico responsável pelo pré-natal deve sempre ser informado. Você pode observar a quantidade de sangue perdida e a duração do sangramento, da seguinte forma:
- Coloque um absorvente limpo e verifique a cada 30 a 60 minutos, durante algumas horas;
- Se o sangramento for intenso, o abdômen estiver rígido e com dor, ou se houver contrações fortes e frequentes, chame uma ambulância através do número 193 ou dirija-se para um serviço de urgência.
- Quando o sangramento é constante (não pára);
- Sangramento abundante: molha a sua roupa ou ultrapasse a roupa íntima;
- Cor do sangue: sangramento vermelho vivo ou escuro;
- Presença de coágulos no sangue;
- Se já sangrou outras vezes durante a gravidez;
- Sangramento com cólicas, dor ou contrações fortes;
- Desmaios, tonturas, náuseas, vômitos, diarreia, febre;
- História de queda ou trauma recente.
Na maioria das vezes, o tratamento do sangramento durante a gestação consiste em repouso. Entretanto, é necessária uma avaliação ginecológica e talvez, a realização de ultrassom para avaliação do bebê. Isto a deixará mais tranquila em relação à sua saúde e a do seu bebê.
Referências:
UpToDate - Errol R Norwitz, e cols. Overview of the etiology and evaluation of vaginal bleeding in pregnant women. Dec 17, 2019.
Febrasgo - Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.
O muco cervical é uma secreção produzida pelo colo do útero que pode ser, às vezes, percebido na calcinha e é responsável por manter a umidade da vagina e proteger o útero contra infecções. Pode também ser chamado de muco vaginal ou secreção vaginal e apresenta cor clara ou branca e não possui odor.
O aspecto e a quantidade do muco vaginal variam conforme o período do ciclo menstrual e com situações específicas como a gravidez e a presença de infecções ou inflamações. Aprenda neste artigo as diferenças do muco cervical em cada fase do seu ciclo menstrual e quais as situações mais comuns em que ele se modifica.
Muco cervical no primeiro dia do ciclo menstrualO primeiro dia de menstruação marca o primeiro dia do seu ciclo menstrual. Neste período, a presença do muco vaginal é imperceptível por dois motivos: a baixíssima quantidade de muco e a presença da menstruação.
O muco permanece escasso durante toda a menstruação que, para a maioria, dura de 2 a 7 dias.
Muco cervical logo após a menstruaçãoLogo após a menstruação, em torno do 8º e 9º dias do ciclo, a mulher tem uma fase seca. Algumas mulheres apresentam muco muito escasso e ainda imperceptível e outras não produzem mudo.
Muco cervical antes o período fértilA medida em que o período fértil vai se aproximando, o muco cervical se torna, primeiramente, grosso, opaco, de coloração esbranquiçada ou levemente amarelado e pastoso. Além disso, ao tentar esticar o muco entre os dedos, ele se apresenta quebradiço.
Com a elevação dos níveis de estrógeno, a produção de secreção vaginal aumenta em quantidade e o muco cervical se torna mais aquoso, ou seja, mais líquido, leitoso, escorregadio e a vagina se torna mais úmida.
Muco cervical durante o período fértilNo dia da ovulação, período em que é mais fácil engravidar, o muco vaginal fica semelhante à clara de ovo cru e fica transparente, elástico e ainda mais abundante.
Este é o período propício para uma gravidez. Deste modo, se o casal não deseja engravidar, deve evitar as relações sexuais com penetração vaginal neste período o usar um método contraceptivo de barreira como camisinha masculina, feminina ou diafragma com espermicida.
Muco cervical após o período fértilApós o período fértil, o muco cervical diminui em quantidade e volta a ser opaco, pegajoso e perde a elasticidade. Este tipo de muco ocorre devido à ação da progesterona e indica que a mulher não está mais fértil.
A vagina volta a ficar seca ou permanece com muco vaginal infértil e, portanto, não há risco de gravidez.
Muco cervical durante a gravidezÉ normal que as mulheres grávidas apresentem muco vaginal branco, transparente ou leitoso, sem cheiro ou com odor bem fraco. A medida em que a gravidez aumenta a secreção vaginal se torna mais volumosa, especialmente, a partir do 2º e 3º trimestres de gestação.
Por vezes, no início da gravidez pode ocorrer a presença de uma secreção de cor rosada que corresponde a implantação do óvulo fecundado na parede do útero, chamada nidação.
Ao fim da gravidez, já no período do parto, a mulher pode sentir a saída do tampão mucoso, formado pelas secreções vaginais produzidas durante a gravidez, que veda a entrada do útero. A função deste tampão é impedir que as bactérias da vagina entrem no útero e fiquem em contato com o bebê.
Como posso verificar o muco cervical?Para avaliar o muco cervical, introduza 2 dedos na vagina para obter uma amostra da secreção do local. A retirar os dedos da vagina observe o tipo de muco secretado. Por exemplo: se o muco for abundante, transparente e semelhante à clara de ovo, você está ovulando e, portanto, pode engravidar.
Ao obter mais conhecimento sobre o seu corpo, a avaliação do muco cervical ficará mais fácil.
Algumas características, quando presentes no muco vaginal, indicam que algo anormal está acontecendo com o seu corpo. São sinais de alerta:
- Odor fétido,
- Coloração amarelada, esverdeada ou marrom,
- Coceira vaginal,
- Dor,
- Vermelhidão.
Estes sinais podem indicar a presença de infecções e inflamações vaginais. Nestes casos, é necessário buscar avaliação de um médico de família ou ginecologista.
Para saber mais sobre muco cervical, você pode ler:
Quais os sintomas do período fértil?
É possível que haja ovulação na pausa da pílula?
Quais são os sintomas e as causas da infertilidade feminina?
É normal ter sangramento durante o período fértil?
Referências
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Direitos sexuais, direitos reprodutivos e métodos anticoncepcionais. Brasília: Ministério da Saúde, 2009. 52 p.
FEBRASGO. Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.
O implante anticoncepcional subdérmico é uma pequena cápsula ou bastão de material plástico, permeável, que contém um hormônio (etonogestrel), sendo utilizado como método contraceptivo de longa duração e alta eficácia.
É inserido no tecido subcutâneo, na região interna do antebraço, por meio de um procedimento simples, que pode ser feito no consultório médico. Existem implantes que duram 6 meses, 1 ano e 3 anos. Após estes prazos, se faz necessária a troca.
O Implanon® é o implante subcutâneo liberado para uso no Brasil, no entanto, ainda não é ofertado pelo Sistema Único de Saúde. O seu efeito é de 3 anos.
O implante anticoncepcional é um bastão pequeno com cerca de 2 mm de diâmetro e 4 cm de comprimento, semelhante a um palito de fósforo. Como funciona o implante anticoncepcional?O implante contraceptivo libera o hormônio de forma lenta e contínua na corrente sanguínea e desempenha duas ações para evitar a gravidez:
- Atua sobre os ovários impedindo a liberação do óvulo e
- Torna o muco cervical mais espesso, o que dificulta a movimentação dos espermatozoides pelo canal vaginal.
Sim. A colocação do implante anticoncepcional subdérmico é bastante simples e pode ser feita no consultório pelo próprio do ginecologista.
O procedimento é feito com anestesia local. O implante é introduzido sob a pele na região interna do antebraço com ajuda de uma agulha apropriada e material descartável.
Após a colocação não é necessário nenhum cuidado específico.
O implante anticoncepcional é introduzido na região interna do antebraço com ajuda de uma agulha apropriada descartável, após anestesia local. Qual o período mais adequado para a colocação do implante?O melhor período para a colocação do implante é no intervalo de até 7 dias após o início da sua menstruação. Se por acaso você colocar o implante após este prazo, é importante o uso de métodos de barreira – camisinha masculina ou feminina – durante os próximos 7 dias.
Quais as indicações do implante contraceptivo?O implante hormonal pode ser utilizado por mulheres de qualquer idade. As indicações para uso do implante incluem:
- Dificuldade de adaptação aos anticoncepcionais orais
- Mulheres que esquecem de usar continuamente a pílula
- Mulheres que não podem usar anticoncepcionais com estrógeno
- Mulheres que sofrem com sintomas de tensão pré-menstrual (TPM)
- Adolescentes
- Mulheres no pós-parto e que estão amamentando
As contraindicações do implante incluem:
- Suspeita de gravidez ou gravidez
- Mulheres com história de câncer de mama
- Pessoas com doenças no fígado (tumor hepático ou doenças hepáticas graves)
- Mulheres com tendência ao desenvolvimento de trombose
- Mulheres com sangramento vaginal ainda sem diagnóstico
- Alergia ao princípio ativo do implante
Sim. As mulheres que utilizam o implante hormonal podem apresentar alguns efeitos colaterais, entretanto, a maior parte destes efeitos fazem parte da adaptação ao medicamento e podem desaparecer em até 6 meses.
Os efeitos colaterais mais frequentes são:
- Irregularidade menstrual,
- Pequeno aumento de peso,
- Dor de cabeça,
- Dor nas mamas,
- Aumento da oleosidade da pele,
- Possível surgimento de acne e
- Manchas na pele.
O implante hormonal é um método de longa duração, com alta eficácia e efeito rapidamente reversível.
É importante lembrar que o implante não previne as infecções sexualmente transmissíveis.
Ao ser retirado, o efeito contraceptivo do implante passa rapidamente com o retorno da fertilidade e a mulher retoma a possibilidade de engravidar. A retirada é feita de forma fácil pelo próprio ginecologista.
É importante que antes de inserir o implante você converse com seu ginecologista para avaliar se ele é melhor método contraceptivo para você.
Para saber mais sobre implante e como escolher o melhor anticoncepcional para você, acesse
É possível engravidar tendo implante contraceptivo?
Referência:
Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia
A cesárea cicatriza em torno de 6 a 10 semanas após o parto. Este tempo pode variar um pouco conforme o organismo de cada pessoa.
Os diferentes tecidos que são cortados na cirurgia cicatrizam em diferentes momentos.
A pele costuma cicatrizar rapidamente e, por isso, os pontos costumam ser retirados 7 a 15 dias após a cirurgia, caso não haja nenhuma complicação. Já a parte do corpo que mais demora para concluir o seu processo de cicatrização em uma cesárea é o útero.
Para que o processo de cicatrização e a recuperação da cesárea ocorra mais facilmente algumas medidas estão recomendadas:
- Cuidar da cicatriz: manter a região da cicatriz limpa e seca, lavando diariamente apenas com água e sabão neutro. É normal que haja alguma coceira ou desconforto nessa região até a cicatrização total, mas é importante evitar mexer ou coçar a região dos pontos para impedir o risco de inflamações ou infecções.
- Evitar levantar pesos ou realizar esforços físicos: nas primeiras semanas após a cesárea é importante evitar esforços desnecessários. Não levante nada mais pesado que o seu bebê e evite subir e descer escadas tanto quanto possível.
- Fazer pequenas caminhadas: é importante manter-se ativa, mas com cuidado nas primeiras semanas após o parto cesárea. Caminhar alguns minutos dentro de casa pode ajudar no controle de alguns sintomas como constipação ou gases.
- Manter-se hidratada e alimentar-se de forma saudável: beber bastante líquidos e comer alimentos nutritivos como legumes, verduras e frutas contribuirá para uma recuperação mais rápida.
Siga sempre as recomendações do seu médico e procure atendimento médico se notar sintomas, como dor forte, febre, barriga inchada ou dura e presença de vermelhidão ou secreção no local da cicatriz.
A presença de Gardnerella no exame de papanicolau, pode indicar uma infecção vaginal, a chamada vaginose bacteriana. Contudo, para ter certeza desse diagnóstico, é preciso passar por uma avaliação médica.
A Gardnerella é uma bactéria que está presente normalmente na flora vaginal, mas em pequenas quantidades. Os lactobacilos são as bactérias que predominam nessa região. Os sintomas de infecção são o corrimento acinzentado, com cheiro forte e desagradável.
A vaginose bacteriana por Gardnerella não é considerada uma infecção sexualmente transmissível (IST) ou doença sexualmente transmissível (DST), mas pode ser transmitida por contato íntimo, para o homem.
Qual o tratamento da vaginose bacteriana?O tratamento é baseado no uso de antibióticos, sendo o metronidazol o antibiótico de escolha. Pode ser administrado por via oral (comprimidos) ou por pomadas, durante 7 a 10 dias.
Além do antibiótico, é importante evitar as relações durante o tratamento, ou se o fizer, usar contraceptivos de barreira, como a camisinha.
O uso de bebidas alcoólicas, pode interferir na eficácia do medicamento e causar efeitos colaterais como náuseas e vômitos.
E, a princípio, não é preciso tratar o homem, a não ser que ele tenha sintomas. Se for uma parceira mulher, essa deve ser tratada em conjunto.
Como se pega gardnerella? Pode ser considerada uma DST/IST?A mulher já possui a bactéria gardnerella na sua flora vaginal naturalmente, já o homem não. No homem, a Gardnerella é transmitida através de contato íntimo e relações sexuais.
A infecção no homem pode causar doença na uretra (uretrite), na glande ou prepúcio (balanite). Os sintomas são de vermelhidão no pênis, saída de secreção purulenta, ardência ao urinar e/ou dor na relação.
Nesses casos é preciso procurar um urologista, para dar início ao tratamento.
Como saber se tenho vaginose bacteriana?A vaginose é uma infecção comum do trato genital feminino, que causa principalmente corrimento vaginal e odor fétido, semelhante à "peixe podre".
Uma situação que leva a grande desconforto e constrangimento. Outros sinais como vermelhidão, edema, dor durante as relações e coceira, podem ocorrer, porém, são sintomas bem menos frequentes.
A presença desses sintomas, sugere uma vaginose bacteriana, por isso é recomendado que procure um ginecologista para avaliação.
O que pode causar a vaginose bacteriana?Os fatores mais relacionados à infecção vaginal são:
- Limpeza íntima com sabonetes inapropriados,
- Uso de ducha higiênica muitas vezes por dia,
- Uso inadequado do papel higiênico. É fundamental passar o papel sempre da vagina em direção ao ânus, e não o contrário,
- Situações que reduzem a imunidade: gestação, diabetes, uso crônico de remédios como o corticoide, ansiedade, estresse e alimentação ruim,
- Ter vários parceiros sexuais,
- Tabagismo.
Sim. Nas mulheres, a vaginose pode levar a infertilidade, por inflamações crônicas no útero e trompas. Aumenta o risco de contrair DST/IST como o HIV, tanto nos homens quanto nas mulheres. Pode ainda, nas gestantes, desencadear parto prematuro ou abortamento.
Sendo assim, toda a mulher que apresente alteração no exame, precisa procurar o seu ginecologista, para confirmar o diagnóstico e iniciar o tratamento com antibiótico e demais orientações que se façam necessárias.
As mulheres com idade entre 25 e 59 anos, que têm ou já tiveram vida sexual ativa devem fazer o exame preventivo periódico. Após dois exames com resultado normal em um intervalo de um ano, o papanicolau pode passar a ser feito a cada 3 anos.
Leia mais:
- Qual o tratamento no caso de gardnerella?
- Resultado de exame preventivo com Gardnerella e Candida: deve-se tratar só a mulher ou o casal?
Referências:
FEBRASGO - Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.
A principal causa de diarreia na gravidez, é a alteração hormonal natural desse período. Além disso, o aumento do tamanho do útero, mudanças na alimentação e uso de vitaminas, também podem causar a diarreia.
Nesse caso, é importante aumentar o consumo de água e manter uma boa alimentação, evitando frituras ou alimentos gordurosos. As mudanças costumam ser o suficiente para ajuste do trânsito intestinal.
Mas se a diarreia permanecer por mais de 2 dias ou apresentar outros sintomas, como febre, vômitos e dores abdominais, é preciso procurar o médico que a acompanha para uma avaliação mais cuidadosa.
Causas de diarreia na gravidez- Alterações hormonais,
- Aumento do útero, especialmente, do 7º ao 9º mês de gestação,
- Alimentação gordurosa,
- Intolerância alimentar,
- Gastroenterite e
- Medicamentos e suplementos.
A maior parte dos casos de diarreia na gravidez são solucionados com medidas simples que você pode adotar em casa:
1. Mantenha o repousoFazer repouso enquanto você estiver apresentando episódios de diarreia permitirá que o seu sistema imunológico funcione melhor para combatê-la.
2. Aumente a ingestão de águaBeba em torno de 2 litros de água ao dia enquanto a diarreia estiver presente. Você também pode ingerir suco, entretanto evite os industrializados, devido à presença de corantes e conservantes que podem deixar o seu intestino ainda mais sensível.
3. Mantenha uma alimentação equilibradaProcure alimentar-se de forma saudável, com alimentos de fácil digestão. Dê preferência a alimentos cozidos no dia e evite molhos ou condimentos. Procure comer carne magras, como frango e peixe, acompanhados de arroz branco, batatas, macarrão, legumes e ou verduras bem lavadas.
As frutas também podem ser consumidas, porém, sem casca e evitando as frutas secas. Banana e água de coco são boas escolhas, pois ajudam a repor o potássio e o sódio perdidos com a diarreia. Evite os alimentos fritos e gordurosos.
4. Beba soro caseiroO soro caseiro é uma receita caseira muito utilizada em casos de diarreias para prevenir e combater a desidratação. Para um litro de soro caseiro você pode seguir a seguinte receita:
- 1 litro de água fervida, filtrada ou mineral engarrafada,
- 1 colher se sopa cheia de açúcar (20 g) e
- 1 colher de café de sal (3,5g).
Mistures bem os ingredientes até que o açúcar e o sal se dissolvam completamente. Tome em pequenos goles, várias vezes durante todo o dia.
Devo procurar o médico de família ou obstetra quando:Procure atendimento se você sentir:
- Diarreia persistente que dura mais de 3 dias,
- Mais de 3 episódios de diarreia ao dia,
- Mas de 2 episódios de diarreia durante vários dias,
- Vômitos frequentes,
- Febre superior a 38 graus,
- Dor abdominal intensa,
- Presença de sangue nas fezes.
Estas situações podem levar a desidratação intensa que pode prejudicar você e o seu bebê, além de indicar um possível quadro de infecção. Por estes, motivos procure o mais rapidamente atendimento hospitalar.
Para saber mais sobre diarreia na gravidez, você pode ler:
Dor de estômago, vomitando e com diarreia, isso é sintoma de gravidez?
Muco nas fezes durante a gravidez é normal?
Referências
American Pregnancy Association.
G.C.F. et al. Gastrointestinal diseases during pregnancy: what does the gastroenterologist need to know?. Annals of Gastroenterology, 31(4): 385-394, 2018.
Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia - FEBRASGO.