Dor na canela tem como principais causas:
- Fraturas de estresse no osso da canela (tíbia);
- "Canelite" (Irritação nos músculos e tecidos) da parte anterior da perna. Ocorre quando se aumenta a distância ou a intensidade da corrida ou muda-se a superfície em que a corrida é praticada.
A fratura, ou "quebra" do osso, necessitará de tratamento de urgência, podendo ser indicado desde aplicação de tala gessada associado a medicamentos para dor, até procedimento cirúrgico, nos casos de desalinhamento grave ou lesão de estruturas próximas.
A "canelite" não é uma inflamação na tíbia, como antes se pensava. A origem da dor na canela está relacionada com o excesso de impacto e sobrecarga ao qual o osso é submetido. Como resultado, o organismo não é capaz de repor o tecido ósseo que é naturalmente perdido durante esse esforço, gerando lesões ósseas que resultam em dor.
Algumas situações que estão associadas ao aparecimento de dor na canela são o desabamento excessivo do arco do pé, a torção do pé para fora, a fraqueza dos músculos da panturrilha, impacto durante as corridas, bem como o aumento da intensidade das corridas sem passar por um aumento gradual dos treinos.
O tratamento no caso de "canelite" inclui o uso de medicamentos anti-inflamatórios, fisioterapia, além de alguns cuidados para reduzir o impacto e o estresse no osso, tais como:
- Usar tênis com amortecimento adequado,
- Iniciar ou reiniciar a atividade física gradualmente,
- Fortalecer os músculos da panturrilha e quadril,
- Fazer uso de uma técnica de corrida adequada para diminui o impacto na tíbia.
Se a dor na canela persistir, procure um médico ortopedista para avaliar a situação e indicar o tratamento mais adequado.
Osteofitose, popularmente conhecida como "bico de papagaio" ou "esporão de galo", é o crescimento anormal de uma pequena saliência óssea (osteófito) ao redor das articulações da coluna, entre as vértebras, cuja forma faz lembrar um bico de papagaio ou um esporão de galo.
A osteofitose é na realidade um dos sinais da doença degenerativa chamada artrose, que surge quando os discos intervertebrais começam a se ressecar e desgastar, perdendo a capacidade de estabilizar e absorver impactos da coluna. Assim, os discos começam a suportar mais peso ou têm que suportá-lo de forma errada.
Em resposta a essa situação de estresse, o corpo começa a depositar osso entre as vértebras para tentar diminuir essa sobrecarga e estabilizar a coluna, formando então os osteófitos.
Esse osso extra, o osteófito, provoca dor e deixa a articulação mais rígida, restringindo os movimentos. Além disso, ele pode lesar nervos e provocar sintomas como:
- Alteração da sensibilidade;
- Formigamento nos membros superiores ou inferiores;
- Perda de força muscular.
Dentre os principais fatores que provocam ressecamento e desgaste do disco intervertebral, levando à osteofitose, estão:
- Sedentarismo;
- Má postura;
- Obesidade;
- Traumatismos na coluna vertebral;
- Predisposição genética;
- Envelhecimento.
Consulte o seu médico de família ou clínico geral caso apresente sintomas sugestivos de osteofitose e artrose.
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Cisto sinovial é um nódulo, semelhante a uma bolsa, cheio de um líquido proveniente de uma articulação ou tendão (líquido sinovial). Pode surgir repentinamente junto a qualquer articulação do corpo, embora seja mais frequente nas mãos e nos punhos.
O interior do cisto cisto sinovial contém um fluido denso e claro, semelhante ao da articulação. O seu tamanho pode variar bastante, podendo ser pequeno como uma ervilha ou grande como uma bola de golfe.
O cisto sinovial é o tumor benigno de mão ou punho mais comum e acomete, principalmente, pessoas entre 15 e 40 anos de idade.
Os cistos sinoviais surgem quando há um defeito no processo de produção de um fluido espesso que lubrifica as articulações e os tendões. O tecido que produz esse fluido recobre as articulações e os tendões e chama-se sinóvia.
À medida que o cisto vai se enchendo com o líquido sinovial, ele aumenta de volume e fica saliente, com o aspecto de um nódulo.
A origem do cisto sinovial está relacionada com condições de fragilidade na cápsula da articulação ou na bainha do tendão, como acontece nas tendinites, artrose, lesões traumáticas e no reumatismo.
Os sintomas do cisto sinovial caracterizam-se pelo aparecimento de uma bolinha palpável que pode ou não provocar dor. Em geral, os cistos sinoviais não são dolorosos, especialmente no início.
A dor, o desconforto e tamanho do cisto podem aumentar quando se usa mais a mão e o punho. A dor aumenta principalmente ao pegar objetos ou durante a flexão e extensão do punho.
A região do cisto sinovial pode ficar inchada e desfigurada, podendo até ocorrer rompimento e extravasamento do líquido, aumentando a pressão das estruturas vizinhas.
O diagnóstico do cisto sinovial pode ser feito pelo/a médico/a ortopedista, reumatologista, clínico/a geral ou médico/a de família.
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Significa que existe uma dor com envolvimento dos nervos (formigamento) este tipo de dor é muito comum nas doenças por esforço repetitivo como a síndrome do túnel do carpo, precisa ir a um médico para o correto diagnóstico, preferencialmente um ortopedista.
Sinovite é uma inflamação ou proliferação da membrana sinovial, uma camada fina de tecido conjuntivo que envolve a parte mais interna da articulação e produz líquido sinovial, que serve para lubrificar a articulação, entre outras funções.
A sinovite ocorre devido a uma irritação do tecido sinovial, causada por um traumatismo ou uma reação inflamatória na articulação,o que faz com que haja um aumento excessivo de líquido sinovial.
A sinovite no joelho é a mais comumente observada, embora as articulações das mãos, punho, cotovelo, quadril, ombro, tornozelo e pé também possam ser acometidas.
O tratamento da sinovite deve incluir basicamente o tratamento da doença que a está causando. Se esta doença não for tratada corretamente, há uma grande probabilidade da sinovite regressar.
Entre as medidas usadas para tratar a sinovite, estão:
- Repouso da articulação afetada, mantendo-a numa posição que permite um relaxamento maior da musculatura adjacente;
- Drenagem do líquido articular;
- Aplicação de calor;
- Aumento da força e da flexibilidade dos músculos para prevenir eventuais recidivas.
Em alguns casos pode ser necessária a avaliação por um médico ortopedista.
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Hipertrofia muscular é o aumento do tamanho (volume) das células dos músculos. Trata-se de uma resposta fisiológica, que decorre de uma adaptação das células musculares diante de uma maior exigência de trabalho. Como resultado, há um aumento do volume do músculo para suportar o esforço, como nos casos de exercício físico ou trabalhos pesados.
A hipertrofia muscular é um processo reversível, ou seja, cessado o estímulo, a célula volta ao aspecto normal. Por isso, após o parto, por exemplo, o útero readquire suas dimensões normais.
Da mesma forma, após anos realizando exercícios físicos com o objetivo de hipertrofiar a musculatura, se houver um período de sedentarismo (mesmo que de apenas alguns meses), o volume da musculatura irá diminuir, o que é determinado geneticamente de pessoa para pessoa.
Contudo, se o estímulo persistir ou aumentar além da capacidade adaptativa do músculo, podem ocorrer dois eventos: multiplicação celular (hiperplasia), se as células estimuladas tiverem capacidade reprodutiva, e degenerações variadas que podem culminar com a morte celular.
Como ganhar massa muscular?A musculação é a forma mais eficiente e controlada de se obter hipertrofia muscular. Entretanto, somente a musculação não é suficiente. A alimentação é muito importante para aumentar a massa muscular.
Uma dieta adequada e rica em proteínas deve suprir as perdas de energia e possibilitar a construção e reparação das lesões musculares.
O uso de suplementos alimentares pode acelerar o processo, entretanto o uso de hormônios ("bomba") para essa finalidade é totalmente contraindicada, por diversos motivos e pelos graves comprometimentos à saúde que pode causar.
Uma dieta para hipertrofia muscular deve ser rica em proteínas, que fornecem os aminoácidos necessários para o aumento das fibras musculares e, consequentemente, da massa muscular.
Pessoas que fazem musculação ou praticam outro exercício físico para conseguir hipertrofia muscular devem consumir diariamente 1,2 a 1,5 g de proteína por cada quilo de peso corporal.
As proteínas mais indicadas para aumentar a massa magra são as de origem animal, por serem mais bem aproveitadas pelo organismo. Alguns alimentos fontes de proteína animal: ovos (clara), carnes, aves, peixes, leite, queijo e iogurte.
As proteínas também estão presentes em alimentos de origem vegetal, como soja, amêndoas, castanhas, nozes, linhaça, aveia, amendoim, feijão, ervilha, grão-de-bico e lentilhas.
Os carboidratos (pão, massa, arroz, batata) também são importantes para obter hipertrofia muscular, pois são fonte de energia. Os carboidratos são fundamentais para a obtenção de energia para treinar e impedem que o corpo utilize proteínas como fonte de energia.
Hipertrofia do miocárdio (músculo do coração)A hipertrofia que ocorre no músculo cardíaco pelo exercício, em um indivíduo saudável, ao contrário da hipertrofia que ocorre por hipertensão arterial (patológica) é benéfica, aumentando a fração de ejeção de sangue sem comprometer o volume dos ventrículos.
Porém esta hipertrofia cardíaca é muito mais facilmente obtida com a realização de exercícios aeróbicos (corrida, ciclismo, natação), que são mais benéficos à saúde em relação ao levantamento de peso.
Antes de iniciar um treinamento com a finalidade de hipertrofia muscular, é aconselhável o acompanhamento com bons profissionais multidisciplinares, como nutricionista e educador físico, e ocasionalmente fisioterapeuta e médico, para maximizar os resultados e prevenir doenças ou agravos à saúde.
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O derrame articular é o acúmulo de líquido na articulação, também conhecida como junta.
É causado por uma inflamação de alguma estrutura dessa articulação. A inflamação na articulação pode ter várias causas como o trauma provocado por atividades físicas ou contusões, doenças como gota, artrites, artroses, neuroartropatia crônica, sendo que nos casos de doenças sistêmicas (atingem todo o organismo), como o lúpus eritematoso sistêmico, geralmente o derrame articular está acompanhado de outros sinais e sintomas e pode afetar mais de uma articulação.
Os sinais e sintomas do derrame articular podem ser dor, dificuldade para movimentação, inchaço (edema), calor e vermelhidão no local. O seu tratamento vai depender da sua causa e localização podendo ser realizado com anti-inflamatórios, antibióticos, retirada do líquido por meio de uma agulha para aspiração (drenagem), repouso, redução de peso, fisioterapia, tratamento da doença causadora da inflamação e tratamento cirúrgico.
O ortopedista ou o reumatologista são os especialistas para realizar o diagnóstico e tratamento dos problemas articulares.
Saiba mais em: Joelho inchado: o que pode ser?
Uma contusão óssea na tíbia e na fíbula significa um traumatismo nos ossos da perna, geralmente causado por uma pancada.
A tíbia é o osso da "canela" e a fíbula (antigo "perônio") fica ao lado tíbia, na parte de fora da perna. O local de contato entre esses dois ossos é a articulação tíbio-fibular, onde ocorreu a contusão.
Uma contusão óssea deixa o osso "inchado" e provoca uma dor intensa. Ao contrário dos hematomas verificados na pele, onde o sangue tem espaço para se espalhar, no osso o sangue fica confinado a uma área pequena devido à falta de espaço para escoar. O resultado é um edema (inchaço) com bastante dor.
Qual o tratamento para uma contusão óssea na tíbia e na fíbula?- Descanso: O paciente deve ficar pelo menos 15 dias sem praticar esportes e atividades que exigem muito esforço físico;
- Fisioterapia: (deverá ser avaliado para indicação de um ou mais tipos de tratamento específico, como os exemplos descritos abaixo)
- Exercícios para fortalecer outras partes próximas do corpo;
- Estimulação elétrica para acelerar o tempo de recuperação;
- Compressão com Wraps e Kinesio Taping para remover o excesso de líquido do local afetado e tornar a cicatrização mais rápida;
- Massagem do tecido mole ao redor para melhorar a circulação e favorecer a reparação dos ossos;
- Aparelhos de apoio, como cintas, órteses, bengalas, muletas, andadores, podem auxiliar a locomoção dos pacientes se necessário;
- Medicamentos anti-inflamatórios.
O tempo de recuperação varia entre duas semanas e um ano para cicatrizar por completo. Na maioria dos casos, o inchaço é reabsorvido após duas a seis semanas.
Casos que demoram 1 ano para cicatrizar são extremos e geralmente ocorrem devido a complicações ou problemas metabólicos, como a osteoporose, que bloqueiam a cicatrização.
O diagnóstico e o tratamento de uma contusão óssea são da responsabilidade do médico ortopedista.
Leia também: Qual a diferença entre entorse, luxação, contusão e fratura?