Fumar e tomar anticoncepcional aumenta os riscos de ataque cardíaco (infarto) e derrame (AVC - Acidente Vascular Cerebral). Fumar por si só já faz muito mal à saúde e aumenta as chances de doenças cardiovasculares, mas a combinação do cigarro com o anticoncepcional torna o risco ainda maior.
Esse risco é associado aos anticoncepcionais que contêm estrogênio em sua fórmula. As mulheres que fumam, especialmente as com idade acima dos 35 anos, devem optar pelos anticoncepcionais com apenas progestágeno na fórmula ou outros tipos de métodos contraceptivos sem estrogênio.
Isso porque tanto a nicotina como o anticoncepcional provocam uma diminuição do calibre dos vasos sanguíneos, ou seja, são vasoconstritores.
Além disso, a nicotina estimula a agregação de plaquetas (células responsáveis pela coagulação sanguínea), favorecendo a formação de coágulos nas artérias.
Já o estrogênio, um dos hormônios presentes no anticoncepcional, pode provocar a formação de placas na parede dos vasos sanguíneos.
O ideal é parar de fumar. Porém, se a mulher não conseguir abandonar o vício, é recomendável utilizar um outro método contraceptivo para evitar possíveis as complicações. Se você fuma e usa algum anticoncepcional ou gostaria de começar a usar, procure um serviço de saúde ou marque uma consulta com o/a ginecologista, médico/a de família ou clínico geral para melhor aconselhamento.
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Sempre que se tem relação sem proteção independente de ejacular ou não dentro da vagina sempre há o risco de gravidez, então respondendo sua primeira pergunta: sim você corre risco de engravidar (pequeno, dada as circunstâncias, mas existe).
Respondendo sua segunda pergunta: sim a pílula do dia seguinte pode atrasar ou mesmo adiantar sua menstruação. Espere mais alguns dias e se continuar sem descer faça o exame de gravidez.
O esperado é que sua menstruação desça 2 a 3 dias após a parada da cartela do seu anticoncepcional. Com o uso do anticoncepcional oral hormonal o sangramento tende a ocorrer no período de intervalo entre uma cartela e outra, em qualquer dia nesse intervalo.
Além disso, nos primeiros meses de uso pode haver algumas alterações no padrão de sangramento, com a presença de sangramento de escape, diminuição do fluxo menstrual ou mesmo ausência da menstruação. Algumas mulheres também podem apresentar uma irregularidade menstrual, ou seja, a menstruação vir em períodos distintos a cada mês.
Todas essas possibilidades são normais, e caso esteja a tomar os comprimidos corretamente não há motivo para se preocupar.
Sangramento de privação ou menstruação?O sangramento que ocorre durante o uso dos anticoncepcionais não é propriamente a menstruação em si, pois não é secundário a uma descamação do endométrio por mudanças nas concentrações fisológicas hormonais. Esse sangramento que ocorre na pausa da cartela se deve a privação dos hormônios ingeridos na pílula, por isso, é chamado de sangramento de privação.
Quando não se está em uso de anticoncepcionais orais hormonais, a menstruação desce cerca de 14 dias após a ovulação. O dia em que ocorre a ovulação pode variar de mulher para mulher e pode variar mensalmente para cada mulher.
Em média ciclos menstruais que duram 28 dias, a mulher ovula na metade do ciclo, no décimo quarto dia, portanto irá menstruar após 14 dias da ovulação, completando o seu ciclo menstrual.
Para mais informações sobre menstruação e sangramento durante o uso da pílula anticoncepcional consulte o seu médico de família ou ginecologista.
Existem algumas situações que podem cortar o efeito da pílula do dia seguinte. As mais comuns são:
- Tomar a pílula antes ou muito tempo após a relação desprotegida;
- Vomitar até 4 horas após tomar o medicamento;
- Ter alguma doença que cause má absorção intestinal.
Existem ainda alguns medicamentos que podem reduzir a eficácia ou cortar o efeito da pílula do dia seguinte. São eles:
- Alguns anticonvulsivantes, como carbamazepina, oxcarbazepina, fenitoína e o fenobarbital;
- Alguns antibióticos, como rifampicina e tetraciclinas;
- Anti-retrovirais, como efavirenz, ritonavir e nevirapina;
- Fenilbutazona;
- Aminoglutemida;
- Griseofulvina.
A bula diz que a pílula do dia seguinte também pode falhar se estiver tomando outros antibióticos, como os penicilâmicos, as cefalosporinas ou eritromicina.
Leia também:
- Como tomar a pílula do dia seguinte?
- Como funciona a pílula do dia seguinte?
- A pílula do dia seguinte serve para quantas relações?
Referência:
Diad. Bula do medicamento.
Os anticoncepcionais injetáveis são bem eficazes durante seu período de ação (que pode variar entre 30 e 90 dias dependendo do anticoncepcional. Após esse período existe sim o risco de gravidez.
Não, nem o Ibuprofeno® nem o Metronidazol® interferem na eficácia dos anticoncepcionais.
Poucos medicamentos alteram a ação dos anticoncepcionais, entretanto, é importante que sempre informe ao médico todas as medicações que faz uso, para evitar a interação medicamentosa, que pode não só interferir na ação de um deles, como também causar efeitos colaterais indesejados.
Além de medicamentos, outras situações podem interferir com a eficácia dos anticoncepcionais, como episódios de vômitos logo após sua ingesta, diarreia e uso de substâncias ilícitas.
Saiba mais em: 5 Coisas que Podem Cortar o Efeito do Anticoncepcional
O médico ginecologista é o responsável por esclarecer as dúvidas em relação aos anticoncepcionais.
Quais medicamentos interferem na eficácia dos anticoncepcionais?Os medicamentos que comprovadamente interferem na ação e portanto na eficácia dos anticoncepcionais, são principalmente os anticonvulsivantes e barbitúricos, como:
- Carbamazepina®;
- Topiramato®;
- Fenitoína (Hidantal®);
- Oxcarbazepina®;
- Primidona®;
- Barbitúricos
- Fenobarbital®,
- Tiopental®, e outros;
Assim como alguns antibióticos, são eles:
- Rifampicina®;
- Rifabutina®;
E anti-retrovirais como o Ritonavir®.
Para mais esclarecimentos fale com seu médico da família ou ginecologista.
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Sim. A pílula do dia seguinte pode atrasar a menstruação.
A pílula do dia seguinte contém uma quantidade elevada de hormônio que irá desregular o ciclo menstrual habitual da mulher. Com esse desequilíbrio, a menstruação poderá vir antes do esperado ou depois do período esperado pela mulher.
Normalmente, se ocorrer um atraso da menstruação, esse atraso não ultrapassará 4 semanas. Ou seja, a pílula do dia seguinte pode atrasar a menstruação até 1 mês.
Por isso, a mulher que tomou a pílula do dia seguinte e não menstruou até 4 semanas após o uso, deverá procurar um serviço de saúde para investigação de possível gravidez.
A pílula do dia seguinte não é abortiva, por isso ela não impede a gravidez que já esteja efetivada.
Possível é, mas as chances de gravidez neste caso são muito pequenas.
O atraso do anticoncepcional Diane 35® por mais de 12h compromete a eficácia da medicação, porém varia muito com a semana em que houve o esquecimento. No caso da segunda semana, como descrito, tomando o comprimido assim que lembrar e seguindo o restante da cartela conforme habitualmente, não há riscos de engravidar.
Desde que faça uso correto da medicação, sempre tomando um comprimido por dia, todos os dias, de preferência em um mesmo horário.
De qualquer forma, se houver atraso menstrual, ou alguma alteração, entre em contato com seu médico ginecologista antes de reiniciar nova cartela.
O que fazer quando atrasar um comprimido do Diane 35®?Segundo as recomendações do fabricante:
- Se o esquecimento for de mais de 1 comprimido, deve procurar o seu médico ginecologista.
- No caso do esquecimento de 1 comprimido por menos de 12h, basta tomar assim que se lembrar, e continuar os demais comprimidos conforme habitual, sem alterar a eficácia da medicação.
- Se o esquecimento ultrapassar as 12h, deverá se basear pela semana da cartela, conforme descrito abaixo:
- Na primeira semana ⇒ Tomar o comprimido assim que lembrar, e os demais da forma habitual; porém deve manter mais um método contraceptivo pelos próximos 7 dias;
- Na segunda semana ⇒ Tomar o comprimido assim que se lembrar, e os demais como habitual, sem riscos de gravidez;
- Na terceira semana ⇒ Tomar o comprimido assim que lembrar e os demais como habitual e não fazer a pausa de 7 dias, comece imediatamente a próxima cartela; OU Pare a cartela por 7 dias, contando com o dia esquecido, e comece nova cartela. (Ambas as opções, não há necessidade de método adicional).
Vale ressaltar que o esquecimento na primeira semana, com relação desprotegida na semana anterior, aumenta as chances de uma gravidez. Nesse caso, o mais recomendado é que entre em contato com seu médico ginecologista para definir a melhor conduta.
E no caso de não haver menstruação após a pausa de 7 dias, pode ser um sinal de gravidez, por isso, deve entrar em contato com seu médico antes de iniciar próxima cartela.
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