Tomar a pílula do dia seguinte 2 vezes na mesma semana pode não ser seguro para a saúde. Isso porque ela não foi testada para o uso repetido e contém uma quantidade elevada de hormônio. O uso frequente da pílula do dia seguinte pode desregular e dificultar o reconhecimento das fases do ciclo menstrual, assim como do período fértil.
O correto é tomar a pílula do dia seguinte em dose única como método contraceptivo de emergência em situações pontuais, como em uma relação em que o método contraceptivo tenha falhado. Ela não deve ser usada como método anticoncepcional de rotina.
A pílula do dia seguinte não funciona para prevenir a gravidez nas relações sexuais desprotegidas após o seu uso. Por isso, após seu uso, o correto é usar um método de barreira, como o preservativo.
Para uso rotineiro, há outros métodos anticoncepcionais mais eficazes. Um médico de família ou um ginecologista são os profissionais mais indicados para ajudar na escolha do melhor anticoncepcional.
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Referências:
Diad. Bula do medicamento.
FEBRASGO. Pílula do dia seguinte - Posicionamento Febrasgo.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Anticoncepção de emergência : perguntas e respostas para profissionais de saúde. 2. ed. Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2011. p.14, 23, 30.
Quando acontece um "sangramento de escape", um sangramento fora do período esperado, significa um efeito colateral comum, entre as mulheres que fazem uso de anticoncepcionais.
Nesses casos, existem duas condutas a serem tomadas: Primeiro, aguardar por um tempo, até que o organismo se adapte à medicação e não aconteça mais esses pequenos sangramentos, o que geralmente ocorre dentro de poucos meses. E a outra opção, no caso de intolerância ao efeito, ou no caso de frequência alta de sangramentos, será avaliar a troca da medicação, visto que hoje dispomos de muitas formas de contracepção eficazes.
Procure seu médico ginecologista para uma reavaliação e de acordo com as opções, poderá decidir pela melhor contracepção no seu caso.
Leia também: Posso trocar de anticoncepcional sem ir ao ginecologista?
Qual a melhor opção para evitar a gravidez atualmente?Não existe uma melhor opção, ou melhor método contraceptivo, mas o método mais adequado para cada tipo de paciente.
Atualmente, com as inúmeras opções de contraceptivos no mercado, é possível indicar uma opção terapêutica de forma mais individualizada, reduzindo assim as chances de efeitos adversos, ao mesmo tempo em que mantém a proteção contra a gravidez.
Deve ser realizada uma avaliação médica minuciosa prévia, para identificar possíveis fatores de risco e interação medicamentosa, antes de planejar o tratamento.
Após a avaliação, serão apresentadas as opções de tratamento para cada caso, as quais podemos citar aqui como as principais opções:
- Contraceptivo orais combinados (anticoncepcionais orais - pílula)
- Injeção anticoncepcional
- Implante de anticoncepcional
- Dispositivo intrauterino (DIU) e Sistema intrauterino (SIU)
- Anel vaginal
- Adesivo (patch)
- Diafragma
- Espermicida
- Camisinha (masculina e feminina)
Vale ressaltar que a camisinha é o único método que comprovadamente protege ambas as partes, de contaminação por doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), portanto, mesmo fazendo uso de outro método contraceptivo, o uso da camisinha estará sempre indicado.
Existem ainda outros métodos de proteção contra gravidez, como o coito interrompido, a tabelinha, observação do muco vaginal, sabendo que não são métodos confiáveis; e ainda, a ligadura de trompas e vasectomia.
Para maiores esclarecimentos e avaliação quanto ao método mais indicado no seu caso, fale com o médico da família ou ginecologista.
Leia também: Todas as mulheres podem tomar anticoncepcional?
O DIU (Dispositivo Intra Uterino) é um mecanismo contraceptivo, inserido no útero da mulher por um médico ginecologista. Há duas categorias, com funcionamentos distintos:
1. DIUs medicados ou ativosO DIU medicadoou ativo, além de matriz de polietileno ou aço inoxidável, contêm substâncias (metais como o cobre ou hormônios como a progesterona) que exercem ação bioquímica local, aumentando a eficácia anticonceptiva. Dentre os DIUs medicados, os que são mais utilizados são os que possuem cobre ou progesterona.
Cobre: o modelo de cobre é feito de plástico, com filamentos de cobre enrolados em suas hastes.
Com hormônio: O modelo com hormônio é de plástico e a haste vertical é envolvida por uma cápsula que libera continuamente pequenas quantidades de levonorgestrel. O Sistema Intra-uterino LNG-20 (Mirena) faz parte desse tipo de DIU.
2. DIUs não medicados ou inertesO DIU não medicado ou inerte, não contêm ou não liberam substâncias ativas: São feitos de plástico (polietileno) ou aço inoxidável. Por exemplo, a “alça de Lippes” é inteira de plástico.
Esse modelo de DIU não é usado atualmente; contudo, mulheres que já o utilizam podem continuar com o uso até 6 meses depois da menopausa, quando deverá ser retirado.
Caso deseje utilizar o DIU como método contraceptivo, consulte seu ginecologista. Ele é o profissional mais indicado para sanar todas as suas dúvidas e para inseri-lo.
Segundo seu relato, a última pílula foi na quinta-feira e hoje é segunda, portanto, está dentro do período da pausa de 7 dias, não há nada de errado. Você deve voltar a tomar o anticoncepcional na próxima quinta-feira, após os 7 dias de pausa recomendados pelo fabricante.
Sempre tomar 1 (um) comprimido ao dia, no mesmo horário, durante os 21 dias da cartela. Dessa forma o risco de engravidar se mantém o mesmo, menos de 1% de chance.
O Tâmisa 20® é um anticoncepcional hormonal combinado de baixa dose, que possui 21 comprimidos na cartela, e deve ser usado diariamente, seguindo o sentido das setas desenhadas no seu verso e só após os 21 dias de uso, manter 7 dias de pausa, sem qualquer medicamento. Em seguida, após os 7 dias de pausa, deverá reiniciar em uma nova cartela.
Porém, se já houve a pausa de 7 dias e passaram mais 3 dias, ou seja, deveria ter reiniciado na quinta-feira anterior, então recomendamos reiniciar na data de hoje, como se fosse a primeira cartela, e depois seguir como habitual. No entanto, nesse primeiro mês a eficácia da medicação é menor, por isso deve fazer uso de um método complementar, principalmente durante os primeiros 15 dias, como por exemplo, o uso conjunto de camisinha.
Vale ressaltar, que as pílulas anticoncepcionais protegem a mulher quanto ao risco de gravidez, entretanto, recomendamos o uso conjunto de contraceptivos de barreira, como a camisinha, por ser o único método eficaz contra as doenças sexualmente transmissíveis.
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Para maiores esclarecimentos, procure seu médico da família ou ginecologista.
Sim, a mulher pode ovular no mês seguinte que interrompeu a pílula, normalmente.
O dia mais provável da ovulação, é o dia localizado bem no meio do ciclo menstrual, sabendo que o primeiro dia do ciclo é o dia em que a menstruação acontece, terminando no dia anterior do ciclo seguinte.
Por exemplo, se sua menstruação vier no dia 01 de janeiro, e a próxima no dia 29 de janeiro, saberá que o primeiro ciclo durou de 01 de janeiro a 28 de janeiro, considerado então o dia 1 como primeiro e o dia 28, o último dia do ciclo. O dia 29 já será o primeiro dia do novo ciclo. Nesse caso, o dia mais provável da ovulação, será dia 14 de janeiro.
Em média, os ciclos variam entre 28 a 30 dias, podendo ser mais curtos ou mais longos.
Porém esse cálculo não é específico, estando sujeito a falhas, devido às mudanças que ocorrem dia a dia no organismo da mulher, principalmente no caso das mulheres que não dispõe de ciclos regulares. Por isso, quando houver necessidade de investigar a ovulação, como na pesquisa de causas para infertilidade, seu/sua médico/a provavelmente pedirá exames complementares para uma melhor avaliação.
O período fértil é a fase do mês em que há mais chances de ocorrer uma gravidez, já que é o período em que ocorre a ovulação.
Para calcular o período fértil, como discutimos acima, é preciso saber quantos dias tem o seu ciclo menstrual, além de algumas outras características. Para entender melhor como calcular o seu período fértil leia também o link: Como calcular o Período Fértil?
Vale lembrar mais uma vez, que o cálculo do período fértil através da “tabelinha” só é válido para mulheres com ciclos regulares. Saber o dia da ovulação quando os ciclos são irregulares é mais difícil e incerto.
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Sim, é normal. Os anticoncepcionais injetáveis podem causar alteração no padrão menstrual, como diminuir o volume de sangue, a quantidade de dias de sangramento, causar irregularidade no ciclo menstrual ou mesmo levar a ausência da menstruação. Todos esses são efeitos esperados desse tipo de anticoncepcional.
Caso essas alterações menstruais não estejam causando incomodo orienta-se manter o uso do anticoncepcional e evitar atrasos na aplicação da injeção, de modo a manter o efeito contraceptivo, não há motivo para deixar de tomá-lo, já que esse tipo de alteração não irá causar danos ao organismo.
No entanto, caso esses sintomas causem incomodo ou venham acompanhado de outros efeitos do anticoncepcional injetável como ganho de peso, tontura, dor de cabeça procure o seu médico. A depender da situação é possível manter o mesmo anticoncepcional ou trocá-lo.
Para mais informações consulte:
Para trocar o anticoncepcional e não correr riscos de engravidar, é sempre recomendado fazer uso de um método de barreira a mais, como a camisinha, nos primeiros 7 dias, ou durante o primeiro mês da troca, dependendo da medicação.
Além disso, para usar de forma segura um anticoncepcional, a mulher deve ser avaliada por um médico, devido aos riscos especialmente de trombose, pelo uso regular de hormônios.
Saiba mais no link: Todas as mulheres podem tomar anticoncepcional?
Em geral, as regras para troca de anticoncepcionais são:
Trocar anticoncepcional oral por outro anticoncepcional oralComece a tomar o anticoncepcional novo no mesmo dia que iniciaria o anterior, o risco de gravidez é muito baixo, porém mesmo assim, é recomendado o uso de mais um método pelos primeiros 7 dias.
Trocar anticoncepcional injetável por anticoncepcional oralDeverá iniciar a cartela da pílula na data prevista para a próxima injeção. Mais uma vez, é recomendado o uso de um método de barreira (camisinha) nos primeiros sete dias.
Trocar anticoncepcional oral por anticoncepcional injetávelDeve tomar a cartela até o final normalmente, aguardar a menstruação e então aplicar o anticoncepcional injetável dentro dos primeiros três dias da menstruação, ou entre o sétimo e o décimo dia do ciclo, a depender da composição da injeção (mensal ou trimestral).
Para maiores esclarecimentos, procure um médico ginecologista.
Quando se está usando uma pílula anticoncepcional e vai haver troca da medicação para outra pílula, a mulher deve iniciar a nova medicação no dia seguinte em que terminar a medicação antiga, não havendo intervalo entre as cartelas.
Quando há mudança de pílulas, não é indicado fazer a pausa programada.
A nova pílula deverá ser tomada como recomendado: 1 comprimido por dia sempre no mesmo horário.
Vale a pena ressaltar que a pílula anticoncepcional não previne doenças sexualmente transmissíveis que podem ser evitadas com o uso do preservativo.
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