Sim, a fase lútea está relacionada com a gravidez, uma vez que é nesta fase que a mulher está no período fértil do seu ciclo menstrual, isto é, após a ovulação que ocorre por volta do décimo segundo dia do ciclo, a contar a partir do primeiro dia de sangramento menstrual.
Essa fase tem início com a formação do corpo lúteo (do dia em que ocorre a ovulação ao primeiro dia do próximo ciclo menstrual (menstruação). Dura aproximadamente 12 a 16 dias, quando o corpo lúteo degrada-se (luteólise), ou mantém-se ativo (quando a mulher engravida), liberando hormônios (grande quantidade de progesterona e moderada quantidade de estrógeno) que mantêm a gestação até que a placenta assuma esse papel, entre a oitava e décima segunda semanas.
O hormônio que predomina neste período é a progesterona (há uma queda nos níveis de estrógeno e um pico de progesterona), o que faz cessar o espessamento da camada mais interna do útero (endométrio), mas mantém a circulação sanguínea e aporte de nutrientes para o caso de uma eventual nidação (quando o óvulo fecundado se fixa ao endométrio).
Caso ocorra a nidação, a produção de hCG pelas células do sinciciotrofoblasto mantém o corpo lúteo ativo; caso contrário ele degenera (processo que leva duas semanas a partir da ovulação) e a mulher menstrua, começando um novo ciclo.
O período fértil, na mulher, pode ser facilmente calculado tomando como base o dia da ovulação (por volta do décimo segundo dia). Como os espermatozóides podem estar viáveis (capazes de fecundar o óvulo) até 72 horas depois de uma relação sexual, alguns ginecologistas consideram que o período fértil esteja compreendido entre três dias antes da ovulação (nono dia do ciclo) até seis dias após (décimo oitavo dia do ciclo), mas esse período varia de acordo com a opinião de cada profissional.
Em caso de suspeita de gestação, um médico ginecologista deverá ser consultado.
Os principais fatores que podem alterar o ciclo menstrual e afetar o número de dias do ciclo, a duração do período menstrual ou a quantidade de sangue perdido na menstruação, são:
- Síndrome do ovário policístico;
- Uso incorreto de anticoncepcionais;
- Pílula do dia seguinte;
- Tumores;
- Endometriose;
- Hiperprolactinemia (aumento do nível do hormônio prolactina no sangue, responsável pela produção de leite);
- Alterações na tireoide;
- Obesidade;
- Medicamentos;
- Estresse.
Se a menstruação estiver atrasada, a alteração no ciclo pode ter sido causada por:
- Gravidez;
- Endometriose;
- Hipotireoidismo;
- Síndrome dos ovários policísticos;
- Alterações na glândula suprarrenal;
- Alterações na glândula hipófise;
- Estresse ou ansiedade;
- Excesso de peso;
- Excesso de atividade física;
- Dietas radicais;
- Má qualidade do sono.
Já o aumento do fluxo menstrual pode ter como causa:
- Miomas;
- Hipertireoidismo;
- Lesões no colo do útero;
- Câncer no útero.
O ciclo menstrual normalmente tem um tempo de duração que varia entre 24 e 35 dias, sendo que os dias de menstruação duram de 3 a 5 dias, podendo variar em alguns casos.
Alterações no ciclo menstrual são normais nos 2 primeiros anos após a 1ª menstruação, na fase pré-menopausa e em caso de gravidez.
Se nenhuma dessas situações estiver associada, qualquer mudança no ciclo, na duração da menstruação ou no fluxo menstrual deve ser comunicada ao ginecologista.
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Mulher sem os dois ovários não menstrua, pois com a retirada dos ovários, a mulher deixa de produzir alguns hormônios que estimulam a camada interna do útero (endométrio). Sem esse estímulo, o endométrio não fica espesso e não descama, não havendo, portanto, a menstruação.
Porém, se a mulher tiver apenas um ovário ela continua ovulando e produzindo os hormônios, por isso menstrua e permanece fértil, podendo engravidar normalmente.
O procedimento cirúrgico para remover um ou ambos os ovários recebe o nome de ooforectomia. Quando a cirurgia consiste na remoção de ambos os ovários, é chamada de ooforectomia bilateral. Quando o procedimento envolve a retirada de apenas um ovário, é chamado de ooforectomia unilateral.
Mulheres que ainda não estão na menopausa e têm que se submeter a uma ooforectomia bilateral, enfrentam uma menopausa prematura, que reduz abruptamente os níveis dos hormônios estrógeno, progesterona e testosterona.
O decréscimo abrupto dos níveis desses hormônios podem trazer algumas consequências, como:
- Ondas de calor, alteração do humor, irritabilidade, alteração do padrão do sono;
- Secura vaginal, desconforto nas relações sexuais;
- Maior risco de doença cardiovascular, osteoporose, fratura do quadril e demência.
Para maiores esclarecimentos, a mulher deve falar com o/a ginecologista ou clínico/a geral ou médico/a de família.
É possível engravidar a partir do momento que ocorre a primeira menstruação (menarca), o que normalmente acontece entre 11 e 14 anos de idade. No Brasil, a média é de 12 anos. A vinda da primeira menstruação é sinal de que a mulher já está ovulando e por isso já é possível engravidar.
Não existe uma idade certa para ocorrer a primeira menstruação, uma vez que essa idade é influenciada por fatores genéticos, ambientais e metabólicos, podendo variar de pessoa a pessoa.
Os sinais que indicam que a menarca está próxima são o estirão de crescimento, o desenvolvimento das mamas e o crescimento de pelos pubianos e nas axilas. Depois vem a menstruação e, após ela, uma diminuição no crescimento.
Esse conjunto de acontecimentos compõem a fase da puberdade que mudará as características do corpo da menina.
A partir do momento em que ocorre a primeira menstruação, o organismo deu indício de que a ovulação começou a acontecer e que há possibilidade de engravidar.
É muito importante conversar com as e os adolescentes sobre educação sexual, prevenção de doenças sexualmente transmissíveis e de gravidez indesejada. Assim, elas e eles poderão se envolver nas descobertas do corpo e da sexualidade com segurança.
Sim, a mulher quando está menstruada pode fazer selagem ou pintar o cabelo, desde que sejam usados produtos que não contenham formol. Se a selagem for apenas com queratina, você pode fazer.
A ANVISA proíbe o uso de formol como alisante, pois o produto pode causar sérios danos a qualquer pessoa. O/a profissional que aplica o produto também corre riscos.
Dentre as complicações causadas pelo formol estão:
- Irritação;
- Coceira;
- Queimadura;
- Inchaço;
- Descamação e vermelhidão do couro cabeludo;
- Queda de cabelo;
- Ardência e lacrimejamento dos olhos;
- Falta de ar;
- Tosse;
- Dor de cabeça;
- Ardência e coceira no nariz.
Exposições repetidas ao produto podem causar ainda:
- Boca amarga;
- Dores abdominais;
- Enjoo;
- Vômito;
- Desmaios;
- Feridas na boca, narinas e olhos;
- Câncer.
Caso não seja possível confirmar se o produto é ou não seguro, não faça a selagem, seja durante ou após o período da menstruação.
A cor do sangue da menstruação tende a ser mais escura (vermelho escuro ou marrom) nos primeiros e últimos dias, sendo vermelho vivo no meio da menstruação. Cada mulher pode apresentar uma coloração diferente do sangramento, especialmente as que usam algum tipo de anticoncepcional hormonal. Isso é normal e não há motivos para preocupações.
A duração da menstruação pode variar entre 3 a 7 dias a depender da mulher, do seu ciclo menstrual e da utilização de métodos anticoncepcionais hormonais. Durante a menstruação, a cor do sangue pode variar entre marrom, vermelho escuro a vermelho vivo e, quando o fluxo é intenso, pode haver presença de coágulos.
É importante a mulher observar seu corpo para compreender como seu ciclo menstrual funciona e quais as características dele. Em caso de dúvidas, pode procurar o/a ginecologista, médico de família ou clínico geral.
Para saber mais sobre menstruação, você pode ler:
Tipos de menstruação: o que significam as diferentes cores?
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Menstruação não veio, no lugar dela uma borra marrom...
FEBRASGO. Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia.
A Mesigyna® pode causar redução do sangramento menstrual, inclusive a supressão da menstruação.
Porém, com o uso contínuo da medicação, sempre é válida uma reavaliação com o/a ginecologista, médico/a de família ou clínico/a geral para identificar se há outras causas para a ausência da menstruação.
A Mesigyna® é um anticoncepcional injetável que deve ser utilizado todo mês. Os efeitos colaterais geralmente são presentes nos primeiros meses de administração, porém depois desse período de adaptação ela é bem aceitável pelas mulheres. Os efeitos colaterais mais relatados pelas mulheres são alterações no ciclo menstrual, dor e sensibilidade nas mamas, instabilidade no humor, dores de cabeça e aumento do peso.
Apesar da ausência da menstruação ser um dos efeitos provocados pela Mesigyna®, você pode consultar um/a desses/dessas profissionais citados para uma avaliação detalhada.
Além da gravidez, existem outras causas para um atraso da menstruação, tais como:
- Exercícios físicos em excesso: A prática muito frequente de atividade física rigorosa pode não só atrasar a menstruação, como também interrompê-la por algum período de tempo. Isso ocorre devido ao elevado gasto energético do corpo com os exercícios. Enquanto a atividade física moderada estimula a liberação de endorfina, que ajuda a regularizar a menstruação, os exercícios pesados favorecem o aumento da prolactina, um hormônio relacionado com a amamentação, o que provoca atrasos ou falhas na menstruação;
- Dietas muito restritivas: A falta de ingestão de nutrientes essenciais em dietas muito restritivas levam o corpo a cortar funções que são menos vitais para se preservar, podendo então ir buscar esses nutrientes que estão em falta no sangue. Além disso, dietas muito restritivas podem alterar o sistema que regula o equilíbrio hormonal reprodutivo, provocando uma redução da ovulação e um aumento exagerado na produção de progesterona, inibindo a menstruação;
- Estresse e ansiedade: Um estresse muito grande, como um acidente, a morte de alguém ou uma notícia muito ruim, pode inibir a ovulação e atrasar a menstruação. Mesmo um simples estresse mais prolongado já pode causar alterações no ciclo menstrual. Tanto o estresse como a ansiedade podem levar à ausência de menstruação causada por alterações hormonais;
- Obesidade: A grande quantidade de gordura nos tecidos interfere na menstruação. Como os hormônios femininos são metabolizados e armazenados no tecido gorduroso do corpo, o excesso de gordura pode interferir no funcionamento da hipófise, que controla a ovulação, provocando alterações no ciclo menstrual;
- Dormir pouco: Embora não seja uma causa frequente de atraso da menstruação, a privação do sono pode causar um desequilíbrio hormonal e alterar o ciclo menstrual, principalmente se vier acompanhada de estresse e ansiedade;
- Doenças: O atraso ou a ausência de menstruação podem estar relacionados com problemas na tireoide, endometriose, ovários policísticos, entre outras doenças.
Caso note um atraso menstrual frequente consulte o seu médico de família ou ginecologista para que a causa seja devidamente diagnosticada.
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