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Diferenças entre Esquizofrenia e Transtorno Bipolar
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

As principais diferenças entre esquizofrenia e transtorno bipolar são:

Características Esquizofrenia Transtorno Bipolar
Início do quadro Mais lento (insidioso) Mais rápido (súbito)
Delírio "Mania de perseguição", não influenciada pelo humor "Mania de grandeza", muito influenciado pelo humor
Alucinação Comum Menos comum
Sintoma negativo Comum Não apresenta
Déficit cognitivo Comum Menos comum
Disfunção social Comum Menos comum
Tratamento medicamentoso Antipsicóticos de 1ª e 2ª geração Estabilizadores de humor e antipsicóticos de 2ª geração

A maior diferença entre esquizofrenia e transtorno bipolar é que os pacientes com transtorno bipolar apresentam uma melhor evolução, com eliminação total dos sintomas e retorno às suas atividades diárias entre uma crise e outra, enquanto que a esquizofrenia mantém os seus sintomas residuais, mesmo entre as crises.

Os esquizofrênicos são caracterizados sobretudo por sintomas negativos, como perda de interesse, desmotivação, apatia e dificuldades de se socializar e relacionar.

Porém, com a chegada dos primeiros antipsicóticos nos anos 50, as diferenças entre esquizofrenia e transtorno bipolar diminuíram bastante, ao ponto dos casos de ambas as doenças serem confundidas uma com a outra.

A resposta aos medicamentos passou então a influenciar o diagnóstico psiquiátrico, com tendência para diagnosticar como bipolar o paciente que melhor responder e se recuperar com o tratamento.

A crise aguda de um paciente com transtorno bipolar pode ser parecida com o surto psicótico de uma pessoa com esquizofrenia, principalmente se houver também delírios e alucinações, o que torna difícil diferenciar uma doença da outra nessa fase, ficando porém mais fácil após a crise.

Em geral, o paciente bipolar tem uma melhor recuperação e volta às suas atividades mais rápido que o esquizofrênico, sem apresentar também os sintomas negativos característicos da esquizofrenia.

Os sintomas cognitivos são também menos afetados nos casos de transtorno bipolar do que nos de esquizofrenia.

Apesar dos sintomas de humor (depressão, euforia, exaltação, raiva, irritabilidade) serem frequentes na esquizofrenia, eles são a principal alteração causada pelo transtorno bipolar.

São essas variações de humor que levam às crises de depressão ou mania e que explicam os principais problemas de comportamento, delírios e alucinações dos pacientes bipolares.

Já o esquizofrênico, apesar do humor influenciar o seu comportamento, ele não é o causador dos seus principais sintomas.

Isso é facilmente verificado no final da crise, quando os pacientes bipolares melhoram com a estabilização do humor enquanto que os esquizofrênicos continuam com delírios, alucinações e sintomas negativos, mesmo tendo um humor aparentemente melhor.

O médico psiquiatra é o responsável por diferenciar e diagnosticar a esquizofrenia e o transtorno bipolar, bem como conduzir o tratamento.

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Dra. Janyele Sales
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Os tipos de transtorno de humor mais comuns são a depressão e o transtorno bipolar. A depressão é considerada um transtorno de humor unipolar, pois a variação do humor fica apenas do lado depressivo. Quando as variações de humor oscilam entre a depressão e a euforia, o transtorno é bipolar.

Nos casos em que os sintomas depressivos ocorrem em simultâneo com a euforia (mania), são chamados de disforia ou episódio misto.

Depressão

O aparecimento da depressão é influenciado pela genética, stress emocional, pouco apoio social, baixas condições socioeconômicas, uso de substâncias e abuso de álcool, pós-parto, residir em cidades, ser portador de doenças graves, entre outros fatores.

Os sintomas da depressão incluem tristeza, pessimismo, redução das atividades habituais, falta de iniciativa, insônia, alterações no apetite, perda da libido, falta de prazer em atividades que antes eram prazerosas, dificuldade de concentração, perdas de memória, sentimentos de culpa, entre outros.

É comum pessoas com depressão descuidarem-se da aparência, apresentando-se muitas vezes despenteadas ou com a barba por fazer, por exemplo. Também é frequente evitarem o contato visual, ficarem de cabeça baixa e apresentarem movimentos e fala lentos.

Nos casos mais graves, a depressão pode levar ao suicídio.

Leia também: Quais são os sintomas do transtorno de humor e as suas causas?

Transtorno Bipolar

O transtorno de humor bipolar caracteriza-se por variações extremas de humor, alternando episódios de euforia (mania) e depressão. Na fase maníaca, a pessoa fica eufórica, com aumento das atividades física e mental. Já na fase depressiva, estão presentes sintomas como tristeza e lentidão para ter e concretizar planos.

As crises do transtorno de humor bipolar muitas vezes ocorrem de 2 em 2 anos quando a pessoa não está tomando os medicamentos.

Pessoas com bipolaridade podem tentar o suicídio, principalmente na fase da depressão. As tentativas de suicídio podem ocorrer em até 24% dos casos nos transtornos bipolares mais graves.

O transtorno bipolar normalmente surge entre os 18 e os 22 anos de idade.

Transtorno Ciclotímico

Nesse tipo de transtorno de humor, as variações entre os episódios depressivos e maníacos são crônicos, mas as crises são mais leves. Trata-se de um transtorno bipolar mais suave, sem a gravidade dos quadros de euforia e depressão observados na bipolaridade.

O tratamento dos transtornos de humor inclui o uso de medicamentos psiquiátricos e psicoterapia. O médico especialista responsável pelo diagnóstico é o psiquiatra.

Saiba mais em: Transtorno de humor tem cura? Como é o tratamento?

Quais são os sintomas do transtorno afetivo bipolar?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

O principal sintoma do transtorno afetivo bipolar é a súbita e extrema variação de humor, alternando períodos de mania e depressão.

Pessoas com transtorno afetivo bipolar ou distúrbio bipolar, como também é conhecido, passam por fases extremas de variações de humor, como a fase maníaca ou hipomaníaca que é caracterizada, peça euforia e hiperatividade física e mental, seguida pelo período de depressão, ansiedade ou tristeza, em que o indivíduo pode apresentar ainda lentidão para concretizar ou ter ideias.

As crises do transtorno bipolar podem ser leves, moderadas ou graves, com frequência e tempos de duração que variam conforme a gravidade.

Essas flutuações de humor influenciam negativamente as ações de quem sofre de bipolaridade, gerando reações desproporcionais aos acontecimentos reais ou até mesmo sem relação com os mesmos.

O transtorno afetivo bipolar normalmente se manifesta em homens e mulheres com idade entre 15 e 25 anos, embora possa ocorrer também em crianças e indivíduos mais velhos.

Depressão

A fase de depressão no transtorno bipolar pode se manifestar por tristeza profunda, falta de interesse em coisas e atividades das quais se gosta, apatia, isolamento social, variações de apetite, alterações do sono, diminuição acentuada da libido, cansaço, dificuldade de concentração, pessimismo, pensamentos negativos, falta de esperança, sensação de vazio, ideias suicidas, entre outros sintomas.

Mania

Na fase da mania, a pessoa apresenta enorme euforia, com mania de grandeza, elevada autoestima e autoconfiança, poucas horas de sono, hiperatividade física e mental, dificuldade em organizar as ideias e pensamentos, irritabilidade, falta de paciência, dificuldade de concentração, impulsividade para falar, aumento da libido e agressividade.

A bipolaridade nessa fase pode levar a pessoa a cometer atos que podem prejudicar os outros e ela própria, como gastar o dinheiro de forma descontrolada, demitir-se do trabalho ou ainda manifestar delírios e alucinações.

Hipomania

A fase da hipomania é breve e dura poucos dias. Os sintomas são parecidos com os da mania, mas são muito mais leves e por isso pouco interferem na vida da pessoa. Nesse período é comum o indivíduo estar apenas um pouco mais ativo, sociável, falante e eufórico que o normal.

O diagnóstico do transtorno afetivo bipolar é difícil e pode demorar vários anos até que a doença seja diagnosticada, uma vez que os seus sintomas podem ser confundidos com outros transtornos mentais, como esquizofrenia, síndrome do pânico, depressão ou transtorno de ansiedade generalizada.

O especialista responsável pelo diagnóstico e tratamento da doença é o psiquiatra.

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Transtorno afetivo bipolar: Quais as causas e como identificar?

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Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

As causas do transtorno afetivo bipolar não são totalmente conhecidas. Contudo, sabe-se que a origem do distúrbio está associada a fatores genéticos, alterações em algumas regiões do cérebro e variações dos níveis de neurotransmissores que transmitem os impulsos cerebrais.

Também já se sabe que algumas condições podem favorecer o desenvolvimento do distúrbio bipolar, como crises constantes de depressão ou que começaram muito cedo, pós-parto, períodos prolongados de estresse, uso de medicamentos inibidores do apetite, hipertireoidismo e hipotireoidismo.

Transtorno afetivo bipolar Tipo I

Esse tipo de distúrbio bipolar alterna fases de mania, que duram pelo menos uma semana, com períodos de tristeza e depressão que podem durar de 14 dias a vários meses.

Mania é o termo médico para estados de intensa euforia, excitação, em que pode estar presentes aumento da agressividades e da libido.

As fases de mania e depressão são marcadas por sintomas intensos, com grandes alterações nas atitudes e no comportamento da pessoa, prejudicando as relações pessoais, afetivas, familiares, profissionais e por vezes a sua própria condição financeira.

Nos casos mais graves de transtorno afetivo bipolar, pode ser necessário internar a pessoa devido ao elevado risco de suicídio e ocorrência de outros transtornos psiquiátricos.

Transtorno afetivo bipolar Tipo II

Os sinais e sintomas do transtorno bipolar tipo II caracteriza-se pela alternância entre leves períodos de euforia, excitação, otimismo e até agressividade (hipomania) seguidos por uma fase de depressão.

Contudo, os sintomas desse tipo de transtorno afetivo bipolar não mais leves e não interferem ao ponto de comprometer o comportamento e as vida do indivíduo.

O médico psiquiatra é o especialista responsável por diagnosticar e orientar o tratamento mais adequado para o transtorno bipolar.

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Transtorno afetivo bipolar tem cura?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Transtorno afetivo bipolar não tem cura, mas é possível manter os sintomas sob controle com tratamento adequado. O tratamento é feito com medicamentos, psicoterapia e mudanças no estilo de vida.

É fundamental seguir todo o tratamento corretamente, pois só assim é possível prevenir as crises e controlar a instabilidade de humor, o que permite uma melhor qualidade de vida e menor mortalidade.

Lembrando ainda que as fases depressivas prolongadas não tratadas adequadamente podem aumentar o risco de suicídio em pacientes com transtorno afetivo bipolar.

Medicamentos

Os medicamentos usados para tratar o transtorno afetivo bipolar são principalmente os estabilizadores de humor. Podem incluir também, quando necessário, os antipsicóticos, ansiolíticos, anticonvulsivantes e antidepressivos.

Contudo, os medicamentos antidepressivos podem provocar uma passagem rápida da depressão para a euforia ou aumentar a incidência das crises, por isso devem ser usados com cautela.

Psicoterapia

O papel da psicoterapia no tratamento do transtorno afetivo bipolar é muito importante, pois ajuda a pessoa a lidar com o distúrbio e as dificuldades que traz, auxiliando também na prevenção de novas crises e na continuidade do tratamento medicamentoso.

A terapia familiar deve sempre ser incluída porque sua participação contribui para um melhor resultado e continuidade do tratamento do paciente.

Mudanças no estilo de vida

Associado ao medicamento e psicoterapia, faz parte do tratamento do transtorno bipolar os cuidados com hábitos de vida. São recomendados principalmente:

  • Suspender o uso de substâncias ilícitas, álcool e estimulantes como anfetaminas
  • Evitar alimentos e bebidas estimulantes, como excesso de cafeína
  • Evitar privação de sono
  • Evitar estresse
  • Aderir a hábitos saudáveis como atividade física regular

O paciente precisa ser bem esclarecido quanto a sua doença e da necessidade em fazer uso regular do seu medicamento, assim como pacientes portadores de outras doenças crônicas, como a hipertensão e diabetes.

O/A médico/a especialista responsável pelo diagnóstico e tratamento do transtorno é o/a psiquiatra.

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Quetiapina (hemifumarato de quetiapina): quais os efeitos colaterais e que cuidados preciso ter quanto ao seu uso?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Hemifumarato de quetiapina é um antipsicótico utilizado para tratar transtornos mentais como esquizofrenia e transtorno afetivo bipolar em seus episódios de mania e de depressão.

Efeito colaterais de quetiapina

Os efeitos colaterais muito frequentes do hemifumarato de quetiapina, que ocorrem em 1 de cada 10 utilizadores desse medicamento, são:

  • Boca seca
  • Ganho de peso
  • Tontura
  • Sonolência
  • Dores de cabeça
  • Sensação de sonolência
  • Sintomas de descontinuação (sintomas que ocorrem após a suspensão abrupta do medicamento): insônia, náusea, cefaleia, diarreia, vômito, tontura e irritabilidade.

Outros efeitos frequentes, que ocorrem de 1 a 10 pessoas em cada 100 utilizadores desse medicamento, são:

  • Taquicardia (aumento na frequência dos batimentos do coração) e palpitações
  • Visão borrada
  • Constipação (prisão de ventre) e dispepsia (má digestão)
  • Astenia leve (sensação de fraqueza), que pode levar a quedas
  • Edema periférico (inchaço nas extremidades)
  • Disartria (dificuldade na fala)
  • Aumento do apetite
  • Congestão nasal
  • Hipotensão ortostática (queda da pressão arterial na posição em pé), pode causar tontura ou desmaior
  • Sonhos anormais e pesadelos
  • Sintomas extrapiramidais: movimentos involuntários (tremores, contrações musculares, entre outros), dificuldade de andar, lentificação dos movimentos, inquietude.
Efeitos colaterais em crianças e adolescentes (10 a 17 anos de idade)

Neste grupo etário as reações adversas são as mesmas apresentadas pelos adultos. Entretanto, as que ocorrem com mais frequência são:

  • Aumento do apetite
  • Aumento na pressão arterial
  • Vômito
  • Rinite
  • Síncope (desmaio)
  • Raramente ocorrem: inchaço dos seios e produção inesperada de leite em meninos e meninas e, nas meninas, os ciclos menstruais podem não ocorrer ou ocorrerem de forma irregular.
Precauções quanto ao uso de quetiapina

Hemifumarato de quetiapina deve ser usado com cautela em caso de:

  • Presença de sinais e sintomas de infecção
  • Diabéticos ou pessoas com risco de desenvolver diabetes
  • Pessoas que sabem ter triglicérides ou colesterol elevado
  • Portadores de doenças cardíacas ou doenças cerebrovasculares
  • Pessoas com tendência à redução de pressão arterial
  • Portadores de apneia do sono
  • Pacientes em uso de medicamentos depressores do sistema nervoso central
  • Pessoas com risco de pneumonia por aspiração
  • Pacientes com história de convulsões
  • Portadores de discinesia tardia (alterações de movimentos)
  • Pessoas com distúrbios urinários, prostáticos ou intestinais
  • Pacientes com síndrome neuroléptica maligna (se caracteriza por alteração do estado mental, rigidez muscular, elevação da temperatura corporal e hiperatividade autonômica: diminuição da senso-percepção acompanhada de tremores, suor excessivo, ansiedade, agitação, insônia, náuseas e vômitos).

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O consumo de álcool não é recomendado enquanto você estiver em tratamento com hemifumarato de quetiapina.

Esta medicação pode reduzir a sua capacidade de atenção e sua habilidade motora. Por este motivo, não conduza veículos ou opere máquinas quando estiver utilizando hemifumarato de quetiapina.

Hemifumarato de quetiapina somente deve ser usado sob orientação médica.

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Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
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Clínica médica e Neurologia

O transtorno de humor é um distúrbio mental cujos principais sintomas são as variações de humor, afeto, ânimo, sentimentos, pensamentos e comportamentos.

As crises dos transtornos de humor se caracterizam por momentos de depressão ou mania (euforia). Os transtornos mais graves podem se manifestar ainda com delírios, alucinações ou alterações da consciência.

É importante ressaltar que as alterações de humor causadas por outros transtornos mentais ou pelo uso de medicamentos não são consideradas transtornos de humor puramente, mas sim um sintoma da doença de base ou um efeito colateral do remédio. Situações em que exige um outro tipo de abordagem e tratamento.

Contudo, em pessoas com transtorno do humor essas emoções são muito mais intensas, duradouras e muitas vezes desproporcionais à realidade.

Independentemente do tipo de transtorno, a evolução dos sintomas ocorre por fases e no intervalo entre elas, a pessoa pode voltar ao seu estado psicológico "normal".

Causas

As causas do transtorno de humor estão relacionadas com fatores biológicos (transmissão dos sinais cerebrais), psicológicos, sociais e culturais.

O stress e os traumas que ocorrem ao longo da vida favorecem significativamente o desenvolvimento dos transtornos de humor, dependendo do contexto e da importância que esses eventos tiveram na vida da pessoa. Especialmente pessoas que tenham predisposição genética, ou história familiar de transtornos psicológicos.

Estar numa relação afetiva em que a pessoa não se sinta feliz, satisfeita ou terminar relações conjugais podem, por exemplo, levar à depressão. Assim como não se sentir parte integrada de uma equipe de trabalho, ou se sentir extremamente sobrecarregado/a, pode precipitar uma crise de depressão e ansiedade generalizada.

Portanto, as causas dos transtornos de humor devem ser avaliadas em conjunto, levando em consideração os aspectos biológicos, psicológicos e socioculturais do indivíduo.

O/A médico/a responsável pelo diagnóstico e tratamento é o/a psiquiatra. Na suspeita de transtornos de humor, recomendamos agendar uma consulta.

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Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
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Clínica médica e Neurologia

Depende. Alguns casos específicos de transtornos de humor podem ser curados, mas na maioria das vezes, são controlados e tratados por toda a vida, com períodos de melhora completa intercalados com episódios de novas crises.

Como é o tratamento?

A base do tratamento de qualquer transtorno de humor é:

  • Medicamentos
  • Psicoterapia
  • Atividade física

O medicamento é essencial para o alívio mais rápido dos sinais e sintomas e para a adesão ao tratamento. Sabendo que a etapa mais difícil de ultrapassar é a aceitação do problema, por não ser visível como uma ferida ou uma hipertensão vista no aparelho de pressão, o próprio paciente demora a procurar atendimento e a iniciar o medicamento.

Em seguida, e não menos importante, deve ser iniciado a psicoterapia, aonde o paciente poderá compreender melhor seus sintomas, e como conduzir as situações cada vez mais de forma autônoma, sem a necessidade de medicações. Existem diversas técnicas de tratamento, como musicoterapia, cognitivo-comportamental, técnicas de respiração entre outras, que serão definidas caso a caso, em conjunto com o/a terapeuta.

Por fim, a atividade física, que comprovadamente auxilia no equilíbrio do corpo, hormônios e neurotransmissores, completando o tratamento mais eficaz para o resultado esperado por quem sente os sintomas tão angustiantes desses transtornos, e por quem convive e ama essas pessoas. As mais indicadas são as atividades em grupo e prazerosas, para evitar o desinteresse.

Aulas de dança Depressão

O tratamento da depressão é feito com psicoterapia e medicamentos antidepressivos. As técnicas de psicoterapia mais usadas para tratar esses tipos de transtorno de humor incluem a terapia cognitivo-comportamental e a psicanálise.

Os medicamentos servem sobretudo para proporcionar uma melhor recuperação no início do tratamento, de maneira que a pessoa entenda a necessidade de manter o tratamento pelo tempo que for necessário e evitar fatores que precipitem as crises ou novos episódios.

O tempo de duração mínimo do tratamento com antidepressivos é de 6 a 8 meses. Em 15 dias o medicamento normalmente começa a fazer efeito e grande parte das pessoas começa a sentir uma melhora significativa dos sintomas, porém é fundamental a manutenção, para evitar efeito rebote.

Transtorno Bipolar

O tratamento do transtorno bipolar pode incluir o uso de medicamentos antipsicóticos e antidepressivos, além de psicoterapia. Os remédios podem demorar algum tempo para começarem a fazer efeito, por isso os resultados não são imediatos.

A importância das medicações no tratamento do transtorno bipolar é a capacidade delas prevenirem mudanças bruscas do humor, acalmarem a mente e diminuir a tristeza.

Outros transtornos de humor

Os demais transtornos de humor, como a ansiedade generalizada, esquizotípicos entre outros também tem como base de tratamento o uso de medicamentos antidepressivos, antipsicóticos e ansiolíticos, dependendo de cada caso, além da psicoterapia.

O que vai definir a cura completa ou não é a avaliação médica, história clínica, história familiar e fatores ambientais.

O/A especialista responsável pelo diagnóstico e tratamento dos transtornos de humor é o/a médico/a psiquiatra.

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