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Catarata e glaucoma são a mesma coisa?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Não. Catarata e glaucoma são duas doenças diferentes. A catarata é uma opacidade do cristalino do olho que provoca cegueira parcial ou total. O glaucoma é uma doença dos olhos causada pelo aumento da pressão intraocular, que provoca lesões no nervo ótico e comprometimento do campo visual, podendo causar cegueira.

Catarata

A catarata é uma doença ocular que deixa o cristalino opaco. O cristalino é transparente e tem a função de focar as imagens. Porém, com a catarata, ele se torna opaco. Como consequência, há dificuldade de passagem da luz e a visão fica prejudicada.

A maioria dos casos de catarata está relacionado com a idade. Trata-se de um processo degenerativo, mais comum em pessoas idosas. 

Porém, a catarata também pode surgir após cirurgias, traumatismos oculares e tratamento com radioterapia. O tabagismo, o consumo de bebidas alcoólicas e a exposição prolongada ao sol também são fatores de risco para o surgimento da doença.

Sintomas de catarata

O principal sintoma da catarata é a diminuição progressiva da visão, embora no início da doença o comprometimento visual pode não ser notado. Outros sintomas que podem estar presentes: presença de halos ao redor das luzes, redução da visão noturna, visão dupla e necessidade constante de mudar a graduação dos óculos.

Tratamento da catarata

A única forma de tratamento definitivo para a catarata é a cirurgia. No procedimento, retira-se a catarata e substitui-se por uma lente intraocular artificial.

Glaucoma

Existem diversos tipos de glaucoma, que pode ser agudo, crônico ou congênito (presente desde o nascimento).

Sintomas de glaucoma

O glaucoma agudo provoca um aumento extremo da pressão intraocular, levando a uma perda súbita e grave da visão. Além disso, a pessoa apresenta forte dor de cabeça, fotofobia, náuseas e dor nos olhos.

No glaucoma crônico, a pessoa normalmente não apresenta nenhum sintoma no início da doença. Geralmente, o glaucoma é detectado nas consultas de rotina com oftalmologista para trocar os óculos. 

A perda da visão nesse tipo de glaucoma só ocorre nos casos mais avançados. A visão periférica é a primeira a ser afetada, evoluindo para um estreitamento do campo de visão. À medida que a doença evolui, toda a visão pode ser prejudicada.

Tratamento do glaucoma

O tratamento do glaucoma é feito com colírios e deve ser mantido até o fim da vida. O tratamento permite controlar a pressão intraocular e a evolução da doença. Nos casos em que o tratamento com colírios não é suficiente, a cirurgia é indicada.

Consulte o/a médico/a oftalmologista periodicamente para avaliação da sua saúde ocular e para a detecção de problemas como a catarata e glaucoma.

Ibuprofeno serve para garganta inflamada?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

O ibuprofeno pode ser indicado para aliviar a garganta inflamada. Isso porque ele é indicado para diminuir a inflamação no corpo, aliviando vários tipos de dor, principalmente as leves a moderadas.

Entretanto, o ibuprofeno não é um antibiótico. Por isso, se existir uma infecção na garganta, o ibuprofeno pode diminuir os sintomas, mas não irá tratar a infecção.

O ibuprofeno pode causar efeitos indesejáveis, como dor de estômago. Por isso, o mais indicado é que seja usado apenas com receita médica, na menor dose que dê o efeito desejado.

Por não ser antibiótico, não tem um esquema de tratamento rígido, com horas certas e quantidade de dias para garantir o efeito. Pode ser usado a cada 6 a 8 horas, mas o melhor é esperar para tomar novamente apenas se os sintomas voltarem.

Para ter certeza se a garganta está inflamada ou infeccionada, o melhor é procurar um médico de família ou um otorrinolaringologista.

Leia mais sobre garganta inflamada e infeccionada em:

Referência:

Ibuprofeno. Bula do medicamento.

Fluconazol é antibiótico?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

O fluconazol não é um antibiótico, mas sim um antifúngico.

Os antibióticos são medicamentos usados para tratar infecções causadas por bactérias. Já o fluconazol é usado no tratamento de infecções causadas por fungos (na pele, unha, vagina e pênis).

O tratamento com fluconazol pode demorar de 2 semanas a 12 meses, variando conforme o local da infecção e de pessoa para pessoa.

Leia também:

Referência:

Fluconazol. Bula do medicamento

Para que serve e como devo usar Noripurum® injetável (intramuscular)? Quais os efeitos colaterais?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Noripurum® injetável por via intramuscular é utilizado para combater as anemias causadas por deficiência de ferro. Inclui também o tratamento de anemias nutricionais. De modo geral, é prescrito quando se pretende rápida e eficiente reposição de ferro.

Indicações de Noripurum® intramuscular

A medicação intramuscular é indicada em casos de anemias ferropênicas (anemias por deficiência de ferro) nas seguintes anemias:

  • Anemias que ocorrem após hemorragias ou cirurgias (anemias ferropênicas graves);
  • Anemia acompanhada de distúrbios de absorção gastrointestinal;
  • Anemias diagnosticadas antes de cirurgias de grande porte;
  • Anemia associada por insuficiência renal crônica;
  • Impossibilidade de receber o tratamento para anemia por via oral;
  • Inviabilidade de tratar a anemia por via endovenosa.
Como usar Noripurum® intramuscular

Nessa apresentação intramuscular, como o nome já diz, o medicamento só deve ser administrado por via intramuscular.

De preferência, a primeira dose deve ser feita em unidades de saúde que tenham medicamentos e equipamentos disponíveis para tratar possíveis reações alérgicas.

Antes de iniciar a primeira dose é realizada uma dose de teste que consiste na administração de metade da dose prescrita. Se não ocorrer nenhuma reação adversa nos 30 minutos seguintes à administração da metade da dose, o restante do medicamento pode ser administrado.

A prescrição médica de Noripurum® intramuscular deve ser obedecida.

Cuidados na administração de Noripurum® intramuscular

Noripurum® deve ser administrado puro. Não pode haver mistura com outros medicamentos.

Observe se a solução no interior da ampola está homogênea, sem danos e sedimentos.

A administração da medicação deve ocorrer imediatamente após a abertura da ampola.

É obrigatória a aplicação profunda na região glútea utilizando-se a técnica em “Z”. (O profissional de saúde está capacitado a realizá-la.)

Após a aplicação é indicado movimentar-se.

O líquido não deve extravasar para a pele, pois este contato do medicamento com a pele pode provocar manchas escurecidas e difíceis de retirar.

Procure profissional de saúde para realizar a aplicação de Noripurum® intramuscular com segurança.

Contraindicações e cuidados para a administração de Noripurum® intramuscular

Noripurum® intramuscular é contraindicado em casos de:

  • Pessoas alérgicas a medicamentos à base de ferro e demais componentes da fórmula;
  • Fase aguda de infecção renal;
  • Asma brônquica;
  • Poliartrite crônica;
  • Cirrose hepática descompensada;
  • Hiperparatireoidismo não controlado;
  • Hepatite infecciosa;
  • Sobrecarga férrica;
  • Crianças com menos de 4 meses de vida;
  • Mulheres no primeiro trimestre de gestação.
Efeitos colaterais de Noripurum® intramuscular injetável

De forma geral, Noripurum® intramuscular injetável é bem tolerado e as reações adversas são incomuns (ocorre em 0,1% a 1% das pessoas que utilizam o medicamento), são elas:

  • Reações locais como dor no local da injeção ou manchas de longa duração na pele;
  • Dor nas articulações;
  • Ínguas (aumento de linfonodos);
  • Febre;
  • Dor de cabeça;
  • Tontura;
  • Distúrbios gastrintestinais;
  • Enjoos e vômitos;
  • Gosto metálico na boca;
  • Formigamento;
  • Dores musculares;
  • Hipotensão (pressão baixa);
  • Urticária;
  • Vermelhidão;
  • Sensação de calor;
  • Edema nas mãos e nos pés.
  • Muito raramente ocorrem reações alérgicas.

O Noripurum® intramuscular nunca pode ser administrado por via endovenosa.

Não utilize o medicamento sem prescrição médica.

Pode lhe interessar também:

Noripurum® comprimidos mastigáveis: para que serve e como usar?

Como saber se tenho anemia?

Quais são os tipos de anemia e seus sintomas?

Veja como é o tratamento para Espondilite Anquilosante
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

O tratamento da espondilite anquilosante é feito com medicamentos para controlar a dor, a inflamação e a progressão da doença, além de fisioterapia e exercícios para melhorar a postura e a mobilidade das articulações afetadas. Em alguns casos, a cirurgia pode ser necessária.

A espondilite anquilosante não tem cura. Porém, se o tratamento tiver início na fase inicial da doença, é possível mantê-la sob controle.

Para tratar a espondilite anquilosante são usados medicamentos analgésicos para aliviar a dor, relaxantes musculares e remédios capazes de alterar a evolução da doença, como os anti-inflamatórios não-hormonais.

A medicação normalmente só é necessária na fase aguda da espondilite. Após esse período, o tratamento consiste principalmente em fisioterapia e exercícios. Todavia, alguns pacientes podem precisar de um tratamento medicamentoso contínuo, com doses reduzidas.

Quando o tratamento convencional não traz resultados, pode ser indicada a terapia biológica, que consiste na injeção de medicamentos que atuam contra a dor, a inflamação e as alterações imunológicas verificadas nos pacientes com espondilite anquilosante.

A cirurgia é mais usada quando a espondilite afeta o quadril, sendo raros os casos de espondilite anquilosante na colune em que o tratamento cirúrgico é indicado.

Apesar da espondilite anquilosante ficar menos ativa com o passar do tempo, o tratamento deve ser mantido até ao fim da vida. O principal objetivo é aliviar os sintomas, conter a evolução da doença e manter ou melhorar a mobilidade das articulações.

O tratamento da espondilite anquilosante é da responsabilidade dos médicos reumatologista e ortopedista.

Como é feita a hemodiálise?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A hemodiálise é feita com um aparelho externo que filtra o sangue e devolve-o purificado de volta para o corpo. O procedimento é indicado quando há falência ou insuficiência renal e serve para retirar as toxinas e as impurezas do sangue, um papel normalmente executado pelos rins.

Durante a hemodiálise, o sangue sai do corpo através de um cateter que é introduzido numa veia e passa por um tipo de rim artificial chamado dialisador. Esse aparelho irá remover do sangue água, toxinas e impurezas para que depois o mesmo sangue, agora filtrado, seja devolvido ao organismo.

Aparelho de hemodiálise

As sessões de hemodiálise têm um tempo de duração médio de 4 horas. Porém, fatores como idade, peso, tamanho e gravidez podem prolongar o tempo do procedimento. Em média, pacientes com insuficiência renal são submetidos à hemodiálise 3 vezes por semana.

Como é o preparo para a hemodiálise?

Em algumas situações de emergência, a hemodiálise pode ser indicada de forma imediata. Em outras, ela pode ser uma indicação programada em que o paciente já sofre de uma condição crônica e poderá se preparar para o início do procedimento.

Nas situações em que há possibilidade de preparação antecipada, o paciente será submetido ao procedimento de criação de um acesso vascular. Esse acesso será a via em que a máquina de diálise será conectada, permitindo a saída de sangue do organismo e a volta do sangue filtrado.

Além disso, uma mudança na dieta deve ser feita antes do início da hemodiálise para que o indivíduo tenha tempo suficiente para uma adaptação.

Apesar de não curar a insuficiência renal, a hemodiálise preserva as funções vitais, aumentando o tempo de vida e melhorando o bem-estar dos pacientes.

Para que serve a hemodiálise?

A hemodiálise é usada para filtrar o sangue em casos de mau funcionamento ou falência renal. A hemodiálise serve para retirar as impurezas do sangue e devolvê-lo purificado de volta ao corpo.

Os rins têm a função de filtrar o sangue, retirando da circulação sanguínea toxinas, ureia, água e sal. Quando esses órgãos deixam de funcionar adequadamente, é necessário fazer hemodiálise.

Faço hemodiálise. Que cuidados devo ter?

Quem faz hemodiálise deve ser ter cuidado com o peso corporal, manter cuidados com o acesso vascular através do qual é feita a hemodiálise e monitorar frequentemente o sangue.

É muito importante manter o peso sob controle, uma vez que os rins já não são capazes de remover o excesso de fluidos corporais, podendo trazer complicações.

Para avaliar os resultados da hemodiálise e prevenir complicações, a pessoa também deve fazer exames de sangue regularmente.

Os cuidados com o acesso vascular onde é feita a hemodiálise incluem:

  • Lavar o local com água e sabão antes da hemodiálise. A limpeza deve ser feita suavemente, evitando-se esfregar a pele;
  • Verificar sinais de infecção, como vermelhidão e febre;
  • Evitar dormir sobre o braço em que está o acesso vascular;
  • Evitar usar roupas apertadas;
  • Evitar levantar objetos com mais de 5 Kg;
  • Não medir a pressão arterial ou tirar sangue no braço em que está o acesso vascular.

Para maiores informações, consulte um médico nefrologista.

Azitromicina serve para dor de garganta?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

A azitromicina é um antibiótico que pode ser indicado para tratar infecções da garganta. Entretanto, ela só pode ser usada quando for indicada por um médico. Isso porque o médico avalia se a garganta tem mesmo uma infecção e somente nesse caso irá indicar o antibiótico.

A azitromicina e outros antibióticos só podem ser vendidos com receita de um médico ou dentista. O médico deve indicar a dose, os cuidados a tomar e o tempo necessário para que a azitromicina faça efeito.

Além da azitromicina, podem ainda ser indicados medicamentos para diminuir a dor e a inflamação da garganta, como paracetamol ou ibuprofeno, por exemplo.

Para saber mais sobre infecção de garganta e sobre a azitromicina, leia também:

Referências:

Azitromicina. Bula do medicamento.

Tramadol é anti-inflamatório?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

O tramadol não é um anti-inflamatório. Ele é um analgésico, sendo indicado para tratar dores moderadas a intensas como as causadas por:

  • Cirurgias;

  • Extração de dentes grandes.

Ele também pode ser indicado para tratar alguns tipos de dores crônicas.

Se o tramadol não estiver ajudando a aliviar a dor, fale com o médico. Nunca tome o tramadol por mais tempo ou em quantidade maior que a indicada. Ele pode causar dependência ou outras reações indesejáveis.

Pode ser perigoso dirigir durante o tratamento com tramadol. Isso porque ele causa sonolência e pode prejudicar a atenção.

Saiba mais sobre o tramadol em:

Referência:

Cloridrato de tramadol. Bula do medicamento.