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Giárdia: quais os sintomas, tratamento e como ocorre a transmissão?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A giárdia é um parasita que provoca uma infecção intestinal denominada giardíase. A Giardia lamblia, também conhecida como Giardia intestinalis ou Giardia duodenalis, habita o intestino de seres humanos e animais, podendo sobreviver durante meses no intestino sob a forma de cistos. Depois, o parasita é eliminado para o ambiente através das fezes.

A infecção por giárdia ocorre principalmente através da ingestão de água contaminada pelo parasita. A transmissão da giardíase também pode acontecer pela ingestão de alimentos contaminados ou de pessoa para pessoa, através do contato direto com as fezes de uma pessoa infectada ou relação anal sem proteção.

A contaminação dos alimentos geralmente ocorre ao manipular os mesmos sem antes lavar adequadamente as mãos. Porém, o calor da preparação do alimento mata a giárdia, por isso essa é uma forma de transmissão da giardíase menos frequente.

A ingestão de água contaminada também é uma forma frequente de transmissão da doença. O cloro utilizado para o tratamento da água não mata os cistos da Giardia, principalmente se a água for fria. Por isso, é fundamental filtrar ou ferver a água antes de consumi-lá.

As crianças e pessoas com HIV, AIDS ou com o sistema imunológico comprometido são as mais afetadas pela infecção por giárdia. Os grupos considerados de risco incluem as crianças, as pessoas que cuidam delas e as populações que vivem em locais sem saneamento básico.

Quais são os sintomas da infecção por giárdia?

A giardíase pode não manifestar sinais e sintomas em alguns casos. Na fase aguda, a infecção por giárdia pode causar diarreia, dores abdominais, náuseas e gases. Os sintomas da giardíase crônica incluem distensão abdominal, falta de apetite, cansaço, emagrecimento e diarreia bem líquida com odor fétido. Outro sinal da infecção por giárdia é a anemia causada pela má absorção de ferro.

Vale lembrar que, mesmo sem manifestar sinais e sintomas, a pessoa infectada pela Giardia lamblia pode transmitir o parasita pelas fezes.

Quando presentes, os sintomas costumam se manifestar depois de uma a duas semanas que ocorreu a contaminação pela giárdia. O tempo de duração dos sintomas da giardíase varia de duas a quatro semanas, podendo persistir por mais tempo ou haver recaídas.

As complicações mais frequentes da infecção por giárdia são a desidratação e a anemia. Quando acomete crianças, a giardíase pode causar ainda atraso no desenvolvimento.

Qual é o tratamento para a infecção por giárdia?

O tratamento da infecção por giárdia é feito com medicamentos específicos que matam o parasita, como tinidazol, metronidazol ou secnidazol.

A giardíase normalmente resolve-se espontaneamente depois de algumas semanas. Na ausência de sinais e sintomas, não é necessário realizar nenhum tratamento, exceto nos casos em que há risco de transmissão da giárdia.

O tratamento é realizado em pessoas que manifestam os sintomas da doença, pacientes com imunidade baixa e indivíduos infectados que não manifestam sintomas mas podem transmitir a giárdia, principalmente para gestantes.

Como prevenir a infecção por giárdia?

A prevenção da giardíase é feita principalmente pela lavagem adequada das mãos depois de ir ao banheiro e após mudar fraldas, e antes de comer ou manusear alimentos. Também deve-se beber apenas água filtrada ou fervida.

A água de piscinas pode estar contaminada, por isso deve-se ter cuidado para não beber essa água sem querer, mantendo a boca fechada.

Em lugares sem um abastecimento seguro de água, deve-se consumir água engarrafada, fervida ou filtrada, que também deve ser usada para escovar os dentes. Nesses lugares, não é recomendável usar gelo em bebidas nem comer frutas ou vegetais crus.

Uma vez que a giárdia também pode ser transmitida por relação anal sem proteção, é importante usar preservativos para prevenir não só a giardíase como também as demais doenças sexualmente transmissíveis.

Na presença de sinais e sintomas de giardíase, procure um médico de família ou um clínico geral para receber um diagnóstico e tratamento adequado.

Regulador menstrual faz abortar?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

Não se sabe se os reguladores menstruais realmente podem causar aborto. Ao que parece, eles não têm esse efeito, pois não é um efeito adverso descrito na bula. Além disso, os reguladores não foram desenvolvidos com esse propósito.

Os reguladores menstruais podem aumentar o fluxo menstrual, por conterem agentes que estimulam a musculatura do útero. Este efeito pode causar cólica, apesar da maioria dos reguladores também conterem substâncias que ajudam a aliviá-la.

Exemplos de reguladores menstruais são "Regulador Xavier nº 2" e "A Saúde da Mulher". Os dois têm extratos ou tinturas de plantas em suas composições, mas são diferentes. Não se sabe se são seguros para serem usados em caso de gravidez e amamentação. Por isso, o uso é contraindicado nestas situações.

Procure um médico de família ou ginecologista no caso da sua menstruação estar irregular há muito tempo. Isso pode ser causado por problemas hormonais, por exemplo. O tratamento indicado varia, dependendo da causa, mas é o que irá resolver o problema.

Se quiser saber mais sobre menstruação desregulada, leia também:

Referências:

Regulador Xavier nº2. Bula do medicamento.

A Saúde da Mulher. Bula do medicamento.

Pode extrair dente menstruada?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

Não existe qualquer problema para extrair dentes durante a menstruação. Pelo contrário, pode ser até melhor extrair o dente menstruada. Isso porque o risco de uma complicação chamada osteíte alveolar parece ser menor quando o dente é arrancado durante a menstruação.

Uma preocupação de algumas mulheres ao arrancar o dente menstruada pode estar relacionada ao uso de medicamentos após a cirurgia, como os anti-inflamatórios. Entretanto, não há problema em usá-los durante a menstruação. Eles, inclusive, podem ser indicados para reduzir o fluxo menstrual excessivo e para diminuir as cólicas, em alguns casos.

Você também pode se interessar por ler:

Referências:

Robeldo T, Canzi EF, de Andrade PM, Santana JPP, Teixeira FR et al. Effect of Tahiti lime (Citrus latifolia) juice on the Production of the PGF2α/PGE2 and Pro-Inflammatory Cytokines involved in Menstruation. Sci Rep. 2020; 10(1): 7063.

Eshghpour M, Rezaei NM, Nejat AH. Effect of menstrual cycle on frequency of alveolar osteitis in women undergoing surgical removal of mandibular third molar: a single-blind randomized clinical trial. J Oral Maxillofac Surg. 2013; 71(9): 1484-9.

Herpes Labial: o que é, quais as causas, sintomas e tratamento
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O herpes labial é uma infecção causada pelo vírus herpes simplex tipo 1. O herpes oral, manifesta-se sobretudo nos lábios, mas também pode desenvolver feridas na região interna da boca, na garganta e na gengiva.

A doença caracteriza-se pelo aparecimento de queimação e formação de bolhas pequenas e dolorosas na boca.

A infecção por herpes pode ser grave e perigosa se ocorrer próximo dos olhos ou nos casos de imunidade baixa.

Como ocorre o contágio do herpes labial?

O vírus do herpes labial é facilmente transmitido através do contato com feridas de pessoas infectadas. O líquido presente no interior das feridas contêm grande quantidade de vírus vivo, por isso é altamente contagioso.

Após o contágio, o vírus se aloja em um nervo e permanece inativo por muito tempo, até que algum fator desencadeante reativa o vírus, possibilitando a sua multiplicação e o aparecimento dos sintomas.

Situações como menstruação, gestação, alterações hormonais, exposição prolongada ao sol, febre, uso de medicamentos e períodos de ansiedade ou estresse, são as causas mais comuns de reativação do vírus.

Quais os sintomas do herpes labial?

Algumas pessoas apresentam feridas na boca quando entram em contato com o vírus herpes simplex pela primeira vez, enquanto outras não manifestam sintomas.

Antes do aparecimento da lesão, é comum sintomas como coceira, queimação e formigamento no lábio ou na pele ao redor da boca. A pessoa pode apresentar ainda dor de garganta, febre, gânglios inchados e dor para engolir.

Após os sintomas iniciais, surge então a lesão que caracteriza o herpes labial. Inicialmente as pequenas bolhas (vesículas) avermelhadas, que se tornam cheias de líquido amarelo-claro no seu interior e podem se unir formando uma grande bolha.

A seguir, as bolhas se rompem e liberam o seu conteúdo líquido. No estágio final, a lesão se torna amarela e fica coberta por uma crosta. Depois de desaparecer, a pele no local fica rosada, retornando à coloração normal.

Qual é o tratamento para herpes labial?

Os sinais e sintomas do herpes labial desaparecem espontaneamente, sem tratamento, depois de uma a duas semanas. Porém, podem ser usados medicamentos antivirais para combater o vírus. O mais usado é o aciclovir, sob a forma de pomada ou comprimidos. O remédio ajuda a reduzir a dor e faz com que os sintomas desapareçam mais rapidamente.

O medicamento produz melhores resultados se for utilizado logo no início dos sinais de alerta, antes do aparecimento da lesão. Quando as manifestações do herpes labial são recorrentes, pode ser indicado o uso de medicação regular, todos os dias, durante um período.

Quais as possíveis complicações do herpes labial?

A infecção ocular por herpes é uma causa importante de cegueira, devido às cicatrizes que deixa na córnea. Outras complicações do herpes labial podem incluir:

  • Reaparecimento de feridas e bolhas na boca;
  • Propagação do vírus para outras áreas da pele;
  • Infecção bacteriana da pele;
  • Infecção generalizada, que pode ser fatal em pessoas com imunidade baixa causada por dermatite atópica, câncer ou infecção por HIV.

Procure atendimento médico de urgência, se:

  • O herpes labial causar sintomas graves que não desaparecem após 2 semanas;
  • Surgirem feridas ou bolhas perto dos olhos;
  • Apresentar sintomas de herpes e tiver o sistema imunológico debilitado devido a doenças ou medicamentos.

O médico dermatologista é o especialista indicado para diagnosticar e indicar o tratamento para o herpes labial.

Leia também:

Herpes Labial: 4 formas eficazes de tratar

Herpes Labial: 3 principais sintomas que você não pode ignorar

Como se pega herpes labial?

Como controlar Herpes Labial?

Boca seca: o que pode ser, quais os sintomas e tratamento?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A boca seca é uma condição chamada xerostomia, que ocorre quando não é produzida saliva suficiente. A falta de saliva pode causar secura na boca e deixar a garganta seca, além de provocar uma sensação pegajosa na boca e na garganta. A xerostomia pode deixar a saliva espessa (“grossa”) e pegajosa.

A boca seca pode ser um sintoma de alguma doença e causar problemas na boca e nos dentes, uma vez que a saliva inicia o processo de digestão, ajuda a engolir os alimentos e proteger os dentes da cárie.

Quais as causas de boca seca?

A boca seca ocorre quando as glândulas salivares não produzem saliva suficiente para manter a boca úmida ou param de produzir saliva completamente.

As principais causas da xerostomia incluem:

  • Uso de medicamentos, como anti-histamínicos, descongestionantes e medicações para pressão alta, ansiedade, depressão, dor, doença cardíaca, asma ou outras doenças respiratórias e epilepsia;
  • Desidratação;
  • Radioterapia na cabeça e no pescoço, pois pode danificar as glândulas salivares;
  • Quimioterapia que pode afetar a produção de saliva;
  • Lesão dos nervos envolvidos na produção de saliva;
  • Síndrome de Sjögren, diabetes, HIV/AIDS, doença de Parkinson, fibrose cística ou doença de Alzheimer;
  • Remoção de glândulas salivares devido a infecção ou tumor;
  • Tabagismo;
  • Consumo de álcool;
  • Uso de drogas;
  • Estresse ou ansiedade.
Quais os sintomas de boca seca?

Os sintomas de boca seca podem incluir lábios rachados, língua seca, áspera ou sensação de tê-la em carne viva, perda do paladar, dor de garganta, sensação de queimação ou formigamento na boca, sede, dificuldade para falar, mastigar e engolir.

A boca sem saliva contribui para que bactérias produtoras de ácido se multipliquem, o que pode causar mau hálito, cárie, doenças da gengiva, aumento do risco de infecção por fungos (candidíase), feridas na boca e infecções.

A boca seca é comum em adultos mais velhos. Contudo, o envelhecimento em si não causa boca seca. Os idosos tendem a ter mais condições para o aparecimento da xerostomia e costumam tomar mais medicamentos, o que torna a boca seca mais frequente em pessoas dessa faixa etária.

Qual é o tratamento para boca seca?

O tratamento para boca seca é feito principalmente através de medidas para aliviar os sintomas da xerostomia. Quando essas medidas não são suficientes, podem ser indicados medicamentos que promovem secreção de saliva ou substitutos da saliva que substituem a saliva natural da boca.

Para aliviar os sintomas da boca seca recomenda-se:

  • Beber bastante água ou líquidos para manter a hidratação;
  • Chupar pedaços de gelo, uvas congeladas ou picolés de fruta sem açúcar para ajudar a manter a boca úmida;
  • Mascar chicletes sem açúcar ou balas duras para estimular a salivação;
  • Tentar respirar pelo nariz e não pela boca;
  • Usar um umidificador no quarto durante a noite;
  • Usar saliva artificial, sprays para a boca ou umectantes;
  • Usar enxaguante bucal para ajudar a umedecer a boca e manter a higiene bucal.

Algumas mudanças na dieta também podem ajudar a diminuir a secura na boca, como:

  • Comer alimentos frescos e macios que sejam fáceis de mastigar;
  • Evitar alimentos quentes, condimentados e ácidos;
  • Comer alimentos com alto conteúdo líquido, como aqueles com molho ou caldo;
  • Beber líquidos com as refeições;
  • Mergulhar o pão ou outro alimento duro ou crocante em um líquido antes de engolir;
  • Cortar a comida em pedaços pequenos para facilitar a mastigação;
  • Fazer pequenas refeições e comer mais vezes durante o dia.

Para não piorar a secura na boca, recomenda-se evitar:

  • Bebidas açucaradas;
  • Café, chá e refrigerantes à base de cola;
  • Álcool e enxaguantes bucais à base de álcool;
  • Bebidas ou alimentos ácidos;
  • Alimentos secos e ásperos que podem irritar a língua ou a boca;
  • Fumar.

Procure um médico clínico geral ou médico de família se a boca seca não melhorar, se surgirem manchas brancas na boca ou houver problemas para engolir ou sensação de queimação na boca.

Para que serve e como usar espironolactona?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Espironolactona tem função anti-hipertensiva e diurético poupador de potássio. Tem como principais indicações:

  • Hipertensão essencial (elevação da pressão arterial sem causa definida),
  • Edema (inchaço) ou ascite (acúmulo de líquido no abdome) decorrentes de insuficiência cardíaca, cirrose hepática e ou síndrome nefrótica,
  • Edema idiopático (edema sem causa esclarecida),
  • Tratamento da hipertensão arterial maligna (um tipo grave de hipertensão arterial),
  • Prevenção de hipopotassemia (redução dos níveis de potássio sanguíneo) e hipomagnesemia (diminuição dos níveis sanguíneos de magnésio) em pessoas que tomam diuréticos ou quando outros tratamentos forem inadequados ou impróprios.

Além disso, pode ser prescrito para o diagnóstico e tratamento de hiperaldosteronismo primário (aumento dos níveis sanguíneos de um hormônio renal chamado aldosterona) e tratamento pré-operatório de hiperaldosteronismo primário.

Como usar espironolactona?

A espironolactona tem como apresentações: comprimidos de 25 mg, 50 mg e 100 mg.

A dosagem a ser utilizada depende da indicação da medicação.

A dose total diária pode ser feita em dose única, ou fracionadas durante o dia.

É importante que a medicação seja administrada diariamente nos mesmos horários e que o tratamento não seja interrompido sem orientação médica.

Contraindicações de espironolactona

Espironolactona é contraindicada em casos de:

  • Alergia à espironolactona ou aos demais componentes da fórmula;
  • Mulheres grávidas ou que estão amamentando;
  • Pessoas que apresentam redução significativa da função renal;
  • Portadores de insuficiência renal aguda;
  • Pessoas que apresentam anúria (redução ou ausência de urina);
  • Portadores de doença de Addison (um distúrbio hormonal);
  • Pessoas que apresentam hipercalcemia (aumento do cálcio no sangue).
Efeitos colaterais de espironolactona

O uso de espironolactona pode provocar:

  • Náusea;
  • Mal-estar;
  • Cefaleia (dor de cabeça);
  • Tonturas;
  • Prurido (coceira);
  • Urticária (alergia na pele);
  • Confusão mental;
  • Sonolência;
  • Febre;
  • Alteração da libido;
  • Impotência;
  • Distúrbios menstruais;
  • Câimbras;
  • Alopecia (queda de cabelos);
  • Hipertricose (crescimento anormal de pelos);
  • Dor ou nódulos nos seios;
  • Leucopenia (redução da quantidade de glóbulos brancos no sangue);
  • Trombocitopenia (diminuição na contagem de plaquetas no sangue);
  • Anormalidades na função hepática (função do fígado);
  • Insuficiência renal aguda.

Qualquer uma destas reações deve ser comunicada ao/à médico/a.

Ao iniciar o uso de qualquer medicamento, siga as orientações de maneira rigorosa, para alcançar os resultados esperados, e evitar efeitos colaterais

No caso dúvidas, entre em contato com seu médico assistente.

Febre: quando é hora de procurar um médico?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A febre é o aumento temporário da temperatura corporal em resposta a alguma doença ou condição. Uma criança ou bebê tem febre quando a temperatura do corpo está igual ou superior a 37,8°C, quando esta temperatura for medida na axila. Um adulto está febril quando a temperatura está acima de 37,5°C e com febre a partir de 37,8ºC.

Em caso de febre, deve-se procurar um médico se a criança ou o bebê estiver chorando e não conseguir se acalmar, se a pessoa não acordar facilmente ou não acordar, parecer confusa, não conseguir andar, tiver dificuldade para respirar, estiver com unhas, língua ou lábios roxos, tiver dor de cabeça muito forte, apresentar rigidez de nuca, recusar-se a mexer um braço ou uma perna (crianças) ou ainda tiver convulsão.

Febre em bebê e criança: quando procurar um médico?

Bebês e crianças com febre devem ser vistos por um médico pediatra nas seguintes condições:

  • Bebê com 3 meses ou menos, com febre;
  • Febre acima de 40ºC;
  • Febre com mais de 3 a 4 dias que não melhora, ou apresenta picos febris espaçados durante uma semana ou mais;
  • Presença de manchas, erupções ou hematomas na pele;
  • Presença de gemido, convulsões, dificuldade respiratória, vômitos incoercíveis ou sinais de desidratação;
  • Criança se apresenta prostrada ou sonolenta;
  • Presença de doenças crônicas ou graves, como problemas cardíacos, anemia falciforme, diabetes ou fibrose cística;
  • Imunidade baixa devido a tratamento prolongado com corticoide, transplante de medula óssea ou órgão, remoção de baço, tratamento de HIV ou câncer;

A doença provavelmente não é grave se a criança tiver interesse em brincar, estiver comendo e bebendo bem, estiver acordada e sorrindo, apresentar uma cor de pele normal e um bom estado geral quando a temperatura cai.

Febre em adultos: quando procurar um médico?

Um adulto com febre deve procurar um médico nas seguintes situações:

  • Febre persistente por mais de 3 a 5 dias, que permanece por semanas em picos espaçados ou se mantém por mais de uma semana mesmo sendo baixa;
  • Presença de outros sintomas confusão mental, vômitos incoercíveis, dor de cabeça que interfere nas atividades diárias, rigidez de nuca, dificuldade em respirar ou dor no peito, urina mais escura ou dor ao urinar;
  • Presença de manchas, erupção cutânea ou hematomas;
  • Presença de doença grave, como problemas cardíacos, anemia falciforme, diabetes, fibrose cística, DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica) ou outros problemas pulmonares crônicos;
  • Imunidade baixa causada por terapia prolongada com corticoide, transplante de medula óssea ou órgão, remoção de baço, tratamento de HIV ou câncer;
  • Viagem recente para outro país.
Qual é a temperatura normal do corpo?

A temperatura normal do corpo varia entre 36,1ºC e 37,2ºC. Vale lembrar que a temperatura corporal pode variar de acordo com a hora do dia, sendo geralmente mais alta no início da noite. Outros fatores que podem afetar a temperatura do corpo:

  • Fase do ciclo menstrual (na segunda metade do ciclo, a temperatura corporal da mulher pode aumentar em 1ºC ou mais);
  • Atividade física;
  • Emoções fortes;
  • Alimentação;
  • Roupas grossas;
  • Uso de medicamentos;
  • Temperatura ambiente elevada;
  • Umidade do ar alta.

A febre é um importante mecanismo de defesa do organismo contra infecções, já que a maioria das bactérias e vírus que causam infecções prosperam melhor à temperatura de 37°C.

O que fazer para baixar a febre antes de procurar um médico? Cuidados gerais
  • Retire o excesso de roupas ou cobertores;
  • Mantenha o local com uma temperatura confortável, nem muito quente, nem muito fria;
  • Use uma camada de roupa e um cobertor leve para dormir;
  • Tome um banho morno ou passe uma esponja molhada no corpo para ajudar a baixar a temperatura (essa medida é especialmente eficaz após a administração de medicamentos);
  • Não tome banhos frios nem espalhe álcool pelo corpo, pois esfriam a pele e muitas vezes pioram a situação, causando calafrios, o que aumenta a temperatura do corpo.
Medicamentos

Para bebês com mais de 6 meses de idade e adultos, são indicados medicamentos como dipirona, paracetamol e ibuprofeno, que podem ser administrados quando a criança ou adulto apresenta desconforto importante ocasionado pela febre. O ácido acetilsalicílico (aspirina) não deve ser usado em crianças, exceto com indicação do pediatra.

No caso de bebês com até 3 meses de idade, consulte o médico pediatra antes de administrar os medicamentos.

O tratamento para casos de febre depende da duração e da causa da febre, além de outros sintomas.

Para maiores informações, consulte um médico clínico geral ou um médico de família.

Como são os primeiros dias tomando desvenlafaxina?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

As reações da desvenlafaxina são mais frequentes na primeira semana de tratamento. Por isso, nos primeiros dias podem surgir:

  • Insônia;
  • Dor de cabeça, tonturas e sonolência;
  • Redução de apetite, náuseas, vômitos e boca seca;
  • Diarreia ou intestino preso;
  • Ansiedade, nervosismo e irritabilidade;
  • Problemas de atenção, visão borrada, calores e tremores;
  • Taquicardia e aumento da pressão arterial.

Além desses efeitos, ao iniciar o tratamento ou alterar a dose de desvenlafaxina, é importante ficar a atento à piora da depressão e seus riscos. Isso é recomendado tanto para quem toma a desvenlafaxina quanto para seus familiares e pessoas próximas.

Nos primeiros dias após o início do tratamento também é importante avaliar se o medicamento está prejudicando a atenção e os reflexos. Quando isso acontece, não é indicado dirigir ou trabalhar com máquinas e equipamentos perigosos.

O início do efeito antidepressivo ocorre em até 7 dias após o início do tratamento.

Saiba mais sobre a desvenlafaxina lendo também:

Referência:

Desvenlafaxina. Bula do medicamento.