A demência é a perda progressiva das capacidades cognitivas, como memória, atenção e aprendizagem, que leva à perda da independência para realizar as atividades diárias. O termo “demência” é genérico, sendo usado para descrever um grupo de doenças em que existe declínio das capacidades cognitivas e comportamentais, levando à perda da autonomia. As principais formas de demência em idosos são a doença de Alzheimer e a demência vascular.
Quando a pessoa apresenta um desempenho cognitivo inferior ao esperado para a sua idade e escolaridade, mas consegue realizar as tarefas que antes fazia, trata-se de um defeito cognitivo leve. É um estado transitório entre a normalidade e a demência.
A demência pode ser evolutiva, estática ou reversível. A evolutiva caracteriza-se pelo declínio cognitivo progressivo causado por doenças neurodegenerativas, vasculares ou infecciosas. A estática é causada por lesões cerebrais decorrentes de traumas ou infecções. Já a demência reversível é provocada por falta de vitamina B12 e hipotireoidismo.
Quais os fatores de risco para desenvolver demência?
O envelhecimento é o principal fator de risco para desenvolver demência. A incidência de demência aumenta de forma considerável com o avançar da idade, variando entre 1% em pessoas dos 60 aos 65 anos e cerca de 50% em idosos com mais de 90 anos.
Outros fatores incluem baixa escolaridade, pressão alta, diabetes, alteração dos níveis de colesterol ou triglicérides e tabagismo.
Por outro lado, alguns fatores parecem reduzir o risco de demência senil, como o estímulo intelectual e o envolvimento em atividades de interação social.
Quais são os sintomas de demência?
Os sinais e sintomas da demência manifestam-se na memória, na capacidade de executar tarefas, na habilidade visual e espacial, na linguagem e no comportamento ou personalidade. Na maioria dos casos, o primeiro sintoma de demência é a perda de memória recente.
Outros sintomas da demência podem incluir:
- Esquecimento de compromissos e eventos;
- Perda da capacidade de reconhecer pessoas e objetos;
- Dificuldade para realizar tarefas rotineiras;
- Dificuldade em se comunicar e compreender falas;
- Falta de orientação no tempo e espaço;
- Diminuição da capacidade crítica e de juízo;
- Dificuldade para raciocinar e planejar;
- Mudanças frequentes de humor e comportamento;
- Alterações na personalidade;
- Falta de iniciativa.
À medida que o declínio cognitivo progride, a pessoa precisa de supervisão para realizar tarefas cotidianas e não pode sair de casa sem um acompanhante.
Na fase avançada da demência, pode haver dificuldade para se locomover, problemas motores, perda do controle das fezes e da urina e dificuldade para engolir os alimentos.
Demência tem cura? Qual é o tratamento?
A demência não tem cura, exceto as demências reversíveis. Há casos raros, em que a causa da demência pode ser tratada. Porém, para a grande maioria dos casos, não existe um tratamento capaz de curar ou conter a evolução da doença.
O tratamento da demência é feito com medicamentos que estabilizam o quadro ou diminuem a sua progressão, melhorando sobretudo a memória e a atenção. Também são usados medicamentos antidepressivos e antipsicóticos.
O tratamento também pode incluir o manejo de eventuais complicações psiquiátricas, como alucinações, paranoia, agitação, entre outras.
O/a especialista indicado/a para tratar a demência pode ser o/a médico/a de família, clínico/a geral ou neurologista.