Disidrose não tem cura, mas é possível controlar a doença se o agente que desencadeia as crises for detectado e retirado, quando possível, evitando assim novos surtos.
Como tratar a disidrose?
O tratamento da disidrose visa amenizar os sintomas (principalmente a coceira), acelerar o desaparecimento das lesões já existentes e tratar as suas causas.
A terapêutica vai modificando de acordo com a fase da disidrose, e pode incluir:
- Compressas de permanganato de potássio ou água boricada 2%;
- Corticoide (creme ou pomada e oral);
- Antibiótico tópico;
- Hidratantes;
- Toxina botulínica.
Na fase aguda das lesões, quando existem muitas vesículas, coceira e vermelhidão, está indicado o uso de compressas ou banhos de permanganato de potássio ou água boricada a 2%, de duas a três vezes ao dia, até a melhora das bolhas.
Após a melhora das lesões, ou quando as bolhas demoram a secar apenas com as compressas, pode ser iniciado tratamento conjunto com creme à base de corticoides, para acelerar a cicatrização e evitar novas lesões.
Por fim, na fase de manutenção, ou fase crônica, está indicado manter por um tempo o uso regular de pomadas a base de corticoide, ou imunomoduladores (como o Tacrolimo® e Pimecrolimo®), além de hidratantes, promovendo cuidado com a pele, o que reduz a chance de novas crises.
Nos casos refratários ao tratamento descrito, o médico poderá indicar opções como corticoide por via oral, imunomoduladores e aplicação de toxina botulínica. Porém são raros os casos, e irão depender de uma avaliação clínica criteriosa.
Casos em que se observa sinais de infecção, como secreção purulenta, mau cheiro, febre ou dor local, o tratamento deverá ser complementado com antibioticoterapia.
Na maioria das vezes, as crises de disidrose resolvem-se naturalmente após uma a três semanas. O intervalo entre os surtos é de semanas ou meses.
Veja também: O que é disidrose?
É possível prevenir a disidrose?
Sim. A melhor forma de prevenção da disidrose é conhecer os fatores que mais desencadeiam a disidrose, e detectar a sua causa, removendo sempre que possível, esse agente desencadeante.
Além disso, outros cuidados podem ser tomados, como:
- Controlar o estresse;
- Evitar mudanças bruscas de temperatura;
- No calor hidratar a pele de forma exagerada e aumentar a ingesta de água;
- Evitar o contato com produtos ou substâncias irritantes, como detergentes e sabonetes antissépticos;
- Evitar lavar as mãos muitas vezes ao dia, se preciso fazer uso de luvas para proteger e reduzir as lavagens de mãos (as luvas de vinil parecem ser menos irritantes para a pele do que as de látex).
O tratamento e o diagnóstico da disidrose devem ser feitos e acompanhados por um/a médico/a dermatologista.