É raro, mas pode sim indicar algum problema grave, especialmente se vier associado a perda de peso, febre ou sangue nas fezes. Na maioria das vezes, é resultado de alimentação gordurosa ou falta de exercícios.
O excesso de gases é o acúmulo ou produção aumentada de gases pelas bactérias naturais do organismo, durante a digestão.
Quando a quantidade de bactérias é maior que o habitual, ou a sua produção de gases está aumentada, esse acúmulo dentro do intestino, causa os sintomas de "inchaço da barriga", dor, além de episódios de arrotos ou flatulência frequentes.
Por isso, na presença de gases que não melhoram com massagens, alimentação saudável e prática de atividades físicas, procure um médico gastroenterologista para avaliação.
Motivos mais comuns para o excesso de gases
1. Alimentação gordurosa
A alimentação rica em gorduras, carboidratos e proteínas, exige maior quantidade de bactérias e enzimas para a sua quebra e digestão, consequentemente, uma maior produção de gases por essas bactérias.
Uma boa alimentação deve conter todas as famílias de alimentos, o que facilita muito esse processo digestivo e menos gases. Ao mesmo tempo, garante uma boa nutricional corporal.
Se optar por uma dieta mais específica, com alguma restrição, essa deverá ser prescrita e acompanhada por um profissional da área, nutrólogo ou nutricionista.
2. Falta de exercícios físicos
A prática de exercícios físicos ajuda no peristaltismo do intestino, na circulação sanguínea do trato gastrointestinal, além de outros benefícios. Portanto, para casos crônicos de prisão de ventre, excesso de gases ou má digestão, a atividade física regular está indicada.
Procure um profissional da área de educação física, para ajudar a montar um treino individualizado, com os cuidados necessários, alcançando os seus objetivos de forma segura e mais rápida.
3. Intolerância à lactose
A lactose é o açúcar presente no leite e os seus derivados. Esse açúcar precisa ser quebrado durante a digestão, para chegar ao intestino em frações menores, sendo absorvido ou eliminado.
Na intolerância à lactose, existe uma deficiência da enzima que tem essa função, e a lactose chega inteira no intestino, causando os sintomas dessa síndrome. A cólica, náuseas, dores abdominais, diarreia ou fezes pastosas.
O tratamento deve ser feito com orientação profissional de alimentação sem lactose. Não é preciso uso de medicamentos, porém uma alternativa são os suplementos enzimáticos de lactase. Repondo a enzima que está em falta, logo antes do consumo do alimento com o açúcar.
Essa condição atinge crianças e adultos. Então, na suspeita dessa síndrome, procure um médico gastroenterologista para avaliação.
4. Uso de antibióticos
O uso de alguns medicamentos, principalmente os antibióticos, alteram a flora intestinal normal, levando a formação de gases em excesso e por vezes as oscilações no hábito intestinal, alternando entre diarreia e constipação.
Dependendo do caso, o tratamento não deve ser interrompido, mas será orientado a manter uma boa hidratação e alimentação balanceada até o seu término. Após encerrar o tratamento, em poucos dias os sintomas desaparecerão.
5. Alcoolismo
O consumo exagerado de bebidas alcoólicas leva a um desequilíbrio da flora bacteriana intestinal, com maior proliferação das bactérias, com isso acúmulo de gases na região.
O álcool também causa lesão direta na parede do esôfago e estômago, aumentando o risco de gastrite, úlcera e câncer nessa região.
Alcoolismo é uma doença, bastante prejudicial à saúde, por isso é sempre aconselhado procurar um médico de família ou hepatologista, para auxiliar e acompanhar nesse tratamento.
6. Excesso de bebidas com gás
O consumo de bebidas com gás, especialmente quando o uso é frequente e em quantidades elevadas, aumenta também a quantidade de gases do trato gastrointestinal, dificultando a sua eliminação a tempo.
O resultado é de sintomas indesejados como flatulência e/ou arrotos, frequentes.
Prefira o consumo de água ou sucos naturais a bebidas gaseificadas.
7. Tumores
Quando o excesso de gases vem associado a outros sintomas como a perda de peso, sem causa aparente, cólicas frequentes, diarreia alterando com intestino "preso" e/ou presença de sangue nas fezes, pode ser um sinal de uma doença mais grave como o câncer de intestino.
O tratamento do câncer é curativo, desde que seja identificado a tempo. Por isso, na suspeita de um problema maior no trato gastrointestinal, e especialmente pessoas com fatores de risco para o tumor, é importante que procure um médico gastroenterologista quanto antes.
Fatores de risco para câncer de intestino
Não só para o câncer de intestino, mas para todo o trato gastrointestinal, é fundamental conhecer e evitar, se possível, os fatores sabidamente de risco para a doença.
A história familiar, história de pólipos e doenças crônicas por vezes não são evitáveis, mas podem ser controladas. Outros fatores podem e devem ser evitados, como:
- Alimentação pobre em fibras,
- Cigarro,
- Consumo frequente de bebidas alcoólicas,
- Obesidade,
- Sedentarismo (falta de atividade física),
- Diabetes mellitus descompensado.
Para maiores esclarecimentos procure um médico gastroenterologista ou o médico da família.
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