Espasmos do choro são situações em que a criança perde o fôlego quando está chorando. Ela para de respirar (apneia) involuntariamente após a expiração, deixa de chorar e a sua pele fica pálida ou arroxeada, seguindo-se "moleza", rigidez ou fraqueza muscular e até desmaios.
O espasmo do choro normalmente dura menos de 1 minuto e a criança recupera o fôlego espontaneamente. Quando a apneia é mais prolongada pode haver rigidez corporal, inclusive com encurvamento do corpo.
Em alguns casos podem ocorrer convulsões, devido à privação prolongada de oxigênio no cérebro decorrente da apneia, o que assusta muito os pais.
Os espasmos do choro são mais frequentes entre os 6 meses e os 5 anos de idade, sendo que a grande maioria dos episódios acontecem antes dos 18 meses.
Os eventos são desencadeados quando a criança passa por situações desagradáveis, como cair, se machucar, ser contrariada, medo, susto, uma dor forte repentina ou qualquer outro estímulo negativo.
Quais os tipos de espasmos do choro?
Existem 2 tipos de espasmos do choro:
- Cianótico (lábios e pele arroxeados): Mais frequente em crianças ativas, com personalidade forte e que não gostam de ser contrariadas. Normalmente é desencadeado por frustração, raiva ou medo, seguindo-se um choro intenso, apneia e cianose (pele arroxeada), podendo haver desmaio;
- Pálido: Ocorre mais frequentemente em crianças passivas, tímidas, que ficam impressionadas facilmente. Esse tipo de espasmo do choro normalmente é provocado por uma dor súbita ou um susto, seguindo-se palidez da pele e desmaio.
O que fazer em caso de espasmo do choro?
- Mantenha a calma;
- Coloque a criança num lugar tranquilo;
- Espere;
- Não grite nem chacoalhe a criança;
- Não tente fazer respiração boca a boca.
Lembre-se que o espasmo do choro dura apenas alguns segundos e desaparece espontaneamente.
Depois de algum tempo, quando já conseguir prever o que vai acontecer, se chamar pela criança logo no início do episódio, talvez seja possível abortar o espasmo.
Para maiores esclarecimentos sobre como proceder nessas situações, fale com o médico pediatra da criança.