Sim, o condiloma acuminado tem cura, ou melhor, as lesões causadas pelo HPV (vírus papiloma humano). tem tratamento e cura, embora não signifique que o vírus foi eliminado definitivamente do organismo, por isso pode haver recidivas das lesões.
Ainda não existe um medicamento capaz de eliminar definitivamente o HPV do organismo, que é o causador dessa doença sexualmente transmissível.
O tratamento pode incluir cirurgia para retirar as verrugas, aplicação de medicamento no local, uso de laser, eliminação das verrugas com nitrogênio líquido (crioterapia) e uso de medicação para melhorar a imunidade da pessoa, reduzindo os riscos de recidiva.
Os tratamentos para o condiloma acuminado podem ser utilizados isoladamente ou combinados, dependendo da avaliação médica.
A escolha do tratamento depende das condições de saúde da pessoa, se ela está grávida e do local do corpo onde o condiloma está presente, como cabeça do pênis (glande), região do ânus, vagina, vulva ou colo do útero.
O que é condiloma acuminado?O condiloma acuminado, também conhecido como crista de galo, é uma doença sexualmente transmissível (DST), causada pelo HPV (papiloma vírus humano). A doença caracteriza-se pela presença de verrugas nas regiões anal e genital.
Quais os sinais e sintomas do condiloma acuminado?O condiloma acuminado provoca o aparecimento de verrugas genitais, com tamanhos variados, aspecto de couve-flor e coloração rosada.
Nos homens, o condiloma surge com mais frequência na glande (cabeça do pênis), prepúcio (pele que recobre a glande) e na região do ânus. Nas mulheres, as verrugas podem aparecer na vagina, na vulva, na região anal e no colo do útero. O condiloma pode surgir ainda na boca ou na garganta, em paciente com baixa imunidade.
A transmissão do HPV ocorre pelo contato direto com a pele ou mucosas de uma pessoa infectada. Sua principal forma de transmissão é através de relações sexuais sem preservativo. Vale lembrar que a pessoa pode estar infectada e portanto, transmitir o HPV, mesmo sem manifestar sintomas.
Contudo, mesmo com camisinha, o condiloma acuminado pode ser transmitido, uma vez que existem áreas que não ficam cobertas pelo preservativo, como a região do ânus, por exemplo. Dessa forma, estima-se que o uso de preservativo pode prevenir a transmissão do HPV em cerca de 75% dos casos.
Mulheres infectadas com HPV podem transmitir o vírus para o bebê no momento do parto. Para evitar a transmissão, é indicado o parto por cesariana.
O HPV pode ser transmitido ainda por meio de objetos contaminados, como vasos sanitários, toalhas, banheiras ou piscinas.
Após a infecção, os sinais e sintomas do condiloma acuminado podem levar de 1 a 6 meses para se manifestar. Há casos em que as verrugas genitais só aparecem depois de alguns anos.
Leia também: HPV: o que é e como se transmite?
Como se prevenir contra o condiloma acuminado?A prevenção do contágio e da transmissão do HPV é feita através do uso de camisinha em todas as relações sexuais (anal, oral, vaginal), exames médicos periódicos (Papanicolau) e mais recentemente, com as vacinas.
A vacina pode prevenir a infecção pelo HPV 6 e 11, que são responsáveis por cerca de 90% dos casos de condiloma acuminado. A vacina também previne a infecção pelo HPV 16 e 18, que são a principal causa de câncer de colo de útero desencadeado pelo vírus.
O médico ginecologista ou urologista são os especialistas indicados para diagnosticar e definir o tratamento mais adequado para o condiloma acuminado.
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Os principais sinais e sintomas das DSTs (Doenças Sexualmente Transmissíveis) são os corrimentos, as feridas (úlceras) e as verrugas genitais. Atualmente elas estão melhor denominadas como ISTs (Infecções Sexualmente Transmissíveis).
Os sintomas das ISTs podem incluir: corrimento na vagina, pênis ou ânus, feridas nos órgãos sexuais, presença de pequenas bolhas com líquido dentro, verrugas na região genital ou anal, presença de ínguas, além de coceira e dor no local da lesão.
As ISTs manifestam-se principalmente nos órgãos genitais, mas podem aparecer também em outras áreas do corpo, como olhos, língua e palma da mão.
CorrimentoO corrimento pode estar presente nas seguintes ISTs: gonorreia, clamídia e tricomoníase. Nesses casos, o corrimento costuma ser esbranquiçado, esverdeado ou amarelado e ter cheiro forte.
Além do corrimento, a gonorreia, a clamídia e a tricomoníase podem causar coceira e dor ao urinar ou durante a relação sexual.
É importante lembrar que a vaginose bacteriana e a candidíase não são consideradas ISTs, apesar de também causarem corrimento vaginal.
FeridasAs ISTs podem causar feridas nos órgãos genitais ou em outra parte do corpo. As lesões podem ser dolorosas ou não. As feridas podem estar presentes na sífilis, herpes genital, cancroide, donovanose e linfogranuloma venéreo.
VerrugasAs verrugas podem surgir nas regiões anal ou genital e são causadas pelo vírus HPV (Papiloma Vírus Humano). Se a infecção estiver avançada, as verrugas podem aparecer em forma de couve-flor.
As verrugas genitais e anais normalmente não causam dor, mas podem provocar coceira ou irritação local.
Outras ISTs, como hepatite e HIV/AIDS, não manifestam os seus sinais na região genital. Nessas infecções, a via sexual serve apenas como porta de entrada para a infecção.
A Doença Inflamatória Pélvica (DIP) pode ser uma consequência de uma gonorreia ou clamídia não tratadas. A doença afeta o útero, as trompas e os ovários, causando inflamações nesses órgãos.
Para saber se você tem alguma ISTs, observe se o seu corpo apresenta algum dos sinais apresentados. Depois disso, marque uma consulta com o/a médico/a de família, clínico/a geral, ginecologista ou urologista para uma avaliação pormenorizada.
Algumas ISTs podem não manifestar sinais e sintomas, porém podem trazer graves complicações se não forem detectadas e tratadas a tempo, como inflamação crônica, infertilidade e câncer. Por isso, previna-se sempre usando preservativo em todas as relações sexuais.
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Se você teve uma relação em que praticou sexo oral sem proteção, existe sim um risco de ter sido infectado/a pelo vírus HIV.
Porém, nem sempre na fase aguda do HIV há presença de sintomas e, quando há, geralmente só se manifestam depois de 2 a 4 semanas em que ocorreu o contágio. Entre 10% e 60% das pessoas podem ficar até 6 meses sem apresentar qualquer sintoma da infecção.
Após o contágio pelo vírus do HIV, a infecção pode progredir de forma silenciosa, durante um tempo prolongado, sem manifestação de sinais e sintomas. É nessa fase que o HIV se instala, invade e destrói os glóbulos brancos, multiplicando-se.
Na fase inicial da infecção, o corpo aumenta a produção de glóbulos brancos para compensar a redução da quantidade dessas células e tenta combater o vírus. Todo esse período pode durar até 9 anos, variando conforme a gravidade da infecção, as defesas do organismo da pessoa, além da presença de outras doenças que baixam a imunidade.
À medida que a infecção do HIV evolui, o organismo torna-se incapaz de combater outros processos infecciosos, pois os glóbulos brancos são responsáveis pela defesa do organismo. Começam então a surgir as chamadas infecções oportunistas, como pneumonia, tuberculose, meningite, entre outras.
Vale ressaltar que, mesmo sem manifestar sintomas, o vírus pode ser transmitido e detectável no exame de sangue.
Quais são os sintomas da infecção aguda pelo HIV?Os sintomas da fase aguda do HIV são inespecíficos e podem incluir: febre, fadiga, gânglios linfáticos aumentados, dor de garganta, emagrecimento, dores musculares, dor de cabeça, náuseas, suores noturnos, diarreia e rash cutâneo (manchas na pele).
É importante lembrar que a presença desses sintomas não significa que você tenha a infecção do vírus HIV. Outras doenças comuns, como gripes, viroses e infecções de garganta podem manifestar os mesmos sinais e sintomas dessa fase inicial da infecção pelo HIV.
O que é a janela imunológica do HIV?Após a infecção pelo HIV, o organismo começa a produzir anticorpos específicos contra o vírus. Porém, demora um tempo para que os anticorpos sejam suficientes para serem detectados no exame de sangue. Esse período de tempo é a chamada janela imunológica.
Normalmente, os testes de HIV são realizados com a finalidade de detectar anticorpos contra o vírus no sangue. Isso significa que, se a pessoa fizer o teste durante o período da janela imunológica, o resultado pode dar negativo.
A janela imunológica do HIV varia entre duas semanas e 4 meses, podendo chegar aos 6 meses em alguns casos. Por isso, recomenda-se que o teste seja feito depois de 3 meses após o eventual contágio. O ideal é repetir o exame após 6 meses.
O exame usado para detectar o HIV é muito sensível e específico, com uma eficácia de quase 100%. Contudo, é preciso respeitar a janela imunológica para evitar resultados “falso-negativos”, que são frequentes nesse período.
Nesse momento que você apresenta o exame negativo, deve continuar prestando atenção no seu corpo, em possíveis sintomas e procurar consulta médica caso seja necessário.
O vírus do HIV pode ser detectado pelo exame de sangue oferecido gratuitamente nas Unidades de Saúde do Sistema Único de Saúde (SUS).
Leia também: Estou com medo de ter pego HIV?
Sim, os exames e testes de HIV são confiáveis e seguros, com uma eficácia que pode chegar aos 100%.
Se a camisinha estourou durante o sexo anal, existe o risco de contaminação maior, mas se você já fez 3 testes de HIV (o primeiro, 6 meses depois da relação e os outros dois, 1 ano e meio depois) e todos deram negativo, é extremamente improvável que você tenha o vírus.
O teste de HIV mais comum procura os anticorpos que o corpo produz contra o vírus HIV. É o teste EIA, também conhecido como ELISA.
Os testes rápidos de HIV, realizados no sangue ou fluidos orais, são testes que detectam os anticorpos contra o HIV.
Porém, como os anticorpos podem demorar semanas ou meses para estarem presentes no sangue, o teste ELISA e o Western Blot podem dar negativo ou indeterminado se forem feitos nesse período.
Leia também: Para que serve o exame ELISA?
Portanto, não são testes confiáveis para identificar uma infecção aguda pelo HIV.
Existe um outro teste de HIV que rastreia o próprio vírus, conhecido como RNA do HIV ou carga viral. Este exame já é capaz de detectar o HIV cerca de 5 dias após a infecção, sendo bastante útil em casos de infecção aguda pelo HIV.
Se um teste de anticorpos de HIV der resultado negativo ou indeterminado e um teste de RNA der positivo, é bem provável que haja uma infecção aguda pelo HIV.
O diagnóstico precoce do HIV (até 72 horas após o contágio) permite iniciar o tratamento que protege contra a propagação da infecção. Veja mais sobre o assunto em: O que é PEP?
Se você ainda acha que está infectado pelo HIV, mesmo com 3 testes negativos, procure o/a médico/a infectologista e leve esses exames na consulta. Procurar um/a psicólogo/a pode ser uma boa opção para se livrar dessa ideia fixa de que está com HIV.
O vírus HIV sobrevive fora do corpo por muito pouco tempo, pois é bastante sensível e frágil ao meio externo, não sobrevivendo fora de células vivas. Estima-se que o vírus da AIDS seja capaz de sobreviver cerca de uma hora fora do organismo humano.
O calor, outros agentes físicos e agentes químicos, como água sanitária, água oxigenada, álcool, glutaraldeido, inativa o vírus rapidamente. Quando o sangue, as lágrimas ou o suor secam, o vírus também morre e não tem chance de ser transmitido.
A transmissão do vírus HIV é feita pelo contato com sangue ou fluidos corporais (sêmen, secreção vaginal, leite humano) infectados com o vírus. As principais formas de transmissão do vírus HIV são pelas relações sexuais desprotegidas e o compartilhamento de agulhas e seringas no uso de drogas injetáveis.
A AIDS é uma doença que pode ser prevenida usando preservativos durante as relações sexuais, usando agulhas e seringas descartáveis e não compartilhadas com outras pessoas.
As chances de se contrair HIV se a camisinha estourar existem sempre, independentemente, de haver ou não uma lesão visível no pênis. Porém, no caso específico do seu amigo, se houve uma lesão visível no pênis, mesmo que não tenha sangrado, o risco de contrair HIV aumenta.
O mais indicado nessas situações é procurar um médico o mais rápido possível (máximo 72 horas) para iniciar o PEP (profilaxia pós-exposição), que evita a infecção definitiva pelo HIV.
Mesmo assim, o risco de ser infectado pelo HIV numa relação sem preservativo ou em que o mesmo se rompa, não é de 100%. Esse risco depende de vários fatores. Primeiro, se a outra pessoa tem ou não o vírus. Se ela não tiver HIV, a chance de infecção é de 0%.
Por outro lado, se a outra pessoa for portadora do vírus HIV e a camisinha se romper, o risco de contaminação depende muito da carga viral (quantidade de vírus) que ela tem no organismo. Quanto mais alta, maior é a chance de contrair o HIV. Além disso, hoje já se sabe que pessoas em tratamento com carga viral indetectável por mais de 6 meses praticamente não transmitem o vírus.
Vale ainda lembrar que o risco de transmissão é maior no sexo anal, principalmente se for receptivo, do que no sexo vaginal. Sexo oral apresenta risco de transmissão baixíssimo, sendo que para a pessoa que recebe sexo oral não há risco.
Caso tenha dúvidas sobre a transmissão do HIV, ou tenha entrado em situação de exposição ao vírus consulte um médico.
Saiba mais sobre o que é PEP?
Verruga na região genital pode ser indicativo de alguma doença sexualmente transmissível (DST). A lesão mais frequente associada às verrugas na vagina é causada pelo vírus papiloma humano (HPV). A verruga genital, também conhecida como condiloma acuminado, pode ser plana ou elevada, com aspecto semelhante a couve-flor.
Na mulher, o condiloma por surgir na vagina, vulva, ânus, reto, uretra e colo do útero. Essas verrugas podem aparecer de 3 semanas a 8 meses depois que ocorreu a relação sexual desprotegida. Porém, o HPV pode ser transmitido mesmo com o uso de preservativo, se houver contato íntimo da pele ou da mucosa com a verruga.
Se a mulher tiver verruga genital e engravidar, pode haver um aumento no número e no tamanho das lesões. Porém, geralmente diminuem depois do parto.
Qual é o tratamento para verruga genital?A maioria das verrugas na vagina decorrentes do HPV são transitórias e podem desaparecer espontaneamente em 2 anos, não precisando de nenhum tratamento específico.
Se houver crescimento da verruga, dor e incômodo, procure um serviço de saúde para avaliação e tratamento. Em alguns casos, essas verrugas precisam ser "queimadas" com ácido para serem eliminadas. Até porque, se não forem eliminadas, podem transmitir o HPV.
Em alguns casos, quando a verruga é muito grande ou volta a aparecer depois do tratamento, pode ser necessário realizar uma pequena cirurgia para retirá-la. Mesmo após a remoção cirúrgica, a verruga genital pode reaparecer, sendo necessário repetir o tratamento.
Estima-se que 50% a 80% das pessoas sexualmente ativas está infectada pelo HPV. Porém, na maioria dos casos, não manifestam sintomas.
Se a verruga genital é causada por HPV, posso ter câncer?A presença de verruga genital não tem propriamente relação com câncer. É importante frisar que existem mais de 200 tipos de HPV, subdivididos em diferentes grupos. Cada grupo de HPV causa um tipo diferente de manifestação e aqueles que causam verrugas não são os mesmos que provocam câncer.
Dentre todos os tipos de HPV, 40 deles podem infectar a região anal ou genital e 12 podem causar câncer de colo do útero, vagina, vulva, pênis, ânus ou orofaringe. Embora muitas mulheres estejam infectadas pelo HPV, são poucos os casos que evoluem para câncer.
Os vírus considerados de alto risco para câncer são o HPV 16 e o HPV 18, que não causam verrugas. Além disso, existem fatores de risco para o desenvolvimento de câncer de colo do útero, tais como:
- Infecção por HIV;
- Início precoce da vida sexual;
- Ter muitos parceiros sexuais;
- Partos múltiplos;
- Genética;
- Tabagismo;
- Presença de outras micro-organismos transmitidos sexualmente, sobretudo o Herpes Simplex tipo 2 e a Chlamydia trachomatis.
No entanto, a infecção por HPV nas mulheres está altamente associada ao câncer de colo do útero. O vírus é responsável por quase todos os casos da doença. Como o tumor apresenta evolução muito lenta e geralmente não manifesta sintomas, pode haver atraso no diagnóstico e o câncer pode evoluir para formas invasivas.
Por isso, é fundamental a realização do exame preventivo com frequência anual ou a cada 3 anos, dependendo do resultado do exame, para avaliação do útero, colo do útero e da região interna da vagina.
Esse exame é capaz de avaliar a presença de lesões e corrimentos que, ao serem detectados podem ser devidamente tratados. O exame preventivo é oferecido nas Unidades Básicas de Saúde gratuitamente.
Não, HPV não tem cura definitiva, já que não existe tratamento ou medicamento capaz de eliminar completamente o vírus do organismo.
O objetivo do tratamento é destruir as lesões (verrugas) através da aplicação de medicamentos locais, uso de medicação para estimular a imunidade, cauterização, laser, crioterapia (congelamento) ou remoção cirúrgica. Mesmo depois de tratado, o HPV volta a se manifestar em cerca de 25% dos casos.
O HPV é um vírus que se transmite pelo contato com uma pessoa contaminada. Assim que entra no corpo, o vírus se aloja nas várias camadas de células da pele ou mucosa, na região exposta.
Apesar do HPV permanecer no organismo e estar presente na maioria da população, muitas vezes não causa sintomas. Isso porque o sistema imunológico de grande parte das pessoas consegue combater eficazmente o vírus.
Leia também: Quais são os sintomas do HPV?
É importante lembrar que apesar de não ter cura, apenas uma pequena parte dos tipos de HPV (menos de 10%) pode causar câncer. Há centenas de tipos de HPV e somente cerca de 12 deles podem desencadear algum tipo de câncer no colo uterino, na boca, na garganta, no ânus, no pênis ou na vagina.
Existe tratamento para HPV?O tratamento do HPV depende da localização e da extensão das lesões, podendo envolver uso de cremes e medicamentos à base de ácidos para aplicar no local, crioterapia (congelamento), cauterização (queimar), aplicação de laser ou ainda remoção através de cirurgia.
O tratamento mais comumente utilizado, que envolve a remoção das lesões da pele, não é capaz de eliminar completamente a presença do vírus, uma vez que não é possível detectar a sua presença dentro das células sem lesões.
Sendo assim, é comum que as lesões retornem após algum tempo, com a reativação do vírus causada por fatores emocionais, estresse e quedas de imunidade.
Algumas medicações mais modernas, chamadas de imunomoduladores, têm o objetivo de melhorar a imunidade e tentar eliminar os vírus, porém seu uso é restrito para casos muito específicos e tem uma série de efeitos colaterais.
Veja também: Qual é o tratamento para HPV?
O HPV pode permanecer silencioso, sem manifestar sintomas ou desenvolver câncer durante muitos anos, até décadas. Durante esse período, a infecção passa por diversas fases.
Se o HPV não tem cura, como prevenir?O uso de preservativo em todo tipo de relação sexual é a melhor forma de prevenir não só a transmissão do HPV como de todas as outras infecções sexualmente transmissíveis (IST). No entanto, a camisinha não é totalmente eficaz para evitar o contágio por HPV, já que a pele não recoberta pelo preservativo fica exposta.
Além, disso, não é necessário haver penetração para que a pessoa fique infectada pelo vírus. Basta passar a mão sobre o local da lesão já é suficiente para espalhar a doença para outras partes do corpo.
No caso das mulheres, além do uso de preservativos, é importante a realização do exame de rastreamento de câncer de colo de útero, quando indicado pelo/a médico/a. Existe ainda a vacina, que é essencial para proteger contra determinados tipos de HPV responsáveis por grande parte dos casos de câncer de colo de útero e verrugas genitais.
Saiba mais sobre a vacina contra o HPV em: Como tomar a vacina contra HPV?
Mesmo os HPV que causam câncer têm tratamento na maioria dos casos. Contudo, é importante que a infecção seja diagnosticada precocemente para que as lesões pré-cancerígenas sejam tratadas antes de evoluírem para tumores malignos.
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A principal forma de transmissão da gonorreia é através de relações sexuais sem uso de preservativo com uma pessoa infectada, seja através de sexo oral, vaginal ou anal.
Além disso, a gonorreia também pode ser transmitida para o bebê na gravidez ou durante o parto normal, caso a mulher esteja contaminada. A transmissão da gonorreia durante o parto pode afetar gravemente os olhos do bebê, causando conjuntivite e podendo levar à cegueira. Por isso, na maioria das maternidades, há a prática de pingar colírio de nitrato de prata nos olhos dos recém nascidos para combater essa transmissão.
Mesmo sem apresentar sintomas, as gestantes infectadas podem transmitir a bactéria que causa a infecção. Além de cegueira, a gonorreia pode causar infecção no sangue e nas articulações do bebê. O período de incubação da gonorreia varia entre 2 e 8 dias. O risco de uma pessoa infectada transmitir a doença para o/a parceiro/a é de 50% por cada relação sexual. O tratamento adequado interrompe rapidamente a transmissão.
Como saber se peguei gonorreia?Os sinais e sintomas da gonorreia começam a se manifestar de 2 a 8 dias após o contágio. Depois desse período de incubação, a pessoa sente ardência e dificuldade para urinar. Pode ainda surgir um corrimento amarelado ou esverdeado (até mesmo com sangue) saindo pelo canal da urina, tanto em homens como em mulheres.
Conheça os sintomas da gonorreia em: Quais os sintomas da gonorreia?
O tratamento da gonorreia é feito com antibióticos que atuam de forma eficaz. É importante que as duas pessoas do casal façam o tratamento e durante este período não tenha relações sexuais.
Veja também: Qual o tratamento para gonorreia?
Mulheres grávidas devem se submeter ao tratamento o quanto antes para evitar complicações para o bebê.
Se não for devidamente tratada, a gonorreia pode provocar esterilidade, meningite, afetar os ossos e também o coração.
Para maiores esclarecimentos, consulte o/a médico/a de família ou clínico/a geral para receber um diagnóstico e tratamento adequados.
Saiba mais em:
O tempo de incubação do HIV varia de 5 a 30 dias. Este é o período que vai do momento que a pessoa é contaminada pelo HIV até o início dos primeiros sintomas da doença.
Depois do período de incubação, podem surgir sintomas semelhantes aos de uma gripe, como:
- Febre;
- Dor de garganta;
- Dor de cabeça;
- Manchas na pele;
- Diarreia;
- Dores no corpo.
Esses sintomas iniciais do HIV desaparecem espontaneamente após 2 ou 3 semanas. Depois, vem um longo período de latência, no qual o vírus se multiplica no organismo, mas sem causar sintomas.
Veja mais sobre o assunto em Quais os sintomas do HIV?
Esse período pode ser superior a 10 anos, sendo o tempo médio de 5 ou 6 anos. Durante esse tempo de latência, a pessoa infectada com o HIV não apresenta sintomas de imunodeficiência, ou seja, ainda não tem AIDS.
Depois do período de latência, podem então aparecer os sintomas da AIDS, como:
- Perda de peso significativa;
- Diarreia;
- Sapinho;
- Infecções recorrentes de pele;
- Infecções respiratórias frequentes.
A doença vai destruindo o sistema imunológico do paciente, deixando-o exposto a doenças oportunistas. Estas doenças são chamadas de oportunistas porque se desenvolvem em indivíduos com o sistema imunológico debilitado, como no caso da AIDS. Geralmente são de origem infecciosa, embora vários tipos de câncer também podem ser considerados "oportunistas".
É importante lembrar que mesmo durante o período de incubação ou período de latência, o vírus já está se multiplicando nas células do corpo e por isso pode ser transmitido e danificar mais o organismo.
O exame de sangue para detectar o vírus HIV pode ser feito gratuitamente nas Unidades de Saúde do SUS.
Não. O exame que detecta se você está com o vírus da AIDS é um exame de sangue específico chamado anti-HIV.
O diagnóstico do HIV é feito a partir do resultado do exame de sangue específico.
Há vários tipos de testes disponíveis: teste de triagem, teste confirmatório, testes moleculares. Nesses testes, o/a paciente realiza a coleta de sangue em laboratório e o resultado é liberado em média após 4 horas.
Os testes rápidos ganharam visibilidade pela facilidade na realização, acessibilidade e a rapidez na liberação do resultado que pode demorar menos de meia hora. Eles podem ser feitos a partir de uma gota de sangue retirada do dedo da pessoa ou a partir da saliva captada por um dispositivo. Os testes rápidos são disponibilizados em unidades móveis e em algumas unidades de saúde e hospitais.
Apesar de atualmente ser rara, falha no diagnóstico pode ocorrer e, em alguns casos, pode ser necessária a repetição com outros testes para confirmação. Outra consideração que deve ter é a questão da janela imunológica, o período no qual há presença do vírus no organismo da pessoa, porém ainda não houve uma resposta do sistema imune capaz de ser detectada nos testes.
Todos esses testes são gratuitos e podem ser feitos a qualquer momento nas Unidades de Testagem Móvel ou nas Unidades de Saúde do Sistema Único de Saúde (SUS).
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Provavelmente está com sífilis. O VDRL reagente 1/32 significa grande chance de estar com a doença, mas é preciso confirmar com um exame mais específico, como o FTA-ABs.
A sífilis é a infecção sexualmente transmissível (IST), que tem tratamento e cura.
O que significa o exame de VDRL?O exame VDRL (Venereal Disease Research Laboratory) é um teste usado para detectar a infecção sexualmente transmissível (IST) chamada Sífilis, e também para acompanhar a resposta ao tratamento. Com o tratamento adequado espera-se que os valores caiam gradativamente.
O exame é realizado através de uma amostra de sangue, aonde são pesquisados antígenos contra o treponema pallidum, bactéria causadora da sífilis. Os resultados são descritos em forma de títulos. Por exemplo, os títulos 1/2, 1/4 e 1/8 podem ser considerados negativos ou "falso-positivos", quando aumentam por outra doença que não a sífilis, como a mononucleose infecciosa, lúpus, câncer, tuberculose, malária e hepatite A.
Já os títulos 1/16, 1/64 ou mais, praticamente confirmam o diagnóstico de sífilis. Contudo, o VDRL pode levar mais tempo para se apresentar no sangue, assim como reduz progressivamente após o tratamento e cura da doença. Por isso é o método utilizado como rastreio inicial, e o método FTA-ABs para confirmação diagnóstica.
Não é obrigatório estar em jejum para a sua realização.
O que significa FTA-Abs reagente?O FTA-ABS, abreviação de fluorescent treponemal antibody absorption test, também é um exame utilizado para pesquisar a sífilis, porém mais específico. Através de uma amostra de sangue, realiza uma pesquisa de anticorpos contra o Treponema pallidum, bactéria responsável pelo desenvolvimento da doença.
O resultado "reagente" ou positivo, confirma a doença e indica o início do tratamento.
O que significa VDRL reagente na gravidez?O significado é o mesmo, se for reagente acima de 1/16, indica grande possibilidade da doença estar presente, o que preocupa porque a sífilis pode causar graves problemas na gestação.
As principais complicações de sífilis durante a gestação, são:
- Aborto espontâneo;
- Parto prematuro;
- Má-formação do bebê;
- Surdez e/ou Cegueira no bebê;
- Deficiência mental e
- Morte ao nascer.
Sendo assim, se a gestante for diagnosticada com sífilis, o tratamento deve ser iniciado rapidamente. Sem tratamento, a doença pode ser transmitida para o bebê através da placenta ou durante o parto.
Após o tratamento, o exame de VDRL deve ser repetido mês a mês para acompanhamento e para garantir que a bactéria foi completamente erradicada do organismo.
Como prevenir a sífilis?A medida mais importante pata se prevenir contra a doença, é com o uso correto e regular da camisinha feminina e/ou masculina, já que trata-se de uma Infecção Sexualmente Transmissível.
O acompanhamento das gestantes e adequado controle de pré-natal, também ajuda a prevenir a sífilis congênita, porque podemos tratar a gestante precocemente e evitar o contágio para o bebê.
Qual é o tratamento da sífilis?O tratamento é com antibiótico - a penicilina benzatina (benzetacil®). A medicação é disponibilizada gratuitamente e pode ser aplicada, mediante receita médica, na unidade básica de saúde.
Quando a sífilis é detectada na gestante, o tratamento deve ser iniciado o mais rápido possível, com objetivo de prevenir a transmissão para o bebê.
O/A parceiro/a sexual também deve ser testada e tratado/a.
Para maiores esclarecimentos, converse com seu médico de família, ou infectologista.
Entenda melhor sobre a doença no artigo: O que é sífilis?
Referência:
FEBRASGO - Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.
Ministério da Saúde (Brasil).