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Tomei cerveja e fiz exames, pode alterar o resultado?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Depende de qual exame você fez. Por exemplo, no caso de exames de glicemia, colesterol, função hepática, entre outros, o consumo de bebida alcoólica até 72 h antes da coleta, pode sim interferir nos resultados.

Bebida alcoólica altera um exame de sangue?

Sim. A maioria das bebidas alcoólicas contém quantidades elevadas de açúcar, além de causar uma sobrecarga hepática, para sua eliminação. Por isso o seu consumo deve ser interrompido, pelo menos 3 dias antes de realizar exames de sangue. Principalmente se forem solicitados exames de glicemia, colesterol total e frações, TGO, TGP, amilase, lipase, bilirrubinas, entre outros.

Exame de sangue

Os exames de sangue são os exames mais comumente solicitados e realizados, porém existe uma variedade muito grande de tipos de exames. Diferente do que a maioria das pessoas acreditam, não existe um exame "completo", mas uma série de exames para cada indicação médica.

A indicação pode ser desde uma queixa ou alteração encontrada em um exame físico, até mesmo um exame de rotina. Para cada uma das opções, existe um conjunto de exames específicos a ser solicitado.

De acordo com os exames solicitados, pode ser necessário um período anterior de jejum, para que o resultado seja confiável. Por exemplo, para avaliar uma glicemia de jejum, é importante que a pessoa tenha passado pelo menos 8h sem ingerir nenhum alimento.

Jejum para exames de sangue

O jejum solicitado para alguns exames pode variar de acordo com cada pedido. Para alguns casos basta o jejum de 3 ou 4, como por exemplo no exame de sódio, potássio e cinética do ferro.

Para outros, como a glicemia de jejum, é preciso ao menos 8h de jejum.

Atualmente, não são mais necessárias as 12 h de jejum, o que ajudou bastante, especialmente para os diabéticos, que corriam riscos de hipoglicemia.

Outra exigência importante é que mantenha uma alimentação habitual nos dias anteriores ao exame, para que não haja um resultado "normal", apenas pela dieta temporária, e assim não seja identificado um problema a tempo de tratá-lo.

Para maiores informações converse com seu médico clínico geral, ou médico da família, e achando necessário, solicite novo pedido de exames.

VDRL é o mesmo que o HIV?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Não. São exames diferentes: VDRL é um exame inespecífico para sífilis e HIV é para detecção do vírus da AIDS.

VDRL

VDRL é uma sigla em inglês, que significa Venereal Disease Research Laboratory. O exame é realizado através de uma amostra de sangue, aonde são pesquisados antígenos contra o treponema pallidum, bactéria causadora da sífilis.

Os resultados podem ser reagente, que significa positivo para a doença, ou não reagente, negativo para a doença.

Leia também: O que é sífilis?

HIV

O HIV, sigla em inglês que significa Human immunodeficiency Virus, é o nome do vírus que causa a doença AIDS (síndrome da imunodeficiência adquirida). O exame para detecção do vírus é realizado da mesma forma, pela análise no sangue, na busca de anticorpos contra HIV.

Embora seja comum a solicitação de ambos os exames em um mesmo pedido, como fazemos algumas vezes os chamados "check-up", eles se referem a pesquisa de duas diferentes patologias.

VRDL pesquisa de sífilis, e HIV, pesquisa de Aids.

Pode lhe interessar também: Como é feito o exame do HIV?

Diabetes podem alterar o resultado dos exames TGO e TGP?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sim, Diabetes pode alterar o resultado dos exames TGO e TGP.

A diabetes tipo 2 pode causar um tipo de inflamação no fígado chamada esteatose hepática. Isso pode causar uma elevação no valor das enzimas hepáticas e alterar o resultado do exame de TGP e TGO.

O exame de TGP é um exame laboratorial que avalia a presença de alguma inflamação no fígado. Em algumas hepatites, no entanto, o resultado do exame pode estar normal e haver inflamação no fígado na mesma.

As doenças hepáticas e condições que aumentam os níveis de TGP são:

  • Alcoolismo;
  • Hepatites virais; Hepatites não-alcoólicas;
  • Cirrose;
  • Colestase;
  • Hemocromatose.

O exame de TGO também serve para detectar inflamação no fígado. Pode estar normal em algumas hepatites, e, ainda assim, existir inflamação no fígado.

Algumas doenças que provocam alteração nos níveis de TGO:

  • Hepatite alcoólica: Os níveis de TGO se elevam e chegam a ser duas vezes maiores que os de TGP;
  • Casos especiais de anemia, como quando os glóbulos vermelhos do sangue são destruídos;
  • Doenças cardíacas, como o infarto agudo do miocárdio (ataque cardíaco).

TGP e TGO são indicadores sensíveis de danos no fígado em diversos tipos de doenças.

No entanto, é importante lembrar que níveis mais altos que o normal dessas enzimas não indicam, necessariamente, que você tenha uma doença hepática já estabelecida.

Isso pode indicar algum problema ou não. A interpretação do resultado dos exames de TGO e TGP depende do quadro clínico geral do/a paciente e da correlação com outros exames e deve ser feita pelo/a médico/a que está acompanhando o/a paciente.

O que é "área de encefalomalacia" em uma tomografia?
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

Isso é uma sequela no cérebro, ocorre desestruturação e perda de tecido cerebral normal e pode ser decorrente de um traumatismo ou acidente vascular cerebral, mais conhecido como "derrame".

Exame: granuloma no pulmão com 0,3 centímetro?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

O granuloma é um pequeno nódulo, de origem inflamatória, que o organismo forma ao redor de algo que o corpo não reconhece mas também não consegue expulsar. Portanto, trata-se de uma reação do organismo contra um germe, cicatriz ou corpo estranho.

A maioria dos granulomas formados no organismo são lesões benignas, assim como no pulmão. Contudo para cada caso existe uma rotina de exames para seu diagnóstico definitivo e devido tratamento.

Alguns casos, como granulomas cicatriciais, recebem o tratamento apenas conservador, de acompanhamento. Nesses casos o médico pneumologista é o responsável pelo tratamento e acompanhamento.

Pode procurar pelo médico pneumologista ou cirurgião torácico. Porque para o tratamento de granuloma no pulmão sem indicação cirúrgica, o acompanhamento deve ser feito pelo pneumologista. E para os casos com indicação cirúrgica, pelo cirurgião torácico.

Inicialmente pode optar por qualquer um dos dois, pois ambos estão capacitados para avaliar o seu exame e definir qual a abordagem no seu caso.

Para os casos em que seja necessário biópsia pulmonar e ou tratamento de ressecção do granuloma, o médico cirurgião torácico deverá ser o responsável.

Causas de granuloma

As causas infecciosas mais comuns podem ser:

  • Tuberculose;
  • Hanseníase,
  • Pneumonias,
  • Sífilis,
  • Sarcoidose e
  • Listeriose.

Dentre as causas não infecciosas, podemos citar como mais comuns:

  • Febre reumática,
  • Artrite reumatoide,
  • Lúpus e
  • Doença de Crohn.

Para maiores informações e esclarecimentos, procure seu médico da família, que poderá acompanhar o caso ou confirmar a melhor opção de especialista no seu caso.

Que exames devo fazer antes de entrar na academia?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Existem muitas controversas sobre esse assunto, alguns grupos defendem a realização de exames complementares, enquanto outros referem que os benefícios nem sempre justificam os custos elevados, porém ainda não existe um consenso.

Atualmente, no Brasil, seguimos as orientações das Sociedades brasileiras de medicina do esporte e de cardiologia, baseados nos seguintes critérios:

1. Qual nível de atividade e intensidade pretende praticar,

2. História clínica (idade, fatores de risco, uso regular de medicamentos)

3. História familiar da pessoa (casos de cardiopatia, morte súbita e doenças cardiovascular).

No caso de adultos, em atividades recreativas, ou de leve a moderada intensidade, sem história de doenças prévias ou uso de medicamentos, sem queixas ou história familiar de cardiopatia, devem ser solicitados os exames:

  • Exame médico clínico
  • Exames laboratoriais (hemograma, glicose, uréia, creatinina, lipidograma, ácido úrico, hepatograma, exame de urina e de fezes)
  • Eletrocardiograma (ECG) 
  • Teste ergométrico.

Nos casos de atividades mais intensas, história de tonteiras, síncope, dor no peito ou história familiar de cardiopatia e morte súbita, devem ser solicitados os exames:

  • Exame médico clínico
  • Exames laboratoriais (hemograma, glicose, uréia, creatinina, lipidograma, ácido úrico, hepatograma, exame de urina e de fezes)
  • Eletrocardiograma (ECG) 
  • Teste ergométrico e 
  • Ecocardiograma com doppler. 

Nos casos de atletas e atividades profissionais, devem ser solicitados os exames:

  • Exame médico clínico
  • Exames laboratoriais (hemograma, glicose, uréia, creatinina, lipidograma, ácido úrico, hepatograma, exame de urina e de fezes)
  • Eletrocardiograma (ECG) 
  • Teste ergométrico
  • Teste Cardiopulmonar de exercício máximo (TCPE).

O TCPE é o procedimento de escolha para avaliação mais precisa da condição clínica e limites que o atleta poderá alcançar. Auxilia inclusive na prescrição dos exercícios.

No caso de crianças e adolescentes, faixa etária entre 5 e 18 anos de idade, também existem controversas entre os custos e benefícios de realizar tantos exames, entretanto, na maioria dos casos, sem queixas ou história familiar de doença cardiovascular, basta apenas a realização de:

  • Exame médico clínico
  • ECG
  • Exames laboratoriais (Hemograma, eletroforese de hemácias, glicose, sódio, potássio, cloro, ferro, ferritina, perfil lipídico, sorologia para doenças de Chagas e exames de fezes).
  • Apenas no caso de alguma alteração, será recomendado dar seguimento a avaliação junto à equipe de cardiologia.

E nos casos de pacientes cardiopatas, é mandatória a avaliação criteriosa de cardiologista ou médico/a do esporte, para definir os exames que devem ser realizados e de quanto em quanto tempo.

Os exames têm o objetivo minimizar os riscos de complicações cardíacas durante uma atividade física. É fundamental a avaliação e realização dos exames antes de iniciar qualquer atividade.

O médico/a clínico/a geral, médico/a da família ou cardiologista podem realizar tanto a avaliação quanto a definição dos exames a serem solicitados em cada caso.

Fiz um exame das mamas e deu... Estou com câncer?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Segundo este exame você não tem câncer de mama. Foram encontradas alterações benignas na mama que não sugerem câncer. É importante levar o exame ao médico que o solicitou, que poderá avaliá-la dentro do seu contexto clínico.

Como entender o laudo da mamografia?

O exame de mamografia pode encontrar nódulos ou alterações sugestivos ou não de malignidade, ou seja, alterações benignas ou malignas. De modo a melhor agrupar essas alterações usa-se o sistema BIRADS de classificação do resultado. Essa classificação vai de 0 a 6 e mostra as alterações que foram encontradas no exame pelo radiologista.

  • BIRADS 0: o resultado do exame não permite conclusões, geralmente é necessário complementar a mamografia com outros exames, como ultrassom.
  • BIRADS 1: Não foi encontrada nenhuma alteração no exame, portanto, o resultado é de normalidade.
  • BIRADS 2: Foram encontradas alterações, mas todas benignas, resultado também pode ser considerado normal.
  • BIRADS 3: Foram encontradas alterações provavelmente benignas, mas é necessário um acompanhamento mais próximo, o médico pode indicar repetir o exame em 6 meses.
  • BIRADS 4: Foram encontradas alterações com suspeita de malignidade. Nessa situação está indicada biópsia para esclarecimento do diagnóstico.
  • BIRADS 5: Alterações com alta suspeita de malignidade, é essencial a realização de uma biópsia para investigação.
  • BIRADS 6: É o resultado em pacientes que já apresentam câncer de mama e necessitam fazer mamografia para acompanhamento.

É válido lembrar que todo e qualquer exame deve ser interpretado pelo médico que o solicitou que irá levar em consideração outros fatores clínicos para o correto diagnóstico.

Quais são as alterações benignas mais frequentes da mama?

A mama pode apresentar diferente alterações estruturais benignas no decorrer da vida das mulheres. As mais frequentes são os fibroadenomas, cistos, papiloma intraductal e tumor filoide.

Fibroadenomas

Os fibroadenomas são as lesões de causas benignas mais frequentes na mama. Geralmente é um nódulo móvel, de consistência elástica, com bordas regulares e lisas, é pouco ou não doloroso. Costumam crescer um pouco mais na gestação. Também oscilam de tamanho conforme o ciclo menstrual.

Cistos

Os cistos são nódulos regulares e amolecidos por conterem líquido dentro. Podem causar dor se crescerem rapidamente ou atingirem grandes proporções. Além disso, podem crescer ou desaparecer espontaneamente.

Papiloma intraductal

O papiloma intraductal é uma alteração benigna dos ductos subareolares da mama, o seu principal sintoma é a saída de secreção mamilar sanguinolenta.

Tumor filoide

São tumores móveis, lobulados e indolores, apresentam semelhanças com os fibroadenomas, mas o seu crescimento é mais rápido e costumam ser maiores. São tumores mais raros.

Na presença de nódulos mamários ou outras alterações da mama consulte sempre o seu médico de família ou ginecologista.

Histerossalpingografia: útero forma e contornos irregulares?
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

Significa que a forma do útero está diferente do que seria esperado normal, as principais causas são miomas, sequelas de infecções ou procedimentos (curetagem ou cirurgia), má formação congênita.

Que exames devem ser feitos durante a gravidez?
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
Médico

Os exames que devem ser feitos durante o pré-natal, idealmente, em grávidas sem fatores de risco, são os seguintes:

1º mês:
  • Tipagem de sangue (ABO e Rh): É importante para identificar o tipo de sangue, o que é essencial, especialmente quando a gestante é Rh negativo e o pai é Rh positivo. Quando isso acontece, é preciso fazer exames de controle durante a gravidez, para verificar se ocorreu a isoimunização - passagem do sangue fetal Rh positivo para mãe e consequente produção de anticorpos, principalmente depois do segundo filho do casal. Atualmente o Rh negativo não representa riscos, se houver um controle adequado através do exame de sangue Coombs indireto. É importante se lembrar que uma "vacina" deve ser aplicada na 28ª semana de gestação e outra logo depois do parto, para inibir a criação do fator anti-Rh);
  • Hemograma completo: Revela se a gestante tem anemia, ou revela sinais de infecção bacteriana ou viral; pode ser repetido durante o decorrer do pré-natal, caso seja necessário. Durante a gravidez é normal a gestante ser um pouco anêmica em relação a padrões normais. No entanto, é preciso estar atento a baixas acentuadas da hemoglobina no sangue periférico​);
  • Glicemia de jejum (Para pesquisa de diabetes. Em casos específicos, deve ser repetida durante a gestação e acompanhado da glicemia pós prandial ou curva glicêmica);
  • Sorologias para Sífilis, Toxoplasmose, Rubéola, Citomegalovírus, Hepatite B e C e HIV (pesquisa de infecções congênitas capazes de causar dano fetal);
  • Urina I: Pesquisa de infecção urinária, que é bastante frequente durante a gravidez, porque ocorrem alterações hormonais e crescimento do útero. Sempre que houver suspeita de infecção, o exame deve ser repetido; 
  • Protoparasitológico de fezes: Pesquisa de verminoses que podem causar anemia ou outros problemas nas gestantes. Apesar de não causarem problemas nos fetos, os problemas devem ser identificados e tratados na altura certa da gravidez para não prejudicarem a mãe.
2º mês (7-8 semanas):
  • Ultra-som transvaginal (avaliação da correta localização da gestação; cálculo mais preciso da idade gestacional; diagnóstico de gestação múltipla e sua viabilidade).
4º mês (11-14 semanas):
  • Translucência nucal (TN) (também chamado de Ultrassom gestacional morfológico de 1º trimestre - rastreio de alterações que possam sugerir anormalidades cromossômicas);
  • Amniocentese e/ou biópsia de vilo corial (para pesquisa de anormalidades cromossômicas. É realizado com base em solicitação dos pais, idade materna avançada, TN alterada no USG ou mulheres que já tiveram um filho com problemas congênitos, que possuem histórico de doenças genéticas na família e querem saber o quanto antes se o bebê foi afetado);
  • Doppler do ducto venoso (verifica, com mais precisão, riscos de má-formação. O doppler é um ultra-som sofisticado, que analisa o ducto venoso, um vaso sanguíneo do feto. Alterações cardíacas ali podem sinalizar problemas congênitos).
5º mês (20-24 semanas):
  • Ultra-som morfológico de 2º trimestre (avaliação de crescimento fetal, malformações anatômicas fetais);
  • Ecocardiografia fetal (pesquisa de cardiopatias fetais, principalmente em mães diabéticas, com cardiopatias ou históricos familiares destas doenças);
  • Teste triplo (quando indicado e/ou amniocentese para avaliação das anomalias fetais);
  • Fibronectina fetal (identifica precocemente a gestante com risco de parto prematuro).
6º mês:
  • Pesquisa de diabetes gestacional; além de algumas sorologias realizadas que deverão ser repetidas como, HIV, sífilis, toxoplasmose; pesquisa de anemia e infecção urinária;
7º e 8º mês
  • Ultrassom (só se houver alguma necessidade específica); 
  • Pesquisa de estreptococos (embora o corrimento vaginal, sem odor e de cor clara seja normal, a pesquisa de estreptococos beta hemolíticos na "secreção" vaginal, na 37ª semana de gestação, é muito importante. A presença desta bactéria pode levar a complicações para mãe e para o bebê no pós-parto).
9º mês
  • Ultrassom morfológico de 3º trimestre (avaliação crescimento e desenvolvimento fetal; posição fetal; peso estimado para a época do parto; quantidade de líquido amniótico; amadurecimento placentário). 

Em muitas ocasiões, não é necessária a realização de absolutamente todos os exames supracitados. Em caso de gravidez ou suspeita, um médico ginecologista deverá ser consultado para verificar se está grávida ou não e iniciar seu acompanhamento correto.

Fiz histerossalpingografia e dois dias depois comecei sentir dores por todo corpo. Pode ser reação do contraste?
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

É uma ocorrência relativamente rara, mas pode acontecer sim alergia ao contraste utilizado no exame, apesar que seus sintomas mais lembram o início de uma gripe ou uma infecção.

Meu exame de BetaHCG deu 35.000, estou mesmo grávida?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O valor de 35.000 mUI/ml de Beta HCG no exame de sangue, representa sim um resultado positivo para gravidez. Possivelmente você está grávida, e nesse caso, não há indicação de repetir o exame.

No entanto, embora não seja comum, existem outras situações em que o hormônio está aumentado, sem que seja gravidez. Por isso, você deve levar o resultado do exame para um médico ginecologista, que saberá interpretá-lo, além disso, realizar um exame clínico e ginecológico para melhor avaliação.

Após o exame clínico, deverá solicitar exames complementares, e sendo confirmada a gravidez, dar início às adequadas medidas de pré-natal.

Existem casos de Beta HCG falso positivo? Pode não ser gravidez?

Sim. Embora raro, existem situações e doenças que podem elevar os níveis de Beta HCG no sangue, simulando uma gravidez. Ou até uma situação de gravidez que não evoluiu, resultando em um aborto precoce, situação que mantém os níveis de hormônio elevados por algum tempo.

A doenças trofoblástica, um tipo de tumor uterino, também eleva muito os níveis desse hormônio, por vezes acima de 100 mil, simulando uma gravidez, que deve ser descartada por meio de exames de imagem, como a ultrassonografia.

Sabendo que, no exame clínico, o médico é capaz de identificar diferenças entre a gravidez e outras situações como as citadas. Por isso, é primordial que procure um ginecologista, para dar direcionamento ao seu caso.

Uso de antibióticos pode interferir no resultado do Beta HCG?

Não. Mesmo tratando um processo infeccioso, não causaria a elevação desse hormônio. Medicamentos utilizados para auxiliar no processo de fertilização, que contenham o hormônio HCG, podem gerar um resultado falso positivo, entretanto medicamentos como antibióticos, anti-inflamatórios ou anticoncepcionais, não interferem nesse resultado.

Leia também: É possível o Beta-hCG estar positivo e não estar grávida? Em que casos?

Sendo assim, recomendamos que procure seu médico ginecologista o quanto antes, para dar início ao seu acompanhamento, e orientações adequadas.

Minha menstruação está atrasada 8 dias e fiz ultrassom...
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Uma imagem na ultrassonografia pélvica sugestiva de gravidez é bem provável que você esteja grávida.

O saco gestacional aparece após a 5ª semana de gravidez. Ou seja, com o atraso menstrual que você está, é possível ter sido detectado o saco gestacional, a primeira estrutura que aparece na ultrassonografia.

O hormônio beta-hCG pode ser detectado no sangue ou na urina da mulher após a implantação do ovo (a união do espermatozoide com o óvulo) no útero. Essa implantação geralmente ocorre 7 dias após a fecundação.

O ultrassom transvaginal é capaz de detectar a presença de gestação a partir da 5º semana. Nessa fase, é possível detectar o saco gestacional que contém o embrião de apenas 5 ou 6 mm. Exames realizados antes desse período pode não revelar a gestação inicial.

O 1º ultrassom da gravidez é feito entre a 5ª e a 8ª semana de gestação. O exame serve para analisar o número de embriões, onde a gravidez está localizada (no útero ou fora dele, como nas trompas) e o tempo de gravidez.

Quais são os sintomas de gravidez?

Um dos primeiros sinais de suspeita de gravidez é a ausência de menstruação no período esperado pela mulher, observando um atraso menstrual de 1 ou mais semanas. Nesse início da gravidez outros sinais podem ser observados como náusea, aumento da sensibilidade nas mamas, cansaço e aumento da frequência urinária.

Com esse resultado da ultrassonografia, seu atraso menstrual e os sintomas que você está sentindo, é recomendado procurar um serviço de saúde para uma avaliação médica mais detalhada.

Leia também:

Na ultrassom transvaginal se estiver grávida aparece?