É relativamente normal e comum sentir cólicas durante a gravidez, principalmente no 1º e 3º trimestres de gestação.
Porém, se as cólicas forem muito fortes e frequentes ou vierem acompanhadas de outros sintomas como corrimento, sangramento, febre, náuseas ou vômitos, você deverá se comunicar com seu médico obstetra imediatamente.
São várias as causas de cólicas durante a gravidez, tais como:
- Crescimento do útero, no caso de ser a 1ª gestação;
- Aderências resultantes de uma cirurgia anterior à gravidez;
- Movimentação do bebê, se for no final da gestação;
Porém, as cólicas também podem estar relacionadas com situações adversas como inflamação pélvica ou infecção urinária, as quais devem ser tratadas o quanto antes, para evitar riscos na gestação.
Cólica na gravidez pode ser sinal de aborto?Se as cólicas forem intensas e vierem acompanhadas de sangramento, pode ser um sinal de aborto. Se ocorrerem no final da gravidez, podem ser um indício de parto prematuro.
Para maiores esclarecimentos, fale sempre com seu médico obstetra responsável pelo seu pré-natal.
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Provavelmente não há nenhum problema, porque esse período ainda é cedo para encontrar o batimento cardíaco do bebê.
A função cardíaca do bebê se inicia por volta da quinta semana de gestação, portanto só a partir dessa data será possível encontrar os batimentos cardíacos através de aparelhos médicos específicos, como Doppler fetal, ultrassom vaginal e abdominal, fetoscópio, ou mais recentemente, aplicativos para essa função.
Entretanto o mais comum é que os batimentos sejam evidenciados entre a 7ª e 8ª semanas pela ultrassonografia vaginal.
Durante o desenvolvimento do coração do bebê, na quinta semana, inicialmente a frequência é conduzida pelos ventrículos, o que torna a frequência mais baixa, dificultando um pouco sua percepção. Por volta da 9ª semana, quando os átrios estão formados e tomam controle dessa frequência e ritmo, os batimentos podem atingir a frequência de 180 bpm, facilitando sua visualização.
Ao exame de ultrassom abdominal e doppler, a partir da 10ª semana os batimentos são ouvidos com bastante nitidez, e após 20 semanas, também pelo estetoscópio.
Os aplicativos mais atuais, oferecem essa ausculta a partir de 30 semanas. A possibilidade de evidenciar os batimentos do bebê acaba por confortar pais e familiares.
Contudo, essas datas são uma estimativa que pode variar de gestante para gestante. Alguns fatores podem interferir nessas datas, como por exemplo, uma implantação diferenciada de placenta, aumento da gordura abdominal, entre outros.
Para maiores esclarecimentos nesse assunto, procure seu médico obstetra.
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A Cefalexina pode ser tomada pela mulher grávida pois ela não prejudica o bebê.
Porém, vale ressaltar que qualquer antibiótico somente deve ser usado com recomendação médica e pelo período e dosagem indicados na receita médica. O uso de antibióticos de forma não segura e sem uma necessidade pode causar resistência antibiótica.
Os antibióticos são indicados em casos de infecções causadas por bactérias. Em alguns casos, o medicamento é usado para prevenir infecções bacterianas, como em pós-operatórios, por exemplo.
Vale lembrar que os antibióticos não servem para tratar doenças causadas por vírus, como gripes, Dengue, amigdalites virais, entre outras.
O uso incorreto do antibiótico, como no caso do antibiótico não ser adequado para aquela infecção bacteriana específica, não elimina as bactérias infecciosas e pode fazer com que as bactérias desenvolvam resistência a antibióticos.
Para evitar a resistência das bactérias ao antibióticos, é fundamental seguir o tratamento até ao fim, no tempo e nas doses prescritas pelo médico, mesmo que os sintomas tenham aliviado ou desaparecido.
Como a Cefalexina foi prescrita pelo seu médico, você pode tomar na dosagem, frequência e tempo recomendados na receita. Essa medicação é uma medicação segura e liberada para ser utilizada na gestação.
Em casos de outras dúvidas, converse com o/a médico/a durante suas consultas de pré-natal.
HPV durante a gravidez não oferece riscos de malformações fetais e não prejudica o bebê. O HPV na gestação também não aumenta as chances de aborto espontâneo ou parto prematuro.
Mesmo que o a criança seja contaminada pelo HPV, antes ou durante o parto, não significa que ela irá contrair a doença, pois a grande maioria dos bebês elimina o vírus num curto espaço de tempo.
Vale lembrar que o vírus HPV não circula na corrente sanguínea, como acontece com o vírus HIV, por exemplo. Ele permanece na vagina ou no colo útero, o que impede que o bebê seja contaminado enquanto está na barriga da mãe.
Assim, o risco de contaminação existe apenas no momento do parto, no caso do bebê entrar em contato com as lesões da mãe.
A pior e mais temida complicação que pode ocorrer se o bebê for infectado pelo HPV é a papilomatose de laringe, uma lesão extremamente grave que pode provocar a morte por insuficiência respiratória. Felizmente, essas situações são raras, com 2 a 43 casos em cada 1 milhão de nascimentos.
Saiba mais em: HPV: o que é e como se transmite?
Qual o tratamento para HPV durante a gravidez?O tratamento do HPV durante a gravidez depende do aspecto e do local da lesão, risco de câncer, além da fase da gestação.
Se for no início da gravidez, é possível retirar a verruga, dependendo da localização. Porém, no final da gestação, a circulação sanguínea na região da vulva aumenta muito e a verruga pode sangrar, o que impede a sua retirada.
Contudo, depois da gravidez, os sistema imunológico volta ao normal e as lesões tendem a regredir, sendo mais indicado tratar o HPV depois do parto.
Em geral, a cirurgia para remoção das verrugas não interfere na gravidez nem prejudica o bebê. No entanto, se a lesão for muito interna, existe o risco de comprometer a gestação e a melhor alternativa pode ser esperar.
Leia também: Quais são os tratamentos para HPV?; Quem deve tomar a vacina contra HPV?
HPV durante a gravidez impede o parto normal?Não, HPV na gravidez não impede o parto normal. No final da gestação, o vírus já pode ser encontrado no líquido amniótico da mulher e a opção pelo parto cesárea não garante a prevenção da transmissão do HPV para a criança.
A cesariana também não diminui as chances de papilomatose de laringe, a pior complicação que pode surgir para o bebê.
Além disso, apesar do risco de contaminação do bebê ser um pouco maior no parto normal, já se sabe que as chances dele desenvolver as lesões são muito raras.
Portanto, a cesárea é indicada apenas quando as verrugas são muito grandes ao ponto de impedirem a realização do parto normal.
Assim, o tipo de parto (normal ou cesárea) deverá ser determinado pelo médico obstetra, de acordo com o caso.
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Homem com HPV pode ter filhos?
HPV na garganta: Quais os sintomas e como tratar?
Nenhum sintoma de gravidez é percebido 5 dias após a relação sexual. Isso porque a gravidez só começa quando o embrião implanta no útero, o que, geralmente, demora mais de 5 dias para acontecer.
Considera-se que os primeiros sintomas de gravidez podem começar a aparecer 1 semana após a relação, mas normalmente demoram algumas semanas para serem notados. Na primeira semana de gravidez, se existir algum sintoma, é possível que seja um leve sangramento rosado, que pode até ser confundido com o início da menstruação.
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- Com quantos dias aparecem os primeiros sintomas de gravidez?
- Sangramento após relação no período fértil indica gravidez?
Referência:
Gurevich R, Levine B. How Soon After Sex Do You Get Pregnant?. Very Well Family - Trying to conceive. Updated on September 30, 2020.
Sífilis na gravidez é muito perigoso devido ao risco do bebê ser infectado. A transmissão pode ocorrer pela passagem da bactéria pela placenta, contaminado o feto ainda durante a gestação, ou no momento do parto.
A sífilis pode ser transmitida para o bebê se a mulher engravidar com sífilis ou adquirir a doença depois de já estar grávida.
A ocorrência de sífilis durante a gravidez é de grande preocupação devido aos riscos de complicações como aborto ou má formação fetal. Grande parte dos sintomas manifestam-se nos primeiros meses de vida, como pneumonia, feridas no corpo, perda da audição e visão, problemas ósseos e comprometimento neurológico
A sífilis congênita pode levar a limitações no crescimento intra-uterino com consequente má-formação fetal, sequelas neurológicas, aborto, parto prematuro e morte neonatal.
O dano ao feto irá depender do estágio em que ocorreu a infecção durante a gestação e do tempo que a gestante ficou sem o devido tratamento.
O tratamento da sífilis é feito com antibiótico, normalmente penicilina. Se o bebê for infectado, deverá permanecer internado durante um tempo para uma investigação sobre eventuais complicações. A criança também deverá ser acompanhada até os 18 meses para garantir a conclusão do tratamento e a ausência de sequelas.
Saiba mais em: Sífilis congênita tem cura? Qual o tratamento?
A sífilis é detectada por exame de sangue solicitado na rotina das consultas do pré-natal. A mulher gestante deve realizar as consultas periodicamente e realizar os exames solicitados pela equipe.
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Clamídia na gravidez pode ser muito perigoso, pois pode provocar diversas complicações durante e depois da gestação, tais como:
Gravidez ectópicaTrata-se de uma gravidez que ocorre fora do útero, na maioria das vezes em uma das trompas de Falópio (gravidez tubária), podendo também acontecer na cavidade abdominal ou no colo do útero. Uma gravidez ectópica não evolui e deve ser tratada com máxima urgência, sob o risco de trazer graves consequência para a mulher.
Aborto espontâneoA infecção por clamídia parece estar relacionada com abortamentos tardios, embora não haja ainda um consenso sobre essa relação.
Endometrite e Doença Inflamatória PélvicaA inflamação da camada interna do útero (endometrite) e a doença inflamatória pélvica (DIP) pós-abortamento ou parto são outras possíveis complicações da clamídia. A forma grave de DIP necessita de internamento e tratamento com antibióticos por via venosa.
Infecção interna do útero e morte do feto (natimorto)A infecção intrauterina pode disseminar e atingir os pulmões e o fígado do feto, provocando a sua morte.
Rompimento da bolsa e parto precoceO risco de parto pré-termo (antes das 37 semanas de gravidez) pode ser 4 vezes maior em grávidas com clamídia.
Infecção pós-partoSe a clamídia for contraída durante a gestação, a infecção pode se desenvolver depois do parto e causar inflamação no útero (endometrite) e nas trompas, podendo provocar infertilidade. A infecção pode atingir ainda a cavidade abdominal e provocar hepatite, peritonite entre outras infecções graves.
Clamídia na gravidez pode ser perigoso para o bebê?Sim, além de morte fetal, abortamento, baixo peso ao nascer e prematuridade, a clamídia pode ser transmitida da mãe para o bebê e provocar diversas doenças no recém nascido.
Dentre as doenças que a clamídia pode causar no bebê estão conjuntivite e pneumonia neonatal, otite média, síndrome da morte súbita, apneia, asma e doença pulmonar obstrutiva.
Qual é o tratamento para clamídia na gravidez?O tratamento da clamídia durante a gestação é feito com medicamentos antibióticos. Os remédios usados para tratar grávidas com clamídia são: azitromicina, amoxacilina e eritromicina.
Os antibióticos podem ser indicados em dose única ou por um período de 7 a 14 dias a depender da escolha medicamentosa.
O linfogranuloma venéreo, causado por uma infecção crônica por clamídia, necessita de um tempo de tratamento mais prolongado, durante pelo menos 3 semanas.
Tratar a clamídia na gravidez reduz o risco de transmissão para o feto, além de diminuir as chances de endometrite e doença inflamatória pélvica depois do parto. O tratamento da clamídia também deve ser feito pelos parceiros para impedir recidivas e a perpetuação da infecção.
O tratamento, desde que feito corretamente, é eficaz contra a clamídia. Quando iniciado precocemente, as complicações são raras.
No entanto, como 75% dos casos de clamídia não manifestam sintomas, boa parte das grávidas infectadas fica sem tratamento.
Como resultado, elas podem desenvolver doença inflamatória pélvica e sofrer sequelas, como dor pélvica crônica, gravidez ectópica e infertilidade, além dos riscos para a gestação e para o feto.
O que é clamídia?A clamídia é uma infeção sexualmente transmissível, causada pela bactéria Chlamydia trachomatis.
Além de trazer complicações durante a gravidez, a clamídia pode causar complicações urológicas e genitais, infertilidade, artrite e aumenta o risco de transmissão do vírus HIV.
Quais são os sintomas de clamídia?Nos homens, a clamídia geralmente não manifesta sintomas. Quando presentes, os sinais e sintomas incluem dor ou sensação de queimação na região entre o genital e o ânus, dor nos testículos e corrimento pela uretra.
Outros sintomas e complicações de clamídia em homens: ardência ao urinar, epididimite, prostatite, artrite, conjuntivite e uretrite.
Nas mulheres, a clamídia também não costuma manifestar sintomas. Em alguns casos, podem estar presentes algumas manifestações como corrimento, ardência e aumento da frequência urinária.
A clamídia pode causar ainda nas mulheres: uretrite, cervicite, doença inflamatória pélvica, infertilidade, gravidez ectópica e obstrução das trompas.
No caso do linfogranuloma venéreo, a lesão surge no local em que houve contato com a bactéria. Após algumas semanas, aparece um gânglio aumentado e inflamado, geralmente em apenas um lado do corpo. Esse gânglio pode crescer e formar uma placa que evolui para ferida e depois cicatrizar, causando inchaço no membro afetado.
O tratamento da clamídia durante a gravidez pode ser realizado pelo médico de família, clínico geral, obstetra ou infectologista.
A anemia na gravidez aumenta o risco de complicações como parto prematuro, baixo peso ao nascimento, problemas cognitivos no bebê e morte do feto ou do recém-nascido. Uma grávida com anemia profunda também tem mais chances de ter hemorragias antes e depois do parto, o que eleva o risco de morte materna.
A anemia diminui a resistência da gestante a infecções e aumenta em até 3 vezes a ocorrência de complicações na gravidez e no parto. Se não for tratada, durante o pós-parto a anemia pode causar ainda uma diminuição dos níveis cognitivos e das habilidades físicas da mulher, além de aumento do estresse e da instabilidade emocional.
O ferro participa no desenvolvimento cerebral do feto e é importante para as funções cognitivas do recém-nascido. A falta de ferro pode danificar permanentemente o cérebro do bebê e prejudicar a sua inteligência, cognição e comportamento, não só na infância como também na fase adulta.
Cerca de 40% das mulheres grávidas apresentam algum grau de anemia, sendo que em mais da metade dos casos a anemia é causada por deficiência de ferro.
Isso acontece porque, durante a gestação, as necessidades de ferro da mulher aumentam cerca de 6 vezes. Se a grávida não conseguir obter ferro suficiente proveniente da alimentação, o seu organismo irá buscar nas suas reservas, instalando-se a anemia.
O tratamento e a prevenção da anemia durante a gravidez são importantes para prevenir possíveis complicações e proteger assim a saúde e a vida da mãe e do bebê.
Para maiores informações sobre os riscos e as formas de tratamento para a anemia na gestação, fale com o/a médico/a responsável pelo acompanhamento pré-natal.
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Que alimentos são indicados para quem tem anemia?
Pode engravidar sim e se for necessário o seu obstetra pode fazer um procedimento durante a gestação chamado de cerclagem, que vai ajudar a manter o colo do útero fechado e evitar problemas. Não há a riscos para você, apenas para o bebê.
Os riscos da toxoplasmose na gravidez, especialmente se adquirida durante o primeiro trimestre de gestação, incluem aborto espontâneo, hidrocefalia (acúmulo de "água" no crânio do bebê), retardo mental, calcificações no cérebro, lesões oculares (coriorretinite), cegueira, surdez, convulsões e atraso do desenvolvimento da criança.
Pelo risco de complicações graves, a sorologia para a toxoplasmose deve ser pedida no pré-natal de toda gestante. O diagnóstico é baseado na coleta de uma amostra de sangue para a sorologia (IgM e IgG).
A positividade isolada da IgG indica infecção antiga e a mãe possui anticorpos. Se houver positividade isolada da IgM, é indício de infecção aguda e a gestante deve iniciar tratamento imediatamente para toxoplasmose.
Se houver dupla positividade (IgG e IgM), é necessário proceder com a determinação da avidez da IgG, para determinar há quanto tempo houve o contato com o parasita. Em algumas ocasiões, será necessário tratamento.
O que é toxoplasmose?A toxoplasmose é uma doença infecciosa provocada pelo Toxoplasma gongii, um protozoário existente na carne crua ou mal passada, na areia contaminada e nas fezes dos animais, principalmente dos gatos. É uma doença que muitas vezes não revela sintomas na mãe, porém é muito prejudicial para o bebê.
Quais são os sintomas da toxoplasmose?Se a infecção acontecer durante a gravidez, a gestante pode apresentar febre, calafrios, ínguas pelo corpo (caroços dolorosos), dor generalizada nos músculos e aumento do fígado.
Em pessoas com a imunidade baixa, a toxoplasmose pode provocar inflamação dos olhos, erupções na pele, encefalite (inflamação do cérebro), meningite (inflamação das membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal), além de inflamações nos pulmões e no coração encefalite, pode levar a confusão mental e coma.
Porém, muitas vezes a pessoas está infectada pelo Toxoplasma e não manifesta sinais e sintomas. Em pessoas saudáveis, o sistema imunológico impede a manifestação da doença, na maioria dos casos. Quando presentes, os sintomas geralmente são leves e podem ser semelhantes aos de uma gripe ou resfriado.
Qual é o tratamento para toxoplasmose na gravidez?O tratamento da toxoplasmose durante a gravidez é feito com espiramicina, no 1º trimestre de gestação, ou com a combinação de sulfadiazina, pirimetamina e ácido folínico no 2º e 3º trimestre de gestação.
Como saber se o bebê tem toxoplasmose congênita?A toxoplasmose congênita ocorre quando o bebê é infectado pelo Toxoplasma durante a gravidez. Para determinar se o bebê foi infectado pela toxoplasmose na gestação, é necessária a coleta de sangue do cordão umbilical (cordocentese), que só pode ser realizado após 18 semanas de gravidez. No caso do bebê já estar infectado, o tratamento só deve começar depois do seu nascimento.
O tratamento, se iniciado precocemente e realizado de forma correta, pode impedir a toxoplasmose congênita. Contudo, se o bebê já tiver tido contato com o parasita, pode nascer com graves sequelas.
A toxoplasmose congênita pode não manifestar sintomas ou apresentar um quadro grave que pode ser fatal rapidamente. Quando, presentes, os sintomas podem incluir inflamação dos olhos, aparecimento fácil de hematomas, aumento do tamanho do crânio, icterícia grave (pele e olhos amarelados), facilidade em formar hematomas, convulsões e atraso mental.
No entanto, em muitos casos os sintomas logo a seguir ao nascimento geralmente são ligeiros ou estão ausentes e desenvolvem-se meses após o nascimento.
Como ocorre a transmissão da toxoplasmose?A transmissão da toxoplasmose ocorre através da ingestão de alimentos crus ou mal cozidos, contaminados ou pelo contato direto com o parasita ao manipular areia contaminada com fezes de animais, especialmente de gatos.
Como prevenir a toxoplasmose na gravidez?Os cuidados para evitar toxoplasmose na gravidez, caso a mulher não seja imune à doença, são os seguintes:
- Cozinhar bem a carne e lavar cuidadosamente as mãos;
- Lavar bem legumes e frutas;
- Lavar as mãos após contato com gatos;
- Evitar contato com gatos abandonados;
- Evitar contato com fezes de gatos e sempre usar luvas ao manipulá-los;
- Usar luvas para lidar com a terra;
- Evitar consumo de carne crua, especialmente de porco e carneiro.
É imprescindível a realização de pré-natal durante a gestação. Se você suspeitar que está grávida, deve procurar imediatamente um médico obstetra para iniciar o pré-natal.
Na gestação, os medicamentos mais utilizados e seguros para dor de cabeça, são o paracetamol e dipirona®. No entanto, a dose, forma de uso e se existe alguma contraindicação, deve ser analisada pelo médico obstetra.
Qualquer medicamento durante a gestação deve ser prescrito pelo obstetra, que acompanha a gestante, inclusive os remédios para dor de cabeça.
Já os anti-inflamatórios não-esteroides (AINES) como o ibuprofeno, embora bastante usado para combater a dor de cabeça, são contraindicados durante a gravidez. Estes medicamentos podem provocar desde aborto espontâneo até hemorragia pós-parto.
No seguimento deste texto falaremos sobre o uso de remédios para dor de cabeça durante a gestação.
ParacetamolQuando utilizado em doses adequadas, o Paracetamol pode ser indicado durante todas as fases da gestação para combater a dor de cabeça. O medicamento apresenta ainda uma quantidade muito reduzida de efeitos colaterais, quando a dose indicada pelo médico é respeitada.
Apesar de atravessar a placenta, o paracetamol não prejudica o feto quando em doses adequadas. Entretanto, quando usado em doses elevadas durante a gravidez pode ser tóxico para o fígado da mãe e do bebê.
Dipirona®A Dipirona® tem efeito muito semelhante ao paracetamol quando utilizado para dor de cabeça em mulheres grávidas.
Estudo mostraram que as mulheres grávidas que usaram Dipirona® durante os três primeiros meses de gestação não apresentaram aumento de malformações no feto e nem de abortamentos. Embora, seja seguro o uso da Dipirona® para tratar a dor de cabeça durante a gestação, é preciso que seja administrada de acordo com a prescrição médica.
Grávidas não podem tomar ibuprofeno para dor de cabeçaO ibuprofeno é um medicamento contraindicado para as mulheres grávidas.
Quando usado no início da gestação (três primeiros meses) o ibuprofeno pode provocar distúrbios de implantação do embrião na parede do útero, o que pode levar ao aborto. Além disso, pode causar problemas no coração, lábio leporino e fenda palatina.
Do ao 7º ao 9º mês de gravidez, o uso de ibuprofeno pode afetar os pulmões e causar anomalias na parede abdominal e hemorragia cerebral no bebê. Na mãe, o medicamento pode prolongar o trabalho de parto e hemorragia pós-parto.
Aspirina® deve ser evitado para dor de cabeça na gravidezO uso de Aspirina® (ácido acetilsalicílico) deve ser evitado para tratar a dor de cabeça durante a gravidez. Este medicamento pode causar anemia, hemorragia e inibição do trabalho de parto, principalmente, quando usado em doses altas.
Como aliviar a dor de cabeça sem usar remédios?Antes de utilizar remédios, deve dar preferência a adoção de medidas simples que ajudam a reduzir a dor de cabeça e protegem você e seu bebê dos seus efeitos prejudiciais. Estas medidas incluem:
- Manter uma rotina de sono e descanso em um ambiente tranquilo e silencioso,
- Praticar atividade física: um educador físico por orientar os exercícios mais adequados a sua fase de gestação,
- Efetuar refeições leves e saudáveis livres de doce com açúcar branco, frituras e outros alimentos gordurosos,
- Manter hidratação adequada: consuma água e bebidas saudáveis como sucos de fruta naturais,
- Evitar bebidas com cafeína: refrigerante, café em excesso café,
- Massagear ombros, pescoço e testa para aliviar a tensão,
- Aplicar compressas de água fria na testa.
Embora a dor de cabeça na gravidez seja frequente devido às alterações hormonais, alguns sinais servem de alerta. Busque rapidamente atendimento médico se a dor de cabeça vier acompanhada de sintomas como:
- Febre,
- Náuseas,
- Vômitos,
- Dor de estômago,
- Visão dupla ou embaçada,
- Desmaio e
- Convulsões.
Ao sentir dor de cabeça durante a gravidez, converse com o seu médico. Somente ele poderá indicar o medicamento mais eficaz e seguro, de acordo com o seu tipo de dor e fase da gestação.
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Referências
- Aragão, F.F.; Tobias, A.F. Pharmacological treatment of pain in pregnancy. BrJP, (2)4:374-80, 2019.
- Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia. Manual de teratogênese em humanos. FEBRASGO, 2018.
Não. O exame T4 livre não detecta gravidez.
A tiroxina livre (T4) é um hormônio produzido pela glândula tireoide com função de controlar o metabolismo do organismo. Esse hormônio é importante para avaliar o funcionamento da glândula tireoide e o seu valor possibilita detectar doenças como o hipotireoidismo ou hipertireoidismo.
Na gravidez, esse hormônio pode apresentar uma leve flutuação sanguínea ao longo de cada trimestre da gestação. Porém, ele não é útil para diagnosticar a gravidez. A gravidez é detectada pelo exame beta-hCG ou pela ultrassonografia.
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