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Há risco de gravidez ao transar sempre com camisinha?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Há um risco muito pequeno. A camisinha pode ser usada como método contraceptivo e é considerada um método seguro, sendo bastante eficaz quando é usada de maneira correta, do início ao fim da relação sexual e em todas as relações.

Em geral, sabe-se que o risco de gravidez quando o uso é adequado é de 2 a cada 100 mulheres que estiveram em uma relação na qual se usou o preservativo masculino. Quando o uso tem erros o risco aumenta, e 15 mulheres engravidam a cada 100.

É importante lembrar de algumas medidas que devem ser seguidas para que a camisinha masculina possa ser eficaz:

  • Use sempre um preservativo novo em cada relação sexual;
  • Rasgue a embalagem com cuidado, evite usar os dentes e unhas;
  • Não desenrole o preservativo antes para em seguida tentar colocá-lo no pênis;
  • Desenrole totalmente o preservativo, até a base do pênis. O preservativo deve deslizar facilmente;
  • Deixe um espaço livre na ponta e depois aperte para retirar o ar;
  • Não utilize lubrificantes à base de óleo, porque danificam o látex;
  • Não reaproveite os preservativos;
  • Não faça sexo a seco, ou seja, garanta que a lubrificação esteja suficiente, nem em falta, nem em excesso;
  • Troque de preservativo quando estiver mudando entre diferentes posições de penetração, como de sexo anal para vaginal;
  • Não use uma camisinha se sua cor estiver desigual ou alterada, e não utilize um preservativo que pareça quebradiço, ressecado ou muito grudento.

Vale ressaltar que os preservativos femininos, embora sejam ainda pouco utilizados, também são eficazes contra a gravidez se usados de maneira correta, sendo que a taxa de gravidez no uso correto é de 5 a cada 100 mulheres que fazem o uso.

Leia também: Relação com camisinha, qual a probabilidade de ocorrer gravidez?

A camisinha tanto a masculina quanto a feminina é uma boa opção para quem não deseja ou não pode usar hormônio, ou outros métodos contraceptivos invasivos. Além disso, é o único método anticoncepcional que também previne as doenças sexualmente transmissíveis.

Para mais informações, leia também:

Qual a chance de gravidez se ejacular dentro na relação sexual?

Estou tomando anticoncepcional e usando ciprofloxacina, me descuidei um dia, existe risco de gravidez?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Depende. Se o descuido foi esquecimento do anticoncepcional você tem risco de gravidez sim, apesar de ser um risco baixo. A única forma do anticoncepcional evitar com margem de segurança de mais de 90%, é o uso correto, sem esquecimentos.

O uso de ciprofloxacina não aumenta o risco de gravidez, e mais do que isso, é contraindicado nos primeiros três meses de gestação, por isso deve fazer uma avaliação o quanto antes com seu/sua médico/a.

Se o descuido foi do uso de preservativo, o risco seria de transmissão de doenças sexualmente transmissíveis (DST); a sua pílula continua te protegendo contra gravidez não planejada.

Sempre que precisar fazer uso de antibiótico, ou qualquer outra medicação, é importante informar ao/a médico/a que faz uso de anticoncepcional, para evitar associações ou redução do efeito dos medicamentos. O médico especialista para o caso é o Ginecologista.

Saiba mais nos links:

Tivemos uma relação sem proteção e ela usou a PDS...
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

Pelo que contou os sintomas que ela teve e esse sangramento são decorrentes da pílula do dia seguinte, porém a possibilidade ou não de gravidez depende do período do ciclo menstrual que ela estava, então se estava no meio do ciclo as chances de engravidar são maiores. Agora tudo depende do que vai acontecer (por exemplo: se a menstruação atrasar mais que 15 dias deve fazer o exame de gravidez).

Tive relação sem proteção e usei a pílula do dia seguinte, há algum risco de gravidez?
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

O simples fato de usar a pílula do dia seguinte já é um risco para gravidez, já que ela não é 100% eficiente, e tomando de forma não correta diminui ainda mais sua eficiência limitada. O risco de gravidez existe, mas é baixo no seu caso.

Quem tem herpes pode engravidar?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sim. Quem tem herpes genital pode engravidar. A presença de herpes genital não inviabiliza a gestação nem diminui a fertilidade quer da mulher quer do homem. Por isso, mulheres com herpes podem engravidar normalmente.

A herpes genital é uma doença sexualmente transmissível que pode ser prevenida com o uso de preservativo durante os atos sexuais. Trata-se de uma infecção causada por vírus que, apesar de não apresentar uma cura definitiva, pode ser tratada e manejada de acordo com a frequência e sintomas.

Posso transmitir herpes para o bebê?

O risco de herpes neonatal é maior quando a mãe adquire herpes genital no final da gravidez. Isso porque o seu corpo ainda não produziu anticorpos suficientes e o bebê deixa de ter a sua proteção natural ao nascer.

O risco de transmissão pode chegar aos 50% se a gestante adquirir herpes genital quando está mais próxima do parto. Contudo, se a mãe for infectada pelo vírus no primeiro trimestre de gravidez, o risco pode ser inferior a 1%. Gestações em que a mulher é portadora de herpes genital podem ser consideradas de risco, sobretudo se a infecção acontecer durante a gravidez.

Apesar dos riscos, a infecção do feto durante a gestação através da placenta é pouco comum. De fato, o maior risco de contaminação do herpes ocorre no momento do parto, o que ocorre em cerca de metade dos casos, mesmo que a mulher não apresente sinais e sintomas.

O feto pode ser infectado pelo vírus presente no útero, o que é raro, ou pelo contato direto do bebê com as secreções maternas infectadas no momento do parto. Essa forma de contágio pode ocorrer em até 80% dos casos.

Para tentar prevenir a infecção do bebê, geralmente indica-se o parto por cesariana, principalmente quando a gestante apresenta lesões ou se o surto tiver acontecido até 6 semanas antes do nascimento.

Apesar da cesariana não eliminar por completo o risco de transmissão do herpes genital para o bebê, trata-se do tipo de parto indicado se a gestante apresentar lesões no momento do parto. Essa forma de parto diminui a exposição do recém-nascido ao vírus e a taxa de mortalidade materna decorrente do parto natural.

Quais as complicações do herpes na gravidez?

A transmissão do herpes genital da gestante para o feto é grave. A encefalite está entre as piores complicações, pois é responsável pela maioria dos casos de mortes.

O herpes genital na gravidez pode causar ainda aborto ou parto prematuro. Se infectar o feto através da corrente sanguínea, pode provocar lesões fatais para o bebê. Sabe-se que a quantidade de anticorpos presentes na gestante antes do parto pode influenciar a intensidade da infecção e as chances de transmissão do herpes para a criança.

A gravidade do herpes neonatal está no aumento de infecções no sistema nervoso central, o que aumenta significativamente as taxas de mortalidade.

Como é o tratamento do herpes na gravidez?

O diagnóstico do vírus do herpes é feito através de exames de sangue. A cesariana não evita por completo a transmissão do herpes genital para o bebê, mas é o tipo de parto recomendado se a gestante apresentar lesões no momento do parto.

A herpes neonatal é um quadro grave, que exige cuidados médicos e hospitalares especializados. O tratamento também é feito com aciclovir, na dose de 5 mg por dia, por via intravenosa, a cada 8 horas, durante uma semana.

Para prevenir a transmissão do herpes genital, recomenda-se usar preservativos durante toda a gestação. Embora não exista uma cura definitiva para o herpes genital, há medicamentos antivirais específicos que podem reduzir o tempo de duração dos sintomas e prevenir o aparecimento de novas lesões.

A mulher que pretende engravidar deve procurar um serviço de saúde para uma consulta pré-concepcional justamente para avaliar a sua saúde, bem como iniciar algumas terapias preventivas como o uso de ácido fólico.Leia também:

Quantos dias depois de esquecer a pílula estou novamente protegida?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Na verdade, como você não esqueceu de tomar a pílula em nenhum dia, mesmo tomando fora do horário o risco de gravidez é mínimo, além disso o fato de ter tomado a pilula do dia seguinte também garante essa proteção, portanto você já está protegida.

Caso ainda não se sinta segura para ter relação sem camisinha pode tomar a pílula durante sete dias e depois deixar de usar o preservativo se assim preferir, o risco de gravidez continua sendo mínimo.

Esqueci de tomar o anticoncepcional 1 ou 2 dias, o que fazer?

Caso tenha esquecido de tomar 1 ou 2 pílulas, é importante tomar o último comprimido que tenha esquecido assim que lembrar, também tome a pílula do dia no horário habitual, não há problema em tomar mais de uma pílula no mesmo dia. No dia a seguir siga o uso da cartela normalmente.

Esqueci de tomar o anticoncepcional 3 ou mais dias, o que fazer?

Se esse esquecimento for na primeira ou segunda semana da cartela deve-se tomar assim que lembrar a última pílula esquecida e também tomar a pílula do dia no horário habitual, depois siga a cartela normalmente.

Se o esquecimento for na terceira semana da cartela deve-se tomar assim que lembrar a última pílula esquecida e tomar a pílula daquele dia no horário habitual, pode continuar tomando as pílulas da cartela a seguir. Entre uma cartela e outra não faça pausa, ou seja, emende duas cartelas sem pausa, após o último comprimido da cartela no dia a seguir já tome o primeiro comprimido da cartela seguinte.

Caso faça uso de um anticoncepcional que ao fim da cartela tenha comprimidos não hormonais, descarte essas pílulas não hormonais e já reinicie a nova cartela no dia a seguir a tomada do último comprimido hormonal.

Nas duas situações é importante usar preservativos nos próximos sete dias após o esquecimento ou abster-se de relações sexuais.

Além disso, caso tenha tido relação sexual desprotegida nos últimos cinco dias pode fazer uso de contraceptivo de emergência, pílula do dia seguinte.

Para mais esclarecimentos consulte o seu ginecologista ou médico de família

A partir de quando posso ter relações sexuais sem risco de gravidez?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Pelo fato de ter iniciado a cartela no primeiro dia da menstruação você já está protegida, e já pode ter relações sexuais com risco mínimo de gravidez desde o primeiro dia de uso da pílula. Quando se inicia o anticoncepcional até 5 dias após o inicio da menstruação a proteção se inicia logo a seguir e não é necessário usar um outro método contraceptivo de apoio.

Se começar a tomar a pílula após 5 dias da menstruação deve usar preservativo durante 7 dias após o inicio da cartela e deve começar a pílula apenas se tiver certeza de que não esta grávida. Após esses 7 dias a pílula já apresenta eficácia.

Caso tenha começado esse anticoncepcional logo após um outro método hormonal como outro anticoncepcional oral ou injeção, também estará protegida imediatamente caso tenha usado o outro método corretamente anteriormente. Nessa situação também não é necessário usar um outro método de apoio.

Qual a eficácia do anticoncepcional Tamisa?

O Tamisa é um contraceptivo hormonal oral combinado, ou seja, possui dois constituintes hormonais, o gestodeno e o etinilestradiol. É um método contraceptivo eficaz, o seu índice de falha é de 1% ao ano, o que significa que ocorre uma gestação a cada 100 mulheres em cada ano de uso, se usado corretamente.

Para aproveitar ao máximo o efeito contraceptivo é importante tomar uma pílula por dia, durante toda a cartela, sem esquecimentos e de preferência no mesmo horário ou em horários próximos.

Para mais orientações consulte o seu médico de família ou ginecologista.

Leia também: Dúvidas sobre anticoncepcional

O líquido pré-ejaculatório pode engravidar?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

É possível acontecer a gravidez somente com o líquido lubrificante.

Isso porque, já está comprovada a presença de espermatozoides viáveis para fecundação no líquido pré-ejaculatório (lubrificante) de alguns homens, embora não seja comum, pode acontecer, o que permite engravidar nessa situação.

Outra questão, é que nem sempre o homem tem o controle ou consegue determinar exatamente o momento da ejaculação, o que aumentaria esse risco.

Quando o casal opta por se proteger apenas com a interrupção "antes da ejaculação", chamamos esse método contraceptivo de coito interrompido. O coito interrompido, se caracteriza pela ejaculação fora da vagina, ou seja, durante a relação só aconteceria o contato com o líquido lubrificante do pênis.

Entretanto, pelos motivos apresentados, pode acontecer a gravidez sempre que o único método de prevenção seja o coito interrompido. O ideal é que a mulher se proteja com métodos mais efetivos, como a camisinha. Assim, passa a se proteger quanto ao risco de gravidez e de doenças sexualmente transmissíveis.

Proteções que o coito interrompido não é capaz de oferecer.

Estima-se que essa forma de contracepção seja uma das formas com maior índice de falhas, alcançando 20% ou mais, o que representa que, a cada 5 mulheres que opta por esse método, uma acaba por engravidar.

Para mais esclarecimentos e definição de boas opções para contracepção, fale com seu médico da família ou ginecologista.

Leia também: A prática do coito interrompido tem riscos para a saúde?