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Herpes simples: o que é, quais os sintomas, o que causa e tratamento
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Herpes simples é uma doença causada pelos vírus herpes simplex tipo 1 (HSV-1) e tipo 2 (HSV-2). A infecção se caracteriza pelo aparecimento de feridas, além de bolhas pequenas e dolorosas na boca (herpes labial) ou nos órgãos genitais (herpes genital).

O herpes simplex tipo 1 afeta frequentemente a boca e os lábios, causando herpes labial.

Já o herpes simplex tipo 2 quase sempre causa herpes genital, afetando a pele ou as mucosas dos órgãos genitais. Trata-se de uma infecção sexualmente transmissível. Pode ser transmitido através do contato com a pele ou através de secreções orais ou genitais.

No entanto, ambos podem causar herpes labial ou genital através do contato com feridas ativas.

Como ocorre a transmissão do herpes simples?

A pessoa pode adquirir herpes simples se a sua pele, boca ou órgãos genitais entrar em contato com alguém que tenha lesões ativas (surto). A transmissão também pode ocorrer através do contato com objetos infectados pelo vírus, como barbeadores, toalhas, pratos e outros objetos compartilhados.

No caso do herpes simplex tipo 2, o vírus pode ser transmitido mesmo quando não há lesões ou outros sinais e sintomas presentes. Isso dificulta perceber a presença da doença.

A maioria das pessoas é infectada pelo herpes simplex tipo 1 antes de completar 20 anos. Após a primeira infecção, o vírus fica inativo nos nervos do organismo. Quando se torna ativo, causa as lesões que caracterizam o herpes simples.

Quais os sintomas do herpes simples?
Sintomas de herpes labial

Geralmente, os sintomas típicos do herpes labial aparecem depois de uma a três semanas do contato com o vírus e após sintomas de "aviso".

Os “sintomas de aviso” incluem:

  • Coceira nos lábios ou na pele ao redor da boca;
  • Queimação perto dos lábios ou na região da boca;
  • Formigamento próximo dos lábios ou da boca;
  • Dor de garganta;
  • Febre;
  • Gânglios inchados (nódulos);
  • Dor para engolir.

Depois, surgem as lesões características, que são:

  • Inicialmente pequenas bolhas vermelhas que estouram e liberam secreção,
  • A seguir, surgem pequenas bolhas cheias de líquido amarelado e claro,
  • Na fase final, as bolhas ficam amareladas cobertas por uma crosta,
  • Por fim, quando as lesões desaparecem, a pele no local fica rosada e mais sensível durante alguns dias.

O tempo de duração dos sintomas pode ser de até 3 semanas.

Sintomas de herpes genital

Muitas pessoas com herpes genital nunca apresentam lesões ou manifestam sintomas muito leves. Eles podem passar despercebidos ou ser confundidos com picadas de insetos ou outras condições que afetam a pele.

Contudo, nos casos em que ocorrem sinais e sintomas durante o primeiro surto, as manifestações podem ser graves. O primeiro surto geralmente ocorre após dois dias a duas semanas que ocorreu a infecção.

Os sintomas gerais do herpes genital incluem:

  • Diminuição do apetite;
  • Febre;
  • Mal-estar geral;
  • Dores musculares na região da coluna lombar, nádegas, coxas ou joelhos;
  • Presença de nódulos (“ínguas”) dolorosos na virilha.

Na região genital aparecem pequenas bolhas dolorosas, preenchidas com um líquido claro ou amarelado. Quando as bolhas se rompem, deixam feridas superficiais muito dolorosas no local, que depois formam crostas e curam-se lentamente durante 7 a 14 dias ou mais.

Antes que as bolhas apareçam, pode haver formigamento, queimação, coceira ou dor no local onde elas irão surgir.

As lesões podem ocorrer na vagina, no colo do útero, ao redor do ânus, nas coxas, nas nádegas, no pênis e no saco escrotal. O vírus herpes simplex tipo 2 também pode infectar outras partes do corpo, como boca, olhos, gengivas, lábios, dedos, entre outras.

Outros sintomas do herpes genital podem incluir:

  • Dor ao urinar;
  • Corrimento vaginal;
  • Dificuldade para esvaziar a bexiga, podendo ser necessário utilizar um cateter.

Um segundo surto pode ocorrer após semanas ou meses. Geralmente, é menos intenso e desaparece mais rápido que o primeiro surto. Com o tempo, o número de surtos pode diminuir.

Qual é o tratamento para herpes simples?Tratamento do herpes labial

Os sintomas do herpes labial podem desaparecer espontaneamente após uma ou duas semanas, mesmo sem tratamento. Porém, podem ser indicados medicamentos antivirais orais ou em pomada, para ajudar a reduzir a dor e fazer com que os sintomas desapareçam mais rapidamente.

O remédio antiviral mais usado para tratar o herpes simples que afeta a boca é o aciclovir®. A medicação é mais eficaz se for utilizada assim que surgirem os sintomas de alerta, antes do aparecimento das lesões.

Tratamento do herpes genital

O tratamento do herpes genital também é feito com medicamentos antivirais, como aciclovir® ou valaciclovir®. Os remédios ajudam a aliviar a dor e o desconforto durante um surto, curando as lesões mais rapidamente. As medicações costumam ser mais eficazes durante a primeira manifestação do herpes simples do que nos surtos subsequentes.

Em caso de surtos repetidos, o medicamento deve ser tomado assim que o formigamento, queimação ou coceira começarem a surgir.

Pessoas com manifestações frequentes de herpes genital podem precisar tomar a medicação diariamente por um tempo. O objetivo é prevenir surtos ou diminuir a duração deles, além de reduzir a chance de transmitir o herpes para outra pessoa.

Recomenda-se que mulheres grávidas com herpes simples genital recebam tratamento durante o último mês de gravidez, para reduzir a probabilidade de surtos no momento do parto. Se houver um surto de herpes próximo ao momento do parto, é indicado o parto por cesariana para diminuir o risco de infectar o bebê.

Quais as possíveis complicações do herpes simples?

O herpes simples pode ser grave e perigoso se ocorrer dentro ou perto dos olhos. Também oferece riscos à saúde se a pessoa tiver imunidade baixa devido a doenças ou medicamentos. As possíveis complicações do herpes simples podem incluir:

  • Cegueira (quando afeta os olhos);
  • Propagação do vírus para outras partes do corpo, incluindo cérebro, olhos, esôfago, fígado, medula espinhal e pulmões. Essas complicações ocorrem com frequência em pessoas com baixa imunidade;
  • Infecção bacteriana da pele;
  • Infecção generalizada, que pode ser fatal em pessoas com o sistema imunológico debilitado.

Mulheres grávidas que têm uma infecção ativa de herpes genital ao dar à luz podem transmitir a infecção ao bebê. O vírus pode causar uma infecção no cérebro do recém-nascido.

Para maiores esclarecimentos, consulte um médico clínico geral ou um médico de família.

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Bolhas na boca, quais as causas?

Entenda como a Herpes-zóster pode estar relacionada com esclerose múltipla
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

O Herpes-zóster, também conhecido como "cobreiro" ou "zona", parece estar relacionado com o desenvolvimento da esclerose múltipla, embora os mecanismos ainda não estejam claros. Uma teoria é a de que o herpes-zóster está associado a alterações no sistema imunológico que podem provocar esclerose múltipla.

Estudos mostraram que pessoas com herpes-zóster podem ter até 3 vezes mais chances de ter esclerose múltipla. Também já foi encontrada uma alta replicação viral em lesões das células nervosas de pacientes com esclerose múltipla.

Apesar de ainda não existir uma confirmação de que a esclerose múltipla pode ser causada pelo vírus do Herpes-zóster, existe uma teoria de que alguns tipos de vírus, entre eles o do Herpes-zóster, são determinantes para desenvolver a doença. Sobretudo se esses vírus foram adquiridos na infância ou adolescência.

O Herpes zoster afeta sobretudo pessoas com imunidade baixa, como por exemplo idosos. É o mesmo vírus que causa a catapora, quando a pessoa tem catapora na infância ela permanece com o vírus latente nos nervos, que pode ser reativado em situações de queda da imunidade, levando ao aparecimento das lesões de Herpes-Zoster.

Quais são os sintomas do Herpes-zóster?

O Herpes-zóster é uma doença causada pela reativação do vírus Varicela-zoster, o mesmo que causa a catapora (varicela). Seus principais sintomas são a dor e o desenvolvimento de pequenas bolhas avermelhadas cheias de líquido, que se agrupam em linha numa área específica da pele.

Leia também: A catapora pode deixar sequelas?

Quais são os sintomas da esclerose múltipla?

A esclerose múltipla é uma doença que provoca lesões nas células nervosas, comprometendo o sistema nervoso central e causando incapacitações motoras, visuais e cognitivas.

A origem da esclerose múltipla está na degeneração da camada de gordura que envolve os nervos, prejudicando a transmissão dos sinais do cérebro pelas fibras nervosas.

Por isso, a pessoa apresenta fadiga, perda de equilíbrio, alterações na coordenação motora e na memória, bem como dificuldade de ter pensamentos lógicos.

Os primeiros sinais e sintomas da esclerose múltipla começam em pessoas com idade entre 15 e 50 anos. O herpes-zóster ocorre sobretudo em idosos e indivíduos com imunidade baixa.

Contudo, apesar da possível relação entre ambas as doenças, são necessários mais estudos científicos para comprovar que o herpes-zóster pode mesmo causar esclerose múltipla.

Toda vez que tenho dor de cabeça sai herpes na boca?
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

Existem duas possibilidades: a herpes causa a dor de cabeça (então a dor se manifesta um pouco antes da erupção da herpes, é um sinal da atividade viral), ou a erupção da herpes é causada pelo mesmo fator que causa a dor de cabeça (neste caso recai a suspeita sobre problemas de ordem emocional, que podem causar a dor de cabeça e a erupção das lesões do herpes).

Herpes zoster é contagioso?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Herpes zoster pode ser contagioso, porém não tanto quanto a catapora, embora seja causado pelo mesmo vírus. O Herpes zoster só é transmitido quando existem lesões muito extensas e acontece o contato direto com o líquido eliminado das bolhas.

Quando as bolhas se secam, a doença já não é transmitida.

Se um adulto ou uma criança que não teve catapora ou não recebeu vacina contra a doença, entrar em contato direto com uma lesão de herpes zoster, poderá desenvolver a catapora (varicela) e não a herpes zoster, como primeira manifestação clínica.

Herpes zoster ("cobreiro") O que é herpes zoster?

O herpes zoster, popularmente chamado de “cobreiro”, é uma manifestação clínica do mesmo vírus da catapora, o vírus varicela-zoster.

O herpes zoster pode ocorrer em qualquer idade, sendo mais frequente em idosos, pessoas que tiveram catapora antes de completar 1 ano de idade ou que têm o sistema imunológico enfraquecido por medicamentos ou doenças, como diabetes mellitus descompensado, e uso crônico de corticoides ou imunossupressores.

Quais são os sintomas do herpes zoster?

Os primeiros sintomas do herpes zoster são a dor, o formigamento ou a queimação em um local do corpo, que segue o trajeto de um nervo. O local mais frequente é o dorso, no entanto a vermelhidão segue da região dorsal até abaixo da axila ou até o tórax.

Toda a região se torna muito sensível, como dor e a queimação intensas, dificultando inclusive o uso de qualquer tipo de roupa, principalmente em contato direto com a pele, como o sutiã.

Após a alteração de sensibilidade aparecem as manchas vermelhas e pequenas bolhas cheias de líquido.Em seguida as bolhas estouram, formando feridas que depois secam e formam crostas. Com duas a três semanas, as crostas desaparecem.

A sua extensão varia de acordo com a localização e imunidade, sempre acometendo o trajeto de um nervo. Apesar do dorso ser o local mais frequente, a doença pode afetar ainda o rosto, os olhos, a boca e os ouvidos.

Outros sintomas do herpes zoster podem incluir:

  • Febre e calafrios;
  • Sensação de mal-estar;
  • Dor de cabeça;
  • Dor nas articulações;
  • Inflamação dos gânglios linfáticos.

O cobreiro desaparece depois de duas ou três semanas e raramente volta a aparecer. Se o vírus afetar os nervos que controlam os movimentos, pode ocorrer fraqueza ou paralisia temporária ou permanente.

Em alguns casos, a dor na área onde o herpes zoster surgiu pode durar meses ou anos. Essa dor é chamada de neuralgia pós-herpética. Isso ocorre quando os nervos foram danificados após um surto de herpes zoster. A dor pode variar de leve a muito intensa. A neuralgia pós-herpética é mais provável de ocorrer em pessoas com mais de 60 anos de idade.

As complicações do herpes zoster podem incluir:

  • Novo surto de cobreiro;
  • Infecções bacterianas da pele;
  • Cegueira (quando afeta os olhos);
  • Surdez;
  • Infecção no cérebro (encefalite) ou infecção generalizada em pessoas com imunidade baixa;
  • Síndrome de Ramsay Hunt, quando o herpes zoster afeta os nervos do rosto ou do ouvido.
Sintomas de herpes zoster no rosto

Se o cobreiro afetar um nervo facial, pode haver dor, fraqueza muscular e erupções cutâneas em diferentes partes da face. O herpes zoster no rosto pode causar os seguintes sinais e sintomas:

  • Dificuldade para movimentar alguns músculos do rosto;
  • Queda da pálpebra;
  • Perda auditiva;
  • Perda do movimento dos olhos;
  • Alterações no paladar;
  • Problemas de visão.
Qual é o tratamento para herpes zoster?

O tratamento do herpes zoster é feito com medicamento antiviral. O medicamento ajuda a reduzir a dor, prevenir complicações e encurtar o curso da doença.

Os antivirais são mais eficazes quando começam a ser tomados nas primeiras 72 horas após a primeira sensação de dor ou queimação.

A medicação usada para tratar o herpes zoster geralmente é administrada por via oral, sob a forma de comprimidos.

Medicamentos anti-inflamatórios potentes, como o corticoide, podem ser associados para reduzir a inflamação e a dor.

Outros medicamentos utilizados no tratamento do cobreiro incluem:

  • Anti-histamínicos orais ou aplicados na pele, para reduzir a coceira;
  • Analgésicos, para aliviar a dor;
  • Zostrix, um creme para diminuir a dor.

Algumas medidas e cuidados indicados durante o tratamento do herpes zoster:

  • Cuide da pele aplicando compressas úmidas e frias para reduzir a dor;
  • Mantenha-se em repouso caso apresente febre;
  • Evite contato com outras pessoas enquanto as lesões estiverem liberando líquido, para evitar a transmissão do vírus, principalmente com mulheres grávidas.
Herpes zoster tem cura?

O herpes zoster não tem cura. Uma vez infectada, a pessoa permanece com o vírus no corpo até o fim da vida. O objetivo do tratamento é aliviar os sintomas e diminuir o tempo de duração das manifestações. Contudo, depois de aparecer uma vez, o cobreiro raramente volta a se manifestar.

Existem duas vacinas disponíveis para herpes zoster, a vacina viva e a vacina recombinante. A vacina contra o cobreiro é diferente da vacina contra a catapora. Adultos mais velhos que recebem a vacina do herpes zoster têm menos chances de desenvolver complicações da doença.

O médico dermatologista é o especialista indicado para diagnosticar e tratar o herpes zoster.

Bolha que parece herpes mas não é, o que pode ser?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Lesões que parecem herpes genital mas não são, podem ter diferentes causas, principalmente outras infecções sexualmente transmissíveis.

A lesão do herpes é uma bolha que geralmente estoura e forma uma pequena feridinha em forma de úlcera. Podem aparecer múltiplas bolhas na região genital, muito dolorosas.

No entanto, existem outras doenças que podem causar bolhas ou feridas semelhantes à herpes genital, como:

  • Cancro mole: é uma doença que causa feridas (em forma de úlcera) múltiplas ou únicas, muito dolorosas. É comum também o aparecimento de íngua na região da virilha;
  • Sífilis: na fase primária pode causar uma lesão em forma de úlcera única e indolor, que desaparece após alguns dias. Depois podem surgir lesões em forma de manchas disseminadas pela pele;
  • Linfogranuloma venéreo: pode causar inicialmente pequenas bolinhas ou feridas que são indolores e desaparecem após algum tempo. Depois surge uma íngua muito dolorida que pode provocar fístulas, ou seja, orifícios por onde sai secreção.

Uma outra doença que pode causar inflamação e sensação de ardência na região genital, embora não cause bolhas, é a candidíase genital. Nas mulheres pode causar corrimento vaginal esbranquiçado, intensa coceira e sensação de queimação durante as relações e após urinar. Nos homens também pode causar coceira e desconforto intenso na região do pênis.

Para o correto diagnóstico consulte o seu médico de família ou ginecologista para uma avaliação.

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Herpes Labial: 4 formas eficazes de tratar
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
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Clínica médica e Neurologia

O tratamento do herpes labial pode ser feito com uso de pomadas, comprimidos e curativos, além de alguns tratamentos caseiros que podem ajudar a reduzir a dor e o desconforto causado pelas bolhas que surgem nos lábios.

1. Pomadas

As pomadas antivirais são bastante usadas para tratar herpes labial e, em geral, devem ser aplicadas nas bolhas assim que surgem. Nos casos leves, a pomada reduz significativamente o tempo da doença além de aliviar os sintomas. Entretanto, a maioria delas tem um custo elevado.

Algumas destas pomadas são:

  • Aciclovir (Zovirax®): a aplicação desta pomada deve ser feita de 4 em 4 horas por um período de 7 dias.
  • Penciclovir (Penvir lábia®): precisa ser aplicada de 2 em 2 horas durante 4 dias em média.
  • Sulfadiazina de prata + nitrato de cério (Dermacerium HS Gel®): esta pomada deve ser aplicada 3 vezes ao dia até que as lesões cicatrizem completamente. É indicada, preferencialmente, quando ocorrem infecções por bactérias.

Existem ainda algumas pomadas que podem ser usada sem receita médica. Elas podem ajudar a aliviar o incômodo provocado pelas bolhas sem, entretanto, contribuir para que elas desapareçam mais rapidamente. Estes medicamentos são a base de docosanol e devem ser usados 5 vezes ao dia.

O ideal é que você seja avaliado por um médico e utilize pomadas antivirais.

2. Comprimidos

O uso de antivirais orais costuma ser a forma mais eficaz de tratar o herpes labial em pessoas com herpes recorrente, ou nos casos mais graves de herpes.

Os mais utilizados são o aciclovir (Zovirax®, Hervirax®) valaciclovir (Valtrex®, Herpstal®), fanciclovir (Penvir®). Estes medicamentos somente podem ser usados com prescrição médica.

Para a pessoas que têm herpes labial recorrente, estes medicamentos aliviam o desconforto e resolvem os sintomas em um ou dois dias, antes de aparecerem as bolhas. Por este motivo, se você tem crise de herpes e já sabe quando ela vai começar porque já identifica os primeiros sintomas, como formigamento e desconforto no local, fale com seu médico para iniciar o quanto antes o tratamento.

3. Curativos líquidos

O curativo líquido auxilia na cicatrização e no alívio da dor provocada pelas lesões do herpes. Pode ser uma solução alternativa para o uso das pomadas.

O adesivo é transparente e adere à pele e, por este motivo, é bastante discreto. A vantagem deste curativo é que ele impede a contaminação e a propagação do vírus.

4. Tratamentos caseiros

É importante que mantenha a área das lesões limpa lavando suavemente com água e sabão. A aplicação de gelo pode ajudar a reduzir o inchaço e ter um efeito calmante, entretanto não substitui o uso de medicamentos antivirais.

Algumas pessoas usam bálsamo de ervas ou chás, entretanto ainda não há comprovação científica dos seus efeitos.

O ideal é que, ao perceber os sinais de herpes labial, você procure o médico para avaliação das lesões e escolha do tratamento mais indicado.

Tenho herpes labial, o que não devo fazer?
  • Não se exponha ao sol,
  • Não fure as bolhas: perfurá-las pode agravar a lesão e causar infecções que deixam cicatrizes nos lábios,
  • Não se exponha a situação estressante que aumentem a sua ansiedade.
  • Não utilize medicamentos sem a prescrição médica.

É importante que durante o tratamento você não encoste os lábios em talheres, copos de outras pessoas, evite beijos, e tenha uma toalha de uso exclusivo para secar as lesões. Além disso, siga as orientações médicas.

O que é herpes labial?

O herpes labial é uma doença causa pelo vírus herpes simples tipo-1 que tem como sintomas o aparecimento recorrente de pequenas bolhas dolorosas, cheias de líquido nos lábios e boca e que duram cerca de 7 a 10 dias.

Se você quer saber mais sobre herpes, pode ler:

Referências

  • Cole, S. Herpes Simplex Virus: Epidemiology, Diagnosis, and Treatment. Nursing Clinics of North America, 55(3):337-345, 2020.
  • Sociedade Brasileira de Estomatologia e Patologia Oral.
  • Sociedade Brasileira de Infectologia.
Como saber de quem peguei herpes?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

Não é fácil saber de que pessoa você pegou herpes, especialmente se ela não apresentar lesões visíveis.

Existem dois tipos de vírus que podem causar herpes genital:

  • Vírus HSV-1: que também causa as lesões na boca ou nos olhos;
  • Vírus HSV-2: que é apenas transmissível pelo contato sexual.

Uma das possibilidades é que a sua vagina tenha tido contato direto com uma lesão de outra pessoa, ou com secreções da boca ou de órgãos genitais de outra pessoa infectada. Por isso, se teve contato sexual recente com um novo parceiro/a, é possível que tenha pegado a doença dessa pessoa.

Outra possibilidade é ter tocado a região da vulva com a mão contaminada com fluidos da boca, dos olhos ou dos órgãos sexuais de outra pessoa que tinha o vírus ativo. Embora seja mais raro, isso pode acontecer em um banheiro público contaminado, por exemplo. Nesse caso, fica muito difícil saber de quem você pegou herpes.

Você também pode ter se "auto-infectado". Isso acontece quando existe uma lesão ativa de herpes na boca ou nos olhos. Se tocar no local afetado e depois tocar a região genital, pode passar o vírus para essa região.

Você pode querer ler também:

Referências:

World Health Organization. Herpes simplex virus. Key facts

UpToDate. Epidemiology, clinical manifestations, and diagnosis of herpes simplex virus type 1 infection

Herpes Labial: 3 principais sintomas que você não pode ignorar
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Os sintomas mais comuns do herpes labial são o formigamento, ou coceira nos lábios, e a presença de bolhas nesta região, quase sempre acompanhados de dor e ardor.

Embora seja menos frequente, a infecção por herpes pode afetar também as gengivas, a língua, o "céu da boca", parte interna das bochechas, regiões da face e pescoço.

1. Formigamento ou coceira

O desconforto causado pelo formigamento na região dos lábios ou em torno da boca, são sintomas iniciais da doença e, geralmente, ocorrem antes que as feridas e bolhas apareçam.

Os sintomas podem vir acompanhados de mal-estar, febre, dor de cabeça e dores no corpo.

2. Bolhas e/ou feridas na boca Herpes labial: bolhas agrupadas no lábio superior.

As bolhas típicas do herpes, são aglomerdas, cheias de líquido e aparecem nos lábios e em volta da boca. Quando as bolhas se rompem liberam o líquido que é altamente contagioso. Por este motivo, para evitar transmitir herpes para outras pessoas, você deve separar copos, talheres e toalhas para seu uso, individual.

Estas lesões levam de 7 e 10 dias para cicatrizar, especialmente quando não tratadas. Nesta fase a pessoa apresenta muita dificuldade de comer e beber líquidos, porque o contato piora os sintomas de dor e ardência local.

3. Dor e ardor

A bolhas provocadas pelo herpes labial provocam dor intensa e ardência, que podem ser aliviados com compressas geladas ou analgésicos.

Herpes labial tem cura?

Não. Não há cura para a infecção causada pelo herpes labial. Mesmo após o tratamento e desaparecimento das lesões com pomadas labiais ou medicamentos antivirais (aciclovir, valaciclovir ou fanciclovir), o vírus permanece adormecido no organismo, o chamado estado de latência, e pode retornar a qualquer momento.

Entretanto, alguns cuidados podem evitar futuras crises:

  • Usar filtro solar ou protetor labial que contenha óxido de zinco,
  • Usar hidratantes labiais para evitar o ressecamento dos lábios,
  • Evitar exposição solar e
  • Reduzir estresse e ansiedade.
O que é herpes labial?

O herpes labial é uma doença contagiosa provocada pelo vírus herpes simples tipo-1. Geralmente, a primeira infecção causa o surgimento de feridas (ulcerações) dolorosas dentro da boca chamada de gengivoestomatite herpética, muito comuns nas crianças.

Complicações do herpes labial

Quando não tratado adequadamente, o herpes labial pode apresentar complicações sérias que incluem:

  • Crises repetidas de herpes durante o ano (herpes labial recorrente);
  • Infecções em outras regiões da pele,
  • Disseminação do herpes para outras áreas do corpo como, por exemplo, os olhos,
  • Cegueira: nos casos em que o herpes atinge os olhos e não é efetuado nenhum tratamento e
  • Infecção generalizada (sepse): esta complicação é mais frequente em pessoas com imunidade comprometida, como portadores de HIV ou câncer.

Ao perceber os sintomas de herpes labial, você deve procurar um médico de família ou clínico geral. Estes profissionais orientarão o melhor tratamento a ser feito para aliviar os sintomas e acelerar a cicatrização.

Se você quer saber mais sobre herpes labial e o seu tratamento, leia:

Herpes labial: o que é, quais as causas, sintomas e tratamento?

Herpes labial: 4 formas de tratar

Referências

  • Johnston, C.; Hirsch, M.S.; Mitty, J. Epidemiology, clinical manifestations, and diagnosis of herpes simplex virus type 1 infection, 2020. UpToDate.
  • Sociedade Brasileira de Estomatologia e Patologia Oral.
  • Sociedade Brasileira de Infectologia.
Herpes Labial: o que é, quais as causas, sintomas e tratamento
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O herpes labial é uma infecção causada pelo vírus herpes simplex tipo 1. O herpes oral, manifesta-se sobretudo nos lábios, mas também pode desenvolver feridas na região interna da boca, na garganta e na gengiva.

A doença caracteriza-se pelo aparecimento de queimação e formação de bolhas pequenas e dolorosas na boca.

A infecção por herpes pode ser grave e perigosa se ocorrer próximo dos olhos ou nos casos de imunidade baixa.

Herpes labial Como ocorre o contágio do herpes labial?

O vírus do herpes labial é facilmente transmitido através do contato com feridas de pessoas infectadas. O líquido presente no interior das feridas contêm grande quantidade de vírus vivo, por isso é altamente contagioso.

Após o contágio, o vírus se aloja em um nervo e permanece inativo por muito tempo, até que algum fator desencadeante reativa o vírus, possibilitando a sua multiplicação e o aparecimento dos sintomas.

Situações como menstruação, gestação, alterações hormonais, exposição prolongada ao sol, febre, uso de medicamentos e períodos de ansiedade ou estresse, são as causas mais comuns de reativação do vírus.

Quais os sintomas do herpes labial?

Algumas pessoas apresentam feridas na boca quando entram em contato com o vírus herpes simplex pela primeira vez, enquanto outras não manifestam sintomas.

Antes do aparecimento da lesão, é comum sintomas como coceira, queimação e formigamento no lábio ou na pele ao redor da boca. A pessoa pode apresentar ainda dor de garganta, febre, gânglios inchados e dor para engolir.

Após os sintomas iniciais, surge então a lesão que caracteriza o herpes labial. Inicialmente as pequenas bolhas (vesículas) avermelhadas, que se tornam cheias de líquido amarelo-claro no seu interior e podem se unir formando uma grande bolha.

A seguir, as bolhas se rompem e liberam o seu conteúdo líquido. No estágio final, a lesão se torna amarela e fica coberta por uma crosta. Depois de desaparecer, a pele no local fica rosada, retornando à coloração normal.

Qual é o tratamento para herpes labial?

Os sinais e sintomas do herpes labial desaparecem espontaneamente, sem tratamento, depois de uma a duas semanas. Porém, podem ser usados medicamentos antivirais para combater o vírus. O mais usado é o aciclovir, sob a forma de pomada ou comprimidos. O remédio ajuda a reduzir a dor e faz com que os sintomas desapareçam mais rapidamente.

O medicamento produz melhores resultados se for utilizado logo no início dos sinais de alerta, antes do aparecimento da lesão. Quando as manifestações do herpes labial são recorrentes, pode ser indicado o uso de medicação regular, todos os dias, durante um período.

Quais as possíveis complicações do herpes labial?

A infecção ocular por herpes é uma causa importante de cegueira, devido às cicatrizes que deixa na córnea. Outras complicações do herpes labial podem incluir:

  • Reaparecimento de feridas e bolhas na boca;
  • Propagação do vírus para outras áreas da pele;
  • Infecção bacteriana da pele;
  • Infecção generalizada, que pode ser fatal em pessoas com imunidade baixa causada por dermatite atópica, câncer ou infecção por HIV.

Procure atendimento médico de urgência, se:

  • O herpes labial causar sintomas graves que não desaparecem após 2 semanas;
  • Surgirem feridas ou bolhas perto dos olhos;
  • Apresentar sintomas de herpes e tiver o sistema imunológico debilitado devido a doenças ou medicamentos.

O médico dermatologista é o especialista indicado para diagnosticar e indicar o tratamento para o herpes labial.

Leia também:

Herpes Labial: 4 formas eficazes de tratar

Herpes Labial: 3 principais sintomas que você não pode ignorar

Como se pega herpes labial?

Como controlar Herpes Labial?

Como saber se o herpes está melhorando?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Para saber se o herpes está melhorando é importante observar dois aspectos: as lesões na pele e o tempo que passou desde o início dos sintomas.

Lesões na pele

Antes das lesões do herpes aparecerem se inicia uma sensação de queimação, formigamento ou coceira, acompanhada de vermelhidão. As bolhas aparecem em cerca de 2 a 3 dias e, depois de algum tempo, podem estourar e formar crostas.

Quando as feridas já estão na forma de crosta é esperado que em alguns dias a crosta caia. Ao cair, a lesão irá gradualmente começar a cicatrizar, neste momento significa que o herpes já está melhorando.

Tempo de início dos sintomas

O tempo entre o aparecimento das primeiras lesões do herpes e sua remissão é de 5 a 10 dias, sendo mais longo na primeira vez em que a doença se manifesta e mais curto nas vezes seguintes.

Para saber se o seu herpes está melhorando ou piorando, o ideal é consultar o seu médico de família ou dermatologista.

Veja outros conteúdos sobre herpes:

Referências:

Dermatologia na Atenção Básica de Saúde / Cadernos de Atenção Básica Nº 9 / Série A - Normas de Manuais Técnicos. Ministério da Saúde.

Herpes genital feminina: como evitar?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Para evitar a herpes genital é preciso fazer uso de preservativos durante as relações, como a camisinha (feminina ou masculina).

A herpes genital, é uma doença causada pelo vírus herpes simples, transmitida na maioria das vezes pelo contato íntimo genital, por isso denominada infecção sexualmente transmissível (IST). Porém, também pode passar da mãe para o bebê durante a gravidez, ou no parto natural, com risco de aborto e malformação fetal.

A transmissão é mais frequente, quando a doença está ativa, ou seja, na presença das feridas, no entanto, estudos mostram que mesmo sem sintomas, o vírus pode ser transmitido. Sendo assim, para evitar a doença, a única forma é fazer uso de camisinha, em todas as relações.

Quais os sintomas da herpes genital?

Os sintomas principais da herpes genital são:

  • Pequenas bolinhas com líquido no interior, dolorosas, que se distribuem em forma de buquê ou semelhantes a "cachos de uva"
  • Dor ou desconforto genital
  • Vermelhidão
  • Coceira
  • Ardência
  • Gânglios aumentados (ínguas) na virilha
  • Sintomas inespecíficos: febre baixa, mal-estar geral, dor de cabeça e cansaço.
Como tratar a herpes genital?

O tratamento para herpes genital inclui:

  • Medicamento antiviral (Aciclovir ou Valaciclovir);
  • Higiene íntima local com sabonete neutro
  • Alimentação saudável
  • Evitar hábitos ruins como o tabagismo.

A alimentação saudável, prática de atividades físicas, evitar situações de estresse e hábitos ruins, são as medidas mais eficazes para manter uma boa imunidade, evitando assim a reativação do vírus.

O tempo do início do tratamento também interfere na resposta, quanto antes começar o tratamento, mais rápido e eficaz será o resultado.

Herpes genital tem cura?

Não. A herpes genital feminina, ou masculina, não tem cura, mas o vírus pode permanecer inativo com um estilo de vida saudável.

O vírus da herpes não pode ser eliminado definitivamente, porque se aloja dentro de raízes nervosas, se protegendo do sistema imunológico do organismo. A única forma de evitar a doença é fazer uso de preservativo em todas as relações sexuais.

No entanto, após infectado, o vírus pode permanecer inativado ou "adormecido", dentro de um nervo, se mantiver estilo de vida saudável e boa imunidade.

Nos casos de baixa imunidade, seja por uma doença, virose, exposição ao sol, uso de medicamentos ou situações de estresse, esse vírus ganha força, desenvolvendo novamente os sintomas.

A alimentação, prática de exercícios e evitar estresse, favorecem a imunidade. A imunidade fortalecida, impede a reativação do vírus. Por isso, para manter o vírus inativo, procure manter um estilo de vida saudável.

Além disso, durante as crises de herpes genital, é fundamental que não tenha relação mesmo que protegida, porque aumenta o risco de transmitir o vírus para o parceiro e facilita a entrada de outros vírus. A crise de herpes, por exemplo, aumenta o risco de contrair o vírus da imunodeficiência humana (o HIV).

Quem tem herpes genital pode engravidar?

Sim. A mulher portadora de herpes genital pode engravidar normalmente, no entanto, é muito importante que informe ao médico obstetra que é portadora do vírus, mesmo que não apresente lesões há muito tempo, para que o seguimento seja feito com mais cuidado e principalmente para receber as orientações de prevenção de crise.

Referência:

  • FEBRASGO - Federação Brasileira de Associações de Ginecologia e Obstetrícia
  • Christine Johnston, Lawrence Corey. Current Concepts for Genital Herpes Simplex Virus Infection: Diagnostics and Pathogenesis of Genital Tract Shedding. Clin Microbiol Rev. 2016 Jan;29(1):149-61.