As causas da doença de Alzheimer ainda não foram totalmente definidas, embora estudos consistentes apontem para uma associação entre os fatores genéticos, ambientais e estilo de vida, pesquisas atuais buscam outras causas.
Alguns grupos apontam o acúmulo de proteínas beta amiloide e proteína TAU no cérebro, como provável causa da doença, pois acredita-se que as proteínas sejam tóxicas para as células cerebrais (neurônios), causando após um tempo, a morte dos neurônios, atrofia cerebral e consequentemente a doença demencial.
Outros fatores de risco ou possíveis causas são episódios de traumatismo craniano, hipertensão arterial mau controlada por muitos anos e o colesterol elevado. Mas esses estudos ainda são bem recentes, com pouca base científica.
Sintomas da doença de AlzheimerA doença de Alzheimer apresenta 3 sintomas básicos:
1. Perda da memória; afetando primeiramente a memória de fatos recentes. A pessoa não se lembra o que comeu no dia anterior, onde deixou objetos, recados, o dia do mês, entre outros episódios recentes. As memórias mais antigas ficam preservadas, mas também acabam por ser perdidas com a evolução da doença;
2. Alterações da capacidade intelectual, incluindo dificuldades com raciocínio lógico, linguagem, escrita, organização do pensamento, interpretação dos estímulos visuais, planejar e realizar tarefas complexas;
3. Alterações de comportamento, como perda da inibição, desconfiança sem razão, manias de perseguição, agitação e mais raramente, alucinações visuais ou auditivas.
Todos esses sinais e sintomas da doença progridem, até que a pessoa perde completamente a sua autonomia, necessitando de ajuda para realizar tarefas simples que antes executava facilmente, como se vestir ou se lavar, por exemplo.
A doença de Alzheimer é a principal causa de demência no mundo. Uma doença neurodegenerativa, de evolução lenta e progressiva, que se caracteriza por um conjunto de sinais e sintomas relacionados à deterioração das capacidades intelectuais do paciente.
A doença atinge mais os idosos, preferencialmente acima dos 65 anos, o que favorece na demora do diagnóstico, que muitas vezes nos estágios iniciais, se confunde com “coisas normais da idade”.
Com o decorrer da doença, os pacientes perdem a capacidade de raciocínio, julgamento e memória, o que os torna dependentes de apoio em suas atividades de vida diárias básicas.
É importante salientar que pequenos esquecimentos são comuns e ocorrem com todas as pessoas, especialmente em períodos de maior estresse ou cansaço. Todavia, quando os lapsos de memória começam a ocorrer com maior frequência e são importantes, como esquecer o próprio endereço, se perder perto de casa, guardar objetos em locais impróprios ou esquecer nomes de pessoas próximas, pode ser um sinal de alerta para a doença.
Doença de Alzheimer tem cura? Qual é o tratamento?A doença de Alzheimer não tem cura. O objetivo do tratamento é retardar a sua evolução natural, e manter as capacidade intelectuais da pessoa durante o maior tempo possível. Quanto mais cedo o Alzheimer for diagnosticado e o tratamento iniciado, melhores serão os resultados.
O tratamento se baseia no uso de medicamentos específicos que diminuem os sintomas da doença, estabiliza o comportamento e pode auxiliar na realização das tarefas do dia-a-dia, em alguns casos.
Os medicamentos mais usados são a rivastigmina®, donepezila®, memantina® e galantamina®, os quais podem ser prescritos sozinhos ou em conjunto. Mantendo o acompanhamento médico, para que o tratamento possa ser avaliado e atualizado para maior eficácia.
Alzheimer e associaçõesImportante sinalizar também aos pacientes e familiares de portadores de Alzheimer, que além de sua equipe médica, podem contar com grandes e consolidadas associações, como por exemplo a Abraz (Associação Brasileira de Alzheimer), a qual disponibiliza atendimento e orientações diversas sobre o tema. Desde ajuda quanto a necessidades pessoais, troca de experiências, informativos atualizados constantemente, busca de tratamento multidisciplinar, estudos novos, até na defesa dos seus direitos.
O/a especialista responsável pelo diagnóstico e tratamento da doença de Alzheimer é o/a médico/a neurologista.
Pode lhe interessar também:
A demência é a perda progressiva das capacidades cognitivas, como memória, atenção e aprendizagem, que leva à perda da independência para realizar as atividades diárias. O termo “demência” é genérico, sendo usado para descrever um grupo de doenças em que existe declínio das capacidades cognitivas e comportamentais, levando à perda da autonomia. As principais formas de demência em idosos são a doença de Alzheimer e a demência vascular.
Quando a pessoa apresenta um desempenho cognitivo inferior ao esperado para a sua idade e escolaridade, mas consegue realizar as tarefas que antes fazia, trata-se de um defeito cognitivo leve. É um estado transitório entre a normalidade e a demência.
A demência pode ser evolutiva, estática ou reversível. A evolutiva caracteriza-se pelo declínio cognitivo progressivo causado por doenças neurodegenerativas, vasculares ou infecciosas. A estática é causada por lesões cerebrais decorrentes de traumas ou infecções. Já a demência reversível é provocada por falta de vitamina B12 e hipotireoidismo.
Quais os fatores de risco para desenvolver demência?O envelhecimento é o principal fator de risco para desenvolver demência. A incidência de demência aumenta de forma considerável com o avançar da idade, variando entre 1% em pessoas dos 60 aos 65 anos e cerca de 50% em idosos com mais de 90 anos.
Outros fatores incluem baixa escolaridade, pressão alta, diabetes, alteração dos níveis de colesterol ou triglicérides e tabagismo.
Por outro lado, alguns fatores parecem reduzir o risco de demência senil, como o estímulo intelectual e o envolvimento em atividades de interação social.
Quais são os sintomas de demência?Os sinais e sintomas da demência manifestam-se na memória, na capacidade de executar tarefas, na habilidade visual e espacial, na linguagem e no comportamento ou personalidade. Na maioria dos casos, o primeiro sintoma de demência é a perda de memória recente.
Outros sintomas da demência podem incluir:
- Esquecimento de compromissos e eventos;
- Perda da capacidade de reconhecer pessoas e objetos;
- Dificuldade para realizar tarefas rotineiras;
- Dificuldade em se comunicar e compreender falas;
- Falta de orientação no tempo e espaço;
- Diminuição da capacidade crítica e de juízo;
- Dificuldade para raciocinar e planejar;
- Mudanças frequentes de humor e comportamento;
- Alterações na personalidade;
- Falta de iniciativa.
À medida que o declínio cognitivo progride, a pessoa precisa de supervisão para realizar tarefas cotidianas e não pode sair de casa sem um acompanhante.
Na fase avançada da demência, pode haver dificuldade para se locomover, problemas motores, perda do controle das fezes e da urina e dificuldade para engolir os alimentos.
Demência tem cura? Qual é o tratamento?A demência não tem cura, exceto as demências reversíveis. Há casos raros, em que a causa da demência pode ser tratada. Porém, para a grande maioria dos casos, não existe um tratamento capaz de curar ou conter a evolução da doença.
O tratamento da demência é feito com medicamentos que estabilizam o quadro ou diminuem a sua progressão, melhorando sobretudo a memória e a atenção. Também são usados medicamentos antidepressivos e antipsicóticos.
O tratamento também pode incluir o manejo de eventuais complicações psiquiátricas, como alucinações, paranoia, agitação, entre outras.
O/a especialista indicado/a para tratar a demência pode ser o/a médico/a de família, clínico/a geral ou neurologista.
O diagnóstico do mal de Alzheimer pode ser feito clinicamente ou através de biópsia cerebral (raríssimos casos). O diagnóstico clínico tem os seguintes critérios:
- Demência atestada pelo exame clínico e por testes padronizados, como o mini-mental;
- Déficit em duas ou mais áreas cognitivas (memória, linguagem, raciocínio, concentração, juízo, pensamento, etc.);
- Déficits cognitivos com piora progressiva;
- Início depois dos 40 anos e antes dos 90 anos de idade;
- Não apresentar outra doença neurológica ou sistêmica que cause déficits cognitivos.
Os critérios acima conseguem identificar corretamente a doença de Alzheimer em até 90% dos casos.
O diagnóstico definitivo da doença de Alzheimer é confirmado através de biópsia do tecido cerebral, sendo por isso raramente realizado.
Análises de sangue e exames de imagens (tomografia computadorizada, ressonância magnética) auxiliam no despiste de outras causas de demência, mas não são capazes de estabelecer o diagnóstico de doença de Alzheimer.
Em caso de suspeita de Doença de Alzheimer (você ou um familiar/amigo), um médico (preferencialmente um geriatra) deverá ser consultado.
Ele poderá avaliar detalhadamente, através de anamnese, exame físico e eventuais exames complementares, se este é realmente seu diagnóstico, orientá-lo e prescrever o melhor tratamento, caso a caso.
A pessoa pode ter Mal de Alzheimer ou Doença de Alzheimer, em média, à partir dos 60 anos. O Mal de Alzheimer é uma doença neurológica que se desenvolve com piora progressiva dos sintomas de demência dificultando a execução das atividades diárias no decorrer do tempo.
Os sintomas da Doença de Alzheimer são: perda progressiva de memória, principalmente relacionada a fatos recentes, dificuldade na realização de tarefas do dia a dia, dificuldade no uso da linguagem, tanto na compreensão dos fatos, como na expressão dos seus pensamentos, dificuldade de juízo e crítica, dificuldade de planejamento, desorientação no tempo e no espaço, depressão, apatia, ansiedade, alterações do sono, trocando o dia pela noite, agitação, inquietação e agressividade.
Em fases mais avançadas da doença também pode ocorrer: dificuldade para lembrar-se de familiares e amigos, delírios com pensamentos anormais, como ideias de ciúme e perseguição, alucinações, dificuldade para caminhar e movimentar-se, dificuldade para controle da evacuação e para urinar e dificuldade para engolir.
O diagnóstico e tratamento da Doença de Alzheimer pode ser realizado pelo neurologista ou geriatra.
Também pode lhe interessar: Demência: o que é, como identificar e tratar?
Dentre os fatores de risco para a doença de Alzheimer, a idade avançada é o maior. Após os 65 anos, a chance de se desenvolver Alzheimer dobra a cada cinco anos, fazendo com que 40% das pessoas acima de 85 anos tenham a doença.
Raramente, o mal de Alzheimer surge antes dos 60 anos de idade. Curiosamente, os pacientes que chegam aos 90 anos sem sinais da doença apresentam menor risco de desenvolvê-la posteriormente.
Outro fator de risco importante, além da idade, é a história familiar. Pessoas com familiares de primeiro grau com Alzheimer apresentam maior risco de também tê-lo, evidenciando um papel importante da carga genética.
Além disso, o mal de Alzheimer é duas vezes mais comum em negros do que em brancos e mais comum em mulheres do que em homens.
Alguns outros fatores também parecem aumentar os riscos de desenvolvimento do Alzheimer, entre eles:
- Sedentarismo;
- Tabagismo;
- Hipertensão arterial;
- Colesterol e/ou triglicerídeos elevados;
- Diabetes mellitus;
- Depressão após os 50 anos de idade.
Também pode lhe interessar: Demência: o que é, como identificar e tratar?
Vale a pena mencionar que algumas evidências apontam que indivíduos com maior grau de escolaridade e/ou que exercem trabalhos intelectualmente estimulantes durante a vida (professores, escritores, cientistas, médicos, artistas, etc.) têm certa proteção contra a doença. A leitura frequente, assim como a interação social e ouvir música também previnem o mal de Alzheimer, até certo ponto.
Em caso de suspeita de Doença de Alzheimer (você ou um familiar/amigo), um médico (preferencialmente um geriatra) deverá ser consultado. Ele poderá avaliar detalhadamente, através de anamnese, exame físico e eventuais exames complementares, se este é realmente seu diagnóstico, orientá-lo e prescrever o melhor tratamento, caso a caso.