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Vaginismo: qual o tratamento?

Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O tratamento do vaginismo é direcionado para a causa da disfunção e tem como principal objetivo acabar com a contração involuntária que caracteriza o vaginismo. O tratamento pode incluir sessões de fisioterapia, psicoterapia e terapia sexual.

Como é o tratamento do vaginismo com fisioterapia?

A fisioterapia trata a parte física do vaginismo através de técnicas de conhecimento do próprio corpo e aprendizado em relaxar a musculatura do assoalho pélvico, aumentando a sua percepção da pelve, o que impede o espasmo involuntário no momento da relação ou outra penetração local, como absorvente interno ou exame médico ginecológico.

O tratamento fisioterapêutico também inclui eletroestimulação, uso de dilatadores vaginais e exercícios feitos em casa.

Por que devo fazer psicoterapia para tratar o vaginismo?

O medo e todo o lado emocional que pode estar relacionado na origem do vaginismo são tratados com psicoterapia, de preferência a Terapia Cognitivo Comportamental.

A psicoterapia irá trabalhar o autoconhecimento, a autoestima, bem como o investimento na própria vida e sexualidade da mulher. Alguns conceitos sexuais poderão ser reformulados.

A associação da psicoterapia ao tratamento do vaginismo é fundamental para se obter melhores resultados e a cura para o problema. Porém, a aceitação e participação da mulher é fundamental para o sucesso terapêutico.

Como é a terapia sexual para tratar o vaginismo?

A terapia sexual ajuda a mulher a compreender os mecanismos que lhe causam os problemas sexuais. Assim, ela pode adaptar-se melhor à situação e ter uma melhor qualidade de vida.

O objetivo da terapia é o autoconhecimento e a percepção do corpo através de técnicas de relaxamento, exercícios e orientações.

O tempo de duração do tratamento do vaginismo varia conforme a causa, o grau de “bloqueio” e a adesão ao tratamento, podendo levar meses ou anos.

Como o vaginismo pode ter diversas facetas, é muito importante haver uma abordagem multidisciplinar da disfunção, com participação de ginecologista, fisioterapeuta e psicoterapeuta, todos com experiência em sexualidade.