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O que é flebite e quais os sintomas?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Flebite é um processo inflamatório que acomete a parede de uma veia superficial, sobretudo nas pernas. Sem um tratamento adequado, a flebite pode evoluir para uma tromboflebite, com a formação de coágulos sanguíneos (trombos).

Embora seja mais comum nas veias superficiais dos membros inferiores, sobretudo em pessoas com varizes, a flebite pode acometer também as veias dos braços, após a instalação de um soro, por exemplo.

Os sintomas mais frequentes da flebite são:

  • Vermelhidão;
  • Dor localizada;
  • Inchaço;
  • Sensação de ardor e calor na veia inflamada;
  • Febre;
  • Endurecimento da veia (quando evolui para tromboflebite).

São várias as causas de uma flebite. Entre elas estão:

  • Bactérias e outros micro-organismos patogênicos;
  • Reação a medicamentos;
  • Trauma físico;
  • Fatores genéticos;
  • Imobilização prolongada, após uma cirurgia ou durante uma viagem longa de carro ou avião.

Pessoas obesas, sedentárias, que fazem uso de anticoncepcionais e fumantes apresentam uma maior predisposição para desenvolver flebite.

O diagnóstico e o tratamento da flebite é da responsabilidade do/a médico/a que está acompanhando o/a paciente ou do/a médico/a angiologista ou cirurgião/ã vascular.

Ter veias saltadas é normal?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A ocorrência de veias saltadas nos pés, mãos, braços e pernas é algo normal, pois se trata de uma característica física da pessoa, muitas vezes relacionada com a proximidade das veias com a pele, ou seja, quando as veias são mais superficiais mais saltadas ficam.

As veias podem ainda ficar ainda mais evidentes se houver menos gordura subcutânea ou aumento de massa muscular, como ocorre em pessoas magras ou musculosas. Podem também tornar-se mais visíveis em dias quentes por conta da vasodilatação dos vasos sanguíneos.

No entanto, veias saltadas nas pernas podem ser sinal de varizes. Nesse caso, as veias são dilatadas e tortuosas, de cor púrpura-azulada e surgem nas pernas ao longo dos anos. São mais comuns em mulheres, mas os homens também podem ter. Além disso, as varizes geralmente podem vir acompanhadas de alguns sinais e sintomas como:

  • Dor, peso ou cansaço nas pernas;
  • Inchaço nas pernas e nos pés no período da tarde.

Com o passar dos anos, há um aumento de pressão nas veias das pernas, dificultando o retorno do sangue dos pés para o coração. À medida que o tempo passa, os mecanismos que permitem o retorno adequado do sangue podem falhar, o que provoca uma dilatação das veias comprometidas, tornando-as saltadas e tortuosas.

Os principais fatores de risco para varizes são:

  • Hereditariedade;
  • Gravidez;
  • Obesidade;
  • Sedentarismo;
  • Permanecer muitas horas em pé ou sentado no trabalho.

Se não forem devidamente tratadas, as varizes podem trazer complicações, como:

  • Inchaço;
  • Trombose venosa profunda;
  • Atrofia ou distrofia da pele da perna;
  • Erisipela;
  • Dermatites;
  • Úlceras varicosas.

Leia também: O que é úlcera varicosa?

Algumas formas de prevenir e aliviar os sintomas das varizes são:

  • Evitar manter as pernas pendentes ao se sentar ou permanecer em pé por muito tempo;
  • Praticar exercícios aeróbicos leves, como caminhar ou andar de bicicleta, pois ajudam a tonificar os músculos das pernas, melhorando a sua função de bombear o sangue;
  • Manter-se dentro do peso adequado;
  • Usar meias elásticas de compressão.

O tratamento das varizes varia de acordo com o tipo de problema. Em caso de sintomas de varizes, deve-se procurar um médico para avaliação.

Esofagite causa perda de peso? O que fazer para evitar isso?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Esofagite pode causar perda de peso, pois pode ocasionar disfagia, que é a dificuldade para deglutir, levando a pessoa a comer menos e emagrecer. Para evitar esse quadro, é importante tratar a esofagite e prevenir novos episódios.

A pessoa com disfagia tem a sensação de que a comida fica entalada no peito e isso pode fazê-la comer menos. Também é comum haver dor no peito ao engolir os alimentos, o que também interfere na alimentação e favorece a perda de peso.

Contudo, é importante lembrar que o emagrecimento não está entre os sinais que caracterizam a esofagite. É uma consequência a longo prazo da esofagite não tratada. 

A perda de peso associada à disfagia progressiva para alimentos sólidos deve ser vista como um sinal de alerta, pois pode indicar a presença de câncer de esôfago. 

A longo prazo, a esofagite de refluxo pode favorecer o desenvolvimento de câncer de esôfago, pois o refluxo pode levar a uma condição denominada esôfago de Barrett.

O esôfago de Barrett surge devido ao suco gástrico, que ataca as células que revestem o esôfago. Como resultado, essas células sofrem modificações e ficam semelhantes às células do estômago para poderem resistir ao ácido estomacal.

Portanto, trata-se de uma reação de defesa do organismo, mas que deve ser acompanhada de perto. O esôfago de Barrett pode evoluir para câncer em até 1% dos casos.

O tratamento da esofagite pode ser realizado através de mudanças no estilo de vida e uso de medicações como os inibidores de bomba de prótons (omeprazol, pantoprazol, etc). 

Pessoas que têm esofagite e apresentam perda de peso devem procurar um médico clínico geral ou médico de família para uma avaliação inicial.

Saiba mais em:

Esofagite pode dar câncer se não tratar logo?

O que é esofagite erosiva e quais os sintomas?

Esofagite erosiva tem cura? Qual o tratamento?

Estou com uma veia cada vez maior na lateral da testa...
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

O estresse ou a academia podem ser causas do aumento da sua veia, ou nenhuma das duas, talvez seja somente uma característica sua. Já a questão da depressão precisa de atenção da sua parte, procure ajuda, vá há um médico e conte o que está acontecendo, aproveite para mostrar sua veia também (com a visualização direta é mais fácil ter uma idéia da causa e do que fazer).

O que é escleroterapia e para que serve?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Escleroterapia é uma técnica não cirúrgica usada para tratar varizes. O procedimento consiste na aplicação ou injeção de uma substância esclerosante que provoca a formação de uma cicatriz na veia varicosa, obstruindo a circulação sanguínea no local. O sangue é então obrigado a buscar novas veias para voltar a fluir naquela área. O resultado é o desaparecimento da varicose e uma melhoria do aspecto estético.

O esclerosante utilizado pode ser em forma de líquido, espuma ou laser. O objetivo é provocar o fechamento do vaso sanguíneo danificado.

Na escleroterapia convencional são injetadas substâncias químicas esclerosantes, como o polidocanol e a glicose hipertônica, por meio de uma pequena e fina agulha. Podem surgir lesões arroxeadas (hematomas) após o procedimento, que são absorvidas com o passar dos dias. A sensação causada é de uma pequena picada e ardência leve, principalmente nas regiões mais sensíveis da perna.

Na crioescleroterapia, o procedimento realizado é semelhante ao da escleroterapia convencional, porém a substância injetada é resfriada, visando provocar um resultado mais rápido, com menos possibilidade de ocorrência de hematomas e com menos dor que na técnica convencional.

Na escleroterapia a laser, o processo de esclerose do vaso ocorre por meio da emissão de ondas de luz que promovem o aumento da temperatura no interior do vaso e uma reação inflamatória.

Alguns tipos de pele, mais escuras ou bronzeadas, podem não ser adequadas ao tratamento com laser. Pode ser um pouco dolorido e provocar uma leve sensação de ardência local durante algumas horas após o tratamento. Utiliza-se, geralmente, um aparelho que resfria a pele com um jato de ar frio para evitar a dor durante o procedimento.

A escleroterapia é feita sem necessidade de internação hospitalar e a paciente pode voltar para casa logo após o procedimento.

No caso de surgirem hematomas deve-se evitar a exposição ao sol até que eles desapareçam. Alguns médicos orientam o uso de meias elásticas ou o enfaixamento da perna com faixa elástica após o procedimento.

A/o cirurgiã/o vascular é o médica/o responsável pela realização da escleroterapia.

Saiba mais em: Como é feita a escleroterapia com espuma? Quais são os riscos?

Tenho uma veia na lateral da testa e queria saber tem algum remédio para sumir ou algum tipo de tratamento?
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

Deixe a sua veia quieta se ela não está incomodando (saúde) não precisa fazer nada, agora se ela está incomodando (estética) ai pode tentar: em casos de veia muito pequenas um procedimento de laser pode resolver e se for uma veia maior não há o que fazer além da retirada cirúrgica, mas é preciso verificar se este tipo de cirurgia é feito na face. Procure um cirurgião vascular que ele poderá te orientar melhor.

Qual o tratamento para úlcera varicosa?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O tratamento para úlcera varicosa varia de acordo com a localização e características da úlcera, entretanto, pode incluir:

  • Meias elásticas;
  • Repouso;
  • Elevação das pernas;
  • Curativos;
  • Oxigenoterapia hiperbárica e
  • Cirurgia.

As meias elásticas de média e alta compressão aceleram a taxa de cicatrização das úlceras varicosas, por isso devem ser usadas de modo consistente, quando indicadas.

Apesar da compressão elástica ser benéfica nos casos de insuficiência venosa, ela também possui contraindicações. Por exemplo, só deve ser usada para cicatrizar úlceras varicosas não complicadas, estão contraindicadas nos casos de insuficiência arterial, carcinoma e ainda na suspeita ou confirmação de trombose venosa profunda.

O repouso e elevação das pernas, são medidas simples, porém bastante efetivas para o tratamento de úlceras varicosas, por auxiliar no retorno venoso e com isso, na vascularização dos membros, favorecendo a cicatrização. Contudo, também existem contraindicações, como os casos de insuficiência arterial.

O curativo é essencial no tratamento da úlcera varicosa, pois acelera o processo de cura, evita infecções e previne de novas feridas. Todavia é importante lembrar que os curativos devem ser feitos com o máximo de cuidado e higiene, conforme as orientações da equipe médica.

Com os curativos adequados podemos manter a ferida limpa, retirar o excesso de secreção, permitir a "respiração" do local, promover uma "barreira" contra bactérias, partículas ou substâncias tóxicas que houverem no ambiente.

A Oxigenoterapia hiperbárica é um tratamento complementar já bem estabelecido e eficaz para casos de úlceras, devido ao aumento de oferta de oxigênio para o organismo, sob pressão, acelerando o processo de cicatrização.

A cirurgia pode ser necessária em alguns casos de úlcera varicosa de difícil tratamento, casos que não respondam ao tratamento convencional ou úlceras muito grandes.

Normalmente a úlcera varicosa é recorrente e, se estiver aberta, pode levar ainda mais tempo para sua cicatrização completa.

As complicações mais graves da úlcera incluem: celulite (infecção da pele), osteomielite (infecção do osso) e até mesmo transformação maligna, ou seja, a úlcera varicosa pode evoluir para câncer. O risco da ferida se transformar em câncer é maior nas úlceras grandes e de duração prolongada.

Saiba mais em: Uma úlcera pode virar câncer?

O tratamento da úlcera varicosa é realizado pelo médico angiologista ou cirurgião vascular e também pelos enfermeiros especializados em tratamento de feridas.

Leia também:

Quem tem úlcera varicosa pode comer peixe?

O que é úlcera varicosa?

Quais as causas da insuficiência venosa?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

As principais causas de insuficiência venosa são:

  • Veias profundas danificadas, ineficientes;
  • Malformação vascular;
  • Trombos, obstrução de veias (trombose venosa profunda);
  • Traumas;
  • Tumores (mais raramente).

A insuficiência venosa é uma doença caracterizada por uma série de sinais e sintomas decorrentes do refluxo ou obstrução do fluxo sanguíneo dentro das veias.

Talvez mais importante do que conhecer as causas da insuficiência venosa, seja entender os fatores de risco que desencadeiam a doença. Excluindo a predisposição genética, a grande maioria dos fatores desencadeantes são preveníveis, por isso vale a pena entendê-los.

Quais são os principais fatores de risco para insuficiência venosa?

Dentre os fatores de risco para desenvolver a doença podemos citar como os mais comuns:

  • História familiar (predisposição genética);
  • Gênero, é mais comum nas mulheres;
  • Idade, acima de 35 anos, embora possa ocorrer em qualquer idade;
  • Gestação,
  • Aumento de peso, sobrepeso ou obesidade;
  • Tabagismo;
  • Sedentarismo (falta de exercícios físicos);
  • Hábitos de vida, por exemplo passar muitas horas em pé ou sentado;
  • Hormônios, pílulas anticoncepcionais.
Gravidez

Com o aumento dos níveis de progesterona, como ocorre na gravidez, os vasos tornam-se mais frágeis, aumentando os riscos do desenvolvimento de insuficiência venosa.

Complicações

Sem tratamento, a insuficiência venosa aumenta o risco de desenvolver complicações como: inchaço, trombose venosa profunda, alterações na pele, erisipela, dermatites e úlceras varicosas.

Prevenção

Para combater e prevenir a insuficiência venosa, recomenda-se movimentar sempre as pernas, evitar mantê-las para baixo ou paradas por muito tempo; praticar atividade física regularmente, com acompanhamento; manter o peso e dietas adequados e fazer uso de meias elásticas de baixa ou média compressão durante o dia (quando recomendado) e durante viagens prolongadas.

O tratamento da insuficiência venosa é da responsabilidade do/a médico/a angiologista ou cirurgião/ã vascular.

Leia também:

Quais os sintomas da insuficiência venosa?

Insuficiência venosa tem cura? Como é o tratamento?