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Cisto pilonidal pode voltar após cirurgia?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sim, o cisto pilonidal pode voltar após a cirurgia. As chances de recidiva variam entre 2% e 27%, de acordo com a técnica cirúrgica utilizada:

  • Marsupialização: 4%;
  • Eletrocauterização: 2% a 12%;
  • Incisão e curetagem: 10% a 27%;
  • Ressecção com fechamento primário (cirurgia fechada com pontos): 0% a 20%;
  • Ressecção com fechamento secundário (cirurgia aberta, a ferida cicatriza sozinha, sem pontos ): 12% a 16%;
  • Retalho cutâneo de Limberg: 2% a 5%.

A cirurgia fechada com retalhos cutâneos ("pedaços de pele") parece ter os melhores resultados gerais no pós-operatório, com pouca dor, retorno rápido às atividades diárias, poucas complicações e baixo risco do cisto pilonidal voltar.

A técnica consiste na remoção do cisto e fechamento do local da lesão com retalhos cutâneos, associando procedimentos de cirurgia plástica aos métodos cirúrgicos tradicionais.

Esse procedimento diminui o longo tempo de cicatrização das cirurgias abertas e elimina as complicações comuns dos métodos fechados. Suas principais vantagens são:

  • Baixas taxas de recidiva: A chance do cisto pilonidal voltar é de cerca de 12%;
  • Método pouco doloroso: A maioria dos pacientes não precisa tomar analgésicos pós-operatório;
  • Poucas chances de complicações: Cerca de 70% dos casos não apresentam complicações após a cirurgia;
  • Rápida recuperação: Permite andar e retornar às atividades habituais precocemente.

O tratamento cirúrgico do cisto pilonidal é a única forma de curar definitivamente o problema, mas existe muita discussão quanto à melhor técnica que deve ser utilizada.

Cabe à equipe médica cirúrgica ou dermatológica esclarecer o/a paciente quanto à técnica empregada, bem como as suas vantagens e desvantagens.

Leia também:

Cisto pilonidal tem cura? Qual o tratamento?

Cisto pilonidal pode virar câncer?

Qual é o tempo de recuperação de uma abdominoplastia?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O tempo de recuperação de uma abdominoplastia pode variar de acordo com as equipes, presença de doenças associadas e tipo de cirurgia. Em geral varia entre 20 a 45 dias, o que significa que durante esse período o paciente deverá ter alguns cuidados, principalmente para amenizar o inchaço e o desconforto.

O resultado da abdominoplastia começa a ser evidenciado após o segundo mês da cirurgia, com a melhora do edema e da sensibilidade, embora continue melhorando gradativamente, até o 6º mês, quando estará próximo ao resultado definitivo.

Nos primeiros 15 dias de pós-operatório recomenda-se caminhar com cuidado e não fazer esforços. Também deve ser usada a cinta elástica, retirando apenas para o banho, durante 45 dias.

Cerca de 20 dias após a abdominoplastia o paciente já pode regressar às suas atividades sociais, escolares e laborais, mas sem esforço físico, por pelo menos 30 dias.

A drenagem linfática no pós-operatório acelera a recuperação e potencializa o resultado da abdominoplastia, que pode durar por toda a vida, desde que não haja uma gravidez ou variações grandes de peso, além de auxiliar bastante na melhora da dor e desconforto local.

A abdominoplastia é um procedimento cirúrgico usado para remover o excesso de gordura e pele, além de poder restaurar os músculos enfraquecidos ou separados, dando ao abdômen um perfil mais suave e tonificado.

O/A médico/a cirurgião/ã plástico/a é responsável pela indicação e realização da abdominoplastia.

Vou fazer abdominoplastia e estou no final da menstruação?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Não. O fato de você estar menstruada não é impedimento para realização da cirurgia de abdominoplastia.

A abdominoplastia é uma cirurgia plástica de retirada do excesso de gordura e pele da região abdominal. Os cuidados que devem ser tomados antes da cirurgia incluem a suspensão de algumas medicações, tabaco e bebidas alcoólicas. As demais recomendações serão dadas pela equipe médica responsável.

A menstruação é a descamação da camada interna do útero que ocorre devido às regulações hormonais. A presença dela durante, antes ou após a cirurgia não será impedimento para a realização. A cirurgia também não influenciará nas próximas menstruações. A mulher continuará menstruando normalmente e seguindo o ritmo do seu ciclo menstrual.

Converse com o/a médico/a responsável para tirar outras dúvidas caso seja necessário. 

Tomar cobavital aumenta a mama?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

O Cobavital pode ajudar a aumentar a mama especialmente em casos de doenças crônicas ou distúrbios alimentares, como anorexia ou bulimia. Isso porque, esses problemas podem levar ao emagrecimento exagerado e à diminuição acentuada do volume da mama.

O Cobavital é indicado para aumentar o apetite e a massa muscular. Ele não contém hormônios, mas pode fazer engordar. Esse efeito acontece no corpo na totalidade, não apenas na mama.

O tamanho e a forma das mamas é variável durante a vida. Isso porque seu desenvolvimento e crescimento dependem da ação dos hormônios e de outras substâncias produzidas pelas células mamárias. Por isso, elas crescem durante a puberdade, na gravidez, durante a amamentação e reduzem após a menopausa ou quando a mulher emagrece. Além disso, seu tamanho também pode variar dependendo da fase do ciclo menstrual.

Caso não se sinta satisfeita com o tamanho da sua mama e deseje aumentá-la, fale com um médico de família, um ginecologista ou um mastologista.

Caso queira saber mais sobre os efeitos do Cobavital ou sobre o crescimento das mamas, leia também:

Referências:

Cobavital. Bula do medicamento

Harigopal M, Singh K. Breast development and morphology. UpToDate

Para que serve o Ácido Hialurônico? Saiba como usar e contraindicações
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O ácido hialurônico é naturalmente produzido pelo organismo e sua produção tende a cair com o avanço da idade. Tem a função de lubrificar e amortecer os impactos nos segmentos móveis do corpo, a exemplo das articulações.

Na pele, o ácido hialurônico tem a função de preenchimento do espaço que existe entre as células conferindo elasticidade, hidratação e um aspecto liso. A redução do ácido hialurônico torna a pele mais ressecada e propicia o aparecimento de rugas.

O uso mais comum do ácido hialurônico é na forma de creme ou séruns e injetável.

Ácido hialurônico em creme ou séruns

O ácido hialurônico pode ser aplicado na pele por meio creme ou séruns. Os séruns são veículos de textura leve, rápida absorção e fáceis de espalhar na pele. Agrada a maior parte das pessoas por ser fluido e não gorduroso. O efeito de hidratação ocorre pela capacidade do ácido hialurônico em atrair as moléculas de água para o espaço entre as células, o que ajuda a melhorar o aspecto das rugas, dos vincos e a textura da pele.

Ácido hialurônico injetável

O gel de glicosaminoglicanas é utilizado para efetuar o preenchimento cutâneo. Esta técnica consiste em inserir o ácido hialurônico sob a pele a ser tratada por meio de uma injeção, o que leva a redução da profundidade da região de aplicação, elevando o espaço aplicado.

O preenchimento cutâneo com ácido hialurônico é utilizado para repor o volume do rosto e corpo, bem como melhorar suas formas e contornos. É, portanto, utilizada para corrigir rugas, cicatrizes, sulcos, na região dos lábios, olheiras, cicatrizes de acne, sulco nasogeniano (bigode chinês), depressões corporais e celulite.

Após o preenchimento com ácido hialurônico, a área da aplicação pode ficar avermelhada ou inchada.

Gravidez, amamentação, doenças crônicas e uso de medicação de rotina devem ser comunicados ao médico/a. O preenchimento com ácido hialurônico somente pode ser feito por médico/a habilitado para realizar a técnica.

Aplicação de ácido hialurônico nas articulações e olhos

O ácido hialurônico injetável também pode ser aplicado para tratar distúrbios articulares, especialmente as artroses. Seu uso na área da oftalmologia, ocorre em uma estrutura dos olhos chamada de humor vítreo. É esta estrutura que contribui para o formato esférico dos olhos.

Contraindicações do uso de ácido hialurônico
  • Pessoas alérgicas ao ácido hialurônico;
  • Portadores de distúrbios de coagulação sanguínea;
  • Áreas com doença de pele, inflamações ou feridas não deve receber aplicações de ácido hialurônico. Seu uso em regiões próximas às lesões também é contraindicado;
  • Não deve ser injetado em regiões que receberam implante permanente.
Riscos decorrentes da aplicação de ácido hialurônico

Os cremes e séruns com ácido hialurônico não oferecem riscos se for orientado pelo/a médico/a e se forem seguidas as recomendações do fabricante.

O ácido hialurônico injetável pode oferecer riscos se a aplicação for efetuada por médico/a não habilitado/a ou quando o produto é de má qualidade. A escolha do profissional e do local para realizar o procedimento são importantes a fim de evitar complicações e/ou resultados indesejados.

Após a aplicação podem ocorrer: edema, prurido (coceira), descoloração ou sensibilidade no local da injeção e eritema transitório. Estas reações devem desaparecer espontaneamente em um prazo de dois ou três dias após o procedimento.

O uso de ácido hialurônico deve ser indicado por um médico. O preenchimento cutâneo somente deve ser efetuado por profissional habilitado/a e em local seguro para a realização do procedimento.

Qual é o tratamento para quem tem lábio leporino?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O tratamento do lábio leporino é um tratamento longo, que se inicia ao nascimento e inclui diversas cirurgias durante o crescimento da criança.

No entanto, junto com as abordagens cirúrgicas para a reconstrução do lábio e/ou céu da boca, que por algum motivo não se fecharam no desenvolvimento do bebê, é preciso um acompanhamento multidisciplinar.

A psicologia, fonoaudiologia e odontologia são contactadas tão cedo seja identificado o problema, para dar as devidas orientações de cuidados com o aleitamento, além de estimular o desenvolvimento adequado de toda a estrutura, funções da boca, língua e autoestima.

Fenda palatina (abertura no "céu da boca", ou palato). Psicologia

Os cuidados com a família e a criança, no aspecto emocional é de suma importância para a adesão ao tratamento, para manter a imunidade e atingir o objetivo do tratamento.

Fonoaudiologia e Odontologia

A fonoaudiologia acompanha o desenvolvimento da fala, uma vez que a fissura palatina prejudica a vocalização dos sons. Já o tratamento odontológico irá cuidar de toda a parte dentária, com atuação de dentistas de diferentes especialidades.

Para uma reabilitação completa, é crucial que o tratamento não fique apenas limitado às cirurgias. Os outros tratamentos e atendimentos são essenciais, já que ao longo de todo o tratamento é observado o crescimento dos ossos do crânio e da face para evitar deformações.

Em média, o tempo total de duração do tratamento da fenda palatina dura até os 16 a 20 anos de idade. O abandono do tratamento pode trazer graves sequelas.

Cirurgia

A cirurgia deverá ser feita pelo cirurgião plástico, de preferência nos primeiros 3 meses de vida da criança, quando a abertura é fechada e reposiciona o nariz. A segunda abordagem acontece em média, quando o bebê tem 18 meses, quando é realizado o fechamento do céu da boca (palato).

Geralmente é preciso mais de uma cirurgia. O número de cirurgias pode variar de acordo com a idade, o crescimento e as partes do rosto que precisam ser tratadas (nariz, lábios, céu da boca).

Direitos da criança com lábio leporino

Foi aprovada o projeto de Lei de nº 3526 , em Setembro de 2019, que garante à pessoa portadora de lábio leporino ou fenda palatina, a obrigatoriedade do SUS prestar o serviço de cirurgia plástica reconstrutiva, bem como efetuar o tratamento pós-cirúrgico, de forma gratuita. Determina ainda, que nos casos de lábio leporino detectado em bebê, este deverá ser submetido à cirurgia reparadora logo após o nascimento.

Principais objetivos do tratamento do lábio leporino

Os objetivos do tratamento vão além da questão estética. O lábio leporino, ou má formação crânio facial, é uma situação relativamente comum, que deve ser corrigido para evitar complicações ao bebê, como:

  • Má nutrição, devido à dificuldade no aleitamento materno;
  • Distúrbios da fala e estrutura bucal;
  • Maior risco de infecções (otite e pneumonia) devido ao contato com o leite materno;
  • Maior predisposição de problemas respiratórios, devido o contato direto com o meio externo; e
  • Alterações no desenvolvimento ósseo da face e dentição da criança.
Diagnóstico de lábio leporino

O diagnóstico pode ser feito ainda na barriga da mãe, por volta da 20ª semana, através do exame de ultrassonografia.

No entanto, o diagnóstico definitivo é dado pelo pediatra, após o nascimento.

Conheça ainda as causas do lábio leporino no artigo: O que é lábio leporino e quais são as causas?

Referências:

  • Lewis, CW, Jacob LS, Lehmann CU, AAP SECTION ON ORAL HEALTH. The Primary Care Pediatrician and the Care of Children With Cleft Lip and/or Cleft Palate. Pediatrics. 2017;139(5):e20170628 - September 01, 2017
  • ABORL-CCF - Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial