Não, diverticulite não vira câncer nem aumenta o risco de desenvolver tumores. As principais complicações da diverticulite são:
- Infecção, formação de abscesso ou peritonite (infecção na cavidade abdominal);
- Perfuração;
- Obstrução intestinal;
- Fístulas e
- Sangramento.
A diverticulite normalmente melhora em poucos dias após o início do tratamento com antibióticos.
Porém, se a resposta ao tratamento não for satisfatória, pode sinalizar uma complicação, como a formação de um abscesso (acúmulo de pus), que geralmente não responde ao tratamento pela dificuldade do antibiótico penetrar na cápsula que circunda o abscesso, sendo necessário drenagem cirúrgica.
O divertículo inflamado também pode apresentar pequenas perfurações, o que permite o extravasamento do pus para a cavidade abdominal, causando peritonite (infecção generalizada da cavidade abdominal). Complicação mais grave, por isso a mais temida e que necessita de cirurgia de emergência.
A obstrução intestinal ocorre devido à cicatrização da área inflamada, que diminui o espaço interno das alças do intestino, impedindo a passagem parcial ou completa das fezes.
Outra complicação da diverticulite, decorrente dessa cicatrização das alças intestinais, é a formação de uma fístula (comunicação anormal entre dois órgãos). A fístula ocorre devido à maior facilidade que os tecidos inflamados têm de ficarem "grudados" quando entram em contato um com o outro, formando assim uma comunicação entre eles.
No caso da diverticulite, os órgãos mais susceptíveis para formação de fístulas, pela proximidade do intestino, são a bexiga, pele ou mesmo outra alça intestinal. A mais frequente é a fístula entre o cólon e a bexiga, causando infecção urinária crônica, de difícil tratamento.
O sangramento é uma complicação rara da diverticulite, sendo notado pelo paciente nas fezes. A maioria dos sangramentos cessa espontaneamente, mas há casos em que eles podem ser graves e necessitar de intervenção cirúrgica.
Para maiores informações sobre as possíveis complicações da diverticulite, e qual será a melhor conduta para o seu caso, consulte um/a médico/a gastroenterologista.
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Sim tem cura. Basicamente o que pode funcionar é dieta pobre em gorduras (ideal é procurar um nutricionista) além de medicamentos específicos (varia de acordo com cada caso - tratamentos somente com o médico no consultório). Muitas vezes a solução é cirurgia de retirada da vesícula.
Diverticulite é a inflamação dos divertículos (pequenas saculações do intestino grosso). Ela ocorre quando há obstrução do divertículo por fezes ou restos de alimentos não digeridos.
Os divertículos (ou doença diverticular do cólon) são frequentes, especialmente nas idades mais avançadas. Formam-se em virtude de uma dieta pobre em fibras, o que aumenta a pressão dentro do intestino e forçando a mucosa, com a consequente formação dos divertículos.
A maioria dos pacientes não apresenta sintomas, mas podem ocorrer dor abdominal na metade inferior e alterações do hábito intestinal. O diagnóstico pode ser feito através de colonoscopia ou clister opaco, mais comumente.
As duas complicações mais frequentes são a própria diverticulite, que leva à dor abdominal intensa, alteração do hábito intestinal e febre, e o sangramento dos divertículos, levando a evacuações com sangue vivo, misturado nas fezes.
Leia também: Diverticulite pode virar câncer?
O tratamento, nos casos não complicados, consiste numa dieta rica em fibras naturais e industrializadas e consumo adequado de líquidos.
Nos casos de sintomas de diverticulite e/ou sangramento nas fezes, deve ser procurado um pronto atendimento. Nos casos não complicados, é necessário seguimento com gastroenterologista ou proctologista.
Ir ao banheiro mais de uma vez ao dia pode ser normal, mas as fezes escuras, geralmente são um sinal de alerta, que deve ser avaliado por um médico, de preferência gastroenterologista.
As mudanças no hábito intestinal, seja quantidade de vezes que vai ao banheiro para evacuar, ou modificação de forma, consistência e cor das fezes, varia muito com a alimentação adotada, estado emocional e com a prática de exercícios físicos.
Uma alimentação rica em fibras, saladas e alimentos gordurosos estimulam mais a evacuação, assim como os exercícios em excesso, ansiedade, estresse, infecção intestinal e período menstrual.
Quais são as causas de fezes escuras?1. Uso de sulfato ferrosoO uso de medicamentos, como o sulfato ferroso, indicado para o tratamento de anemias, é uma causa frequente de fezes escuras. Não é uma situação preocupante, mas é importante informar ao médico, para que possa confirmar ser a única causa desse sintoma.
Não é necessário interromper a medicação.
2. Alimentação rica em ferroO consumo de alimentos ricos em ferro, como a carne vermelha, feijão preto, lentilha e alimentos verde-escuro, como espinafre e couve, é uma outra causa comum de fezes mais escuras.
Nesse caso, procure consumir outros alimentos durante dois a 3 dias, para avaliar a mudança da cor das fezes. Quando as fezes continuam negras, mesmo após a modificação da dieta, é preciso procurar um médico para avaliação mais criteriosa.
Doenças do trato digestivo, como a úlcera de estômago, úlcera de duodeno, tumores e sangramento intestinal são causas preocupantes de fezes escuras.
O sangramento localizado na início do sistema digestivo (esôfago, estômago e duodeno), passa por todo o processo digestivo no instestino, sendo eliminado nas fezes com coloração escura, consistência amolecidas, com aspecto "brilhoso" e com cheiro extremamente forte e desagradável, são das fezes denominadas melena.
Portanto, a melena é característica de uma doença gástrica grave. Na suspeita de sangramento nas fezes, procure um serviço de emergência.
Qual é a cor normal do coco?A coloração considerada normal para as fezes, é castanho ou marrom escuro.
Sabemos que diversas situações podem alterar essa cor, sem que causa grandes preocupação, por serem situações momentâneas, como o uso de antibióticos, que muitas vezes causa diarreia durante o seu uso. Uma infecçao intestinal, que causa amolecimento das fezes, presença de sangue e muco, que melhora após o tratamento. Ou mesmo a alimentação rica em gordura, que torna as fezes constantemente amolecidas, até que o planejamento alimentar seja ajustado.
No entanto, são situações passageiras. Quando as fezes se alteram por mais de 3 a 5 dias, sem causa parente, é preciso procurar atendimento médico.
Não. A ansiedade pode levar a mudança de hábitos, como ir mais vezes ao banheiro, evacuar mais vezes, mas não altera a sua cor.
Os transtornos de humor podem causar também uma modificação na alimentação. Muitas pessoas passam a comer mais doces, inclusive chocolate, em situações de estresse, e esses alimentos sim, podem escurecer as fezes.
Com o retorno de uma alimentação normal, a cor tende a ficar mais amarronzada novamente.
Quando é preciso procurar um médico?Na presença de fezes muito escuras, associadas a um ou mais sintomas dos listados abaixo, é preciso procurar um atendimento médico imediatamente, são eles:
- Febre alta (acima de 38,5);
- Sangue vivo nas fezes;
- Perda de peso sem motivo aparente;
- Sintomas de fraqueza, sonolência, cansaço extremo;
- Presença de fezes em formato de "fita";
- Fezes com aspecto de melena (cor negra, brilhosa e cheiro extremamente forte e fétido).
O médico responsável pelos problemas gastrointestinais é o gastroenterologista. Nos casos de sinal de gravidade, como a febre alta, sangramento e sintomas de fraqueza, procure uma emergência médica.
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A melena se caracteriza por fezes escuras, normalmente de consistência pastosa, com aspecto brilhante, semelhante à borra de café ou petróleo e com odor fétido muito forte.
Trata-se de um sinal típico de hemorragia digestiva alta, ou seja, sinal de sangramento no trato gastrointestinal alto (esôfago, estômago ou intestino delgado).
A aparência deste sangramento se dá pelo fato de a hemorragia ocorrer no início do trato digestivo e passar por todo o processo de digestão antes de ser eliminado nas fezes.
Por isso, a melena só é observada nos casos de sangramento moderado ou grave. Quando o sangramento é pequeno, acaba por ser absorvido durante todo o trajeto, ou é tão discreta que se torna imperceptível a olho nu, sendo necessário um exame de laboratório para essa pesquisa, o teste de sangue oculto nas fezes.
Quais são as causas da melena?Em geral, a melena é consequência de hemorragias no estômago ou duodeno. São várias as doenças que podem levar a essa agressão e consequente sangramento, como as doenças citadas abaixo.
- Gastrite aguda,
- Úlcera gástrica,
- Úlcera duodenal,
- Esofagite de refluxo,
- Varizes de esôfago,
- Câncer,
- Abuso de medicamentos, especialmente, quando ingeridos em jejum (anti-inflamatórios, analgésicos, antitérmicos).
Sim. O principal objetivo do tratamento da melena é detectar rapidamente a causa da hemorragia para interromper o sangramento.
Nos casos mais leves, por exemplo, sangramento de varizes esofágicas ou úlcera pequena, é possível tratar por meio de endoscopia digestiva alta, inserindo balão esofágico, que comprime das varizes, ou suturando (costurando) a úlcera.
Nos casos mais graves ou de instabilidade clínica, pode ser necessário um procedimento cirúrgico de urgência, entretanto são casos mais raros.
Existe prevenção para a melena?Prevenir a melena implica em prevenir as hemorragias digestivas altas. Para isto é necessário:
- Evitar a automedicação, especialmente, com menor uso de anti-inflamatórios;
- Buscar ajuda médica rapidamente se observar a presença de melena, dor, desconforto ou vômitos constantes;
- Evitar hábitos como o tabagismo e consumo excessivo de bebidas alcoólicas;
- Se houver indicação médica para uso de anti-inflamatório por tempo prolongado, avaliar a necessidade de fazer uso de um antiácido associado;
- Higienizar verduras, frutas e legumes com hipoclorito de sódio para evitar bactérias;
- Alimentar-se adequadamente, evitar o jejum.
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O ácido do estômago é necessário para a digestão, mas quando você tem gastrite ele aumenta a inflamação e pode ser o responsável pelas lesões no estômago. Por isso, os remédios indicados para a gastrite agem diminuindo o ácido do estômago. Eles ajudam na recuperação das lesões e a diminuir a inflamação, aliviando os sintomas.
Por outro lado, o uso de medicamentos que aumentam o ácido do estômago pode piorar ou até causar a gastrite. Tomar muitos comprimidos diariamente também pode ter o mesmo efeito.
Remédios para alívio dos sintomas da gastriteOs remédios mais importantes para o tratamento são os que diminuem a produção de ácido do estômago. São exemplos o omeprazol, o pantoprazol ou o lansoprazol (inibidores da bomba de prótons). O alívio dos sintomas começa assim que você iniciar o tratamento.
São medicamentos considerados seguros, mas que raramente podem causar problemas nos rins (omeprazol), hepatite (omeprazol e lansoprazol) e distúrbios visuais (pantoprazol e omeprazol). Eles também aumentam o risco de ter pneumonia.
É importante que sejam usados apenas durante o tempo indicado pelo médico, para evitar que causem problemas de saúde. Além disso, para parar de tomar é necessário diminuir a dose lentamente. Não ter esse cuidado pode causar a piora dos sintomas.
O uso prolongado pode causar problemas relacionados com a diminuição de absorção de cálcio e vitamina B12, principalmente em idosos. Você pode ter maior fragilidade dos ossos e anemia, por exemplo.
Veja quais são os sintomas mais comuns da gastrite e quais são os remédios usados para tratá-los:
Sintomas |
Remédios |
Dor na parte superior da barriga |
Diminuidores da produção de ácido Antiácidos |
Sentir-se inchado ou cheio após comer uma pequena quantidade de comida |
Antiflatulentos (para gases) |
Náusea ou vômito | Antieméticos |
Exemplos desses medicamentos são:
- Ranitidina (Label): para diminuir a produção de ácido
- Hidróxido de magnésio, hidróxido de alumínio, bicarbonato de sódio, carbonato de cálcio (Mylanta Plus, Maalox, Leite de Magnésia de Phillips e Sal de Frutas Eno são alguns exemplos): antiácidos
- Dimeticona ou simeticona (Luftal é um exemplo): para gases
- Metoclopramida, dimenidrinato, bromoprida, domperidona (Plasil, Dramin, Digesan, Motilium são alguns exemplos): para enjoo e náuseas
Os antiácidos e os medicamentos para gases não precisam de receita para serem comprados.
Os remédios para náuseas / enjoo e os antiácidos podem diminuir ou aumentar o efeito de outros medicamentos. Medicamentos para náuseas podem estar contra-indicados se você tem algumas doenças (glaucoma e prolactina alta são alguns exemplos). Por isso, não utilize por muito tempo sem o conhecimento do seu médico.
Alguns efeitos indesejados dos antiácidos são:
- Prender o intestino (hidróxido de alumínio)
- Soltar o intestino (hidróxido de magnésio)
A gastrite pode ser causada por uma infecção. O agente infeccioso mais comum que pode causar gastrite é a bactéria Helicobacter pylori. O tratamento se baseia em antibióticos para acabar com a infecção e outros medicamentos que controlam os sintomas.
Somente o médico pode dizer qual o melhor antibiótico para o seu caso. Ele vai avaliar os exames e algumas características suas para escolher o medicamento que tenha o efeito desejado e que não traga outros problemas para sua saúde.
Alguns exemplos de medicamentos prescritos são:
- Claritromicina associada a amoxicilina e a algum medicamento para diminuir o ácido do estômago (omeprazol ou pantoprazol são exemplos). Normalmente os medicamentos são tomados 2 vezes ao dia, por 14 dias.
- O metronidazol é o medicamento que substitui a amoxicilina nos casos de alergia à penicilina.
- Outros antibióticos também podem ser prescritos, como o levofloxacino, o tinidazol ou metronidazol.
O diagnóstico e tratamento adequados são muito importantes, porque a bactéria também pode causar úlceras (feridas no estômago) e câncer de estômago.
Os medicamentos devem ser tomados no horário certo e pelo período indicado, conforme a receita, para garantir que a infecção acabe.
Os probióticos podem ajudar a controlar a infecção e reduzir os efeitos negativos do uso dos antibióticos. Alguns alimentos que contêm probióticos são os iogurtes, queijos como o gouda e cottage e conservas de legumes (como os picles).
A gastrite também pode ser causada por outras bactérias, vírus, parasitas e fungos. O agente causador da doença precisa ser identificado para iniciar o tratamento adequado.
Remédios que pioram a gastriteVocê pode ter gastrite ou sentir que ela piora por usar certos medicamentos. Os anti-inflamatórios como o ibuprofeno, naproxeno, cetoprofeno, diclofenaco, nimesulida e o AAS, são os mais comuns. Por isso, você precisa evitar tomar esses medicamentos quando tem gastrite.
Quando o problema é o uso prolongado dos anti-inflamatórios, dependendo do motivo para o qual você os utiliza pode ser necessário substitui-los por outros métodos terapêuticos.
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Referências:
Thomson ABR, Sauve MD, Kassam N, Kamitakahara H. Safety of the long-term use of proton pump inhibitors. World J Gastroenterol. 2010; 16(19): 2323-30
UpToDate
Geralmente não é necessário repetir a dose única de albendazol, pois os parasitas causadores da maioria das verminose são completamente eliminados.
A dose única de albendazol é suficiente para erradicar os seguintes parasitas:
- Ascaris lumbricoides (lombriga);
- Ancylostoma duodenale;
- Necator americanus;
- Enterobius vermicularis;
- Trichuris trichiura.
Entretanto, existem outros parasitas que podem precisar de um tratamento mais prolongado, havendo a necessidade de tomar mais de um comprimido, como:
- Larva migrans cutânea (bicho geográfico);
- Strongyloides stercoralis;
- Giardia lamblia;
- Taenia;
- Neurocisticercose.
Em qualquer caso, se precisar fazer uso de albendazol, siga as recomendações do seu médico.
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A cura da ascite só é possível se a sua causa for curada ou eliminada.
A ascite não é uma doença, mas uma consequência resultante de outras doenças, como insuficiência cardíaca, renal ou hepática, certos tipos de câncer, infecções, entre outras.
O tratamento da ascite consiste no controle da doença de base, diminuição da ingestão de sal, abstinência total de bebidas alcoólicas, uso de medicamentos diuréticos, além de procedimentos específicos para drenar o excesso de líquido acumulado na cavidade abdominal. O objetivo do tratamento é reduzir o volume de líquido no abdômen e o inchaço no resto do corpo.
A punção do abdômen é uma forma de aliviar os sintomas em casos de ascites muito volumosas. O procedimento começa com uma avaliação feita por ultrassom, que serve para definir o local mais seguro para se fazer o puncionamento.
Depois de aplicar uma anestesia local, o/a médico/a faz um pequeno "furo" no abdômen, através do qual é introduzido um cateter na cavidade abdominal. A seguir, o líquido é retirado por meio desse cateter.
Quando a ascite não responde ao tratamento (ascite refratária), pode ser necessário colocar um cateter especial que fica implantado durante um tempo prolongado. Através dele, a pessoa pode retirar na própria casa pequenas quantidades de líquido repetidas vezes, sem precisar ir ao hospital para realizar o procedimento.
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